quarta-feira, 27 de setembro de 2023

TOFFOLI É QUESTIONADO PELA PGR SOBRE NULIDADE DE PROVAS DA LAVA JATO

 

História por Gabriel de Sousa • Jornal Estadão

BRASÍLIA – A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 26, para questionar se a localização de uma solicitação de cooperação jurídica entre Brasil Suíça afetaria a decisão do ministro Dias Toffoli em invalidar as provas da Operação Lava Jato. No dia 6 deste mês, o ministro anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht, ao afirmar que a falta de um acordo formal entre os países tornava os indícios de corrupção “imprestáveis”.

A procuradoria enviou pedido para que o ministro Dias Toffoli esclareça pontos de sua decisão no caso Odebrecht. FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO Foto: WILTON JUNIOR© Fornecido por Estadão

A decisão de Toffoli foi motivada após o Ministério da Justiça informar que não encontrou acordos que formalizassem a colaboração entre os dois países. Seis dias depois, a pasta voltou atrás e informou que havia encontrado uma solicitação de cooperação internacional.

No documento enviado ao STF, Lindôra pede que seja analisado se “as inconsistências nas informações prestadas” pelo Ministério da Justiça prejudicam ou não a decisão de Toffoli. A vice-procuradora-geral também pede que sejam investigadas eventuais responsabilidades de agentes públicos que possam ter “induzido” o ministro a acreditar que não haviam acordos formalizados sobre a colaboração internacional.

“O que se tem é a tomada de conhecimento, nestes autos, a respeito de possíveis irregularidades, do que resulta, por parte do magistrado [ministro Dias Toffoli] instar que as autoridades competentes, no âmbito de suas atribuições e autonomamente em relação ao presente feito, que apurem eventuais responsabilidades dos agentes públicos, que podem ter induzido a eventual equívoco”, afirma Lindôra.

Ministério da Justiça recuou após Toffoli anular provas

Em um ofício enviado ao STF no último dia 12, o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça, disse ter encontrado um pedido brasileiro de assistência para obter uma “cópia integral eletrônica dos dados relativos ao sistema Drousys”, um dos sistemas utilizados pela Odebrecht para operar um esquema de propina.

“Desta maneira, em que pese o pedido de cooperação jurídica internacional não tenha sido realizado no bojo da ação informada originariamente, informa-se que foi enviado pedido para obtenção dos sistemas às autoridades suíças em 03.06.2016. Na data de 28.09.2017 foi encaminhado o pen drive contendo as cópias dos referidos sistemas para PGR, com o envio das senhas de acesso para este órgão em 02.10.2017. Desta forma, considera-se que, a partir desta data (02.10.2017), as provas em comento foram efetivamente transmitidas às autoridades requerentes”, diz o ofício do DRCI.

Segundo a Justiça em nota, o primeiro ofício do DRCI informou sobre a falta de localização sobre a cooperação jurídica internacional por causa de um erro no “número de processo”. O ministério disse ainda que informou “de forma espontânea” o STF sobre a nova descoberta e que caberá à Suprema Corte avaliar como proceder com as novas informações enviadas.

Toffoli deve manter entendimento de nulidade das provas

Uma semana antes do ofício do DRCI chegar até o STF, Toffoli afirmou em um despacho que todas as provas da Odebrecht obtidas pela Lava Jato eram “imprestáveis”. O ministro, também acusou o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, base da Operação Lava Jato, de ter extrapolado “todos os limites que com certeza contamina diversos outros procedimentos”’.

Toffoli também afirmou no despacho que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um dos ‘maiores erros judiciários da história do País’, e que a detenção do petista foi ‘uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado’.

Em resposta à Toffoli, a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) apresentou um recurso à Suprema Corte argumentando que a decisão de anular as provas da Odebrecht “extrapolou” os limites legais. A entidade também pediu que a medida do ministro não anulasse também os termos de acordo de leniência assinado pela empreiteira.

“Com o respeito que se guarda pelo eminente relator e pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, certo é que não se pode permitir o abandono de regras básicas para a atuação do Poder Judiciário, que não pode se distanciar do pedido que lhe é submetido”, diz a ANPR

A defesa da Novonor (novo nome utilizado pela Odebrecht) também recorreu ao STF, pedindo que a Corte esclareça que a decisão de Toffoli não alterou os termos do acordo de leniência. “Requer-se seja confirmado que a Companhia continua a gozar de todos os direitos e garantias previstos no Acordo de Leniência, em qualquer âmbito ou grau de jurisdição, independentemente da declaração de imprestabilidade das provas e das consequências jurídicas dela derivadas”, diz o recurso da empreiteira.

Segundo a Coluna de Vera RosaToffoli deve manter o seu entendimento de que as provas obtidas no acordo de leniência da empreiteira são imprestáveis. Porém, o ministro pretende esclarecer que o acordo com a Odebrecht feito pelos investigadores da Lava Jato não foi anulado.

BANCADA RURALISTA INICIA OBSTRUÇÃO E APOIA PEC QUE LIMITA PODERES DO STF

 

História por Levy Teles • Jornal Estadão

BRASÍLIA — Em reação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do marco temporal e por conta da retomada de temas como aborto e porte de drogas, a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e outras bancadas iniciaram obstrução e declararam apoio a um projeto de emenda à Constituição (PEC) que pretende sustar decisões da Corte, como revelou a Coluna do Estadão. Deputados planejam não marcar presença no plenário e em nenhuma comissão para impedir a formação de quórum e barrar votações em qualquer instância da Câmara.

Como mostrou o Estadãoa FPA anunciou a união com as bancadas evangélica e da bala em reação ao STF. A posição dos grupos indica o ultimato dado ao Senado para aprovar o princípio que só permite demarcação de terras indígenas ocupadas até 1988, ano da promulgação da Constituição. O marco temporal foi revogado pelo Supremo na semana passada.

O projeto de lei que restitui a vigência do marco temporal está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relatório passará por votação no colegiado nesta quarta-feira, 27, para então ir a plenário. Não há expectativa que a proposta vá imediatamente a plenário em caso de aprovação na CCJ.

‘Precisamos fazer um movimento político que demonstra a insatisfação do Legislativo’, disse o presidente da FPA, Pedro Lupion Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara© Fornecido por Estadão

Como também mostrou o Estadão, deputados aproveitaram a última sessão da CCJ para mandar mensagens ao Supremo. “Não podemos aqui abrir mão da nossa prerrogativa de legislar, senão fechemos o Congresso de uma vez e aguardemos que todas as questões sejam resolvidas pelo STF”, disse Sérgio Moro (União-PR).

Ao lado de outras frentes parlamentares identificadas com pautas conservadoras, a bancada ruralista publicou uma nota oficial nesta terça-feira, 26, Os grupos dizem que não aceitarão interferência na prerrogativa do Congresso Nacional legislar. “Tomaremos as devidas medidas para reestabelecer o equilíbrio entre Poderes”, afirmou o texto.

O presidente da FPA, Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que já dialoga com líderes dos partidos a fim de abrir espaço para discutir a PEC que pode sustar decisões não-unânimes do STF. “A gente precisa fazer um movimento político que demonstra a insatisfação do Poder Legislativo com essa invasão de competência”, disse. “A gente quer abrir uma comissão especial para discutir o texto. Para isso, precisamos do apoio dos líderes. Vamos conversar com eles”, disse ele, que procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema.

