Márcio Doti
A julgar pelos fatos do
últimos dias, enquanto o interesse nacional tira férias ou fica esquecido numa
gaveta qualquer, desenvolve-se um grande esforço para usar as ferramentas
disponíveis nas salas do governo para fazer com que tudo seja mantido
exatamente como estamos: metidos numa imensa crise política, assombrados com
tantas falcatruas, descobertas por operações policiais e, ainda, incrédulos
diante de tanto dinheiro, tantos milhões que escoaram pelo ralo da impunidade,
da corrupção e do desgoverno. Sendo assim, se não for a poder de muito barulho,
muitas panelas e muita demonstração de insatisfação com tudo o que aí está,
corremos o risco de assistir a mais cenas de escárnio, mais momentos de
indisfarçável caradurismo e desrespeito pela opinião pública.
Ato recente, a presidente Dilma assinou a Medida Provisória 703/2015 que permite a empresas investigadas por corrupção que mantenham negócios com o poder público, ao contrário do que estabelece a Lei Anticorrupção. A justificativa é a de defender os empregos sem se lembrar de que por outro lado está outro irrecusável dever dos mandatários, qual seja o de preservar o patrimônio público. De igual modo, a presidente Dilma sancionou lei que libera para advogados qualquer documento de processos de investigações em curso em qualquer instituição, diferentemente do que era permitido até aqui, facultando-se apenas os documentos em delegacias policiais.
Enquanto uns tiram férias e outros amargam a impossibilidade de fazê-lo por falta de dinheiro ou de emprego, os computadores palacianos de Brasília trabalham arduamente para levantar favores prestados a parlamentares, através da colocação em empregos públicos e, ao mesmo tempo, o trabalho de lembrar a esses representantes do povo que o governo está exigindo lealdade, algo com que pretende contar se o impeachment da presidente Dilma for votado.
A Polícia Federal pediu ao STF (Superior Tribunal de Justiça) autorização para interrogar o governador de Minas, Fernando Pimentel, sobre levantamentos feitos pelas operações Acrônimo e Zelotes, mas isso deverá ser decidido pelo ministro Herman Benjamin, relator da Operação “Lava Jato” naquela corte, quando terminar o recesso, em início de fevereiro. Todavia, já se sabe que o pedido encontra resistência no Ministério Público Federal.
Embora sejam muitas as questões a esclarecer com o governador dos mineiros, Fernando Pimentel, sob suspeita de lavagem de dinheiro, venda de medidas provisórias, facilitação de incentivos fiscais para montadoras de veículos ao tempo em que era ministro de Desenvolvimento do governo Dilma Rousseff e, também, interferência em licitações no Ministério da Saúde, caixa dois de sua campanha eleitoral, irregularidades em financiamentos do BNDES, banco vinculado ao Ministério que dirigiu.
Há inúmeras situações em se trabalha, as forças se movem para neutralizar tudo o que até agora foi levantado pelas autoridades solitárias, mas valentes do Ministério Público Federal e da Justiça Federal baseada no Paraná. Se a sociedade brasileira não assumir o seu papel de cobrança e de defesa de seu próprio interesse, não espere por resultados que contemplem a sede por justiça e por melhoria nas condições de vida porque nada disso cairá dos céus.
Ato recente, a presidente Dilma assinou a Medida Provisória 703/2015 que permite a empresas investigadas por corrupção que mantenham negócios com o poder público, ao contrário do que estabelece a Lei Anticorrupção. A justificativa é a de defender os empregos sem se lembrar de que por outro lado está outro irrecusável dever dos mandatários, qual seja o de preservar o patrimônio público. De igual modo, a presidente Dilma sancionou lei que libera para advogados qualquer documento de processos de investigações em curso em qualquer instituição, diferentemente do que era permitido até aqui, facultando-se apenas os documentos em delegacias policiais.
Enquanto uns tiram férias e outros amargam a impossibilidade de fazê-lo por falta de dinheiro ou de emprego, os computadores palacianos de Brasília trabalham arduamente para levantar favores prestados a parlamentares, através da colocação em empregos públicos e, ao mesmo tempo, o trabalho de lembrar a esses representantes do povo que o governo está exigindo lealdade, algo com que pretende contar se o impeachment da presidente Dilma for votado.
A Polícia Federal pediu ao STF (Superior Tribunal de Justiça) autorização para interrogar o governador de Minas, Fernando Pimentel, sobre levantamentos feitos pelas operações Acrônimo e Zelotes, mas isso deverá ser decidido pelo ministro Herman Benjamin, relator da Operação “Lava Jato” naquela corte, quando terminar o recesso, em início de fevereiro. Todavia, já se sabe que o pedido encontra resistência no Ministério Público Federal.
Embora sejam muitas as questões a esclarecer com o governador dos mineiros, Fernando Pimentel, sob suspeita de lavagem de dinheiro, venda de medidas provisórias, facilitação de incentivos fiscais para montadoras de veículos ao tempo em que era ministro de Desenvolvimento do governo Dilma Rousseff e, também, interferência em licitações no Ministério da Saúde, caixa dois de sua campanha eleitoral, irregularidades em financiamentos do BNDES, banco vinculado ao Ministério que dirigiu.
Há inúmeras situações em se trabalha, as forças se movem para neutralizar tudo o que até agora foi levantado pelas autoridades solitárias, mas valentes do Ministério Público Federal e da Justiça Federal baseada no Paraná. Se a sociedade brasileira não assumir o seu papel de cobrança e de defesa de seu próprio interesse, não espere por resultados que contemplem a sede por justiça e por melhoria nas condições de vida porque nada disso cairá dos céus.
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