Guerra jurídica e incerteza
sobre reformas criam ambiente de instabilidade
Amália Goulart (*)
TEMER - Ao lado de aliados, presidente assinou o Termo de Posse na
última quarta-feira e viajou para a China para participar da reunião do G-20
A mudança de rumos no comando do Brasil não encerra o ciclo depressivo
na economia nem a crise política e tão pouco debela as incertezas sobre o
destino do país. A avaliação parte de organismos internacionais, como a agência
de classificação de risco Moody’s, e de parlamentares que atuaram no processo
de impeachment.
A guerra agora será travada no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, ações que alteram as perspectivas dos brasileiros, como as reformas da previdência e trabalhista, podem passar a valer já no próximo ano.
A ex-presidente Dilma recorreu à Corte máxima pedindo que anule o julgamento que a destituiu do cargo. Hoje, o PT reunirá as principais lideranças, entre elas Lula, para discutir como será feita a oposição ferrenha que o partido promete.
Já aliados de Temer foram ao STF com o intuito de acabar com o salvo-conduto dado pelos senadores a Dilma. Ela não foi condenada ao ostracismo político, podendo assumir cargos públicos.
No Congresso, o fatiamento da votação de impeachment abriu uma crise na base governista, mostrando que Temer terá dificuldades em lidar com a imprevisibilidade dos partidos aliados.
No meio deste turbilhão, ele pretende enviar ao plenário, já em setembro, conforme interlocutores, a reforma da Previdência. A idade mínima para ter direito ao benefício será alterada. Até o fim do ano chegará a reforma trabalhista, com a flexibilização das leis.
O mercado recebeu bem as propostas do novo presidente.
Árduo caminho
Mas a recuperação pode ser mais difícil do que parece. Segundo a agência de classificação de risco Moody’s, embora as propostas de Temer para sanear as contas do governo tenham animado o mercado, “uma melhora tangível nas contas fiscais do Brasil ainda precisa se materializar”. “O governo teve relativo sucesso ao passar algumas reformas no Congresso, mas os detalhes de propostas de reformas-chave, como a da previdência social, ainda precisam ser delineados”, disse Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s. “Além disso, a aprovação das reformas pelo Congresso exigirá consenso político, o que está longe de estar garantido”.
A Moody’s foi a última das grandes agências de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador do Brasil. Para que o país volte a “andar nos trilhos”, como disse Temer, é essencial que recupere a credibilidade internacional.
A guerra agora será travada no Congresso e no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, ações que alteram as perspectivas dos brasileiros, como as reformas da previdência e trabalhista, podem passar a valer já no próximo ano.
A ex-presidente Dilma recorreu à Corte máxima pedindo que anule o julgamento que a destituiu do cargo. Hoje, o PT reunirá as principais lideranças, entre elas Lula, para discutir como será feita a oposição ferrenha que o partido promete.
Já aliados de Temer foram ao STF com o intuito de acabar com o salvo-conduto dado pelos senadores a Dilma. Ela não foi condenada ao ostracismo político, podendo assumir cargos públicos.
No Congresso, o fatiamento da votação de impeachment abriu uma crise na base governista, mostrando que Temer terá dificuldades em lidar com a imprevisibilidade dos partidos aliados.
No meio deste turbilhão, ele pretende enviar ao plenário, já em setembro, conforme interlocutores, a reforma da Previdência. A idade mínima para ter direito ao benefício será alterada. Até o fim do ano chegará a reforma trabalhista, com a flexibilização das leis.
O mercado recebeu bem as propostas do novo presidente.
Árduo caminho
Mas a recuperação pode ser mais difícil do que parece. Segundo a agência de classificação de risco Moody’s, embora as propostas de Temer para sanear as contas do governo tenham animado o mercado, “uma melhora tangível nas contas fiscais do Brasil ainda precisa se materializar”. “O governo teve relativo sucesso ao passar algumas reformas no Congresso, mas os detalhes de propostas de reformas-chave, como a da previdência social, ainda precisam ser delineados”, disse Maziad, vice-presidente e analista sênior da Moody’s. “Além disso, a aprovação das reformas pelo Congresso exigirá consenso político, o que está longe de estar garantido”.
A Moody’s foi a última das grandes agências de classificação de risco a retirar o selo de bom pagador do Brasil. Para que o país volte a “andar nos trilhos”, como disse Temer, é essencial que recupere a credibilidade internacional.
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