A PEC, de autoria do deputado Domingos Sávio (PL-MG), altera a Constituição Federal e diz que seriam necessários 1/3 de membros da cada casa — isto é, 171 deputados e 27 senadores — para apresentar proposta de decreto legislativo que susta decisões sem aprovação unânime do STF. “Não há que se falar em um ‘Poder Supremo’ para o Judiciário, mas antes em dever Supremo de assegurar o respeito às leis elaboradas por aqueles que detém o poder que emana do povo”, justifica o parlamentar.

Sávio já tinha apresentado a PEC no ano passado e fez ajustes. A nova versão da PEC reduziu o número de deputados necessários para propor um decreto legislativo para revogar decisões do STF. Na versão original, a proposta dizia que a maioria absoluta dos deputados tinha que endossar a apresentação do decreto legislativo. Na nova versão, basta a adesão de 1/3 da Casa.

DIVERGÊNCIA ENTRE SENADO E CÂMARA DOS EUA PODEM PARALIZAR O PAÍS

 

História por Reuters • Reuters

Presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, fala a jornalistas sobre negociações para evitar a paralisação do governo© Thomson Reuters

Por David Morgan, Richard Cowan e Moira Warburton

WASHINGTON, 26 Set (Reuters) – O Senado dos Estados Unidos está pronto para tentar avançar com um projeto de lei bipartidário com objetivo de impedir uma paralisação do governo em apenas cinco dias, enquanto a Câmara tenta levar adiante uma medida conflitante apoiada apenas pelos republicanos.

A divisão entre as duas casas do Congresso sugere que o governo federal está cada vez mais propenso a entrar em sua quarta paralisação em uma década no domingo, um padrão de impasse partidário que começou a obscurecer a visão de Wall Street sobre o crédito do governo dos EUA.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, um democrata, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, estavam trabalhando em conjunto para obter a aprovação de uma extensão bipartidária de curto prazo do financiamento federal nos níveis atuais.

A medida do Senado financiaria o governo até 17 de novembro, e inclui cerca de 6 bilhões de dólares para respostas a catástrofes nacionais e outros cerca de 6 bilhões em ajuda à Ucrânia, de acordo com um assessor do Senado.

Os detalhes da medida ainda não foram divulgados, por isso não está claro por quantas semanas esse financiamento temporário duraria caso fosse aprovado pelo Congresso.

O Senado deve votar sobre se abre ou não o debate sobre o projeto de lei, com pelo menos 60 dos 100 votos da Câmara necessários para superar o obstáculo.

Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, disse na terça-feira a jornalistas que buscaria a aprovação dos republicanos divididos para um projeto de lei que também financiaria temporariamente o governo.

Mas McCarthy pretende impor duras restrições de fronteira e de imigração que provavelmente não irão conquistar o apoio de um número suficiente de democratas na Câmara ou no Senado para se tornarem lei.

O presidente democrata, Joe Biden, e McCarthy buscaram evitar uma paralisação este ano quando chegaram a um acordo em maio, no final de um impasse sobre o teto da dívida federal, em investimentos discricionários de 1,59 trilhão de dólares para o ano fiscal que começa em 1º de outubro.

Mas os radicais da direita de McCarthy rejeitaram o acordo, exigindo mais cortes de 120 bilhões de dólares.

A medida de McCarthy reiniciaria a construção do muro na fronteira entre os EUA e o México, uma política assinada pelo ex-presidente Donald Trump, e endureceria as políticas de imigração.

Críticos dizem que isso acabaria efetivamente com os asilos concedidos pelos EUA a imigrantes.

(Reportagem de David Morgan e Richard Cowan, reportagem adicional de Makini Brice e Moira Warburton)

SUPOSTA REUNIÃO DE GOLPE E CONSEQUÊNCIAS

 

BBC News Brasil

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deverá ser um dos principais temas das próximas reuniões da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro, que terão sessões ao longo desta semana.

Aguardada com ansiedade tanto por apoiadores quanto por opositores de Bolsonaro, a delação foi fechada com a Polícia Federal (PF) e homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Cid teria narrado à PF que Bolsonaro teria participado de uma suposta reunião com militares do alto escalão, de acordo com reportagens do portal UOL e do jornal O Globo, na qual se teria discutido uma minuta de um ato presidencial para convocar novas eleições e prender adversários.

A suposta reunião teria ocorrido em 24 de novembro, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições em que Bolsonaro foi derrotado.

As reportagens não apontam os nomes de todos os oficiais que teriam participado dessa reunião. Mas afirmam, citando a delação de Cid, que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier, teria demonstrado apoio à suposta tentativa de impedir a posse de Lula.

A BBC News Brasil não conseguiu localizar os contatos do militar e não identificou os contatos de sua defesa.

Procurada pela BBC News Brasil, a Marinha disse em nota que não teve acesso à delação de Cid e que não se manifesta sobre processos investigatórios que tramitam no Judiciário.

Afirmou ainda que “eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força” e que a Marinha está à disposição da Justiça para contribuir com as investigações.

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid deverá ser um dos principais temas das próximas reuniões da CPMI dos atos de 8 de janeiro© Reuters

Em nota publicada na semana passada após a divulgação dos relatos de Cid, advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente “jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição” e que, ao longo dos quatro anos de seu mandato, “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”.

Após a publicação das reportagens sobre a delação de Mauro Cid, o atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse querer que o episódio seja esclarecido e admitiu que pudesse haver oficiais favoráveis a um possível golpe de Estado.

“Essa questão do golpe, acho que eram questões isoladas. Podia o Garnier querer, mas a Marinha não queria”, disse o ministro em entrevista à Revista Veja.

Múcio disse ainda esperar que a delação premiada possa ajudar a identificar eventuais “infratores” envolvidos em uma suposta tentativa de golpe.

“Torço para que as delações aconteçam e tenho certeza de que as Forças Armadas irão se antecipar e tomar suas posições com relação a todos os pretensos infratores. Vai ser bom para as Forças e vai ser bom para o Brasil. As Forças Armadas estão ao lado da sociedade”, disse o ministro na mesma entrevista.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que, caso seja confirmado que a reunião ocorreu e que foi discutido de fato um plano para mudar o resultado das eleições, os participantes do suposto encontro teriam cometido crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição ao Estado democrático de direito e prevaricação (quando um funcionário público tem conhecimento de uma irregularidade, mas não toma medidas para impedi-la).

As penas, segundo os especialistas, variam de quatro a doze anos de prisão.

Mas estes mesmos especialistas enfatizam que ainda é cedo para afirmar categoricamente que esses crimes foram cometidos.

Segundo eles, é preciso que a PF aprofunde as investigações e encontre elementos que corroborem a versão dada por Mauro Cid.

Investigadores da PF ouvidos pela reportagem vão na mesma linha e ressaltam que uma delação é apenas uma parte da investigação e que precisa ser comprovada ao longo do inquérito.

Abolição do Estado democrático de direito

Os dois principais crimes que, segundo os especialistas, poderiam ser atribuídos a Bolsonaro e aos oficiais presentes à suposta reunião, caso o relato de Cid seja verdadeiro, são abolição violenta do Estado democrático de direito e tentativa de golpe de Estado.

