sexta-feira, 22 de maio de 2015

PERDAS E GANHOS



Peça Teatral: Perdas e Ganhos

Dirigida por Beth Goulart, Nicette Bruno estrela o monólogo “Perdas e Ganhos”, adaptado da obra de Lya Luft

O espetáculo tem como um de seus objetivos levar o público para um processo reflexivo diante da vida, de suas escolhas, atitudes e opções, valorizar os afetos e as relações que desenvolvemos desde o nascimento com nossa família, amigos, amores, consigo mesmo e com a natureza. Como lidamos com o tempo, sabemos envelhecer com sabedoria? Sabemos superar os momentos difíceis ou nos entregamos ao desânimo e a frustração? A vida é um processo de constantes transformações e isso nos assusta. Aprender a encontrar a força dentro de nós é uma das lições que a vida nos propõe. Às vezes precisamos perder para valorizar o que agora perdemos uma pessoa, a saúde, o emprego, amores ou a própria vida!
“Perdas e Ganhos” fala de superação, capacidade de seguir adiante enfrentando o desafio de ser feliz!
Queremos com este espetáculo também fomentar a leitura. A cada apresentação a produção vai sortear 2 livros da obra de Lya Luft da Editora Record. Conhecer o pensamento de autores importantes aguça nosso próprio pensamento e amplia nosso olhar diante do mundo, da arte e do ser humano!
Sinopse do Espetáculo: Uma das principais funções do teatro é levar o público a se conhecer melhor encarando-se no espelho mágico do palco.
Neste espetáculo as palavras e reflexões de Lya Luft, uma autora conectada com seu tempo recebem a sabedoria e a presença iluminada de Nicette Bruno, atriz cuja trajetória de vida se confunde com a própria história do Teatro Brasileiro e será a condutora narrativa do espetáculo.
Os temas que serão debatidos são muitos e vão desde o nascimento, educação, valores familiares, relações afetivas, amadurecimento, velhice, solidão, autoestima até a transformação e a morte.
Nossa trajetória de vida vem de nossas escolhas e consequências.
Sabemos a diferença entre viver e sobreviver? Envelhecer com sabedoria? Construir um relacionamento com saúde e amor? Valorizar nossos ganhos e ultrapassar nossas perdas?
Para isso temos que ter um espaço interno onde guardamos nosso maior tesouro, os laços afetivos. Nossa família, amigos, amores, conquistas, desejos e anseios diante da vida. A profissão e a realização pessoal.
Para que o teatro aconteça precisamos criar situações de dramaturgia, pequenos efeitos teatrais e o surgimento de alguns personagens para que haja o envolvimento com a plateia.
Nesta proposta vamos usar a tecnologia para que possamos nos conectar com a modernidade da linguagem virtual sem perder a mais antiga forma do teatro: uma atriz sozinha em cena falando seu texto. Com a luz inspirada de Maneco Quinderé.
Teremos projeções num cenário que irá se transformar conforme a narrativa e a necessidade. As imagens serão produzidas pelos artistas Raquel Couto e Rodrigo Benatti num cenário criado por Ronald Teixeira.
Tivemos a liberdade poética de usar três personagens da obra “O silêncio dos Amantes” de Lya Luft para interagir com a figura da narradora de Nicette e serão interpretadas pela própria atriz criando um jogo de envolvimento e distanciamento dos temas que serão abordados com uma trilha sonora especialmente criada por Alfredo Sertã.
O teatro é uma arte coletiva, acreditamos na capacidade transformadora do homem diante de si mesmo e de seu semelhante.
Como diz a própria Lya: “Espero que este texto traga esperança  porque acredito que a felicidade é Possível, que o amor é Possível, que não existem só desencontro e traição mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza. Assim também acreditamos nós!



                               Beth Goulart e Nicette Bruno: “Perdas e Ganhos” 

             “Mas a perda do amor levado pela morte é a perda das perdas”

A frase acima é uma das mais simbólicas do espetáculo “Perdas e Ganhos”, adaptação do livro homônimo publicado por Lya Luft em 2003. Quem vai interpretá-la é Nicette Bruno. Sob a direção de sua filha do meio, Beth Goulart, a atriz estreia o monólogo em 29 de novembro em Porto Alegre, no Theatro São Pedro. Guiada pela emoção, Nicette propõe reflexões sobre a maturidade e valores familiares, discute as escolhas e repensa a necessidade de abrir mão de algumas coisas para conhecer dias felizes e driblar dificuldades.
Levar “Perdas e Ganhos” para o teatro é um projeto acalentado por mãe e filha há quatro anos. Entre uma novela e outra, Nicette burilou um pouco mais esse sonho. E também enfrentou obstáculos. A perda, a maior delas, do seu marido, o ator Paulo Goulart, em março, serviu para dar mais sentimento às palavras de Lya transformadas em dramaturgia por Beth. E surge como uma espécie de superação.

“Não deveríamos ter de perder nada: nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas. Mas a realidade é outra: experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas. Não há como não sofrer. A dor é importante, também é um aprendizado”.

O apoio dos outros, o abraço e o colo são passageiros. A força decisiva terá de vir de nós. Por mais devorador que seja o mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.
Sob o golpe de uma doença grave, ao saber que se pode morrer em breve ou perder a pessoa amada, a gente bate a cabeça contra uma parede alta e fria. Porque até o dia da perda vivemos sem pensar. Corremos desnorteados no tempo sem valorizar o que agora perdemos.
Quem sabe perder nos faça amar melhor isso que só nos será tirado no último instante: a própria vida. Não acredito em poses e posturas. Mas acredito em afetos e tenho consciência de que somos parte de um misterioso ciclo vital que nos confere significação.
A perda da saúde se compensa com lenitivos e melhoras que a medicina traz. Perda de dinheiro ou emprego podem ser remediados. Perda da juventude tem a ver com o quanto somos vazios. Mas a perda do amor levado pela morte é a perda das perdas.”


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