Dilma por Lula
Amália Goulart
Ministros têm dito que, caso o impeachment morra na Câmara ou no Senado,
o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) será, na verdade, o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Será formada uma nova coalizão com novos ministros. É justamente essa a
ideia que Lula e aliados estão vendendo ao grupo dos deputados indecisos.
A manobra depende, no entanto, do Supremo Tribunal Federal. Caso Lula
assuma o ministério da Casa Civil, será como assumir a Presidência. Mas, com
uma negativa do Supremo fica difícil compor um governo, sem efetivamente estar
nele.
A contabilidade
Na contabilidade do impeachment governadores foram a campo pedir aos
deputados dos respectivos estados votos contra ou a favor da presidente Dilma
Rousseff (PT). Na seara, quem teve mais sucesso foi o governador de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB). Na semana passada, ele ficou 24 horas em negociação com
a bancada. Teve o apoio do ex-deputado Sandro Mabel. Ambos são contrários à
permanência da presidente. Dizem aliados que conseguiram convencer uma meia
dúzia de parlamentares.
Em Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel (PT) conta com o apoio
dos deputados do partido dele e do PCdoB, na defesa da companheira de partido e
de luta durante a ditadura militar.
Parlamentares que têm certo trânsito no Palácio Tiradentes, mas
pertencem a outras legendas, como Marcelo Aro (PHS), não mudarão o voto contra
a presidente.
No mapa do impeachment, a contagem será voto a voto. Um espectro de 15
ou 20 deputados indecisos, de legendas menores, pode decidir o destino de Dilma
Rousseff.
Esperteza?
Tem deputado que pediu à Câmara que mudasse o nome parlamentar. A
votação do impeachment será aberta e pode ser nominal. Quem começa com a letra
A, por exemplo, votará primeiro. Alguns acreditam que ficar por último é mais
vantagem. Pode votar de acordo com a toada.
Chapa única
Marina Silva (REDE) e Ciro Gomes (PDT) andam conversando sobre o cenário
político brasileiro. Aliados de ambos dizem que eles poderão compor uma chapa
presidencial nas eleições de 2018. Ciro seria o candidato e Marina vice.
Entrariam na disputa para apresentarem-se como alternativa à polarização PT X
PSDB. E também ao chamuscado PMDB.
Alckmin
Ganha terreno no PSDB – com exceção do diretório mineiro – a ideia de
uma candidatura de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, à Presidência, em
2018. Como o nome de Aécio apareceu no noticiário da “Lava Jato” (ele nega
tudo), o nome do adversário dentro da legenda começou a rondar nas conversas de
bastidor. É claro, contando com a colaboração de José Serra (PSDB).
Terrenos
O Tribunal de Justiça manteve, em 2ª instância, a suspensão do leilão de
20 lotes doados pela Prefeitura de Belo Horizonte à PBH Ativos.

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