TODAS AS PESSOAS QUE ESTÃO EMPREGADAS
TÊM AS DÚVIDAS ABAIXO RELACIONADAS E ESTA REFLEXÃO PODE AJUDA-LAS A TOMAR
DECISÕES
Veja sete
perguntas para se fazer antes de trocar de emprego
Heloísa
Noronha
Tão ou
mais importante do que um salário melhor e mais benefícios, na hora de avaliar
uma proposta de trabalho é importante ponderar como a decisão de aceitá-la ou
não vai repercutir na sua carreira. Mesmo que o novo ambiente profissional
pareça mais interessante e promissor, alguns pontos devem ser bem pensados para
que não haja arrependimento. Para ajudar a refletir sobre a decisão, veja
questões que consultores de carreira elaboraram para você se fazer.
1. Qual empresa me oferece maior chance de
crescimento?
É
fundamental obter informações sobre a cultura e a política de planos de
carreira de ambas as empresas: a atual e a pretendida. E se você estiver
considerando o novo emprego como algo para longo prazo, também vale a pena
checar todas as possibilidades de desenvolvimento profissional e pessoal.
Exemplos: acesso a cursos, palestras, coaching, viagens etc. "Também é
sempre bom saber se você poderá fazer uso dos seus talentos, afinal, esse é um
dos fatores de maior motivação em qualquer área", diz Madalena Feliciano,
diretora do Instituto Profissional de Coaching e diretora geral da consultoria Outliers
Careers, ambos de São Paulo (SP).
2. Será que o novo emprego está alinhado com
os meus valores pessoais?
Segundo
Madalena Feliciano, um dos segredos de uma carreira promissora é acreditar
naquilo que faz –e, para isso, você deve concordar com os valores passados pela
empresa. "Às vezes, é necessário trabalhar em qualquer lugar por um curto
prazo por razões econômicas, mas se essa não é uma opção temporária,
certifique-se que há um alinhamento com seus valores pessoais. Uma
incompatibilidade pode acabar com sua integridade pessoal, e nada compensa
isso, independentemente da quantia do dinheiro", afirma a consultora.
Na
opinião de Tali Alkalay Brenman, fundadora da Etz Coaching e Orientação de
Carreira, de São Paulo (SP), esse é um dos pontos cruciais a se considerar
em um momento de mudança. "Conheço muito profissionais que não fizeram
essa investigação antes de entrar na empresa e depois de um tempo sentiram-se
decepcionados. Por isso, nesse estágio da análise, sugiro buscar contatos e referências
da empresa de interesse, pois só quem conhece bem o seu dia a dia pode trazer
uma visão mais realista", afirma Tali.
3. Por que quero trocar de emprego?
Segundo
Dirlene Costa, consultora de carreiras e negócios da empresa de consultoria
High Performance, do Rio de Janeiro (RJ), poucos profissionais se perguntam
qual o motivo real da troca de emprego –as razões nem sempre têm a ver com
salário ou chefia. "Por não fazerem essa pergunta, muitos saem e depois se
arrependem. Não porque a empresa escolhida é ruim, mas porque a insatisfação
era com a própria pessoa", diz.
Por isso,
antes de tomar uma decisão de troca, faça a si mesmo essa questão e a responda
com sinceridade. Talvez você descubra que está apenas vivenciando um período de
muito cansaço e estresse –e tirar férias para pensar melhor pode ser uma boa
ideia. Ainda de acordo com Dirlene, nesse processo de autoanálise também é
essencial questionar se o mesmo tipo de insatisfação já ocorreu em empregos
anteriores.
"A
insatisfação é um fator interno. Pessoas numa mesma empresa podem ter visões,
percepções e sentimentos diferentes sobre ela. O mais importante é avaliar se
há um padrão de repetição nessa insatisfação. Tudo aquilo que se repete
torna-se um padrão. E, no caso, trocar de emprego não vai trazer felicidade e
satisfação enquanto a pessoa não identificar, tratar e resolver o que a
incomoda de fato", explica a consultora.
4. Já esgotei todas as possibilidades
internas?
