Márcio Doti
A crise econômica tem muito a ver com
a incompetência dos governos petistas que não souberam medir a água com o fubá
e fizeram esse angu de caroço. Também os prefeitos estão tentando esconder a
imprevidência e a incapacidade administrativa ao atribuir tudo aos desacertos
na economia e a consequente queda nas arrecadações. A velha história de não
pagar o décimo-terceiro e jogar a culpa para todo lado é algo muito conhecido.
E se aplica agora pelos que tentam esconder seus fracassos administrativos e
desrespeito, sobretudo, pelos servidores públicos.
Vai a iniciativa privada cometer o
pecado de não pagar o salário de Natal para ver o que acontece. Pois os nossos
homens públicos criaram até uma categoria de servidor que não é beneficiado com
FGTS e ainda passa pelo dissabor de ficar sem a remuneração natalina, que é
direito há muito conquistado.
A crise econômica que tomou conta do
país e promete avançar ainda mais é consequência de governos irresponsáveis que
gastaram mais do que podiam, aplicaram mal, puseram na conta da bondade um
dinheiro que não existia e hoje não conseguem sequer manter o que criaram.
Há cortes em todos os setores,
maldades praticadas porque nossos governantes acharam que os cofres públicos
não têm fundo, o dinheiro vai jorrando como se fosse água das minas. Pois, nem
água e nem dinheiro.
Os prefeitos que pretendem fazer seus
sucessores vão penar bastante porque ainda guardam a esperança de um milagre
que reponha seus cofres. Os que vão enfrentar as urnas por uma reeleição vão
sofrer ainda mais porque terão que dar as caras nos palanques.
Muitos vão ter que enfrentar a Lei de
Responsabilidade Fiscal. E todos vão perder logo o fôlego porque o discurso da
crise que os surpreendeu não vai convencer ninguém.
Quando 2015 começou já se sabia que
seria um ano difícil e traria consigo um período muito ruim para os
brasileiros. As empresas parceiras certamente que tiveram as suas faturas
quitadas. Fica para depois o funcionalismo, tal e qual tem acontecido com o
governo de Minas.
Credibilidade perdida
Enquanto o país pede ação, medidas,
retomadas, mudanças, o dia vai começar com um movimento em São Paulo, que busca
salvar a imagem descolorida do ex-presidente Lula.
Ele comparece ao fórum para tentar
explicar algumas das situações de que é acusado como a suspeita de propriedade
de um sítio em Atibaia, que não está em seu nome, mas mereceu até a formação de
um consórcio informal entre Odebrecht, OAS e a empresa do amigo José Carlos
Bumlai para sofrer uma grande reforma.
Em Brasília, a retomada dos trabalhos
legislativos também desconhece as crises e se confunde na mesma intenção dos
palácios de Brasília e de Minas, onde a palavra de ordem é salvar a pele,
evitar os processos na Justiça Eleitoral, na Justiça Federal, nas varas dos
tribunais e no desconserto da opinião pública.
O governo insiste com o imposto do
cheque, com formas de fazer mais dinheiro para jogar nas eleições ou nos
remendos com os quais pretende reacender uma economia cujo remédio mais forte
não pode ser dado, é a credibilidade há muito perdida.

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