ESTE MENSALÃO 2 É DIFERENTE DO MENSALÃO 1. NESTE CASO, ESTÁ
HAVENDO DENÚNCIAS E DENÚNCIAS GRAVES E NO CASO ANTERIOR O MARCOS VALERIO NÃO
QUIS FALAR E POR ISSO PEGOU MAIS DE 40 ANOS E OS MENSALEIROS JÁ ESTÃO SOLTOS. SE
O AÉCIO GANHAR, VAI DESCOBRIR TANTA “MUTRETA” QUE VAI ARREPIAR QUALQUER UM. ESTE
CASO DE ROUBO NA PETROBRAS É MUITO PIOR QUE OS ATENTADOS E MORTES DA ÉPOCA DE
GETÚLIO VARGAS.
Gleisi Hoffmann recebeu R$
1 milhão de esquema da Petrobras
Mesma quantia foi repassada a Paulo Bernardo,
ministro das Comunicações do governo Dilma, segundo o ex-diretor da estatal
Paulo Roberto Costa
O
ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou ao Ministério Público que
Gleisi Hoffmann recebeu R$ 1 milhão do esquema da Petrobras para sua
campanha ao Senado petista em 2010, segundo informações do jornal Estado
de S. Paulo. Gleisi se isentou do mandato no ano seguinte para ser
ministra-chefe da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff.
O
ex-diretor de Abastecimento da estatal afirmou ter recebido um pedido do doleiro
Alberto Youssef - alvo da Operação Lava Jato, que investiga denúncias de
corrupção e lavagem de dinheiro dentro da Petrobras - para "ajudar na
candidatura" da ex-senadora. O dinheiro, segundo a Polícia Federal, foi
entregue em espécie a um "emissário" da campanha de Gleisi.
De acordo
com o ex-diretor, o valor era derivado de uma cota equivalente a 1% sobre o
valor de contratos superfaturados da Petrobrás e era da "propina do
PP", partido da base aliada do governo Dilma.
Costa
contou também que o repasse para a campanha de Gleisi pode ser comprovado
através da inscrição que ele lançou em sua agenda pessoal, apreendida pela Polícia
Federal durante a operação Lava Jato. No caderno também constam anotações que,
segundo o ex-diretor, atestam o repasse de R$ 1 milhão feito a outro membro do
PT, Paulo Bernardo, que desde 2011 é ministro das Comunicações do governo
Dilma.
Após
fazer um acordo de delação premiada, Costa contou que o PT e o PMDB recebiam
parcelas dos contratos de diretorias da Petrobras, e que, em alguns casos,
3% do valor ia pra o partido do governo. Construtoras também doaram milhôes a
partidos da base parlamentar de apoio ao governo em 2010, segundo o ex-diretor.
Youssef: para fazer obra para Petrobras, só pagando pedágio
Doleiro disse que não era mentor nem chefe do esquema, somente uma "engrenagem"
Roger
Pereira
Em depoimento na tarde de ontem na
sede da Justiça Federal no Paraná, o doleiro Alberto Youssef disse que operava
o sistema de propina na Petrobras desde setembro de 2005, através do
ex-deputado José Janene. Ele disse que era responsável pela operação financeira
do esquema que funcionava através do ex-diretor de abastecimento da estatal,
Paulo Roberto Costa, e que esse não era o único esquema dentro da companhia.
“Toda empresa que tinha uma obra
na Petrobras, tinham que pagar 1% para a área de abastecimento e 1% para a área
de serviços”, conta, dizendo que operava as propinas na área de abastecimento e
que a área de serviços era operada por João Vaccari. O dinheiro desviado,
segundo o doleiro, ia para “agentes políticos”.
Depondo na Justiça Federal do
Paraná, Youssef foi orientado a não citar o nome de nenhum político com mandato
por conta do foro privilegiado dos mesmos, referindo-se a todos apenas como
agentes políticos. Apesar de ainda não ter acordo de delação premiado
homologado, Youssef depôs como colaborador após concordância da promotoria, do
juiz Sérgio Moro e de sua defesa de que o depoimento já poderia fazer parte do
acordo que deverá ser confirmado nos próximos dias.
“Não sou mentor nem chefe desse
esquema. Sou apenas uma engrenagem desse assunto que ocorria na Petrobras,
tinha gente muito acima disso e acima, inclusive de Paulo Roberto Costa,
agentes políticos, disse”.
Segundo o doleiro, em todos os
contratos da Petrobras com empreiteiras ele recebia 1% do valor a título de
propina. Desse total, 30% ia para Paulo Roberto Costa, 5% ficava com ele a
título de comissão pelo serviço prestado e todo o restante era destinado a
“agentes políticos”, ligados ao PP, ao PT e ao PMDB.
O doleiro exemplificou o esquema
com o caso da Camargo Corrêa na obra da refinaria Abreu e Lima. “A Camargo usou
a Sanko Sider como fornecedora de tubulação e fez o repasse através da emissão
de notas de serviço. A Sanko realmente presatou o serviço à Camargo, mas o
valor pago foi acrescido do valor para que o repasse aos agentes políticos
pudesse ser feito”, disse. Segundo o doleiro OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht,
Mendes Junior, Andrade Gutierrez e UTC Engenharia, entre outras empresas
adotavam a prática. “As empresas tinham muito claro que só conseguiam o
contrato se pagassem o pedágio. Caso contrário, havia pressão política e
interferência do Paulo Roberto para que elas perdessem o contrato. As
empreiteiras, inclusive, loteavam previamente entre si qual pegaria qual obra”,
disse, confirmando um cartel entre as empreiteiras.
