terça-feira, 29 de setembro de 2015

ESSE REMÉDIO VAI MATAR O DOENTE



  

Márcio Doti




Enquanto a presidente Dilma faz promessas na ONU sobre as metas do Brasil com relação ao clima, mais um complicador pousou no seu gabinete. Desta vez, a Fundação Perseu Abramo, um centro de estudos que o PT mantém, divulga documento assinado também por outras cinco entidades, fazendo duras críticas à política econômica do seu governo. As entidades entendem que as ações do governo estão encaminhando o Brasil para uma recessão que só interessa a banqueiros e a fundos de investimento. Que o ajuste praticado agrava o desemprego, acaba com os salários e, consequentemente, com o poder aquisitivo e anula as políticas sociais. Este é o lado da corda que puxa pelas conquistas sociais sem levar em conta os danos produzidos por gastos que os cofres não suportam. O que começa a aparecer com mais firmeza e tem retumbado nos movimentos sociais é justamente o conflito que põe a presidente Dilma no centro do furacão. Uma economia desordenada em função de gastos excessivos praticados em nome do social. Faltou freio e limite.
E é justamente essa discussão que promete ameaçar planos econômicos, sobretudo em ano eleitoral que está logo ali depois da esquina.
E isso é só mais lenha numa fogueira que já estava ardendo quando a presidente saiu daqui rumo a Nova Iorque e à reunião da ONU. A viagem começou em pleno momento em que desfilava pelas redes sociais um programa do PMDB anunciando um novo Brasil nas vozes do vice-presidente Michel Temer, do presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha e mais governadores e políticos de expressão do PMDB de vários estados brasileiros. Com todo o jeito de uma campanha preparatória de um governo peemedebista. Num grau tão chocante que a presidente decidiu suspender a reforma ministerial que abrigaria mais cinco ministros do partido até então parceiro, o PMDB.
PIMENTEL E A CONTA DE LUZ
Em Minas, o governador Fernando Pimentel é alvo das oposições com o seu aumentaço, especialmente no que diz respeito à elevação do reajuste do ICMS sobre a energia elétrica. E fazem isso explorando vídeo que mostra debate da TV Globo, dia 30 de setembro do ano passado. Ali, Pimentel criticava o valor do ICMS sobre a energia elétrica, na casa dos 30%, enquanto no Rio de Janeiro se cobrava 18%. Era preciso reduzir, dizia Pimentel, para evitar que as empresas continuassem fugindo do Estado.

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