Vinho e cerveja ajudam a
blindar artérias do colesterol ruim
Iêva Tatiana
- Hoje em Dia
Apaixonado por
vinho, Cássio não abre mão da bebida pelo menos três vezes por semana
Se beber ou não beber for a questão, a resposta será clichê: sim, mas
com moderação. A afirmação não reserva surpresas, mas deve ser levada a sério.
Isso porque depois de muito se falar sobre os benefícios e riscos das bebidas,
médicos e nutricionistas vêm alinhando os discursos e defendendo que, de fato,
existem vantagens no consumo de doses moderadas, sobretudo, dos produtos
fermentados.
As opções com mais propriedades benéficas à saúde são o vinho e a
cerveja. No primeiro caso, os resultados obtidos com a ingestão de duas taças
diárias, pelos homens, e de uma, pelas mulheres, são, além da ação
antioxidante, o aumento de até 10% do chamado colesterol bom (HDL) – resultado
semelhante ao obtido com os exercícios físicos –, e a diminuição da formação de
coágulos.
“Esse conceito (de que vinho faz bem) existe e vem sendo estudado. Volta
e meia sai algo na imprensa leiga e nas publicações científicas. O efeito
antioxidante não deixa o colesterol ruim (LDL) se fixar nas paredes dos vasos
sanguíneos”, explica o cardiologista José Pedro Jorge Filho.
Segundo ele, é seguro afirmar que pessoas que bebem pequenas doses de
vinho, diariamente, são mais beneficiadas do que as que não consomem nada. Já
quem bebe muito deixa de ter qualquer tipo de benefício. “Álcool em excesso
pode provocar aumento de pressão, arritmia, alcoolismo, transtornos de
comportamento e miocardiopatias”, alerta.
Sem culpa
Para os que sabem dosar o consumo, a gerente de Nutrição do Hospital do
Coração de São Paulo, Rosana Perim, acrescenta à lista de benefícios a
contribuição da cerveja, uma das bebidas preferidas e mais consumidas entre os
brasileiros.
“Nesse caso, o maior fornecedor (de benefícios) é o lúpulo. As cervejas
são ricas em fibras e minerais, além de ter vitamina B, que é muito importante
para nossa saúde”, enumera a nutricionista. Segundo ela, de maneira geral, as
bebidas fermentadas apresentam boas propriedades nos componentes.
Para quem teme o aumento da barriguinha, outra boa notícia: a culpa não
é da cerveja, mas dos acompanhamentos. “O ideal é pedir petiscos mais
saudáveis, como queijos magros, espetinhos de legumes e brusquetas. Bebidas
destiladas têm teores alcoólico e calórico maiores do que as fermentadas,
então, quem está brigando com a balança deve evitá-las”, aconselha Rosana
Perim.
BENEFÍCIO COMPROVADO
Ciente do proveito que pode tirar de algumas bebidas – e de que ele vai
além do mero prazer de consumi-las –, o designer de ambientes Cássio Diniz, de
38 anos, não abre mão de um bom vinho. Ele conta que tomou gosto pela bebida há
quase duas décadas e, desde então, não fica sem.
“Bebo pelo menos três vezes por semana. Tenho algumas garrafas que ficam
abertas, cada uma de um tipo de uva, e escolho conforme o humor, para relaxar e
melhorar a energia”, comenta.
Para ele, que também faz parte de um clube de assinantes e recebe, em
casa, exemplares de vinhos de toda parte do mundo, os benefícios, reais, foram
comprovados depois de conhecer a produção.
“Vi pesquisas que mostram que o vinho faz bem à saúde e sobre a
longevidade que proporciona. Conheci algumas vinícolas em viagens e tudo que se
fala é provado nesses lugares. Também conheci pessoas mais velhas que têm o
hábito de consumir a bebida e que são mais relaxadas e vivem melhor”, diz.
Surpresa: cerveja tem ação antioxidante e ajuda na reidratação
Surpresa: cerveja tem ação antioxidante e ajuda na reidratação
Geralmente consumidas no happy hour e nos finais de semana para
descontrair e relaxar, as cervejas também podem ser aliadas da saúde se forem
consumidas adequadamente. Além dos benefícios listados pela gerente de Nutrição
do Hospital do Coração de São Paulo, Rosana Perim, alguns tipos da bebida são
capazes de reidratar atletas, e outros possuem ação antioxidante – proveniente
do lúpulo – mais acentuada do que a de alguns vinhos.
“Mas, claro que não são as do nosso dia a dia”, ressalta o beer
sommelier Tulio Rodrigues, também de São Paulo. Segundo ele, para quem pratica
atividades físicas, por exemplo, existem cervejas com baixo teor alcoólico e
mais sais minerais. Algumas marcas, inclusive, patrocinam eventos esportivos.
