Empada humana e macaxeira:
conheça a história de um canibal
Preso desde 2012, o criminoso recebeu repórter de
jornal britânico e relatou com detalhes os assassinatos de três mulheres
O Daily Mail entrevistou por quatro horas o assassino e canibal
brasileiro Jorge Beltrão Negromonte, 54 anos, ex-professor universitário que
cumpre pena de 23 anos no presídio nordestino de Pesqueira, que contou, pela
primeira vez, os detalhes de seus crimes juntamente da mulher e da amante.
Preso desde 2012, quando foram desmascarados pela polícia após o terceiro
assassinato, Negromonte relata os rituais “satânicos” e canibais posteriores às
mortes.
Negromonte defende
ser uma “mente superior” e chegou a se comparar com gênios como Einstein em
entrevista ao jornal britânico
Foto: Daily Mail /
Reprodução
Com “calma e um bom português”, segundo o repórter Matt Roper, o
assassino de 54 anos afirmou ter matado três jovens mulheres – de 17, 20 e 21
anos – com o apoio da esposa Isabel e da amante, que tinha apenas 16 anos na
época. Segundo Negromonte, da cidade de Guaranhuns, a ideia de matar as vítimas
e comê-las foi da amante, Bruna da Silva, que conseguia “controlá-lo” como
ninguém, já que ele alega ser esquizofrênico e diz ter parado de tomar os
medicamentos a pedido da amante.
O assassino ainda afirma ter matado e que ainda mataria, caso estivesse fora
da cadeia. "Eu acredito que, para as pessoas é seguro que eu, Jorge,
esteja aqui", disse ele. "Eu estou aqui, algemado, na prisão. Se
eu fosse liberado, como eu sou hoje, eu poderia fazer mais".
Sobre seu "gosto" por carne humana, Negromonte contou que
"não é diferente de carne de vaca, tem o mesmo gosto e a mesma
consistência suculenta. Não é mais delicioso do que a carne, mas também não é
menos delicioso".
Segundo ele, as duas mulheres preparavam a carne.
"Cozinharam em um guisado mexicano, com legumes. Isabel utilizou para
fazer um prato típico nordestino chamado macaxeira, feito de raiz de mandioca,
que ficou saboroso. Eu não me lembro se alguma vez fritamos como um
bife. Eu comprei uma máquina de moer para Bruna, para fazer carne
moída, mas eu não tenho certeza se ela usou. A carne durava três ou
quatro dias. Fazíamos o almoço e jantar, até que tudo se foi",
explicou.
Ao mesmo tempo em que cita a esquizofrenia, Negromonte defende ser uma
“mente superior” e chegou a se comparar com gênios como Einstein, ao justificar
seus crimes como uma vingança às mulheres férteis e sem alguma instrução que
eram capazes de gerar filhos, ao contrário de sua esposa. Desta forma, o homem
mostra um ressentimento por não conseguir ter família. “Me sinto uma vítima também.
Não sei se elas eram inocentes. Minha mulher engravidou por duas vezes e
perdeu. Depois fomos ao médico e não sei o que fizeram, mas ela não conseguiu
engravidar mais. (...) A gente olhava ao nosso redor e víamos aquelas mulheres
sem instrução, falando mal o português, e gerando crianças”, contou.
Desenhos chocantes
revelam crimes de trio e seus rituais satânicos
Foto: Daily Mail /
Reprodução
De acordo com seu relato, Isabel e Bruna escolhiam as potenciais vítimas
e as levavam para casa com ofertas de trabalho como babá. Todas eram mulheres
férteis. O trio então realizava um ritual macabro, assassinava as vítimas,
guardava a carne “suculenta como bife”, conforme comparou o canibal, e
enterravam seus ossos no quintal.
Os crimes bárbaros do triângulo amoroso chocaram o Brasil, quando foram
finalmente descobertos, em março de 2012. Na época, os moradores de Guaranhuns
também tiveram uma surpresa repugnante: eles também tinham, involuntariamente,
comido os restos mortais das vítimas, em bolos de carne recheadas - ou
'empadas' - que Isabel tinha vendido nas ruas.
Os crimes - ou, parte deles – foram desenhados por Negromonte em um caderno.
As imagens chocantes revelam um pouco desses rituais satânicos e das mortes das
jovens inocentes.


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