sexta-feira, 30 de outubro de 2015

OS OUTROS FIZERAM BENFEITOS!



  

Márcio Doti


O destempero do líder do PT, deputado Sibá Machado, ao enfrentar manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente Dilma, nada mais é do que a tônica de um partido que se acostumou a conviver com baixarias porque é produto delas. Episódios foram vividos nos gabinetes de Brasília e por toda a parte onde o júbilo pelo poder falou mais alto que a própria prudência recomendava, tendo em vista os malfeitos em curso. Um pouco de bom senso bastaria para mostrar a esses que a reação intempestiva e violenta, os gestos tresloucados não cabiam e um dia seriam cobrados.
Vem agora o próprio partido, e segue a linha de Sibá Machado, de lideranças, de trabalhadores há muito vestidos de assalariados governamentais, que já prometeram ir para as ruas como se nas ruas não estivessem também os tantos indignados com tanta baixaria, tanto roubo, tanto desfalque e desrespeito pelo dinheiro e pela coisa pública.
Assegurando ao ex-presidente Lula a condição de grande líder, por mais que em torno dele venham se fechando suspeitas, acusações e indícios de malfeitos, as lideranças do partido não enxergam o grotesco das atitudes, o desespero de pressentir um quadro adverso ao partido, em nada compatível com o velho discurso que insinuava um grupo valente, representante das oposições, defensor dos fracos e oprimidos, mas hoje revelado como aproveitador. O discurso desmentido pela prática. As lideranças derrubadas pelo rastro de realidade que vêm construindo uma trajetória de destruição, de atos absurdos e incompatíveis com o discurso dessa quinta.
Alto preço
O Brasil pagará um alto preço por todas as destruições produzidas até aqui e aquelas que ainda serão praticadas até que prevaleça a seriedade e o país possa reencontrar o caminho do acerto. Os que praticam essas leviandades e esses malfeitos serão punidos, sobretudo pela própria desmoralização, pelo nojo do povo.
Os que oferecem solidariedade estão, em verdade, praticando a cumplicidade e também pagarão pela desavergonhada solidariedade. E os que se calam, comungam ou lavam as mãos, também terão contas a ajustar, não apenas com a Justiça, com os tribunais, mas, sobretudo, com a história.
Serão lembrados por aqueles que estão chegando, os que irão chegar e que encontrarão a terra arrasada ao invés do país arrumado, construído, pronto para servir-lhes de ambiente de trabalho, de afirmação pessoal e pública, de crescimento no panorama internacional.
Desespero
Triste herança, triste legado, impossível de ser varrido para debaixo do tapete porque não há tapete. O que se observa é o desespero da realidade indefensável. Não há o que dizer, mas ainda assim, há os que dizem. Insistem na tese da injustiça, seguem na linha do velho líder que nunca soube de nada, embora vivendo no centro de todas as bandalheiras descobertas lá atrás e mais essas que vamos conhecendo ainda agora.
Quais mais descobriremos ou das quais saberemos, quais? Difícil dizer e repugnante perceber que a desfaçatez é a mais vergonhosa das armas usadas como defesa.

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