quarta-feira, 2 de setembro de 2015

GOVERNO DESASTRADO



  

Jornal Hoje em Dia

 




Depois de fracassar na tentativa de ressuscitar a CPMF, o governo federal, não sabendo mais de onde tirar dinheiro, resolveu atacar áreas que vão impactar diretamente nas festas de final de ano dos brasileiros. A partir de dezembro próximo, quando a população começa as compras de Natal de Ano Novo, as alíquotas de impostos sobre equipamentos eletrônicos e bebidas vão subir.

Como sempre tem feito, o governo busca no bolso dos cidadãos os recursos de que precisa para honrar suas dívidas, em vez de cortar na própria carne, em vez de reduzir o seus gastos desmedidos. O Executivo visa conseguir arrecadar até R$ 11 bilhões ao longo do ano de 2016.

Ao elevar as alíquotas de tablets, smartphones e notebooks, por exemplo, ele vai atingir em cheio no preço dos produtos que vêm sendo os mais procurados na hora da escolha dos presentes de Natal. E no lado da bebida, vinhos e destilados também ficarão mais caros. Pronto, está feito o estrago na mesa natalina dos brasileiros.

Mas não é só isso. Em tempos de dinheiro escasso, aumento do desemprego e lojistas em dificuldades com a queda nas vendas, esse tipo de decisão irá refletir diretamente nos resultados do comércio na principal época de compras do ano. Os empresários terão que repassar os custos maiores dos impostos aos preços finais. Então, uma situação que já está ruim poderá ficar ainda pior.

Conforme mostra reportagem nesta edição, os empresários reclamam que as margens de lucro já estão no limite da redução possível. Um deles chegou a comentar que, no caso da bebida, principalmente a cachaça, o fornecedor aumenta o custo do produto acreditando que o comerciante está ganhando mais, porque ele elevou o preço na vitrine. Só que foi para compensar o imposto maior. E todos acabam perdendo.

Em outro aspecto do “saco de maldades” que vem sendo montado pelo governo federal está a “reoneração” da folha de pagamento das empresas. A desoneração havia sido feita por este mesmo governo para aliviar a carga de custos dos empresários e fomentar a manutenção dos empregos. Em alguns setores como o de serviços a alíquota deverá ter aumento superior a 100%, ou seja, mais que dobrar.

Esse governo já pode receber a alcunha de “desastrado”, por estar fazendo justamente o que não se deveria em uma economia em recessão. É de assustar.

Em tempos de dinheiro escasso, desemprego e lojistas em dificuldades com a queda nas vendas, esse tipo de decisão irá refletir diretamente nos resultados do comércio na principal época de compras do ano

Nenhum comentário:

Postar um comentário