sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DE UM GRANDE CAMPEÃO DE F1





Paulo Leonardo



Gland é um pequeno e simpático vilarejo que fica na margem suíça do idílico lago Léman, que separa a Suíça da França. A 36 quilômetros de Lausanne e a 31 de Genebra, Gland tem pouco mais de 12 mil habitantes e sempre teve sua economia baseada na agricultura e na criação de gado. É um vilarejo pacato, que só não passa desapercebido por conta de três fatores.
O primeiro deles ocorreu logo no início da II Guerra Mundial, quando os suíços construíram um sistema terrestre de defesa chamado de Linha Toblerone, por utilizar blocos de concreto que tinham formato similar ao do famoso chocolate suíço. Tinha cerca de 10 quilômetros de comprimento. Seu objetivo era impedir a passagem de tanques. Os resquícios da Linha Toblerone, um dos símbolos da resistência suíça durante a guerra, hoje são um atrativo turístico.
O segundo fator foi que, depois de séculos de placidez e vocação para a agricultura e a pecuária, nos anos 80 e 90 Gland começou a receber investimentos e a se desenvolver. Hoje, estão lá escritórios de grandes empresas e organizações internacionais, como a Sun Microsystems e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Esse desenvolvimento também trouxe novos moradores a este balneário exclusivo.
O “terceiro fator” foi justamente um desses novos moradores. Sua presença bastou para colocar Gland de vez no mapa, até mesmo no noticiário internacional.
Em uma mansão às margens do lago Léman, Michael Schumacher continua sua luta diária pela sobrevivência. Em sua casa, cercado pela família e por toda uma super estrutura de cuidados médicos, o heptacampeão mundial tem estado clínico atual desconhecido por parte de boa parte do mundo. A família criou uma rede de proteção tão forte ao redor de Schumacher, uma espécie de Linha Toblerone antivazamento de informações, que só resta às pessoas especularem ou tentarem obter informações dos poucos que têm acesso à mansão.
Até mesmo os amigos mais próximos, como seu empresário, Willi Weber, Jean Todt e Luca de Montezemolo, têm poucas notícias em relação ao ex-piloto. “O Michael é como se fosse da minha família. E quando você tem algum familiar nesse estado, é doloroso vê-lo”, disse Jean Todt.
Schumacher luta para se recuperar dos graves ferimentos do acidente de esqui ocorrido em dezembro de 2013, nos Alpes franceses. O estado geral dele pouco evoluiu desde que saiu do coma, em junho de 2014.

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