terça-feira, 17 de maio de 2016

BANCO CENTRAL



Especialistas falam dos principais desafios de quem vai comandar o BC
Principal tarefa do BC é manter a inflação sob controle, dizem economistas.
Na batalha contra inflação, governo tem papel importante reduzindo gastos.

Elaine BastSão Paulo, SP




O Jornal Hoje foi ouvir especialistas do mercado para saber quais os principais desafios de quem vai comandar o Banco Central.
O Banco Central é diferente dos outros bancos. A atuação dele é fundamental para a economia do país. Ele é o guardião da moeda. É o responsável pela estabilidade do real e de todo sistema financeiro do país.
A principal tarefa do Banco Central é manter a inflação sob controle. A inflação tira o valor da nossa moeda. Os aumentos de preços constantes fazem a gente perder poder de compra. Por isso, para preservar o poder de compra da moeda, o Banco Central tem que alcançar as metas de inflação.
O sistema de metas de inflação existe no Brasil desde 1999. Existem bandas, a meta pode flutuar um pouco para baixo ou para cima. O problema é que tem sido difícil o Banco Central cumprir a meta de 4,5% estabelecida nos últimos anos.
No ano passado, por exemplo, a inflação chegou a 10,67%, bem acima da meta (4,5%) e do teto dela. Em 2014, também passou a meta, ficou pertinho do teto (6,5%).
Esse é o principal desafio da nova equipe. “A última vez que a inflação brasileira esteve na meta, vamos lembrar a meta é 4,5%, foi no longínquo ano de 2009.  Hoje em dia ninguém acredita no que o BC anuncia e com bons motivos para isso. Então tem um trabalho de recuperar credibilidade que eu só vejo possível se houver um compromisso muito firme em levar a inflação de volta para meta num horizonte razoável”, fala o economista Alexandre Schwartsman.
O chefe da corretora XP Investimentos, Celson Plácido, concorda e diz que nessa batalha contra a inflação o governo também tem um papel importante reduzindo os gastos. A redução das despesas públicas ajuda a diminuir a pressão inflacionária e abre espaço para futuramente os juros voltarem a cair.
“O Banco Central tem que trabalhar junto nesse sentido com a Fazenda, que a Fazenda faz o dever de casa dela, que é o governo gastar menos, e aí sim o Banco Central trabalha nesse sentido, para trazer a inflação para dentro da meta e aí começar a questionar se vale a pena reduzir juros ou não”.

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