quarta-feira, 19 de outubro de 2016

LANÇAMENTO DE FILME BRASILEIRO



Shaolin do sertão é um ‘tora pleura’ autêntico

Paulo Henrique Silva 










O personagem Aluísio Lí entra no ringue contra um campeão que percorre o interior do Ceará desafiando lutadores locais

Mesmo não sendo chinesa, origem de vários filmes lançados com o personagem na década de 80, a versão do diretor Halder Gomes já mostrou que é um “tora pleura”, expressão cearense para forte: a estreia do filme “O Shaolin do Sertão” no Ceará, onde foi produzido, superou dez vezes a média de público de “Inferno”, da franquia “O Código Da Vinci”.
“Estamos ganhando do Tom Hanks. Já me disseram que ele anda preocupadíssimo nos Estados Unidos”, diverte-se o cantor Falcão, que interpreta no filme o mestre (às avessas) de um jovem lutador de Kung Fu do interior cearense. Os números projetam um novo sucesso a la “Cine Holliúdy”, longa-metragem anterior de Halder.
Antes da estreia nacional, quinta-feira, o filme largou no Ceará levando, 45 mil pessoas a 27 salas em apenas cinco dias. Com esse resultado local, “O Shaolin do Sertão” ficou em nono lugar entre os maiores públicos do país. As semelhanças com “Cine Holliúdy” não ficam só no desempenho de bilheteria.
Saído da memória
Halder volta a apostar num humor mais popular e ingênuo, que nos lembra as histórias do caipira ladino dos filmes de Mazzaropi. “Ele recupera essa história do humor brasileiro do interior”, assinala Falcão. Muitos desses ingredientes vêm da própria história do cineasta, natural de Senador Pompéu.
“Shaolin retrata o que eu vivi. Não é a história de ninguém. Busquei na minha memória tanto esse humor típico do meu Estado quanto a questão da luta, que faz parte do meu microcosmo. Eu era como o protagonista, achando que seria um mestre um dia, com tchacos e estrelas em casa”, recorda Halder.
O filme é cheio de referências a histórias de lutas, como “Rocky”, em que o personagem Lí corre atrás de galinhas, e “Karatê Kid”, quando recebe o quimono do mestre, um lutador já aposentado
Mas, para virar um “tora pleura” ele logo percebeu que precisaria conviver com lesões e desgastes físicos, universo que não tem nada de fantasioso. “No filme, eu escolhi outro caminho, que tem a ver com a minha fantasia”, registra o cineasta, que define “Shaolin” como “autobiografia com deturpação”.
A trama se passa justamente na década de 80, quando Halder dava os primeiros golpes no Taekwondo. “Cine Holliúdy” transcorre na década anterior, no instante em que um fã de cinema (Francisgleydisson) faz de tudo para abrir uma sala no interior, lutando contra a ameaça da TV.
“O Lí, de Shaolin, poderia ser um de seus espectadores. As duas histórias têm como ponto em comum a paixão pelo cinema”, observa Halder. Em janeiro, ele volta ao set para fazer o segundo “Holliúdy”, que fechará uma espécie de trilogia sobre esse universo. Vendo que os cinemas não terão mais volta, o personagem tenta ser diretor.




O personagem Aluísio Lí entra no ringue contra um campeão que percorre o interior do Ceará desafiando lutadores locais
Mesmo não sendo chinesa, origem de vários filmes lançados com o personagem na década de 80, a versão do diretor Halder Gomes já mostrou que é um “tora pleura”, expressão cearense para forte: a estreia do filme “O Shaolin do Sertão” no Ceará, onde foi produzido, superou dez vezes a média de público de “Inferno”, da franquia “O Código Da Vinci”.
“Estamos ganhando do Tom Hanks. Já me disseram que ele anda preocupadíssimo nos Estados Unidos”, diverte-se o cantor Falcão, que interpreta no filme o mestre (às avessas) de um jovem lutador de Kung Fu do interior cearense. Os números projetam um novo sucesso a la “Cine Holliúdy”, longa-metragem anterior de Halder.
Antes da estreia nacional, quinta-feira, o filme largou no Ceará levando, 45 mil pessoas a 27 salas em apenas cinco dias. Com esse resultado local, “O Shaolin do Sertão” ficou em nono lugar entre os maiores públicos do país. As semelhanças com “Cine Holliúdy” não ficam só no desempenho de bilheteria.
Saído da memória
Halder volta a apostar num humor mais popular e ingênuo, que nos lembra as histórias do caipira ladino dos filmes de Mazzaropi. “Ele recupera essa história do humor brasileiro do interior”, assinala Falcão. Muitos desses ingredientes vêm da própria história do cineasta, natural de Senador Pompéu.
“Shaolin retrata o que eu vivi. Não é a história de ninguém. Busquei na minha memória tanto esse humor típico do meu Estado quanto a questão da luta, que faz parte do meu microcosmo. Eu era como o protagonista, achando que seria um mestre um dia, com tchacos e estrelas em casa”, recorda Halder.
O filme é cheio de referências a histórias de lutas, como “Rocky”, em que o personagem Lí corre atrás de galinhas, e “Karatê Kid”, quando recebe o quimono do mestre, um lutador já aposentado
Mas, para virar um “tora pleura” ele logo percebeu que precisaria conviver com lesões e desgastes físicos, universo que não tem nada de fantasioso. “No filme, eu escolhi outro caminho, que tem a ver com a minha fantasia”, registra o cineasta, que define “Shaolin” como “autobiografia com deturpação”.
A trama se passa justamente na década de 80, quando Halder dava os primeiros golpes no Taekwondo. “Cine Holliúdy” transcorre na década anterior, no instante em que um fã de cinema (Francisgleydisson) faz de tudo para abrir uma sala no interior, lutando contra a ameaça da TV.
“O Lí, de Shaolin, poderia ser um de seus espectadores. As duas histórias têm como ponto em comum a paixão pelo cinema”, observa Halder. Em janeiro, ele volta ao set para fazer o segundo “Holliúdy”, que fechará uma espécie de trilogia sobre esse universo. Vendo que os cinemas não terão mais volta, o personagem tenta ser diretor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

  Brasil e Mundo ...