Orion Teixeira
Após a trégua política e aproximação
com a oposição, o governo vem adotando uma “nova política econômica”, cuja
primeira medida é a fritura lenta e gradual do ministro da Fazenda, Joaquim
Levy. A simples troca de nome já representaria mudança de conteúdo à medida que
o plano de uma nota só de Joaquim Levy, resumido ao ajuste fiscal e sem um
plano B, que desagradava ao PT, agora, incomoda o PMDB, o empresariado e, por
conta dele, o PSDB.
Levy erra ao passar um ano inteiro pregando no deserto de boa vontade do Congresso Nacional, onde a maioria rejeita aumento de carga tributária (nova CPMF) e cortes de gastos (limitação e corte de benefícios previdenciários e trabalhistas). Perdeu o duelo com o Congresso Nacional e, como não conseguiu provar sua tese nem reequilibrar os gastos públicos, queimou seu patrimônio junto ao mercado.
Diante do anti-consenso no qual se transformou, a queda do ministro não deverá provocar mais instabilidade. O dólar e as bolsas já estão preparados para o solavanco e veem na mudança mais uma oportunidade de ajuste das contas públicas, com ingrediente para a retomada do crescimento.
À confiança do empresariado, soma-se a indicação de um nome que pudesse conquistar maior apoio político, como o de Henrique Meirelles, um ex-tucano que trocou o mandato parlamentar e uma trajetória promissora na oposição para reforçar o governo Lula. Ficou lá por oito anos (presidência do Banco Central) e só saiu, exatamente, porque não gozava da confiança da presidente Dilma Rousseff.
Ele é o nome preferido do ex-presidente Lula para o cargo e, por onde anda, fala na maior desenvoltura, e publicamente, que não recebeu nenhum “convite concreto”. Como economia é mais exata do que a política, não é conveniente à presidente deixar seu ministro ao abandono, perdendo totalmente a credibilidade. Se tiver que mudar, que o faça logo, porque a manutenção da situação atual causará mais instabilidade à abalada situação econômica do país.
Dupla guinada tucana
Por conta de fortes pressões do mercado, os tucanos resolveram abrir janela de negociação com o governo sob o argumento de evitar a pauta-bomba, que imporia rombo de R$ 63 bilhões. A guinada na orientação política tucana aconteceu um dia depois que o PSDB rompeu com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), pressionando-o ainda para se afastar do comando da casa.
Fogueira das vaidades
Começou mal a Comissão Extraordinária das Barragens na Assembleia Legislativa. Depois de perder força, quando deixou ser CPI, ontem, deputados quase foram às vias de fato por uma vaga na comissão que deverá dar maior publicidade à ação parlamentar. Os deputados Fred Costa (PTN) e Agostinho Patrus (PV) se estranharam em plenário. Resultado, Fred ficou de fora, e a comissão cresceu para onze membros. Caberá ao seu presidente e relator, que serão escolhidos, na próxima segunda, entre os governistas, o controle dos trabalhos para que o grupo não se perca na fogueira das vaidades.
Onde está o meu salário?
Aos gritos de “onde está o meu salário?” – em alguns casos, há mais de três meses -, servidores protestam em frente da Prefeitura de Lavras e travam bate-boca com o prefeito Silva Costa Pereira. O prefeito culpa os antecessores e a baixa arrecadação pela falta de dinheiro.
Levy erra ao passar um ano inteiro pregando no deserto de boa vontade do Congresso Nacional, onde a maioria rejeita aumento de carga tributária (nova CPMF) e cortes de gastos (limitação e corte de benefícios previdenciários e trabalhistas). Perdeu o duelo com o Congresso Nacional e, como não conseguiu provar sua tese nem reequilibrar os gastos públicos, queimou seu patrimônio junto ao mercado.
Diante do anti-consenso no qual se transformou, a queda do ministro não deverá provocar mais instabilidade. O dólar e as bolsas já estão preparados para o solavanco e veem na mudança mais uma oportunidade de ajuste das contas públicas, com ingrediente para a retomada do crescimento.
À confiança do empresariado, soma-se a indicação de um nome que pudesse conquistar maior apoio político, como o de Henrique Meirelles, um ex-tucano que trocou o mandato parlamentar e uma trajetória promissora na oposição para reforçar o governo Lula. Ficou lá por oito anos (presidência do Banco Central) e só saiu, exatamente, porque não gozava da confiança da presidente Dilma Rousseff.
Ele é o nome preferido do ex-presidente Lula para o cargo e, por onde anda, fala na maior desenvoltura, e publicamente, que não recebeu nenhum “convite concreto”. Como economia é mais exata do que a política, não é conveniente à presidente deixar seu ministro ao abandono, perdendo totalmente a credibilidade. Se tiver que mudar, que o faça logo, porque a manutenção da situação atual causará mais instabilidade à abalada situação econômica do país.
Dupla guinada tucana
Por conta de fortes pressões do mercado, os tucanos resolveram abrir janela de negociação com o governo sob o argumento de evitar a pauta-bomba, que imporia rombo de R$ 63 bilhões. A guinada na orientação política tucana aconteceu um dia depois que o PSDB rompeu com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), pressionando-o ainda para se afastar do comando da casa.
Fogueira das vaidades
Começou mal a Comissão Extraordinária das Barragens na Assembleia Legislativa. Depois de perder força, quando deixou ser CPI, ontem, deputados quase foram às vias de fato por uma vaga na comissão que deverá dar maior publicidade à ação parlamentar. Os deputados Fred Costa (PTN) e Agostinho Patrus (PV) se estranharam em plenário. Resultado, Fred ficou de fora, e a comissão cresceu para onze membros. Caberá ao seu presidente e relator, que serão escolhidos, na próxima segunda, entre os governistas, o controle dos trabalhos para que o grupo não se perca na fogueira das vaidades.
Onde está o meu salário?
Aos gritos de “onde está o meu salário?” – em alguns casos, há mais de três meses -, servidores protestam em frente da Prefeitura de Lavras e travam bate-boca com o prefeito Silva Costa Pereira. O prefeito culpa os antecessores e a baixa arrecadação pela falta de dinheiro.

Nenhum comentário:
Postar um comentário