Jornal Hoje em Dia
Depois de fracassar na tentativa de
ressuscitar a CPMF, o governo federal, não sabendo mais de onde tirar dinheiro,
resolveu atacar áreas que vão impactar diretamente nas festas de final de ano
dos brasileiros. A partir de dezembro próximo, quando a população começa as
compras de Natal de Ano Novo, as alíquotas de impostos sobre equipamentos
eletrônicos e bebidas vão subir.
Como sempre tem feito, o governo busca
no bolso dos cidadãos os recursos de que precisa para honrar suas dívidas, em
vez de cortar na própria carne, em vez de reduzir o seus gastos desmedidos. O
Executivo visa conseguir arrecadar até R$ 11 bilhões ao longo do ano de 2016.
Ao elevar as alíquotas de tablets,
smartphones e notebooks, por exemplo, ele vai atingir em cheio no preço dos
produtos que vêm sendo os mais procurados na hora da escolha dos presentes de
Natal. E no lado da bebida, vinhos e destilados também ficarão mais caros.
Pronto, está feito o estrago na mesa natalina dos brasileiros.
Mas não é só isso. Em tempos de
dinheiro escasso, aumento do desemprego e lojistas em dificuldades com a queda
nas vendas, esse tipo de decisão irá refletir diretamente nos resultados do
comércio na principal época de compras do ano. Os empresários terão que
repassar os custos maiores dos impostos aos preços finais. Então, uma situação
que já está ruim poderá ficar ainda pior.
Conforme mostra reportagem nesta
edição, os empresários reclamam que as margens de lucro já estão no limite da
redução possível. Um deles chegou a comentar que, no caso da bebida,
principalmente a cachaça, o fornecedor aumenta o custo do produto acreditando
que o comerciante está ganhando mais, porque ele elevou o preço na vitrine. Só
que foi para compensar o imposto maior. E todos acabam perdendo.
Em outro aspecto do “saco de maldades”
que vem sendo montado pelo governo federal está a “reoneração” da folha de
pagamento das empresas. A desoneração havia sido feita por este mesmo governo
para aliviar a carga de custos dos empresários e fomentar a manutenção dos
empregos. Em alguns setores como o de serviços a alíquota deverá ter aumento
superior a 100%, ou seja, mais que dobrar.
Esse governo já pode receber a alcunha
de “desastrado”, por estar fazendo justamente o que não se deveria em uma
economia em recessão. É de assustar.
Em tempos de dinheiro escasso,
desemprego e lojistas em dificuldades com a queda nas vendas, esse tipo de
decisão irá refletir diretamente nos resultados do comércio na principal época
de compras do ano
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