Mais uma para combater
Editorial Jornal
Hoje em Dia
Não bastassem as crises política e econômica e o mosquitinho listrado
Aedes aegypti, o brasileiro precisa ficar atento a mais um problema: a gripe
H1N1.
Conhecido nosso há alguns anos, o vírus Influenza A voltou a circular
com força total (lembrando que estamos na época do ano mais seca do ano, quando
a incidência de doenças respiratórias é maior) e já fez com que as demandas por
vacina e medicamentos crescessem nas clínicas e nas farmácias de Belo
Horizonte.
A campanha de vacinação será iniciada no próximo dia 30, tendo sido
antecipada justamente pela circulação aumentada da doença, mas, mesmo assim, há
longas filas em clínicas particulares que fornecem a vacina.
Na capital mineira, de acordo com levantamento do Hoje em Dia, na
quase totalidade das drogarias, não há o Tamiflu (nome comercial para
Oseltamivir, o princípio ativo), medicamento utilizado para tratar os pacientes
já diagnosticados com o H1N1.
E a falta do remédio não acontece pelo preço baixo dos comprimidos –
cada caixa com dez custa de R$ 220 a R$ 260. Em alguns postos de saúde ainda é
possível encontrar a medicação, mas é preciso paciência e sola de sapato.
Somente nos primeiros três meses deste ano, o Ministério da Saúde distribuiu 45
mil caixas do Oseltamivir, enquanto que em todo o ano de 2015 foram entregues
em Minas 39 mil.
Especialistas advertem que o uso desse medicamento de forma
indiscriminada pode, ao invés de ajudar, piorar o estado de saúde dos doentes e
das pessoas saudáveis, já que alguns médicos têm prescrito a medicação como
profilaxia do vírus Influenza A. Nesses casos em que pessoas tomam o remédio de
forma preventiva, podem ocorrer delírios, alucinações, e outras complicações.
O Oseltamivir só deve ser utilizado por infectados pelo H1N1 e não por
aqueles que foram atingidos por resfriados comuns. O tratamento deve ser
iniciado após dois dias do início dos sintomas da Influenza: febre, tosse, dor
de garganta, calafrios e dores pelo corpo, nada diferente de uma gripe comum.
Por isso, procurar um médico e obter o diagnóstico correto é o primeiro passo
para curar-se da doença.

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