Solicito licença ao competente jornalista para
publicar o seu artigo, por sinal muito interessante, que aborda um tema que só
aparece no Brasil na época das eleições - são as promessas deslavadas e
mentirosas dos políticos à caça de votos que não têm papas na língua para
deslanchar as suas mentiras. O pior de tudo isso é a maioria dos eleitores não
politizados acreditarem nelas.
O dia da mentira
não foi ontem? (DIA 01/04/2014)
Eduardo
Costa (Jornalista da Rádio Itatiaia e Jornal Hoje em Dia )
Está
aberta a temporada de promessas estapafúrdias e indignações falsas. O que
importa é por o bloco na rua, ou, como disse um governador mineiro, amante
indisfarçável do álcool, “feio, em eleição, é perder”. Algumas pérolas já
machucam os nossos sentidos, como o senador Aécio Neves dizer que, eleito
presidente, vai acabar com a farra dos menores infratores. Ou, para mostrar o outro
lado, o ex-prefeito Pimentel prometer “prioridade absoluta para o combate à
violência”, se eleito governador. De agora até outubro, vamos duplicar a BR
381, revitalizar o Anel Rodoviário, inaugurar linhas de metrô, inclusive o de
verdade, debaixo da terra. Vamos acabar com a violência, melhorar a educação e
garantir saúde para todos. O pior é que eles acham que nos enganam e nós
fingimos que está tudo certo.
De todas as que me chegaram aos meus ouvidos, pior é a manifestação que a Associação dos Municípios Mineradores faz, hoje, em Ouro Preto, exigindo a votação do marco regulatório da mineração. Como virou moda no Brasil colocar a culpa nos outros e transformar a vítima em algoz, querem por no colo da Dilma a culpa por não terem aprovado o projeto em 2013, o que resultou em prejuízo de 4 bilhões de reais aos cofres de Minas neste ano. É verdade que a presidenta retirou a urgência na votação do projeto, mas, alguém pode me garantir que foi uma decisão unilateral e de foro íntimo? É bom lembrar que dois mineiros ficaram com os principais postos da comissão criada para discutir o marco. O relator, Leonardo Quintão, repetiu várias vezes que a presidente queria criminalizar as mineradoras e assim não era possível. Já o presidente, Gabriel Guimarães, declarou, ao jornal Diário de Pernambuco, no ano passado: “'Existe uma demanda dos municípios e estados para que o tema seja definido com rapidez, mas um projeto como esse não dá para ser votado com tantas brigas entre as partes interessadas”. Grande declaração! E, afinal, a solução?
Qualquer pessoa com mais de cinco anos de idade e o mínimo de informação sabe que a segunda bancada da Câmara Federal votaria sim o marco, se quisesse... De fato! Ou o governo não funciona com pressão? Todos nós sabemos que não há unidade entre nossos representantes; lá, em Brasília, funciona a “Lei de Murici – cada um por” si e, se necessário, vale tudo “para eu continuar aqui”. E todos nós sabemos que os nossos prefeitos, tão zelosos na hora de se indignar com a Dilma, são os mesmos que não se apegam a princípios republicanos na hora de “fechar” com um deputado. Ou seja, olham os interesses pessoais na hora de apoiar e depois cobram interesse do povo na ação do parlamentar... A propósito, convém dar uma espiada na declaração dos eleitos em outubro próximo para ver a relação de doadores... Fico doido prá saber se só as mineradoras lucram com mais um ano de menor imposto do mundo... Ah, e a manifestação devia ter sido ontem!
De todas as que me chegaram aos meus ouvidos, pior é a manifestação que a Associação dos Municípios Mineradores faz, hoje, em Ouro Preto, exigindo a votação do marco regulatório da mineração. Como virou moda no Brasil colocar a culpa nos outros e transformar a vítima em algoz, querem por no colo da Dilma a culpa por não terem aprovado o projeto em 2013, o que resultou em prejuízo de 4 bilhões de reais aos cofres de Minas neste ano. É verdade que a presidenta retirou a urgência na votação do projeto, mas, alguém pode me garantir que foi uma decisão unilateral e de foro íntimo? É bom lembrar que dois mineiros ficaram com os principais postos da comissão criada para discutir o marco. O relator, Leonardo Quintão, repetiu várias vezes que a presidente queria criminalizar as mineradoras e assim não era possível. Já o presidente, Gabriel Guimarães, declarou, ao jornal Diário de Pernambuco, no ano passado: “'Existe uma demanda dos municípios e estados para que o tema seja definido com rapidez, mas um projeto como esse não dá para ser votado com tantas brigas entre as partes interessadas”. Grande declaração! E, afinal, a solução?
Qualquer pessoa com mais de cinco anos de idade e o mínimo de informação sabe que a segunda bancada da Câmara Federal votaria sim o marco, se quisesse... De fato! Ou o governo não funciona com pressão? Todos nós sabemos que não há unidade entre nossos representantes; lá, em Brasília, funciona a “Lei de Murici – cada um por” si e, se necessário, vale tudo “para eu continuar aqui”. E todos nós sabemos que os nossos prefeitos, tão zelosos na hora de se indignar com a Dilma, são os mesmos que não se apegam a princípios republicanos na hora de “fechar” com um deputado. Ou seja, olham os interesses pessoais na hora de apoiar e depois cobram interesse do povo na ação do parlamentar... A propósito, convém dar uma espiada na declaração dos eleitos em outubro próximo para ver a relação de doadores... Fico doido prá saber se só as mineradoras lucram com mais um ano de menor imposto do mundo... Ah, e a manifestação devia ter sido ontem!
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