A PRESIDENTE DA
REPÚBLICA E CANDIDATA À REELEIÇÃO, É A
CHEFE DA POLÍCIA FEDERAL E COMO CHEFE, NÃO SABE O QUE SEUS SUBORDINADOS FAZEM? ME ENGANA QUE EU GOSTO.
Dilma
quer ser vista como boba, não cúmplice
Josias de
Souza
O Brasil não conhecia direito a
Dilma Rousseff que elegera em 2010. Após passar três anos e oito meses tentando
descobrir o que a personagem estava fazendo no Planalto, o país teve,
finalmente, uma pista. Dilma talvez esteja em Brasília a passeio, eis a
revelação.
Nesta segunda-feira, questionada
em sabatina sobre a
delação de um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, a suposta
presidente da República fez lembrar o Lula da época da explosão do mensalão:
“Eu não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da Petrobras'', disse
ela.
Na área econômica, a mística da
gerente infalível já tinha evaporado. A menos de quatro meses do encerramento
do seu mandato, Dilma entrega uma mistura de economia estagnada com inflação
alta. Mas, no setor energético, a sucessora de Lula ainda jactava-se de sua
biografia de mostruário.
A Petrobras era, por assim dizer,
o habitat natural de Dilma. Ministra de Minas e Energia, ela teve a estatal sob
seu comando. Transferida para a Casa Civil, manteve-se na presidência do
Conselho de Administração da companhia. Eleita presidente da República,
entregou o comando da petroleira a Graça Foster, pessoa da sua irrestrita
confiança.
Dilma costumava dizer que
converteria a Petrobras num exemplo. Agora sabe-se de quê! Com o melado a
tocar-lhe o bico do sapato, a ex-ministra de Minas e Energia, ex-presidente do
petroconselho, hoje presidenta do 'governo democrático e popular'
informa aos microfones que não sabia da roubalheira. Espanto! Pasmo!!
Estupefação!!!
Em plena campanha pela reeleição,
Dilma pede aos brasileiros, com outras palavras, para ser vista como uma boba
involuntária, não como uma cúmplice espontânea. Em qualquer hipótese, essa nova
Dilma não é aquela mulher maravilha que Lula vendera em 2010 e que o eleitor
comprara.
Autoconvertida numa espécie de
ex-Dilma, a pupila de Lula pede um voto de confiança ao eleitorado num momento
em que a desconfiança corre solta. A suspeita é puxada pela língua de um
ex-diretor que cuidou de bilionários negócios na Petrobras sob o patrocínio do
PT, do PMDB e do PP. Só a gerentona não viu o grau de octanagem dessa mistura.
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