quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

NÃO, NÃO À CPMF



  

Márcio Doti



Aumento e criação de impostos têm dura resistência de entidades lideradas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O mínimo que dirigentes estão dizendo é que a presidente Dilma Rousseff não tem legitimidade política para propor aumento de carga tributária. Trata-se de uma resposta mais do que necessária aos acenos que a presidente tem feito na direção de mais imposto e de impostos mais altos para, no seu dizer, reequilibrar as contas.
É muito fácil assim, não? Gasta-se o que não tem, faz-se incrível farra com o dinheiro público e depois é só apresentar a conta para a população pagar, mesmo que isso vá custar sangue e suor. E a presidente faz parte de um grupo que outrora saía em campo para gritar ao menor sinal de novo imposto ou imposto mais caro. Era o que o PT fazia, dizendo-se sempre ao lado do povo. Foi só assumir o poder e aí está o grande defensor do povo gastando sem medida e solucionando os problemas com o aumento da carga tributária.
Nesta hora, onde estão os defensores do governo petista? Justificando a tendência de criar imposto? Aumentar imposto? Seus bolsos comportam? Têm ideia de que esses aumentos vão estar em seus bolsos através dos produtos mais caros que serão obrigados a comprar? Claro que sabem disso. E, se ainda assim, defendem o que vem praticando esse governo, ou esse desgoverno, então, é porque são sortudos servidores recrutados sem concurso nem nada para ganhar bem independentemente do que possa estar acontecendo com a economia do país. Diferente da grande maioria que a cada dia ganha pior, ganha menos para enfrentar a carestia e a inflação ou que estão sem ganhar nada porque foram demitidos nessa leva de dispensas que a cada dia fica maior e mais cruel.
O manifesto das entidades representativas do empresariado afirma que a presidente precisa garantir o cumprimento de seu programa apresentado na campanha eleitoral e que não previa aumento de tributos. Além de dificultar a vida dos brasileiros, Dilma ainda foi capaz de gastar muito mais do que lhe permitia o orçamento público e as dificuldades já visíveis pelos indicadores da economia. Foram mais de R$50 bilhões que acabaram por produzir um gigantesco rombo nas contas públicas. Além de nos obrigar a pagar por isto ela ainda acena com novos ataques aos bolsos nacionais através da recriação do imposto do cheque que as entidades repudiam.
O manifesto publicado pelas entidades diz que, ao contrário de novos e maiores impostos, o equilíbrio das contas públicas será encontrado com cortes de despesas e com o incremento da atividade econômica, com a redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva. Isso a presidente nem quer ouvir falar. Ainda mais num ano eleitoral onde pretende é gastar para atender a aliados que não se importam com o sofrimento dos brasileiros, consideram que basta dinheiro para alimentar novas farsas com as quais conquista-se votos.

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