quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

SERÁ DIFERENTE NO ANO QUE VEM?



  

Luiz Hippert






Esse título ficaria mais bonitinho se fosse ilustrado. Então vou ilustrar por escrito. Se uma foto vale mais que mil palavras, com menos de mil palavras também é possível criar imagens. Acho que todos vão conseguir visualizar.

Pensa em um desses memes de redes sociais. Eu vi vários com frases tipo “foca no feriado” ou “foca no fim de semana”. Acompanha foto-montagem de uma foquinha, “de boas” num clube, à beira da piscina, ou então num belo close, tendo ao fundo uma galera se divertindo em alguma cachoeira.

Tudo isso aí tem um pouco a ver com a nossa conversa de hoje no exercício da imaginação, de como produzimos imagens e até vivenciamos sensações bem reais ao escrever ou mesmo ler. E claro, visualizar um bicho fofo como a foca realmente torna o título mais bonitinho.

Óbvio que a coluna dessa semana seria na linha “adeus ano-velho, feliz ano-novo”, né? Aquele momento meio Roberto Carlos, quando a gente canta lá no fundinho da alma “daqui pra frente, tudo vai ser diferente”. Afinal, o que é o dia primeiro de janeiro, se não uma imensa segunda-feira? O dia mundial de iniciar novos projetos, muitas vezes planos – tantas vezes adiados.

Pois é, as suas resoluções de ano novo, aquelas feitas mais ou menos nessa mesma época, no ano passado, estão em dia? Deu pra ticar tudo no “check list”, olhar com orgulho e dizer num suspiro emocionado: Missão cumprida? Se essa é a sua situação, parabéns! Caso contrário, parabéns também (de incentivo) e quem sabe não tenha chegado a hora de fazer diferente.

Outro dia, li um artigo no qual o autor questionava a necessidade do foco.

Fiquei sem saber se ele não entendia bem o significado de foco ou se o meu entendimento é que extrapola o conceito formal. Nas palavras dele, ter foco é limitante, porque você tem que escolher UMA coisa, abrindo mão de todo o resto. Estranho isso, porque eu nunca vi a atitude de focar como algo restritivo. Muito pelo contrário, vejo como a possibilidade de realizar mais.

Ter foco é somente recolher aquele monte de divagações que ficam voando em torno da nossa cabeça (deu pra imaginar a cena, como num desenho animado?) e juntar, transformando em projetos, metas e ações concretas. Independentemente de quantas são estas ideias. A gente PODE fazer tudo? Uai, pode, desde que se planeje e organize pra isso. A gente PRECISA fazer tudo? Uai, precisar, não precisa, desde que a nossa própria peneira, e não a dos outros, determine o que realmente importa e quais são as prioridades.

Então é por aí. Aproveita esse resto de semana e foca no ano novo. Fazer lista é bem legal porque, de certa forma, escrever vai dando contornos concretos àquilo que está meio subjetivo enquanto ainda é só pensamento. Na verdade, quanto mais esmiuçar por escrito, melhor, detalhando os caminhos e ações necessárias durante os próximos 365 dias.

Ter coisas pra ticar a cada dia, ou a cada etapa cumprida, vai garantir melhor o “grand finale”, marcado pra daqui a um ano. Vamos tentar fazer desse jeito agora? Depois você me conta.
No mais, desejo um feliz ano-novo, e que 2016 seja um ano de grandes realizações pra todos nós.

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