sábado, 31 de maio de 2014

QUITAÇÃO DE DÍVIDA

BRASILEIROS QUITAM A SUA DÍVIDA DE 2014 COM OS GOVERNOS

Hoje, no dia trinta e um de maio, todos os trabalhadores brasileiros completam a sua contribuição obrigatória, depois de trabalharem 151 dias, desde o início do ano, para os cofres públicos, dedicando cinco meses do ano de todo o esforço do seu trabalho para quitarem a dívida de 2014 para o pagamento de impostos e taxas.
Os impostos que todos os brasileiros pagam são os seguintes: Tributos incidentes sobre salários e honorários, tais como Imposto de Renda e Contribuições Previdenciárias, os tributos embutidos nos produtos e serviços, como PIS, CONFINS, ICMS, IPI, ISS e também sobre o patrimônio, como, IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI e ITR. As taxas de limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos, bem como as contribuições, como no caso da iluminação pública. Estas despesas aumentam ainda  se forem incluídos os gastos em saúde, educação e outros serviços particulares.  
Comparação com o tempo dedicado para acertar as contas com os fiscos municipal, estadual e federal do Brasil com o de outros países. Na Noruega, 154 dias, na Hungria, 142 dias, na Alemanha, 138 dias, na Bélgica, 102 dias.
Nos países acima citados, o investimento do capital recolhido pelo governo é percebido no aumento da qualidade de vida da população e nos investimentos realizados que são vistos e todos percebem.
Aqui no Brasil, apesar dos altos impostos, as verbas públicas somem e não há dinheiro para investimentos em obras e melhoria da qualidade de vida da população, não vemos eficiência do governo para gerir a máquina pública e administrar os gastos.  
Entra governo e sai governo, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes. Isto é, sai uma panela e entra outra e nada se resolve.
À proposito do assunto em pauta, transcrevo o artigo do Jornalista Manoel Hygino editado no Jornal Hoje em dia do dia 31/05/2014, que através da comparação com um episódio ocorrido na Marinha Mercante Britânica com a situação política atual do Brasil, alerta para a situação apropriada do momento onde ocorrerá uma eleição importantíssima este ano e nós que pagamos muitos impostos, saibamos contribuir para as mudanças profundas que esperamos que ocorram após as eleições.



Manoel Hygino (Jornalista)

Yves Mello enviou a Fernando Guedes e este me reencaminhou um caso muito interessante e que de perto diz respeito ao período político que atravessamos. Refere-se a episódio envolvendo a Marinha Mercante Britânica, cujos marujos em uma embarcação não tomavam banho nem trocavam de roupa, há meses.

Por óbvias razões, o odor fétido percorria todas as áreas. O fato não escapou, como não poderia, à sensibilidade olfativa do comandante. Este convocou a sua cabine o imediato e o advertiu severamente:
– Mr. Simpson: o navio exala mau cheiro desagradável e pútrido. Manda os homens trocarem suas roupas. Imediatamente.
O imediato, atento, obedeceu: “Aye, aye, Sir...”.
Partiu para a parte inferior da embarcação, reuniu seus homens e transmitiu a ordem:
– Marinheiros, o capitão se queixa do fedor a bordo e manda que todos troquem suas roupas. Assim, tu, David, troca a camisa com John; John, troca a tua com Peter. Peter troca com Alfred; Alfred com Gilbert.
Todos mudaram suas roupas, por força do que, contente, o imediato voltou ao seu superior e comunicou: “Sir, todos já trocaram de roupa”. Imediatamente, o capitão, visivelmente aliviado, mandou que a viagem fosse reiniciada. Só no decorrer de algumas milhas constatou-se que os marinheiros apenas tinham permutadas as roupas entre si, sem serem lavadas e sem que os marujos se banhassem. O mau cheiro logo voltou e impregnou desagradavelmente todo o ambiente. 
Como a marinha era de Sua Majestade Real, o episódio automaticamente evoca Shakespeare, que – na voz e palavras do príncipe dinamarquês Hamlet- reclama, após o assassinato do pai, monarca, do ambiente na corte: “Há algo de podre no reino.”
Em resumo, a moral da história: não basta eliminar o odor desagradável com a simples substituição das roupas, se as causas – em outras palavras: a decomposição, a degradação – continuam. No caso da vida política brasileira, é indispensável mudar. Não só as roupas, mas também figuras que as vestem.
A hora se me afigura extremamente apropriada, até porque há uma eleição importantíssima este ano. O homem deste país, o que trabalha, produz e paga impostos, espera que haja uma transformação profunda, mas evidentemente tem de comprometer-se consigo mesmo e com o futuro. Em uma democracia, todos somos responsáveis por nosso próprio destino. 
Sabem todos os brasileiros de onde vem o mau cheiro, podem percebê-lo, identificar seus agentes e contribuir, assim, para eliminar as causas e prevenir contra os efeitos perversos. Acresce que, agora, o mundo está de olho no Brasil. Não podemos demonstrar incapacidade política e despreparo para a prática da democracia, tão duramente reconquistada. 

O mau tempo precisa, mais do que isso, exige transformações. Principalmente depois da Copa, as atenções estarão muito voltadas para nós. Chegou o momento de correspondermos às expectativas.

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