Orçamento para 2015 prevê
R$ 1,35 TRILHÃO para a dívida pública
Projeto de Lei Orçamentária para 2015, prevê 47% dos recursos para juros
e amortizações da dívida pública
Valor destinado à dívida em 2015 aumenta 35% em relação à previsão para
2014
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2015, prevê um total de
despesas de R$ 2,863 trilhões, das quais R$ 1,356 trilhão (47%) destinam-se ao
pagamento de juros e amortizações da dívida pública.
Este valor representa 13 vezes mais que os recursos previstos para a
saúde, 13 vezes mais que os recursos previstos para educação, ou 54 vezes os
recursos previstos para transporte.
O PLOA 2015 prevê um aumento do salário mínimo (acima da inflação
indicada pelo IBGE) de apenas 2,3%. Mantendo-se este ritmo, serão necessários
61 anos para que o salário mínimo atual (R$ 724) atinja o salário exigido pela
Constituição (R$ 2.915,07, conforme o DIEESE), capaz de atender às necessidades
vitais básicas dos trabalhadores e às de sua família com moradia, alimentação,
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
A eterna justificativa oficial para este aumento pífio é que a
Previdência Social não teria recursos para aumentar as aposentadorias, porém, a
Previdência está inserida na Seguridade Social (na qual estão também as áreas
de saúde e assistência), que apresenta superávits gigantescos, de mais de R$ 70
bilhões por ano. O problema é que o
governo utiliza a maior parte do orçamento federal para pagar a questionável
dívida pública.
Dos R$ 1,356 trilhão previstos para o pagamento da dívida em 2015, R$
868 bilhões (64%) são apresentados como sendo “refinanciamento” da dívida,
valor este que é constantemente desprezado por analistas neoliberais e pessoas
ligadas ao governo, alegando que se trataria de uma mera “rolagem”, ou seja, o
pagamento de amortizações (principal) da dívida por meio da emissão de novos
títulos. Segundo estes analistas, isto representaria apenas a troca de títulos
velhos por novos, sem custo para o governo.
Porém, a recente CPI da Dívida realizada na Câmara dos Deputados revelou
que grande parcela da “rolagem” não representa o pagamento de amortizações, mas
sim, o pagamento de juros, sendo que o governo não divulga tal parcela. Além do
mais, se a atual questionável dívida não existisse, as novas dívidas que estão
sendo feitas para pagar a tal “rolagem” poderiam servir para investimentos na
saúde, educação, transporte e diversas outras áreas sociais.
Dívida pública sobe 0,42% em abril, para R$ 2,45 trilhões
Aumento da dívida no mês está relacionado a
apropriação de juros.
Dívida externa recuou por conta da valorização do real.
Do G1, em São Paulo
A dívida pública federal, que inclui os
endividamentos interno e externo do governo, registrou aumento de 0,42% em
abril deste ano, para R$ 2,45 trilhões, segundo informações divulgadas nesta
segunda-feira (25) pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em março, o
endividamento público estava em R$ 2,44 trilhões.
Os números oficiais mostram que o aumento
da dívida em abril deste ano está relacionado, principalmente, a apropriação de
juros (quando os juros passam a fazer parte do principal da dívida) de R$ 20,7
bilhões.
O governo, no entanto, pagou mais dívidas
do que emitiu, resultando em resgate líquido de R$ 20,43 bilhões – no mês
passado, foram emitidos R$ 102,2 bilhões em papéis da dívida federal, ao mesmo
tempo em que foram resgatados (pagos) R$ 112,6 bilhões.
Interna e externa
Em abril, o estoque da dívida interna cresceu 0,75%, passando de R$ 2,3 trilhões para R$ 2,23 trilhões. devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 27,08 bilhões, descontada em parte pelo resgate líquido, no valor de R$ 9,77 bilhões.
Em abril, o estoque da dívida interna cresceu 0,75%, passando de R$ 2,3 trilhões para R$ 2,23 trilhões. devido à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 27,08 bilhões, descontada em parte pelo resgate líquido, no valor de R$ 9,77 bilhões.
Já a dívida externa sofreu redução de
5,64%, para R$ 117,68 bilhões. A variação, segundo o Tesouro, deveu-se
principalmente pela valorização do real frente às moedas que compõem o estoque
da dívida externa.
Programação para 2015
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fim deste ano – R$ 305 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2014.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública pode chegar ao patamar máximo de R$ 2,6 trilhões no fim deste ano – R$ 305 bilhões a mais em relação ao fechamento de 2014.
O Plano Anual de Financiamento (PAF) da
dívida pública, feito pelo Tesouro Nacional, também estabelece um piso de R$
2,45 trilhões para o débito público no fim deste ano, o que representaria uma
alta de R$ 155 bilhões em comparação com dezembro do ano passado.
Em 2015, os vencimentos de títulos
públicos previstos somam R$ 571 bilhões, ao mesmo tempo em que os encargos da
dívida pública totalizam R$ 63 bilhões. O governo prevê, entretanto, o uso de
R$ 147,1 bilhões em recursos orçamentários para pagar os vencimentos neste ano.
COMENTÁRIO:
O melhor é não fazer
dívidas. Caso elas ocorram, é recomendável um endividamento de no máximo de 30%
da renda da pessoa ou empresa. Fica difícil pagar uma dívida cujo valor ultrapasse
esse limite.
A única diferença entre
o endividamento da pessoa física ou empresarial
para o governo é que o
contribuinte não pode emitir dinheiro e o governo pode, dai a dívida do
contribuinte não poder aumentar e a do governo pode aumentar indefinidamente com
a concordância do Congresso.
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