De acordo com o Código Penal, o primeiro crime se configura ao “tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”.

As penas para esses crimes variam de quatro a oito anos de prisão.

O segundo crime, golpe de Estado, acontece ao tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. As penas vão de 4 a 12 anos de prisão.

Os dois crimes foram incorporados ao Código Penal brasileiro somente em 2021 e são a base das acusações feitas aos réus que respondem a processos criminais por terem invadido e depredado as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro deste ano.

“Em tese, um presidente da República que convoca uma reunião para um ato golpista pode, sim, estar cometendo crimes, inclusive crimes de responsabilidade”, diz Juliana Bertholdim, professora de Processo Penal da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná.

O criminalista Celso Vilardi, professor de Direito Penal, também avalia que os crimes investigados com base no relato de Mauro Cid seriam a abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado.

Ele diz, no entanto, que os elementos divulgados até agora ainda seriam insuficientes para atribuir, de forma peremptória, os crimes tanto a Bolsonaro quanto aos militares.

“É preciso saber se nessa reunião foi discutida alguma ação concreta para tirar essa suposta minuta do papel. Se nenhuma atitude foi tomada, não acho que podemos falar que houve crime”, disse.

“Você pode dizer: ‘Pretendo matar alguém. Posso fazer isso com o apoio de terceiros’. Isso não significa que estamos no campo do crime. O crime vai começar a partir de atitudes concretas que, no meu modo de ver, ainda não estão próximas de estarem comprovadas.”

Ricardo Jacobsen, professor do programa de Ciências Criminais da PUC do Rio Grande do Sul, concorda com Bertholdi e afirma que, no caso do crime de tentativa de abolir o estado democrático de direito, a mera convocação de uma reunião com chefes militares para discutir uma suposta minuta golpista já poderia ser vista como um crime.

“No Direito Penal, uma das coisas fundamentais é estabelecer se houve ou não o dolo, ou seja, a intenção. Me parece, no entanto, que se o presidente convoca uma reunião para discutir essa minuta, ele passa à fase de execução do crime. A mera tentativa já enseja uma punição”, afirma o professor.

Bertholdi ressalta que o próprio tipo penal cita o termo “tentativa” de abolição do estado democrático de direito.

“Porque se o sujeito que empreender essa tentativa tiver sucesso, não teríamos um Judiciário constituído para fazer o julgamento, logo, não faria sentido que o crime só existiria na sua forma consumada”, diz a professora.

“A dificuldade ao analisar o caso é saber se eles chegaram ao ponto de tentativa de abolição do estado democrático de direito ou se as conversas estavam apenas na fase das ideias sem um plano estruturado.”

Jacobsen avalia que o seu entendimento também poderia ser aplicado ao almirante Garnier que, segundo as reportagens do UOL e do jornal O Globo, teria demonstrado apoio à suposta tentativa de impedir a posse de Lula.

“Se um dos militares declarou apoio a um suposto plano golpista, esse oficial poderia responder pelo crime de golpe de Estado”, diz.

Prevaricação e prisão em flagrante

Existe debate sobre se militares que participaram da reunião poderiam ter dado voz de prisão contra Bolsonaro© Reuters

Outro debate que se teve logo após a divulgação de detalhes da delação premiada de Mauro Cid é sobre se os militares que teriam participado da reunião poderiam ser punidos por prevaricação ou se poderiam ter dado voz de prisão contra Bolsonaro.

Os juristas Celso Vilardi e Pierpaolo Bottini afirmam que, mesmo que Bolsonaro tivesse deixado claro na suposta reunião uma intenção de dar início a uma ruptura do regime democrático, os oficiais não poderiam ter dado voz de prisão ao então presidente.

“Há uma imunidade aos presidentes da República prevista na Constituição Federal. Ele só poderia ser preso após uma sentença condenatória expedida pelo STF. Ele poderia responder pelos crimes no exercício da Presidência, mas só poderia ser preso após o fim do seu mandato”, explica Bottini, que é professor de Direito Penal na Universidade de São Paulo (USP).

Celso Vilardi também avalia que o presidente não poderia ser preso nestas supostas circunstâncias.

“Os comandantes militares teriam que comunicar às autoridades sobre essa reunião e, aí, uma investigação seria feita”, diz.

A resposta de Vilardi, em parte, aponta sua opinião sobre qual deveria ter sido a conduta dos oficiais caso eles tenham sido, de fato, apresentados a um plano golpista. Caso eles não tenham tomado essa medida, teriam, em tese, cometido do crime de prevaricação.

No Código Penal, o crime de prevaricação ocorre quando um funcionário público retarda ou deixa de praticar um ato dentro de suas atribuições para satisfazer algum interesse ou sentimento pessoal. As penas previstas para esse crime variam de três meses a um ano de prisão.

Em situações como essa, em função do tamanho reduzido da pena, raramente os acusados cumprem a pena na prisão.

No caso da suposta reunião que teria sido citada por Mauro Cid, Vilardi defende que os militares deveriam ter procurado as autoridades competentes para reportar o teor da suposta reunião.

“Ainda que não coubesse a prisão por conta da imunidade presidencial, se estava em curso um golpe de Estado, eles deveriam instaurar um procedimento para apurar o caso ou procurar as autoridades responsáveis por investigar o presidente”, afirmou.

Entre as autoridades que Pierpaolo e Vilardi mencionaram estão a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e a Procuradoria Geral da República (PGR).

Perda de patente

Além das consequências no âmbito criminal, os militares que caso venham a ser condenados por um suposto envolvimentos na reunião que teria sido mencionada por Cid ainda correriam o risco de enfrentar processos na Justiça Militar.

De acordo com a legislação brasileira, oficiais da ativa ou da reserva condenados por crimes comuns podem ser submetidos a tipo de processo que tramita no Superior Tribunal Militar (STM) destinado a avaliar se o militar é digno ou não de permanecer nos quadros das Forças Armadas.

No caso de serem considerados indignos, os oficiais ficariam sujeitos à perda de suas patentes e a até mesmo ser expulsos das Forças Armadas.

O caminho das investigações

Almir Garnier comandou a Marinha até o final do governo de Jair Bolsonaro© Marinha do Brasil

Investigadores da PF ouvidos pela BBC News Brasil em caráter reservado afirmam que delações premiadas como a de Cid são apenas uma parte da investigação e, antes de resultarem em indiciamentos, denúncias ou condenações, elas precisam ser comprovadas a partir do andar das investigações.

No caso de Mauro Cid, a PF ainda deverá tomar novos depoimentos de Mauro Cid e procurar provas que comprovem ou refutem o relato dado pelo ex-ajudante-de-ordens.

Caso as provas encontradas indiquem que o relato seja verdadeiro, caberá à PF indiciar os participantes da reunião com base nas responsabilidades de cada um deles.

Após o indiciamento, caberá ao Ministério Público oferecer uma denúncia contra os suspeitos. Só depois que a denúncia for feita e aceita pelo STF é que os ministros e ministras da Corte deverão julgar o caso.

A suposta reunião que teria sido mencionada por Cid em sua delação é investigada no bojo do inquérito que investiga atos antidemocráticos e que tramita no STF.

Cid, porém, é investigado em outros inquéritos como o que apura a suposta venda ilegal de joias dadas de presente a Bolsonaro e o que apura a suposta fraude em cartões de vacina de Bolsonaro, seus auxiliares e de sua filha.

Em relação a esses dois casos, Bolsonaro e sua defesa já deram declarações negando seu envolvimento em irregularidades.

Além das investigações no âmbito do Judiciário, a delação de Cid também teve repercussões no mundo político. Desde que detalhes do seu conteúdo começaram a ser divulgados, integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional que investiga os atos de 8 de janeiro passaram a pressionar pela convocação do almirante Garnier para depor.

A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse em entrevista a veículos de imprensa na segunda-feira (25/9) que gostaria de ter os depoimentos de Garnier e outros dois ex-comandantes militares: o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior.

É preciso que os requerimentos de convocação dos três seja votado pelos integrantes da CPMI. Gama disse esperar que isso ocorra na terça-feira (26/9).

Fontes ouvidas pela BBC News Brasil em caráter reservado afirmaram, porém, que ainda não há consenso entre os integrantes da comissão se Garnier será ou não convocado a depor.

BNDES FINANCIA A EMBRAER

 

História por Reuters •20h

Logo da Embraer© Thomson Reuters

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) -O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um novo financiamento para a Embraer fornecer 14 aeronaves para a companhia aérea norte-americana Republic Airways, afirmou o presidente da instituição de fomento, Aloizio Mercadante, nesta terça-feira.

O banco informou em comunicado que a operação soma aproximadamente 1,4 bilhão de reais e envolve aeronaves do modelo E-175 para a empresa que atua exclusivamente com aviões da fabricante brasileira. A Reuters já havia noticiado o valor do empréstimo mais cedo citando fonte.

O BNDES também aprovou crédito de aproximadamente 1 bilhão de reais para a produção de aeronaves para futura exportação, por meio do BNDES Exim Pós-Embarque (comercialização) e do BNDES Exim Pré-Embarque (produção) — linhas tradicionais do banco que apoiam empresas brasileiras em diferentes etapas da exportação.

Conforme o comunicado do banco, na compra dos aviões pela Republic, a operação do BNDES Exim Pós-Embarque cobrirá uma parcela do investimento total da companhia aérea. As aeronaves serão entregues pela Embraer entre 2023 e 2024.

No crédito via BNDES Exim Pré-Embarque, os recursos serão utilizados pela empresa brasileira para produção de aeronaves comerciais dos modelos 175-E1, 190-E1, 190-E2 e 195-E2.

Neste ano, além das 14 aeronaves para a Republic Airways, o BNDES financiou a comercialização de três aviões Embraer para a egípcia CIAF — em abril — e outros 11 para a também norte-americana Alaska Airways — em junho. No ano, os desembolsos para a fabricante brasileira somam 778 milhões de dólares

Segundo Mercadante, o banco financiou nove aeronaves em 2022.

Por volta de 13:30, as ações da Embraer subiam 0,58%, a 17,20 reais, enquanto o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, perdia 0,89%.

(Reportagem adicional de Paula Arend Laier, em São PauloEdição de Pedro Fonseca)

RENDA PARA FINANCIAR UM IMÓVEL DE R$ 1 MILHÃO

 

Especialista fez as simulações e diz quanto você e seus familiares precisam ter para comprar um imóvel

POR LÍVIA VENAGLIA – Jornalista da IF

Prédios na cidade de São Paulo, onde são vendidos imóveis de R$ 1 milhão
Entrada de ao menos R$ 200 mil é necessária para financiar um imóvel de R$ 1 milhão

Quatro em cada dez brasileiros começaram o ano de 2023 com a intenção de comprar um imóvel próprio, apontou pesquisa da plataforma QuintoAndar divulgada em fevereiro deste ano. Para virar realidade, o sonho da casa própria demanda muitas contas, de renda, parcela e opções de financiamento. Para te ajudar com essa tarefa, vamos falar, por exemplo, sobre qual é a renda para financiar um imóvel de R$ 1 milhão?

Quem fez as contas a pedido da Inteligência Financeira é o especialista Daniel Gava, CEO da Rooftop, empresa de tecnologia que intermedeia negociações no mercado imobiliário. Para tanto, Gava fez as simulações na Caixa, banco que reúne cerca de 65% dos financiamentos no país.

Primeiramente, o especialista lembra que os critérios básicos para obter um financiamento imobiliário é ter 18 anos ou mais, não ter restrições no CPF e não ter a renda comprometida com outros compromissos financeiros.

Qual é a renda para financiar um imóvel de R$ 1 milhão?

De acordo com a projeção de Daniel Gava, você precisa ter uma renda familiar de cerca de R$ 30 mil mensais para financiar um imóvel de R$ 1 milhão. O especialista considera a simulação a partir de uma entrada mínima de R$ 200 mil e o financiamento do valor restante no prazo máximo de 420 meses.

Ficou puxado? Veja qual a renda que você precisa ter para financiar um imóvel de R$ 500 mil ou de R$ 400 mil.

Assim, a parcela inicial do financiamento ficaria entre R$ 7.119 pela tabela Price e R$ 8.635 pela tabela SAC, a mais comum para negociações do tipo. Pela lei brasileira, você não pode comprometer mais do que 30% da sua renda mensal com o financiamento. Portanto, na tabela Price essa renda poderia ser mais baixa, na faixa de R$ 24 mil mensais.

Lembrando que estamos falando de renda familiar. Portanto, esse valor não precisa ser recebido por uma única pessoa e sim pelo conjunto das pessoas que está fazendo a compra do imóvel.

No entanto, é importante ponderar que a idade máxima para terminar de quitar o financiamento é de 80 anos e 6 meses. Dessa maneira, para aproveitar o prazo máximo de 420 meses, todos os participantes precisam ter 35 anos a menos do que essa idade. Ou seja, até 45 anos e 6 meses de idade.

Opções para amortização: SAC e Price

São duas as principais opções para o financiamento de um imóvel. Na tabela SAC, sigla para Sistema de Amortização Constante, a parcela inicial é mais alta mas vai caindo ao longo do tempo. Ao final do período, os R$ 8,63 mil se transformariam em uma prestação na faixa de R$ 1,94 mil.

“No Sistema de Amortização Constante (SAC), há um valor fixo descontado da dívida total, ou seja, amortizado. Por exemplo, um financiamento de R$ 400 mil, em 200 meses, pode ter uma amortização constante de R$ 2 mil mensalmente”, explica Daniel Gava.

Por outro lado, a opção com a menor parcela inicial segue a tabela Price, com parcelas constantes ao longo do financiamento. “O percentual destinado aos juros cai ao longo do tempo, mas o valor da parcela não diminui”, explica o especialista.

Valor da entrada para financiar um imóvel de R$ 1 milhão

As condições específicas variam para cada potencial comprador, de acordo com as condições de crédito. Mas em geral, o mercado limita o financiamento a 80% do valor do imóvel. Portanto, para um imóvel de R$ 1 milhão, você precisaria da entrada de R$ 200 mil, citada na simulação acima.

Esse valor considera não só dinheiro em conta corrente. O valor constante do saldo do FGTS também pode ser usado para alcançar esse total.

Uma alternativa é dar uma entrada maior para diminuir o valor das parcelas, a renda mensal necessária para o financiamento e o prazo de pagamento. Por exemplo, para a compra desse imóvel de R$ 1 milhão após a venda de um apartamento de menor valor.

Daniel Gava fez as simulações com uma entrada de R$ 400 mil. Nesse cenário, com o financiamento dos demais 60%, você tem como resultado uma parcela em torno de R$ 5.400 na tabela Price ao longo de 360 meses (30 anos).

Já na tabela SAC, o financiamento partiria de uma parcela de R$ 6,75 mil e terminaria em R$ 1,70 mil. Para tanto, além da entrada de R$ 400 mil, seria necessária uma renda familiar de cerca de R$ 25 mil mensais.

Como financiar um imóvel de R$ 1 milhão

Além de providenciar a entrada e procurar uma instituição financeira de confiança para o financiamento, há uma série de cuidados a serem tomados para a contratação. A pedido da Inteligência Financeira, o CEO da Rooftop Daniel Gava listou sete cuidados a serem tomados no momento da compra de um imóvel:

  1. Faça a escolha de imóvel, e leve em consideração idade da construção e a região escolhida.
  2. Pesquise preços em portais para estabelecer uma boa relação custo-benefício.
  3. Pesquise a melhor taxa de financiamento imobiliário entre os 5 maiores bancos
  4. Escolha um sistema de amortização de acordo com sua capacidade financeira.
  5. Simule o seu financiamento imobiliário e as prestações.
  6. Leia todo o contrato.
  7. Peça ajuda a profissionais habilitados sem interesse direto na transação.

A CONECTIVIDADE É CRUCIAL PARA PREPARAR OS NEGÓCIOS PARA O FUTURO

José Pedro Ranalli, gerente de maketing da KORE Brasil

O mercado global de Internet das Coisas (IoT) vai ultrapassar o marco de US$ 1 trilhão no próximo ano, conforme relatório da Global Data. E não é por menos, essa tecnologia continua fornecendo dados para insights, recursos para novos produtos e visibilidade poderosa dos ativos que fazem as empresas funcionarem. Na verdade, conectar dispositivos economiza custos significativos, sendo cada vez mais difícil se manter competitivo sem a IoT.

A conectividade é crucial para preparar os negócios para o futuro, sendo um dos principais facilitadores da transformação digital. Quando combinado com outras tecnologias emergentes como IA e computação em nuvem pode levar a maior eficiência operacional, redução de custos, melhor tomada de decisão e experiência do cliente.

A eficiência operacional pode ser melhorada porque a tecnologia IoT faz uso de dispositivos conectados que rastreiam, monitoram, controlam e gerenciam vários ativos em uma empresa. Isso permite que muitos processos manuais sejam automatizados, promovendo maior agilidade das operações.

A tomada de decisão aprimorada é impulsionada pelos dados gerados por sensores nos dispositivos IoT. A análise dessas informações pode levar ao desenvolvimento de estratégias de negócios otimizadas e processos aprimorados. Ela ajuda os gestores a tomar decisões operacionais mais bem informadas e também a identificar novas oportunidades.

Por meio da utilização de dados específicos do usuário é possível melhorar a experiencia do cliente. As informações geradas por meio de dispositivos inteligentes podem aumentar a compreensão das empresas sobre as expectativas e o comportamento dos consumidores, permitindo publicidade direcionada, ajustar políticas de preços e melhorar o atendimento.

Novas tecnologias estão levando a IoT para o próximo nível. Por exemplo, o 5G pode ser considerado um divisor de águas. Os casos de uso que exigem baixa latência, como carros conectados e manutenção preditiva terão maior benefício.

Embora já existam aproximadamente 30 bilhões de dispositivos IoT conectados em todo o mundo, um relatório da IDC prevê que haverá aproximadamente 75 bilhões de equipamentos online até 2025. No entanto, a velocidade e a capacidade superiores do 5G serão essenciais para ajudar o setor a atingir e superar essa marca.

A IoT é definitivamente a tecnologia mais promissora para as empresas e se tornará ainda mais útil no futuro. Com outras soluções combinadas, como robótica, IA, VR e blockchain, as organizações poderão implementar novos modelos de negócios, conquistar vantagens competitivas e maior qualidade de serviços e produtos.

O tipo de conectividade que uma empresa escolhe determinará se um projeto de IoT será bem-sucedido. Por que há tanto em jogo? Com seu potencial ilimitado, a Internet das Coisas continua atraindo participantes e investimentos do mercado. Há uma necessidade crescente de procurar diferenciadores que proporcionem uma vantagem extra para, mesmo que apenas um pouco, ficar à frente dos concorrentes.

Portanto, escolher cuidadosamente a solução de conectividade de IoT adequada é essencial para o sucesso de qualquer projeto, pois permite que você controle totalmente seus fluxos de dados inteligentes. Buscar soluções que entreguem uso de APN privada, IP fixo e plataformas de gestão do tráfego, trazem esse diferencial. No final, conectar seus ativos por meio de recursos eficazes e interoperáveis pode ser o elemento diferenciador necessário para inclinar a balança do sucesso a seu favor.

A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO

Moysés Peruhype Carlech

A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a atenção para as seguintes questões:

• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.

• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas

para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.

• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.

• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.

• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação, vendas, etc.

• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:

a) Digitalização dos Lojistas;

b) Apoio aos lojistas;

c) Captura e gestão de dados;

d) Arquitetura de experiências;

e) Contribuição maior da área Mall e mídia;

f) Evolução do tenant mix;

g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;

h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;

i) Convergência do varejo físico e online;

j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;

k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;

l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;

m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.

Vantagens competitivas da Startup Valeon:

• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.

• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do Aço para os nossos serviços.

• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.

• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.

• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia, inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.

• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.

Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:

• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;

• Atraímos visualmente mais clientes;

• Somos mais dinâmicos;

• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;

• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;

• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.

• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as suas vendas.

Proposta:

Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.

Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços, telefone, WhatsApp, etc.

O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.

VOCÊ CONHECE A ValeOn?

A MÁQUINA DE VENDAS ONLINE DO VALE DO AÇO

TEM TUDO QUE VOCÊ PRECISA!

A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio, também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser. Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.

A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua empresa seja oficializada.

A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as melhores marcas do varejo e um mix de opções.

O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.

Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é muito abaixo do valor praticado pelo mercado.

Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:

•             O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.

•             A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a comunicação dos clientes com as lojas.

•             Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da compra.

•             No país, as lojas online, que também contam com lojas físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.

•             O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/)  tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 220.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.600.000 de visitantes.

•             O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.

•             A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como: empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.

                                                                                                                                                                   Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.

Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?

Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

Fones: (31) 98428-0590 / (31) 3827-2297

 

terça-feira, 26 de setembro de 2023

LULA NÃO OBEDECERÁ CRITÉRIOS DE GÊNERO E COR PARA INDICAR STF E PGR

IstoÉ Dinheiro

O mandato de Aras no comando do Ministério Público termina nesta terça, 26, e Rosa Weber vai se aposentar da Corte nesta quinta-feira, 28 – o ministro Luís Roberto Barroso assumirá como presidente do STF, no lugar de Rosa. “Não precisa perguntar essa questão de gênero ou de cor. Eu já passei por tudo isso. No momento certo vocês vão saber quem eu vou indicar. Eu pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer e a pessoa que eu tenho mais fé de que vai ser uma grande pessoa na Suprema Corte, que é isso que o Brasil está precisando”, disse Lula em entrevista no Palácio do Planalto.

Diante da pressão pela escolha de uma mulher negra para o STF, o presidente afirmou que “o critério (de gênero e cor) não será mais esse” e que pretende indicar pessoas que possam “atender aos interesses e à expectativa do Brasil” e, no caso do STF, alguém que “vote adequadamente, sem precisar ficar votando pela imprensa”.

Gestão controversa

Os quatro anos da gestão Aras na Procuradoria-Geral da República foram marcados por polêmicas. Indicado fora da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) por Jair Bolsonaro (PL), ele é acusado por críticos de alinhamento ao governo passado por não ter dado andamento a investigações envolvendo a gestão Bolsonaro, sobretudo as solicitadas pela CPI da Covid.

Sob Aras, a PGR arquivou mais de cem pedidos de apuração sobre Bolsonaro. O procurador-geral foi ainda cobrado por realizar apenas “procedimentos preliminares” em casos com indícios de corrupção nas áreas da Saúde e da Educação do governo passado.

A extinção do modelo de forças-tarefa, que enterrou a Lava Jato, também ocorreu na gestão de Aras. Segundo ele, o Ministério Público deve agir “sem espetáculos midiáticos”. Neste terceiro mandato de Lula, o chefe do Ministério Público acenou ao novo governo ao enfatizar seu trabalho para “enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo”.

Em artigo publicado no Estadão, no sábado, Aras diz que foi alvo de “incompreensões e falsas narrativas”. “Parte das incompreensões deve-se à equivocada expectativa de o Ministério Público protagonizar ou mesmo apoiar projetos partidários. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda”, escreveu.

Entre especulações sobre o substituto de Aras e dúvidas se Lula seguirá a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República, o cargo será ocupado interinamente, a partir de amanhã, pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos.

Lista

Tradicionalmente, a ANPR elege três nomes do Ministério Público Federal e apresenta a lista para o presidente da República, que não é obrigado a acatar a votação da categoria. Compõem a lista tríplice deste ano os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Bolsonaro foi o primeiro chefe do Executivo a ignorar a lista tríplice, em 2019, quando indicou Aras para suceder a Raquel Dodge. O ex-presidente fez o mesmo em 2021, ao reconduzir Aras.

Lula já disse que também não pretende seguir a lista da ANPR. Em março, ele afirmou que a escolha para a Procuradoria-Geral da República será pessoal. Em julho, o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (BA), declarou que “não tem lista para a PGR, a decisão é do presidente Lula”. Na ocasião, Wagner elogiou Aras e levantou a possibilidade de uma eventual recondução. A ideia, porém, foi criticada por aliados de Lula e integrantes do governo. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que um novo mandato de Aras seria um “desastre”.

Cotados

Correndo por fora da lista tríplice está o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet, que tem apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes – de quem foi sócio no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – e Alexandre de Moraes. Gonet defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em junho, afirmando que houve investida “ardilosa” contra a democracia.

Como mostrou a Coluna do Estadão, outro nome cotado é o do subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelo denúncias criminais do 8 de Janeiro. O procurador Antonio Carlos Bigonha, por sua vez, é o favorito de ala do PT. Bigonha é amigo do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do partido José Genoino. Também foi recebido por Lula recentemente o subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio Veiga Rios.

STF

Apesar da pressão de aliados e de grupos progressistas para a indicação de uma mulher negra para a cadeira de Rosa Weber, os citados até agora são todos homens. Em 132 anos de história, o STF teve 171 ministros. Apenas três mulheres. Nunca houve uma mulher negra. O último negro a integrar a Corte foi Joaquim Barbosa, que se aposentou em 2014. Indicado por Lula em 2003, com aval do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Barbosa se tornou o algoz do PT no julgamento do mensalão.

Entre os cotados estão o ministro da Justiça, Flávio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Ontem, Dino afirmou que “só Deus sabe” se ele terá o nome indicado para a Corte.

Em junho, Lula escolheu Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski. Se o presidente indicar mais um homem, a Corte passará os próximos 14 anos sem uma mulher na presidência do tribunal. A tradição é que o ministro mais antigo, que ainda não tenha ocupado a presidência, seja eleito internamente para o cargo. O mandato é de dois anos.

Estão na lista de sucessão interna, por ordem de antiguidade, Barroso, Edson Fachin, Moraes, Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Zanin. O indicado de Lula entrará no fim da fila.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O post Lula recusa gênero e cor como critérios nas escolhas para o Supremo e a PGR apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 25, que não tem pressa para indicar os nomes do sucessor de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República e do substituto da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Segundo o petista, as escolhas serão anunciadas “no momento certo” e “a questão de gênero e cor” não será usada como critério nas indicações.

O mandato de Aras no comando do Ministério Público termina nesta terça, 26, e Rosa Weber vai se aposentar da Corte nesta quinta-feira, 28 – o ministro Luís Roberto Barroso assumirá como presidente do STF, no lugar de Rosa. “Não precisa perguntar essa questão de gênero ou de cor. Eu já passei por tudo isso. No momento certo vocês vão saber quem eu vou indicar. Eu pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer e a pessoa que eu tenho mais fé de que vai ser uma grande pessoa na Suprema Corte, que é isso que o Brasil está precisando”, disse Lula em entrevista no Palácio do Planalto.

Diante da pressão pela escolha de uma mulher negra para o STF, o presidente afirmou que “o critério (de gênero e cor) não será mais esse” e que pretende indicar pessoas que possam “atender aos interesses e à expectativa do Brasil” e, no caso do STF, alguém que “vote adequadamente, sem precisar ficar votando pela imprensa”.

Gestão controversa

Os quatro anos da gestão Aras na Procuradoria-Geral da República foram marcados por polêmicas. Indicado fora da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) por Jair Bolsonaro (PL), ele é acusado por críticos de alinhamento ao governo passado por não ter dado andamento a investigações envolvendo a gestão Bolsonaro, sobretudo as solicitadas pela CPI da Covid.

Sob Aras, a PGR arquivou mais de cem pedidos de apuração sobre Bolsonaro. O procurador-geral foi ainda cobrado por realizar apenas “procedimentos preliminares” em casos com indícios de corrupção nas áreas da Saúde e da Educação do governo passado.

A extinção do modelo de forças-tarefa, que enterrou a Lava Jato, também ocorreu na gestão de Aras. Segundo ele, o Ministério Público deve agir “sem espetáculos midiáticos”. Neste terceiro mandato de Lula, o chefe do Ministério Público acenou ao novo governo ao enfatizar seu trabalho para “enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo”.

Em artigo publicado no Estadão, no sábado, Aras diz que foi alvo de “incompreensões e falsas narrativas”. “Parte das incompreensões deve-se à equivocada expectativa de o Ministério Público protagonizar ou mesmo apoiar projetos partidários. Nossa missão não é caminhar pela direita ou pela esquerda”, escreveu.

Entre especulações sobre o substituto de Aras e dúvidas se Lula seguirá a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República, o cargo será ocupado interinamente, a partir de amanhã, pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos.

Lista

Tradicionalmente, a ANPR elege três nomes do Ministério Público Federal e apresenta a lista para o presidente da República, que não é obrigado a acatar a votação da categoria. Compõem a lista tríplice deste ano os subprocuradores-gerais da República Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e Nicolao Dino. Bolsonaro foi o primeiro chefe do Executivo a ignorar a lista tríplice, em 2019, quando indicou Aras para suceder a Raquel Dodge. O ex-presidente fez o mesmo em 2021, ao reconduzir Aras.

Lula já disse que também não pretende seguir a lista da ANPR. Em março, ele afirmou que a escolha para a Procuradoria-Geral da República será pessoal. Em julho, o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (BA), declarou que “não tem lista para a PGR, a decisão é do presidente Lula”. Na ocasião, Wagner elogiou Aras e levantou a possibilidade de uma eventual recondução. A ideia, porém, foi criticada por aliados de Lula e integrantes do governo. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que um novo mandato de Aras seria um “desastre”.

Cotados

Correndo por fora da lista tríplice está o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet, que tem apoio dos ministros do STF Gilmar Mendes – de quem foi sócio no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) – e Alexandre de Moraes. Gonet defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em junho, afirmando que houve investida “ardilosa” contra a democracia.

Como mostrou a Coluna do Estadão, outro nome cotado é o do subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelo denúncias criminais do 8 de Janeiro. O procurador Antonio Carlos Bigonha, por sua vez, é o favorito de ala do PT. Bigonha é amigo do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do partido José Genoino. Também foi recebido por Lula recentemente o subprocurador-geral da República Aurélio Virgílio Veiga Rios.

STF

Apesar da pressão de aliados e de grupos progressistas para a indicação de uma mulher negra para a cadeira de Rosa Weber, os citados até agora são todos homens. Em 132 anos de história, o STF teve 171 ministros. Apenas três mulheres. Nunca houve uma mulher negra. O último negro a integrar a Corte foi Joaquim Barbosa, que se aposentou em 2014. Indicado por Lula em 2003, com aval do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, Barbosa se tornou o algoz do PT no julgamento do mensalão.

Entre os cotados estão o ministro da Justiça, Flávio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas. Ontem, Dino afirmou que “só Deus sabe” se ele terá o nome indicado para a Corte.

Em junho, Lula escolheu Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski. Se o presidente indicar mais um homem, a Corte passará os próximos 14 anos sem uma mulher na presidência do tribunal. A tradição é que o ministro mais antigo, que ainda não tenha ocupado a presidência, seja eleito internamente para o cargo. O mandato é de dois anos.

Estão na lista de sucessão interna, por ordem de antiguidade, Barroso, Edson Fachin, Moraes, Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Zanin. O indicado de Lula entrará no fim da fila.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O post Lula recusa gênero e cor como critérios nas escolhas para o Supremo e a PGR apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

 

OS PRECATÓRIOS SÃO BONS PROBLEMAS FINANCEIROS PARA O GOVERNO

 

História por IDIANA TOMAZELLI – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer a derrubada do teto para pagamento de precatórios e propôs o pagamento de parte das sentenças judiciais como despesa financeira, sem esbarrar em regras fiscais.

O Executivo pede ainda autorização para quitar o estoque represado até agora por meio de crédito extraordinário, que também fica fora do alcance dos limites orçamentários. O passivo é estimado em cerca de R$ 95 bilhões, e sua regularização deve elevar a dívida pública.

A proposta pretende dar um desfecho ao impasse iniciado em 2021, quando o teto para pagamento das sentenças foi instituído no governo Jair Bolsonaro (PL).

Entenda os principais pontos da discussão:

O QUE FEZ A PEC DOS PRECATÓRIOS?

Aprovada no fim de 2021, a proposta foi uma iniciativa da gestão Bolsonaro para criar um limite anual para o pagamento de dívidas judiciais.

A exemplo do mecanismo do teto de gastos, o texto tomou como base o valor repassado a essas sentenças em 2016 e previu sua atualização pela inflação do período.

O montante excedente é adiado para pagamento nos anos seguintes, formando uma espécie de fila de dívidas -que cresce à medida que novos valores surgem a cada ano.

O QUE MOTIVOU A PROPOSTA?

Em meados de 2021, o governo Bolsonaro precisava enviar a proposta de Orçamento de 2022, ano de eleição presidencial. A promessa era ampliar os gastos sociais, pagando um mínimo de R$ 400 por família no Auxílio Brasil (substituto do Bolsa Família).

Os planos foram atravessados por um “meteoro” de R$ 89 bilhões em dívidas judiciais, como chamou o então ministro Paulo Guedes. O valor era quase 64% maior do que os R$ 54,4 bilhões programados para 2021.

O crescimento da fatura em quase R$ 35 bilhões ocupou o espaço que estava disponível para ampliar o programa social. Por isso, o governo instituiu o limite para as dívidas judiciais, mantendo os repasses no mesmo patamar de 2021 e liberando verbas para atender aos desejos de Bolsonaro.

A REGRA VALE POR QUANTO TEMPO?

O primeiro ano de vigência da nova regra para precatórios foi 2022. Como resultado, o governo adiou R$ 21,9 bilhões em dívidas judiciais. A emenda constitucional diz que o limite vale até o fim de 2026.

O QUE ACONTECE APÓS O FIM DO PRAZO, EM 2027?

O sucessivo adiamento de dívidas judiciais pode gerar uma verdadeira bola de neve, segundo análise do próprio governo.

O Tesouro Nacional alerta para o risco de uma bomba superior a R$ 250 bilhões em precatórios acumulados a serem pagos pela União em 2027.

O Ministério do Planejamento e Orçamento, por sua vez, já avisou que a regularização desse passivo em 2027 pode provocar um apagão em áreas como Saúde e Educação, considerando a necessidade de respeitar regras fiscais vigentes -incluindo o recém-aprovado arcabouço fiscal.

A PEC DOS PRECATÓRIOS PREVIU MECANISMOS PARA TENTAR MITIGAR O PROBLEMA DA BOLA DE NEVE?

O texto proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso previu o chamado “encontro de contas”, no qual os credores poderiam usar os valores a receber em precatórios para abater obrigações com a União, fossem elas dívidas tributárias ou pagamento de outorgas de leilões.

As modalidades do acordo chegaram a ser regulamentadas na gestão Bolsonaro, mas não decolaram em meio à insegurança jurídica alegada pelo governo Lula para aceitar esses créditos. A AGU revogou a portaria anterior e criou um grupo de trabalho para discutir a nova norma.

Uma minuta foi encaminhada ao Ministério da Fazenda propondo a aceitação do encontro de contas até determinado limite.

Em posição mais recente, porém, técnicos do governo alegam que o uso do instrumento ameaça a previsibilidade e o planejamento orçamentário e financeiro, uma vez que o Executivo pode ser surpreendido por uma redução brusca da arrecadação federal devido a um uso mais intenso das compensações.

COMO O GOVERNO LULA PRETENDE RESOLVER O IMPASSE DOS PRECATÓRIOS?

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) pretende “despedalar” o estoque de precatórios e retomar o pagamento em dia dessas obrigações.

Para isso, a AGU (Advocacia-Geral da União) protocolou no STF um pedido para declarar a inconstitucionalidade do teto de precatórios e dos instrumentos de “encontro de contas” que permitem o uso de dívidas judiciais para abater débitos com a União.

QUAL SERÁ A ESTRATÉGIA PARA REGULARIZAR OS PAGAMENTOS?

O governo Lula propõe uma série de medidas para resolver o estoque acumulado de precatórios, estimado em cerca de R$ 95 bilhões, bem como o fluxo futuro desses pagamentos.

A principal delas prevê classificar os encargos que corrigem o valor original dos precatórios como despesas financeiras (categoria ligada ao serviço da dívida pública), o que deixaria essa parcela do gasto fora do alcance do novo arcabouço fiscal e da meta de resultado primário (que desconsidera despesas com juros da dívida).

Além disso, o estoque represado até o momento seria pago via crédito extraordinário, que também fica livre do limite de gastos vigente para 2023.

POR QUE O GOVERNO QUER CLASSIFICAR PARTE DOS PRECATÓRIOS COMO DESPESA FINANCEIRA INCLUSIVE NO FUTURO?

O limite de gastos criado pelo novo arcabouço fiscal tem sua expansão limitada a um percentual entre 0,6% e 2,5% acima da inflação ao ano. No entanto, as dívidas judiciais acabam crescendo em ritmo maior do que esse.

Por isso, técnicos do governo afirmam que só retirar o estoque de precatórios do alcance das regras fiscais em vigor não seria suficiente para resolver o impasse. A reclassificação de parte das sentenças judiciais como gasto financeiro, fora do alcance das regras fiscais, contribui para reduzir a pressão sobre o limite.

QUAL FOI A LISTA COMPLETA DE PEDIDOS DO GOVERNO AO STF?

1. Autorização para redistribuir o estoque de precatórios entre despesas primárias e financeiras, “por meio de parametrização aproximada”, em um prazo de até 60 dias

2. Determinação aos órgãos competentes que a expedição de precatórios no futuro deve apontar, de forma separada, os valores principais e os referentes a encargos financeiros sobre a causa, para que sejam pagos como despesa primária e financeira, respectivamente

3. Reconhecimento da urgência e da imprevisibilidade do pagamento imediato do estoque acumulado de precatórios via crédito extraordinário (à exceção dos valores já previstos na proposta orçamentária de 2024)

4. Afastamento de quaisquer limites legais e constitucionais ou condicionantes fiscais para o cumprimento de eventual decisão do STF

5. Autorização para que os órgãos responsáveis pela execução orçamentária e financeira da União e pela apuração das estatísticas fiscais deem às despesas com os encargos incidentes sobre a causa o mesmo tratamento dado aos encargos incidentes sobre os títulos da dívida pública

6. Determinação de que a adoção das medidas necessárias ao cumprimento da decisão não poderá dar ensejo ao descumprimento de eventuais metas fiscais estabelecidas

7. Autorização para regularizar o pagamento dos precatórios do Fundef, devidos a estados e municípios, pelas mesmas regras requeridas para as demais dívidas judiciais

O ADIAMENTO DA VOTAÇÃO DA REFORMA TRIBUTÁRIO NÃO É UM BOM SINAL

 

História por Notas & Informações • Jornal Estadão

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que a votação do relatório da reforma tributária sobre consumo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) provavelmente ficará para o fim de outubro. Segundo ele, o Senado pretende avaliar todas as emendas apresentadas ao texto e analisar a pertinência das mudanças sugeridas por Estados, municípios e setores econômicos. O adiamento não é um bom sinal.

No cronograma apresentado pelo relator da reforma na Comissão de Constituição e Justiça, Eduardo Braga (MDB-AM), o parecer da proposta seria apresentado na primeira semana de outubro, e a votação, por sua vez, ficaria para a semana seguinte. Até lá, a CCJ realizaria nove audiências públicas para ouvir os segmentos que serão impactados pelas mudanças na tributação de bens e serviços. Como esperado, tais audiências públicas se converteram em um muro de lamentações, e essas reclamações, por óbvio, têm reverberado entre os senadores.

Ao que parece, as muitas exceções acolhidas no texto da reforma ao longo de sua tramitação na Câmara não apenas não serão revertidas, como também poderão ser ampliadas. Os segmentos que não foram agraciados pelos deputados recorrem, agora, aos senadores para garantir tratamento especial, caso dos profissionais liberais que atuam como Pessoas Jurídicas (PJs).

Pior: mesmo os que já foram contemplados com tributação menor na Câmara, como o agronegócio, buscam obter privilégios ainda maiores no Senado. Como a intenção da reforma é ser neutra, cada segmento beneficiado por isenção ou tributação reduzida eleva a alíquota cheia que será imposta aos demais.

Para além do adiamento da votação do parecer, há outro indício muito ruim sobre a reforma tributária e que não pode ser ignorado. O noticiário sobre o tema refluiu, o que costuma ser sinal de mau agouro. Isso não significa que o texto não será mais aprovado, mas sugere que as negociações para alterá-lo estão ocorrendo longe dos olhos da sociedade.

O governo, por sua vez, parece mais preocupado – com razão – em aprovar medidas para ampliar a arrecadação e barrar a pauta-bomba que avança à sua revelia no Congresso, que inclui a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos ex-territórios, a desoneração da folha de pagamento e a atualização dos limites de enquadramento no Simples Nacional e no regime de microempreendedores individuais (MEIs).

Analisado em conjunto, esse cenário mostra que a declaração pública de Pacheco sobre o adiamento da votação da reforma tributária parece até otimista. Há no Senado quem preveja que a proposta, na melhor das hipóteses, será submetida ao plenário somente em novembro ou dezembro, como mostrou reportagem publicada pelo Broadcast.

Além de Braga, outros senadores, entre os quais Vanderlan Cardoso (PSD-GO), estariam atuando como interlocutores bem mais influentes do que o desejável, como observou a colunista Adriana Fernandes. Vanderlan, que é presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, pretende apresentar um relatório paralelo da reforma tributária. Não por acaso, o senador representa Goiás, Estado administrado por Ronaldo Caiado, um dos governadores que mais se opõem à reforma.

Como Casa revisora, o Senado tem o dever de examinar detidamente a proposta que chegou da Câmara. Enquanto Casa da Federação, cabe ao Senado representar e defender os interesses dos Estados. Os senadores, portanto, têm diante de si uma excelente oportunidade para cumprir as duas funções.

O País aguarda a aprovação da reforma há mais de 30 anos. O consenso que se construiu em torno do texto é tão raro quanto tênue. Não pode, portanto, ser desperdiçado por negociatas em busca da manutenção ou ampliação de privilégios, por tentativas de ressuscitar discussões que já foram vencidas ou por disputas de protagonismo que buscam apenas dinamitar as bases da reforma para deixar tudo como está.

Como já dissemos muitas vezes neste espaço, a reforma tributária em tramitação no Legislativo não é a reforma perfeita, mas é a reforma possível. É hora de aprová-la sem mais delongas.

ESCOLHA DE PIMENTA CRIA CONFLITO COM GESTÃO DE LEITE

Brasil e Mundo ...