Márcio Doti
Enquanto a presidente Dilma faz
promessas na ONU sobre as metas do Brasil com relação ao clima, mais um
complicador pousou no seu gabinete. Desta vez, a Fundação Perseu Abramo, um
centro de estudos que o PT mantém, divulga documento assinado também por outras
cinco entidades, fazendo duras críticas à política econômica do seu governo. As
entidades entendem que as ações do governo estão encaminhando o Brasil para uma
recessão que só interessa a banqueiros e a fundos de investimento. Que o ajuste
praticado agrava o desemprego, acaba com os salários e, consequentemente, com o
poder aquisitivo e anula as políticas sociais. Este é o lado da corda que puxa
pelas conquistas sociais sem levar em conta os danos produzidos por gastos que
os cofres não suportam. O que começa a aparecer com mais firmeza e tem
retumbado nos movimentos sociais é justamente o conflito que põe a presidente
Dilma no centro do furacão. Uma economia desordenada em função de gastos
excessivos praticados em nome do social. Faltou freio e limite.
E é justamente essa discussão que promete ameaçar planos econômicos, sobretudo em ano eleitoral que está logo ali depois da esquina.
E é justamente essa discussão que promete ameaçar planos econômicos, sobretudo em ano eleitoral que está logo ali depois da esquina.
E isso é só mais lenha numa fogueira
que já estava ardendo quando a presidente saiu daqui rumo a Nova Iorque e à
reunião da ONU. A viagem começou em pleno momento em que desfilava pelas redes
sociais um programa do PMDB anunciando um novo Brasil nas vozes do
vice-presidente Michel Temer, do presidente do Senado, Renan Calheiros, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha e mais governadores e políticos de
expressão do PMDB de vários estados brasileiros. Com todo o jeito de uma
campanha preparatória de um governo peemedebista. Num grau tão chocante que a
presidente decidiu suspender a reforma ministerial que abrigaria mais cinco
ministros do partido até então parceiro, o PMDB.
PIMENTEL E A CONTA DE LUZ
Em Minas, o governador Fernando
Pimentel é alvo das oposições com o seu aumentaço, especialmente no que diz
respeito à elevação do reajuste do ICMS sobre a energia elétrica. E fazem isso
explorando vídeo que mostra debate da TV Globo, dia 30 de setembro do ano
passado. Ali, Pimentel criticava o valor do ICMS sobre a energia elétrica, na
casa dos 30%, enquanto no Rio de Janeiro se cobrava 18%. Era preciso reduzir,
dizia Pimentel, para evitar que as empresas continuassem fugindo do Estado.
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