Moderação
Mas, para que essas informações não sejam utilizadas como desculpa para
o consumo exagerado, Rosana afirma que a estratégia de economizar no consumo
durante a semana para compensar nos sábados e domingos é equivocada.
“Beber muito em um ou dois dias faz a pessoa exceder os limites diários
recomendados. Isso pode favorecer o ganho de peso, porque o álcool se
transforma em açúcar, e ainda altera o triglicérides e o funcionamento do
fígado”.
Como profissional, Rodrigues também enfatiza a importância de não cair
em tentação, principalmente, porque o Brasil já oferece os 120 estilos de
cervejas produzidos no mundo inteiro. Segundo ele, porém, apesar da oferta e do
aumento no consumo nos últimos cinco anos, a procura por informações também tem
se destacado.
“A busca por cursos é notória. Em 2010, trouxe ao Brasil o primeiro
curso de sommelier de cerveja e, hoje, já existe uma cultura muito grande sobre
esse universo”, comenta o profissional, que ainda dá a dica: “Se beber, não
dirija. Beba sempre com moderação. Beber menos, seguramente, é beber melhor”.
Cientistas descobrem relação entre marcas genéticas e depressão
A presença de marcas genéticas pode ser um caminho para a busca de tratamentos específicos para a depressão. Cientistas ingleses fizeram, pela primeira vez, uma associação entre genes e o diagnóstico da doença. Quase 7% da população mundial tem depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 400 milhões de pessoas. O estudo, publicado pela revista Nature, uma das mais respeitadas pela comunidade científica, foi desenvolvida na Universidade de Oxford. A descoberta pode ajudar a entender melhor a biologia da depressão, além de definir alvos genéticos que medicamentos podem atingir no futuro. Apesar da descoberta, as variantes são responsáveis por menos de 1% das chances de uma pessoa desenvolver a doença.
A presença de marcas genéticas pode ser um caminho para a busca de tratamentos específicos para a depressão. Cientistas ingleses fizeram, pela primeira vez, uma associação entre genes e o diagnóstico da doença. Quase 7% da população mundial tem depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 400 milhões de pessoas. O estudo, publicado pela revista Nature, uma das mais respeitadas pela comunidade científica, foi desenvolvida na Universidade de Oxford. A descoberta pode ajudar a entender melhor a biologia da depressão, além de definir alvos genéticos que medicamentos podem atingir no futuro. Apesar da descoberta, as variantes são responsáveis por menos de 1% das chances de uma pessoa desenvolver a doença.
Plaquetas de sílica são testadas para diagnóstico rápido da hanseníase
Um novo método, mais simples, não invasivo e de baixo custo, para diagnosticar a hanseníase foi desenvolvido no Laboratório Innovare Biomarcadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pela nova metodologia, basta uma plaqueta de sílica de 1 cm² ser colocada sobre a pele do paciente e pressionada levemente por um minuto. Depois, o material é processado e analisado. Com esse procedimento, é possível identificar, em cerca de 5 minutos, marcadores lipídicos em pacientes com a doença. Atualmente, os testes de diagnóstico da hanseníase mais utilizados são a histopatologia diagnóstica e a baciloscopia, que dependem da biópsia da pele, considerada um processo invasivo e de baixa sensibilidade para formas mais brandas da doença, que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas e redução da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato.
Um novo método, mais simples, não invasivo e de baixo custo, para diagnosticar a hanseníase foi desenvolvido no Laboratório Innovare Biomarcadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pela nova metodologia, basta uma plaqueta de sílica de 1 cm² ser colocada sobre a pele do paciente e pressionada levemente por um minuto. Depois, o material é processado e analisado. Com esse procedimento, é possível identificar, em cerca de 5 minutos, marcadores lipídicos em pacientes com a doença. Atualmente, os testes de diagnóstico da hanseníase mais utilizados são a histopatologia diagnóstica e a baciloscopia, que dependem da biópsia da pele, considerada um processo invasivo e de baixa sensibilidade para formas mais brandas da doença, que se manifesta, principalmente, por lesões cutâneas e redução da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato.
Pesquisa da USP sugere Manteiga enriquecida para tratar alzheimer
Pesquisadores brasileiros demonstraram que o consumo de um tipo de manteiga enriquecida com ácido graxo extraído do leite ajuda no tratamento de pacientes em fase inicial do Alzheimer. A dieta aumenta a atividade de uma enzima vinculada à memória e reduz os danos da doença ao cérebro. O estudo é desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP).
Pesquisadores brasileiros demonstraram que o consumo de um tipo de manteiga enriquecida com ácido graxo extraído do leite ajuda no tratamento de pacientes em fase inicial do Alzheimer. A dieta aumenta a atividade de uma enzima vinculada à memória e reduz os danos da doença ao cérebro. O estudo é desenvolvido na Universidade de São Paulo (USP).

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