sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

PAÍS SAQUEADO




Márcio Doti




Parece muito natural que cidadãos estejam esmorecidos com tanta coisa ruim e tantos absurdos fazendo parte da paisagem da nação. Tenho deparado com muitos, principalmente, nas redes sociais. Gente que olha para um lado, para outro, e outro mais e não encontra nada diferente que seja animador.
Não nego razão a quem se sente assim. Mas procuro sempre discordar. Se abrirmos mão da luta, dos questionamentos, da pressão e do combate a tanta coisa e tantas pessoas erradas, então, estaremos simplesmente deixando o caminho livre para que avancem ainda mais.
Estamos completamente enganados se pensamos que não há como ir mais longe com os absurdos praticados contra a Petrobras, contra o BNDES, os fundos de pensão, a dinheirama subtraída indevidamente do FGTS, os depósitos judiciais, enfim, a verdadeira nuvem de gafanhotos que avança e devora tudo o que encontra pela frente.
Por mais que tenha sido uma aberração política o que fizeram e continuam fazendo, há sempre um jeito de piorar se não formos capazes de nos indignar, gritar, vaiar, bater panelas, questionar os tantos que pensam estar completamente livres para fazer o que bem entendem – de errado, é claro.


UM PAÍS SAQUEADO
Não há outra forma de ver. Sem o menor escrúpulo, o dinheiro público foi caçado até ser achado onde fosse que existisse e até onde nem era público para dar vazão aos projetos pessoais, muitos deles inconfessáveis, e para alimentar as grandes empreitadas que sob pretexto de estar servindo aos mais pobres, foram, na verdade, alimentar cofres de grandes empresas e dali fartar bolsos e mais bolsos como se constata nas operações da Polícia Federal, Ministério Público Federal e nas investidas do juiz Sérgio Moro.
Mas só o juiz Sérgio Moro? Espera-se que não, mas, até agora, de consistente é o que se tem para ver e comemorar. Os milhões de desenganados, os milhões de decepcionados esperam mais, muito mais, todavia, por enquanto é o que temos.
O que precisa ser evitado é que prevaleça a algazarra dessa meia dúzia de fanáticos ou interesseiros que esbanjam caradurismo ao desprezar o cenário de flagelo que os governos petistas produziram no país.
Não é admissível que sejam mais visíveis com seus argumentos pobres do que os milhões, hoje decepcionados, porque um dia acreditaram e os tantos outros que foram voto vencido e já enxergavam a tragédia que seria vivida e sofrida por todo o povo.
Agora, esperam a produção de um ambiente falso, alimentado pelos bilhões de reais que o país nem tem, mas que serão consumidos na ilusão de se construir um cenário enganoso de aquecimento econômico para alimentar as urnas de outubro. Diante de tudo isso, não há lugar para desânimo, a menos que se queira mais um ano de desastres.

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