Para Rosa
Perrella, consultora em gestão de pessoas, especialista em desenvolvimento de
lideranças e equipes e professora da IBE-FGV (Institute Business Education –
Fundação Getulio Vargas), não é nem um pouco recomendável pedir demissão sem
verificar as alternativas dentro da própria organização.
"Às
vezes, o profissional está apenas cansado das atividades desenvolvidas na
função e se sente desmotivado. Aconselho tentar averiguar se existem outras
oportunidades na empresa onde ele já está integrado e conhece bem hierarquia,
missão e valores. Quem sabe há a chance de desenvolver um novo trabalho com
mais eficácia a curto prazo?", sugere Rosa.
5. Qual o ganho da mudança?
Toda
escolha tem perdas e danos e para tomar a melhor decisão faça uma lista dos
ganhos em cada empresa, a atual e a que pretende ir. "Conheço casos de
pessoas que avaliaram apenas o salário, mas não pesaram os benefícios ou o
clima organizacional e depois se arrependeram. Coloque tudo na balança para
tomar a melhor decisão, não só os ganhos financeiros. Pense no resultado da mudança
no curto, médio e longo prazo", conta a consultora Dirlene Costa.
"Quando
avaliamos todos os aspectos de qualquer processo de mudança temos uma
oportunidade de visualizarmos com mais clareza os caminhos que virão pela
frente. Escolhas nos remetem a abrir mão de algo, e aí está a perda que deve
ser considerada", completa Tali, da Etz Coaching e Orientação de Carreira.
6. Minha qualidade de vida será sacrificada?
Lembre-se:
sua vida não se resume apenas ao trabalho. Embora ocupe boa parte do seu tempo,
ele não deve pautar sua existência. Para Regiane Machado Gomes, psicóloga e
analista de recursos humanos de São Paulo (SP), ter valores e necessidades
claros ajuda a identificar se você quer ou não abrir mão da qualidade de vida
em prol de um novo emprego. "Alguns pontos que você deve pensar com
cuidado são carga horária, necessidade ou não de horas extras e disponibilidade
de tempo que terá para dar à família, aos amigos e a si mesmo", afirma.
"Quem
vive com um parceiro e/ou tem filhos precisa considerar como o trabalho irá
impactar a rotina deles também", orienta Madalena Feliciano. Assim,
considere fatores como distância para chegar à empresa, tempo no transporte,
pressão e prazos para execução de tarefas.
7. Onde quero chegar?
Qualquer
profissional precisa estar ciente de onde quer chegar. "Na maioria das
vezes, as pessoas mudam de emprego para resolver problemas momentâneos de
relacionamento, horários ou salários, não para um desenvolvimento de carreira.
O planejamento a longo prazo é fundamental para avaliações pessoais e objetivos
de vida, até para que mais adiante seja possível medir as evoluções", fala
Giovani Falcão, gestor de carreiras e projetos da empresa de recrutamento Top
Quality, do Rio de Janeiro (RJ).
Para Tali
Alkalay Brenman, da Etz Coaching e Orientação de Carreira, ao se perguntar
quais são os objetivos profissionais, vale refletir e elencar o que você
realmente considera importante na carreira, o que valoriza no ambiente
profissional e quais são suas pretensões .
"Para algumas pessoas pode ser a oportunidade de gerir, para outras pode ser importante o crescimento rápido, e ainda há aqueles que vão valorizar a autonomia e a criatividade. Essas questões poderão mostrar aquilo que realmente importa no momento de mudança. Se você não conseguir enxergar em seu atual emprego as oportunidades de colocar em prática aquilo que você deseja, talvez seja o momento de buscar essas respostas em outro emprego", diz.
"Para algumas pessoas pode ser a oportunidade de gerir, para outras pode ser importante o crescimento rápido, e ainda há aqueles que vão valorizar a autonomia e a criatividade. Essas questões poderão mostrar aquilo que realmente importa no momento de mudança. Se você não conseguir enxergar em seu atual emprego as oportunidades de colocar em prática aquilo que você deseja, talvez seja o momento de buscar essas respostas em outro emprego", diz.
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