Impeachment: defesa e
acusação indicam nomes para acompanhar perícia
Agência Brasil
Comissão de
impeachment no Senado
Acusação e defesa indicaram os nomes dos técnicos escolhidos para
acompanhar a perícia nos documentos que embasaram o pedido de impeachment da
presidenta afastada Dilma Rousseff. A assistente técnica Selene Péres foi
indicada pela acusação, enquanto o especialista indicado pela defesa ainda não
teve nome divulgado.
Na noite dessa quarta (15), Dilma pediu a substituição do consultor
técnico do Senado Diego Prandino Alves no cargo de coordenador da perícia nos
atos que embasam a acusação contra ela.
“[Diego Prandino] teria forte engajamento político e ideológico contra a
Sra. presidente da República, seu partido e movimentos sociais considerados de
'esquerda'”, diz o requerimento encaminhado pela defesa de Dilma ao presidente
da Comissão Especial de Impeachment, Raimundo Lira (PMDB-RJ).
Como prova, foram anexadas publicações feitas por Prandino em redes
sociais. As postagens foram apagadas no dia seguinte a sua indicação para
coordenar a perícia, de acordo com o requerimento.
A comissão negou o pedido de afastamento, mas Lira disse que espera nova
manifestação de Prandino sobre sua suspeição, ante os fatos revelados.
Quesitos
O relator do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado,
Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou, na noite de ontem, os quesitos que
deverão ser respondidos pelos técnicos da Casa responsáveis pela perícia dos
documentos.
A perícia nos quatro decretos de crédito suplementar e nos documentos
que indicam operação de crédito com bancos públicos no âmbito do Plano Safra
foi autorizada pelo presidente do Superior Tribunal Federal (STF) Ricardo
Lewandowski, após recurso da defesa.
Antes, o pedido de perícia foi negado pela Comissão Especial de
Impeachment, sob o argumento de que o trabalho seria desnecessário, tendo em
vista a redundância de tal análise em relação ao trabalho realizado pelo
Tribunal de Contas da União (TCU) no processo em que julga as contas de 2015 de
Dilma Rousseff.
Os peritos deverão responder qual a situação fiscal entre 27 de julho e
20 de agosto de 2015, quando foram emitidos os créditos suplementares, em
relação ao cumprimento da meta fiscal aprovada pelo Congresso em janeiro do ano
passado; se os decretos eram compatíveis com a meta aprovada em janeiro; e se,
de acordo com a lei orçamentária, os decretos emitidos poderiam ter efeito
neutro sobre o Orçamento, como alega a defesa.

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