sábado, 2 de janeiro de 2016

POLÍTICA, POLÍTICA, POLÍTICA...



  

Orion Teixeira


O ano de 2015, finalmente, acaba hoje e não deixará boas lembranças; ao contrário, sua herança negativa ainda repercutirá por muito tempo sobre o próximo ano e o futuro. Por conta dessa influência pesada, 2016 começa com tom pessimista só superado pelos votos acumulados de ‘Feliz Natal e Próspero Ano Novo’, que a todos convém repetir como um mantra de fé e de esperança. Além do clima natalino, não temos outras razões para otimismo por tudo que deixou de ser construído, ou que foi desconstruído, nesse moribundo ano.
A começar pela política praticada nos últimos 12 meses. Definitivamente, governos e o cidadão não podem ficar reféns desse tipo de política, que não deixa o primeiros governar e o segundo a realizar seus projetos pessoais. Eleitos para resolverem os problemas do cidadão e do país, em vez disso, os políticos só criaram mais dificuldades. Sobrevivemos a 2015, mas ainda não sabemos o que virá para 2016 nem temos promessas confiáveis.
De certo, é que teremos que começar a construir novamente tudo que 2015 paralisou e desmontou. Mais uma vez, foi preciso que o Judiciário apontasse os caminhos e as regras do jogo democrático e constitucional para que a guerra política cessasse e desse trégua, permitindo o gerenciamento do maior problema nacional, que afeta a todos, que é a economia. Os empresários e a elite sabem muito bem como fazer para enfrentar os desacertos da recessão, ao contrário do cidadão comum, que ficará sem emprego e perspectivas.
Será um reinício para todos, a começar pelo governo Dilma Roussseff (PT), que terá um mandato menor, de apenas três anos, para corrigir todos os malfeitos na política, na economia e no mau gerenciamento da coisa pública que permitiu o alastramento de esquemas de corrupção como o que pilhou a maior empresa brasileira, símbolo da soberania nacional.
Não haverá tempo para grandes projetos ou reformas. A receita mais sensata é a do pé no chão, do arroz com feijão bem feito, sem extravagâncias, apesar de o Brasil sediar, neste ano, as Olimpíadas, as primeiras de um país da América do Sul, em um Estado (Rio de Janeiro) que sequer consegue manter o básico e intransferível serviço de saúde pública. É um contraste imperdoável nos tempos de hoje.
As condições foram repostas pelo Supremo Tribunal Federal, mas ainda faltam lideranças nos outros dois poderes, na situação e na oposição, que sejam capazes de pactuar o enfrentamento dos verdadeiros problemas. O quadro é desanimador, e a realidade da vida é mais dura do que a visão de Brasília. O ano de 2015 ficará para trás, de maneira melancólica, e 2016 começa sem rumos e perspectivas na política e na economia. Ainda assim, que 2016 seja bem-vindo.
Feliz ano novo!

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