Conta de luz aumenta 74,66%
em 2015
Com os aumentos já aplicados este ano, mais o índice da revisão
tarifária divulgado no dia 30 de junho, o efeito médio acumulado a ser
percebido pelo cliente residencial chega a 74,66%, a partir da próxima conta,
se comparado com o que era pago em dezembro de 2014.
A revisão tarifária acontece em média a cada quatro anos para todas as distribuidoras
de energia do Brasil. O sistema hidrelétrico (que utiliza água dos rios),
responsável por 70% da energia gerada no país, entrou em colapso. Toda vez que
as usinas hidrelétricas ameaçam não dar conta do recado, são acionadas as
termelétricas que, para gerar energia, usam carvão, gás natural e combustíveis
fósseis, que custam bem mais caro.
Com os aumentos já aplicados este ano, mais o índice da revisão
tarifária divulgado no dia 30 de junho, o efeito médio acumulado a ser
percebido pelo cliente residencial chega a 74,66%
Foto: AES Eletropaulo
Durante o ano de 2015, para repor os altos custos com a geração de energia
devido ao acionamento das usinas termoelétricas, ocorreu a Revisão Tarifária
Extraordinária e a criação do sistema de Bandeiras Tarifárias, ambos definidos
pela Aneel. O acionamento das usinas termoelétricas ocorreu por conta da
crise hídrica que afetou os reservatórios das geradoras do país. Desde janeiro,
a bandeira vermelha, a mais cara, é a que está em vigor.
O acionamento da bandeira (verde, amarela ou vermelha) vigente no
mês independe do seu consumo individual. Ela é definida pela Aneel, com base no
custo de geração de energia elétrica do país e aplicada para todos os clientes
do território nacional.
A situação é grave porque a energia elétrica é um serviço essencial, não
dá para ficar sem. Ao mesmo tempo, o consumidor não pode escolher de qual
empresa comprar a energia, já que o serviço é fornecido em regime de monopólio
natural para os clientes residenciais. Outro fator que contribui para esse
problema é a ausência de utilização em massa de energias renováveis no país
como a eólica e a solar.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) definiu a nova tarifa da
AES Eletropaulo, que entrou em vigor dia 4 de julho. O aumento foi de 15,23% e
o efeito médio percebido pelo cliente residencial é de 17,3%, sobre o valor do
kW/h (consumo).
“Há dois anos, a Aneel vem autorizando reajustes elevados, o que beira a
ilegalidade, já que o Código de Defesa do Consumidor protege os cidadãos de
taxas abusivas. O aumento de custos por fatores climáticos é um risco do
negócio das empresas de energia, as quais, vale lembrar, são privadas. A Aneel
não pode se preocupar só com o equilíbrio econômico-financeiro das companhias e
deixar o consumidor vulnerável a sucessivos aumentos, que, na prática, impõem
uma barreira ao acesso desse serviço essencial”, afirma Carlos Thadeu de
Oliveira, gerente técnico do IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor.
COMENTÁRIO:
As Termelétricas existentes, quase todas pertencem à Petrobras que tem
petróleo e gás para gerar a energia elétrica considerada de custo dito muito
elevado, o que é mentira, pois, para a Petrobras o custo dos combustíveis é irrisório,
não havendo motivo para cobrarem um custo abusivo dos consumidores. O governo e
a imprensa paga por ele mentem para o povo brasileiro e não dizem a verdade sobre
a verdadeira falta de energia ou por que cobram tão caro pela energia produzida.
A corrupção, os gastos desnecessários e a falta de planejamento e investimento
em usinas e linhas de transmissão são as verdadeiras causas para esses aumentos
abusivos que infelizmente recaem sobre todos nós. Nós todos assalariados não
estamos suportando tanta ganância do governo.
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