Youssef deu nome de todos os
diretores de empreiteiras com que tratou, geralmente presidentes,
vice-presidentes ou diretores de óleo e gás. Ele disse que, enquanto operava o
esquema para o PP, João Vaccari fazia o mesmo para o PT e Fernando Soares, para
o PMDB.
Questionado pelo próprio advogado
se tinha conhecimento de que, alguns meses antes de Costa assumir a diretoria
de abastecimento, que foi retirado do cargo por não concordar em participar do
esquema, Youssef negou, mas informou que, para que Paulo Roberto Costa
assumisse a diretoria de abastecimento, os agentes políticos trancaram a pauta
do Congresso durante 90 dias. “O presidente da época, Luiz Inácio Lula da
Silva, ficou louco, mas teve que ceder e empossar Costa na diretoria”.
Outros réus no processo que também
foram convocados a depor ontem, Esdra de Arantes Ferreira, Leandro Meirelles,
Pedro Argese Júnior, utilizaram o direito de permanecerem calados e não
responderam a nenhum questionamento.
Também havia cartéis fora da Petrobras, diz ex-diretor
Paulo Roberto Costa disse que desvios seguiam para partidos da base governista
"A cartelização funcionava na
Petrobras e fora da Petrobras. Funcionou, por exemplo, na Repar (Refinaria do
Paraná). Em Angra dos Reis e nas hidrelétricas do Norte do País", disse
Paulo Roberto Costa
Foto: Fabio
Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
Em depoimento à Justiça Federal no
Paraná, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse
que também havia influência de partidos políticos em outras empresas do governo
federal além da petroleira, de acordo com informações publicadas pelo jornal O
Globo.
“A cartelização funcionava na
Petrobras e fora da Petrobras. Funcionou, por exemplo, na Repar (Refinaria do
Paraná). Em Angra dos Reis e nas hidrelétricas do Norte do País”, disse Costa.
O ex-diretor disse que
empreiteiras que realizavam obras para a Petrobras pagavam propinas de 3% dos
contratos para os partidos da base governista (PT, PP e PMDB). Segundo ele, as
empresas temiam, em represália, ficar sem receber contratos em outras obras dos
ministérios ou estatais.
“Primeiro, as empresas tinham
interesses em outros ministérios, capitaneados pelos partidos políticos. As
empresas que atuam na Petrobras são as mesmas que atuam em obras de ferrovias,
rodovias, aeroportos, portos, usinas hidrelétricas, de saneamento básico, no
Minha Casa Minha Vida. Ou seja, em todos os programas a nível de governo tem
partidos políticos interessados”, afirmou Costa.
De acordo com informações da Folha
de S. Paulo, Costa trabalhou para o senador Lindbergh Farias (PT) nas eleições
deste ano para o governo do Estado do Rio de Janeiro. Uma de suas incumbências
era pedir doações a empreiteiras em nome do candidato. Por meio de sua
assessoria, o petista confirmou que Costa participou de três reuniões de sua
campanha, mas somente para colaborar com a elaboração do programa de governa na
área de óleo e gás.
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Paulo Roberto Costa fez acordo de delação premiada com procuradores da Operação
Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro. O acordo prevê uma
pena menor em troca de informações. O ex-diretor da Petrobras deixou a
carceragem da Polícia Federal no último dia 1º e está em prisão domiciliar em sua
casa, no Rio de Janeiro.
Desvio na Petrobras financiou PT, PMDB e PP, diz ex-diretor
Dinheiro foi repassado para as campanhas políticas de 2010, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa
Paulo Roberto Costa foi nomeado
para o cargo em 2004, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e
demitido em 2012 por Dilma Rousseff
Foto: Fabio
Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil
Em depoimento à Justiça Federal na
quarta-feira, em Curitiba, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse
que recursos para obras da estatal foram desviados para financiar campanhas de
três partidos nas eleições de 2010. De acordo com informações dos jornais Folha
de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o executivo se referia ao PT, PMDB e PP.
O dinheiro correspondia a 3% dos
valores líquidos dos contratos. Esse percentual era dividido entre o próprio
Costa e os partidos, segundo advogados que acompanharam o interrogatório.
Costa foi nomeado para o cargo em
2004, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e demitido em 2012
por Dilma Rousseff. Ele foi indicado or sugestão do deputado José Janene
(PP/PR), apontado pela Polícia Federal como parceiro do doleiro Alberto
Youssef. O apoio do PT e do PMDB teria vindo depois.
A acusação sobre os desvios para
campanhas em 2010 foi feita no primeiro depoimento à Justiça após Costa ter
feito acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato, que
investiga esquema de lavagem de dinheiro. O acordo prevê uma pena menor em
troca de informações. O ex-diretor da Petrobras deixou a carceragem da Polícia
Federal no último dia 1º e está em prisão domiciliar em sua casa, no Rio de
Janeiro.
Ele ainda disse que foi nomeado
pelo cargo já sabendo que teria de levantar recursos ilícitos para os partidos.
Além disso, teriam participado do esquema o presidente da Transpetro, Sérgio
Machado, e três ex-diretores da estatal: Nestor Cerveró, Jorge Zelada e Renato
Duque.
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