Proposta de orçamento com
deficit é 'extremamente preocupante', diz Temer
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta segunda-feira (31)
que é uma "coisa extremamente preocupante" o fato de o governo enviar uma proposta orçamentária de 2016 ao
Congresso com previsão de deficit primário, mas que é algo
necessário para a transparência. "É para registrar a transparência
absoluta das questões orçamentárias, ou seja, não há mais maquiagem nas
contas", disse Temer em evento promovido pela revista Exame.
Ele disse que o governo avaliou que sofreria uma derrota se propusesse a
volta da CPMF e que por isso foi melhor ter uma proposta transparente.
"Foi melhor que a transparência se desse para que, desde logo, disséssemos
que precisamos de apoio de todos os setores da sociedade brasileira, do
Congresso, para construirmos juntos uma solução para a crise econômica",
disse o vice-presidente.
Na abertura de sua fala no evento, Temer citou sua polêmica de cerca de
um mês atrás, quando falou da gravidade da crise econômica e política e disse
que o país precisava de "alguém" que reunificasse a nação. Temer
disse que hoje o país passa por um "momento difícil" e que às vezes
as coisas óbvias precisam ser colocadas.
Governo chega ao fundo do poço e o delimita, diz Jucá, sobre Orçamento de 2016
·
Pedro
Ladeira/Folhapress
O senador Romero Jucá (PMDB-RR)
O senador Romero Jucá
(PMDB-RR) elogiou a decisão do governo Dilma Rousseff de mandar nesta
segunda-feira (31) ao Congresso o projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA) de
2016 com deficit.
Para ele, que foi consultado
previamente pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a decisão acaba com a
tentativa do Executivo de continuar a prática de maquiar as contas públicas.
"O governo chega ao fundo do poço e delimita o poço", disse Jucá, que
foi relator do Orçamento deste ano. O peemedebista disse que, antes da adoção
de um orçamento "realista", o mercado projetava o pior, o que levava
os agentes econômicos a serem os mais conservadores possíveis.
Em entrevista ao
"Broadcast", serviço em tempo real da Agência Estado, o senador do
PMDB disse também que uma das soluções para sair do deficit é a emissão de
títulos a fim de rolar a dívida pública.
Ele destacou que, a partir
da constatação do desequilíbrio das contas, o governo terá de trabalhar junto
com outros setores a fim de solucionar o impasse. "A discussão do deficit
coloca todo mundo na busca de uma solução, empresários, Congresso e
governo", avaliou.
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