quinta-feira, 20 de junho de 2013

OPINIÃO



OPINIÃO SOBRE OS PROTESTOS DA POPULAÇÃO

Esses protestos foram Iniciados no dia 10 de junho em São Paulo e ninguém poderia imaginar que fossem alastrar por todo o Brasil como um tsunami que não pode ser detido. Justificamos a nossa falta de previsão pelo motivo do povo brasileiro ter ficado reprimido desde a Revolução de 1964 pelas forças policiais. Eis que de uma ora para outra, através do convencimento da população pelas redes sociais que a situação do País está insustentável, em todos os aspectos, foi possível uns convocando os outros,  que  resultou nesta demonstração de insatisfação geral contra o governo, contra os parlamentares, contra a lentidão da justiça, contra a falta de segurança, contra o custo de vida, contra a inflação, contra os índices da inflação manipulados, contra os meios de transporte muito caros e ineficientes, contra a má aplicação do dinheiro público, contra o sistema de saúde muito ruim, contra a má qualidade da educação, contra a falta e a preservação das estradas, contra o sistema político vigente, etc.
Esta situação do povo nas ruas lembra os anos de 1960, quando o povo se insurgiu contra o governo e na época eram chamados de comunistas, pois eram orientados pelas forças de esquerda, portanto, eram influenciados pelos políticos, daí originou a Revolução Militar de 1964.
O segundo movimento provocado pela população ocorreu na campanha dos “caras pintadas” que resultou na queda de Fernando Collor de Melo, também, esse movimento foi político.
Agora, vê-se que o terceiro movimento é apolítico, isto é, não tem líderes políticos, que só querem aproveitar politicamente desses movimentos,  para proveito próprio.
Afinal o que é esse movimento? É contra tudo que está errado neste país, é o resultado da impaciência daqueles que observam tudo trocando impressões entre si e que gradativamente vão formando as suas opiniões através das redes sociais e que eclodiu em forma de condenação do poder dos governos, dos políticos, do judiciário e da distribuição de migalhas para a população.
Vê-se que esse movimento do “Passe-Livre” ou o da “Revolução do Vinagre” está provocando uma reação dos governantes no sentido de dialogar com a população ver o que ela quer e quer queiram quer não terão que se curvar aos desejos e anseios da população.
Esta revolta deflagrada pelo transporte público não é nova no Brasil. Ela nos lembra a Revolta do Vintém de 1880, cujo motivo foi o aumento das passagens dos Bondes.
As massas impõem respeito. Políticos que até ontem desdenhavam dos radicais e vândalos do Passe Livre agora juram que apôiam as manifestações desde criancinhas. Já há governantes falando em rever o preço do ônibus. O que está acontecendo?
É difícil dizer com precisão. Estudiosos da psicologia de massas ainda não chegaram a um acordo nem sobre como elas atuam, menos ainda sobre como surgem e desaparecem. Há motivos tanto para júbilo como para apreensão. Multidões, afinal, podem ser extremamente sábias e pavorosamente estúpidas.
Então, devemos ter cuidado para os rumos desse movimento. Esperamos que possam surgir verdadeiros líderes, pessoas com perfil de estadistas,  para que possam assumir o controle, o bem estar e o progresso dessa nação.
É preciso sacudir o congresso, fazer os políticos trabalharem em prol dos interesses maiores da nação e não se envolverem em questões estéreis e improdutivas, como a “cura gay”, que não é doença, a qual os nazistas tentaram tratar e chegaram à conclusão que era melhor castrar os homossexuais para lhes tirar o prazer.
Peço licença ao autor Fernando Rodrigues desse excelente artigo que ora transcrevo, que serve como orientação para os líderes desses movimentos.   

O rumo dos indignados

BRASÍLIA - Recebi muitos comentários (alguns impublicáveis) por meio de redes sociais por ter afirmado ontem que os manifestantes de rua tendem a ficar "órfãos por algum tempo de um representante político". Até porque rejeitam todo o establishment partidário atual.
Uma das críticas mais recorrentes foi sobre minha incapacidade de compreender que os protestos são horizontais, sem líderes e fora das convenções. Para os ativistas, se um outro mundo é possível, outra mediação institucional também é.
A maioria dos ativistas rejeita os políticos e os partidos. Mas ainda não ficou claro como seria uma outra forma de representação fora do Congresso Nacional. Hoje, a Câmara e o Senado são as instâncias nas quais as demandas têm de ser resolvidas numa democracia representativa como a brasileira. A não ser que os manifestantes defendam o fechamento do Poder Legislativo. É isso?
Se o Congresso se mantiver aberto, com todos os seus (imensos) defeitos atuais, como serão encaminhadas as propostas que estão emergindo das passeatas? Iniciativa popular é uma possibilidade, mas dá muito trabalho. Além do mais, quem acaba votando são os deputados e os senadores agora tão repelidos.
Outra saída para os ativistas seria propor democracia direta. Os votos poderiam ser dados, quem sabe, por meio da internet. O Congresso seria dissolvido. Só que o Brasil teria de passar por uma revolução para alcançar esse estágio --os três Poderes são cláusulas pétreas da Constituição e nenhum pode ser eliminado com uma canetada.
Faço essa reflexão para dizer que os movimentos de rua sem capacidade de organização tendem a ser esvaziados pelos poderes constituídos na base de concessões objetivas. Alguns prefeitos e governadores já aceitam reduzir as tarifas de ônibus. Outros benefícios virão. Aí será testado o grau de indignação real de quem hoje ocupa as ruas do país.
Fernando Rodrigues é repórter em Brasília. Na Folha, foi editor de "Economia" (hoje "Mercado"), correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006).


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