Aristóteles
Publicado por: Filipe Rangel Celeti em Filosofia 0 Comentários
Aristóteles - Um dos principais filósofos antigos
Entre os principais filósofos antigos está Aristóteles (384 - 322 a.C.),
nascido na cidade de Estagira, na Macedônia, hoje pertencente à Grécia. Seus
escritos discorrem sobre uma grande variedade de assuntos como biologia,
física, lógica, ética, política e arte.
Filho do médico do rei da Macedônia, Amintas III, Aristóteles foi para
Atenas para prosseguir com seus estudos. Naquela cidade, que era o centro da
produção do conhecimento na época, escolheu a escola de Platão para estudar, a
Academia. Estudou ali cerca de vinte anos e deixou a cidade e a escola após a
morte de Platão.
Poucos anos após deixar Atenas, Aristóteles recebeu um convite do então
rei da Macedônia, Filipe II, filho de Amintas III. O convite de Filipe II era
para que Aristóteles fosse preceptor de Alexandre, que ficaria conhecido na
história como o Grande. Aristóteles foi professor do adolescente Alexandre até
este subir ao trono.
Com a ascensão de seu aluno, Aristóteles deixou a Macedônia e retornou
para Atenas. Ali fundou sua própria escola, o Liceu. Com a morte de Alexandre,
doze anos após fundar sua escola, Aristóteles resolveu deixar a cidade, pois
era macedônio e temia que os atenienses o matassem. Foi para a ilha de Eubeia e
faleceu ali dois anos depois.
Apesar de existirem diversos escritos de Aristóteles, muito do que ele
escreveu se perdeu. Foi a partir de alguns fragmentos de seus escritos que sua
obra foi organizada. Foram juntados textos por assunto para compor o corpo de
seus escritos. É certo que a forma de compreender e juntar seus escritos tem
sido debatida por estudiosos.
Do que restou de seus escritos, podemos encontrar Aristóteles
investigando o “ser enquanto ser”. Tal investigação sobre o que são e como são
as coisas é fundamental para poder compreender o mundo. Nesse sentido, a sua
metafísica discorre sobre princípios que garantam a realidade das coisas, como:
o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. Além dos
princípios, Aristóteles aponta quatro causas que fazem as coisas serem o que
são: material, formal, eficiente e final.
É interessante notar que Aristóteles visa superar Platão, seu mestre.
Assim como pensa que a essência das coisas está nas próprias coisas, diferente
de Platão que pensa nas coisas como cópias de ideias perfeitas, Aristóteles
pensa de modo diferenciado assuntos como ética e política.
Em ética, Aristóteles discorda da ideia platônica que via as paixões
humanas como negativas e que precisavam ser controladas pela razão. Para ele,
as paixões humanas não são nem boas e nem ruins. Ruim é quando as paixões são
viciosas, isto é, quando estão em excesso ou em falta. Ter raiva de alguém não
é ruim, por exemplo, pois ruim é aplicar em determinada situação mais raiva do
que o necessário ou menos raiva do que o necessário. Nesse sentido, Aristóteles
pensa que virtude é encontrar uma justa medida entre o excesso e a falta das
paixões. Agir corretamente é um treino constante de dosar corretamente as
paixões.
No campo político, Aristóteles se preocupou menos com hipóteses de uma
sociedade ideal e mais com um estudo dos sistemas políticos e leis existentes
em sua época. Assim, diferente de Platão, que teorizou uma cidade ideal,
Aristóteles pensou uma sociedade que não fosse nem totalmente democrática e nem
totalmente aristocrática: a política permitiria que os conflitos entre ricos e
pobres pudessem ser amenizados.
Filipe Rangel Celeti
Colaborador Mundo Educação
Bacharel em Filosofia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie - SP

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