Márcio Doti
Aumento e criação de impostos têm dura
resistência de entidades lideradas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional do Transporte
(CNT) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O mínimo que
dirigentes estão dizendo é que a presidente Dilma Rousseff não tem legitimidade
política para propor aumento de carga tributária. Trata-se de uma resposta mais
do que necessária aos acenos que a presidente tem feito na direção de mais
imposto e de impostos mais altos para, no seu dizer, reequilibrar as contas.
É muito fácil assim, não? Gasta-se o
que não tem, faz-se incrível farra com o dinheiro público e depois é só
apresentar a conta para a população pagar, mesmo que isso vá custar sangue e
suor. E a presidente faz parte de um grupo que outrora saía em campo para
gritar ao menor sinal de novo imposto ou imposto mais caro. Era o que o PT
fazia, dizendo-se sempre ao lado do povo. Foi só assumir o poder e aí está o
grande defensor do povo gastando sem medida e solucionando os problemas com o
aumento da carga tributária.
Nesta hora, onde estão os defensores
do governo petista? Justificando a tendência de criar imposto? Aumentar
imposto? Seus bolsos comportam? Têm ideia de que esses aumentos vão estar em
seus bolsos através dos produtos mais caros que serão obrigados a comprar?
Claro que sabem disso. E, se ainda assim, defendem o que vem praticando esse
governo, ou esse desgoverno, então, é porque são sortudos servidores recrutados
sem concurso nem nada para ganhar bem independentemente do que possa estar
acontecendo com a economia do país. Diferente da grande maioria que a cada dia
ganha pior, ganha menos para enfrentar a carestia e a inflação ou que estão sem
ganhar nada porque foram demitidos nessa leva de dispensas que a cada dia fica
maior e mais cruel.
O manifesto das entidades
representativas do empresariado afirma que a presidente precisa garantir o
cumprimento de seu programa apresentado na campanha eleitoral e que não previa
aumento de tributos. Além de dificultar a vida dos brasileiros, Dilma ainda foi
capaz de gastar muito mais do que lhe permitia o orçamento público e as
dificuldades já visíveis pelos indicadores da economia. Foram mais de R$50
bilhões que acabaram por produzir um gigantesco rombo nas contas públicas. Além
de nos obrigar a pagar por isto ela ainda acena com novos ataques aos bolsos
nacionais através da recriação do imposto do cheque que as entidades repudiam.
O manifesto publicado pelas entidades
diz que, ao contrário de novos e maiores impostos, o equilíbrio das contas
públicas será encontrado com cortes de despesas e com o incremento da atividade
econômica, com a redução dos juros e o estímulo à atividade produtiva. Isso a
presidente nem quer ouvir falar. Ainda mais num ano eleitoral onde pretende é
gastar para atender a aliados que não se importam com o sofrimento dos
brasileiros, consideram que basta dinheiro para alimentar novas farsas com as
quais conquista-se votos.
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