Peça Teatral: Perdas e Ganhos
Dirigida por Beth Goulart, Nicette Bruno estrela o monólogo “Perdas e Ganhos”, adaptado da obra de Lya Luft
O espetáculo tem
como um de seus objetivos levar o público para um processo reflexivo diante da
vida, de suas escolhas, atitudes e opções, valorizar os afetos e as relações
que desenvolvemos desde o nascimento com nossa família, amigos, amores, consigo
mesmo e com a natureza. Como lidamos com o tempo, sabemos envelhecer com
sabedoria? Sabemos superar os momentos difíceis ou nos entregamos ao desânimo e
a frustração? A vida é um processo de constantes transformações e isso nos
assusta. Aprender a encontrar a força dentro de nós é uma das lições que a vida
nos propõe. Às vezes precisamos perder para valorizar o que agora perdemos uma
pessoa, a saúde, o emprego, amores ou a própria vida!
“Perdas e Ganhos”
fala de superação, capacidade de seguir adiante enfrentando o desafio de ser
feliz!
Queremos com este
espetáculo também fomentar a leitura. A cada apresentação a produção vai
sortear 2 livros da obra de Lya Luft da Editora Record. Conhecer o pensamento
de autores importantes aguça nosso próprio pensamento e amplia nosso olhar
diante do mundo, da arte e do ser humano!
Sinopse do
Espetáculo: Uma das principais funções do teatro é levar o público a se conhecer
melhor encarando-se no espelho mágico do palco.
Neste espetáculo as
palavras e reflexões de Lya Luft, uma autora conectada com seu tempo recebem a
sabedoria e a presença iluminada de Nicette Bruno, atriz cuja trajetória de
vida se confunde com a própria história do Teatro Brasileiro e será a condutora
narrativa do espetáculo.
Os temas que serão
debatidos são muitos e vão desde o nascimento, educação, valores familiares,
relações afetivas, amadurecimento, velhice, solidão, autoestima até a
transformação e a morte.
Nossa trajetória de
vida vem de nossas escolhas e consequências.
Sabemos a diferença
entre viver e sobreviver? Envelhecer com sabedoria? Construir um relacionamento
com saúde e amor? Valorizar nossos ganhos e ultrapassar nossas perdas?
Para isso temos que
ter um espaço interno onde guardamos nosso maior tesouro, os laços afetivos.
Nossa família, amigos, amores, conquistas, desejos e anseios diante da vida. A
profissão e a realização pessoal.
Para que o teatro
aconteça precisamos criar situações de dramaturgia, pequenos efeitos teatrais e
o surgimento de alguns personagens para que haja o envolvimento com a plateia.
Nesta proposta vamos
usar a tecnologia para que possamos nos conectar com a modernidade da linguagem
virtual sem perder a mais antiga forma do teatro: uma atriz sozinha em cena
falando seu texto. Com a luz inspirada de Maneco Quinderé.
Teremos projeções
num cenário que irá se transformar conforme a narrativa e a necessidade. As
imagens serão produzidas pelos artistas Raquel Couto e Rodrigo Benatti num
cenário criado por Ronald Teixeira.
Tivemos a liberdade
poética de usar três personagens da obra “O silêncio dos Amantes” de Lya Luft
para interagir com a figura da narradora de Nicette e serão interpretadas pela
própria atriz criando um jogo de envolvimento e distanciamento dos temas que serão
abordados com uma trilha sonora especialmente criada por Alfredo Sertã.
O teatro é uma arte
coletiva, acreditamos na capacidade transformadora do homem diante de si mesmo
e de seu semelhante.
Como diz a própria
Lya: “Espero que este texto traga esperança porque acredito que a
felicidade é Possível, que o amor é Possível, que não existem só desencontro e
traição mas ternura, amizade, compaixão, ética e delicadeza. Assim também
acreditamos nós!
“Mas a perda do amor levado pela morte é
a perda das perdas”
A frase acima é uma das mais simbólicas
do espetáculo “Perdas e Ganhos”, adaptação do livro homônimo publicado por Lya
Luft em 2003. Quem vai interpretá-la é Nicette Bruno. Sob a direção de sua
filha do meio, Beth Goulart, a atriz estreia o monólogo em 29 de novembro em
Porto Alegre, no Theatro São Pedro. Guiada pela emoção, Nicette propõe
reflexões sobre a maturidade e valores familiares, discute as escolhas e
repensa a necessidade de abrir mão de algumas coisas para conhecer dias felizes
e driblar dificuldades.
Levar “Perdas e Ganhos” para o teatro é
um projeto acalentado por mãe e filha há quatro anos. Entre uma novela e outra,
Nicette burilou um pouco mais esse sonho. E também enfrentou obstáculos. A
perda, a maior delas, do seu marido, o ator Paulo Goulart, em março, serviu
para dar mais sentimento às palavras de Lya transformadas em dramaturgia por
Beth. E surge como uma espécie de superação.
“Não
deveríamos ter de perder nada: nem saúde, nem afetos, nem pessoas amadas. Mas a
realidade é outra: experimentamos uma constante alternância de ganhos e perdas.
Não há como não sofrer. A dor é importante, também é um aprendizado”.
O apoio dos outros, o abraço e o colo são
passageiros. A força decisiva terá de vir de nós. Por mais devorador que seja o
mesmo sofrimento que derruba faz voltar a crescer.
Sob o golpe de uma doença grave, ao saber
que se pode morrer em breve ou perder a pessoa amada, a gente bate a cabeça
contra uma parede alta e fria. Porque até o dia da perda vivemos sem pensar.
Corremos desnorteados no tempo sem valorizar o que agora perdemos.
Quem sabe perder nos faça amar melhor
isso que só nos será tirado no último instante: a própria vida. Não acredito em
poses e posturas. Mas acredito em afetos e tenho consciência de que somos parte
de um misterioso ciclo vital que nos confere significação.
A perda da saúde se compensa com
lenitivos e melhoras que a medicina traz. Perda de dinheiro ou emprego podem
ser remediados. Perda da juventude tem a ver com o quanto somos vazios. Mas a
perda do amor levado pela morte é a perda das perdas.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário