Justiça investiga coronel
exonerado que acusou Dilma de não ter escrúpulo
Gregg Newton
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Presidente Dilma
faz selfie com participante de evento no Palácio do Planalto
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O Ministério da Justiça instaurou um inquérito administrativo para
apurar a conduta do ex-diretor-substituto da Força Nacional, coronel Adilson
Moreira, que enviou uma carta aos seus subordinados dizendo que a presidente
Dilma Rousseff não tem escrúpulos.
No comunicado, veiculado pelo "Globo", ele diz que está
deixando a cadeira a pedido da família e que "não precisa ser muito
inteligente para saber que estamos sendo conduzidos por um grupo sem escrúpulos,
incluindo aí a presidente da República".
Exonerado nesta quarta (30) do cargo de comando da Força Nacional,
Moreira escreve ainda que se sente "cada vez mais envergonhado", de
acordo com a publicação.
"A nossa administração federal não está interessada no bem do país,
mas em manter o poder a qualquer custo. Como o compromisso era de não causar
solução de continuidade, solicitei para a secretária apontar em alguns dias um
substituto", acusa o coronel na carta endereçada a tenentes-coronéis da Força.
O Ministério da Justiça, pasta à qual a Força Nacional é vinculada,
afirmou ter tomado conhecimento do episódio pela imprensa e classificou como
"graves" as declarações do servidor. Segundo o MJ, a atitude pode
implicar em "falta disciplinar e gesto de deslealdade
administrativa", detalha o ministério em nota oficial.
O episódio será levado à Comissão de Ética Pública da Presidência da
República, já que Moreira se referiu à presidente Dilma Rousseff. Na carta, de
acordo com jornal, o coronel diz que havia pedido para ser exonerado no prazo
máximo de quinze dias.
A Folha não conseguiu localizar o servidor até o fechamento desta
reportagem.
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