sábado, 3 de junho de 2023

INVESTIGAÇÃO DE EX-ASSESSOR DE LIRA PELA PF CAUSA DESAVENÇA COM DINO

 

Dino vai à casa de Lira para conter crise após operação da Polícia Federal atingir seu ex-assessor

Presidente da Câmara tem cópia de mensagens que assessoria da corporação divulgou, com dados de investigação sigilosa

Por Vera Rosa – Jornal Estadão

BRASÍLIA – O ministro da Justiça, Flávio Dino, esteve na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após a operação da Polícia Federal que atingiu Luciano Cavalcante, o ex-assessor do deputado que atualmente trabalha na liderança de seu partido, o PP. Lira queria saber de Dino detalhes sobre a diligência e por que motivo o processo de busca e apreensão em endereços de seus aliados foi deflagrado agora, justamente no momento em que ele e o governo vivem uma crise de relacionamento.

O presidente da Câmara tem em mãos cópias de mensagens que a assessoria da Polícia Federal divulgou sobre a operação sigilosa e desconfia que o Palácio do Planalto prepara um cerco político contra ele. Agora, cobra uma apuração do que chama de “vazamento” ilegal de informações.

No encontro desta quinta-feira, 1.º, Dino disse a Lira que o inquérito da PF – aberto para investigar desvio de recursos destinados à compra de kits escolares de robótica, em Alagoas –, começou antes mesmo do início do governo Lula. É justamente essa investigação que atinge o ex-assessor do deputado e outros aliados. O ministro da Justiça afirmou, ainda, não ter controle sobre as datas de operação da PF.

Num dos locais de busca e apreensão, em Maceió, a PF encontrou R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo. “Eu não tenho nada a ver com isso nem me sinto atingido”, reagiu Lira. “Cada um é responsável por seu CPF.”

Fúria

Furioso, o presidente da Câmara fez questão de repetir, após a aprovação da Medida Provisória (MP) de reestruturação dos ministérios, na noite de quarta-feira, 31, que o governo terá agora de andar com as próprias pernas. Àquela altura, não se desconfiava da operação da PF no dia seguinte. Aliados de Lira observam, porém, que ele já deveria saber de alguma coisa porque queria deixar caducar a MP e foi necessário muito esforço para demovê-lo da ideia.

Lira tem certeza de que Palácio do Planalto está por trás de operação da PF que atingiu seu ex-assessor. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara
Lira tem certeza de que Palácio do Planalto está por trás de operação da PF que atingiu seu ex-assessor. Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara Foto: Pablo Valadares/Agência C

Lira não se cansa de criticar o que chama de “ausência de articulação política” por parte do Executivo. Não é só: acha que está sendo “enrolado” por ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não querem dividir com ele a execução do Orçamento.

Na prática, o presidente da Câmara tem colecionado desavenças com o governo. Em abril, por exemplo, Dino vetou a indicação de Lira para uma vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1). O deputado queria emplacar no cargo o juiz João Carlos Mayer Soares, mas Dino alegou que ele era muito próximo do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, suspeito de ter estimulado os ataques golpistas de 8 de janeiro.

Em outra frente, o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima terça-feira, 6, o julgamento de um recurso de Lira contra denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. O processo que pode torná-lo réu o acusa de receber propina de R$ 106 mil do ex-presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) Francisco Colombo. O dinheiro foi apreendido com um ex-assessor de Lira, que nega ter qualquer relação com aqueles valores.

O NETWORKING É A BASE DO SUCESSO DE QUALQUER NEGÓCIO

 

Bruno Avelar – Empresário

Especialista dá dicas para aumentar seu networking e fala da importância de ter conexções

Criador do maior evento brasileiro de network do mundo, Bruno Avelar dá dicas para aumentar o networking e fala sobre a importância das conexões

O network é a base do sucesso de qualquer negócio. A arte do networking é poder construir uma rede de contatos que possa potencializar oportunidades através de relacionamentos. Segundo o empresário Bruno Avelar, especialista no assunto, a troca de conhecimentos e experiências é fundamental, seja para fortalecer laços, estreitar negociações ou se destacar no mercado.

Para ele, existem alguns passos que precisam ser seguidos para conseguir construir uma eficiente rede de networking:

“Conviver com pessoas de diferentes segmentos e que possam influenciar nas suas conexões é uma forma de aprimorar o crescimento interpessoal e se aproximar dos seus objetivos profissionais. Independentemente do segmento, o networking traz inúmeros benefícios e um grande reconhecimento. Já é de conhecimento comum que ser bem-sucedido na área escolhida está diretamente ligado aos relacionamentos cultivados dentro e fora do ambiente de trabalho.. Sem relacionamentos, não existe negócio”, disse Avelar, que complementou ter uma boa rede de contatos não é uma opção, é indispensável:

“Com as conexões certas você vai alavancar seu empreendimento e caminhar lado a lado com quem pode te ajudar a impulsionar sua carreira para o futuro”.

Avelar afirma que um bom-network é feito de forma orgânica e muda a maneira como você é visto, fazendo com que se torne uma referência, já que as pessoas estarão cientes de quem você é e o que você faz.

“Essa visibilidade é fundamental e te transforma em uma pessoa confiável, com uma boa reputação. A reputação aqui é a chave para uma rede de relacionamentos de sucesso”, falou.

Bruno é um empreendedor, mentor e escritor brasileiro, CVO (Chief Visionary Officer) de diversas empresas e criador do ‘O Poder do Network’. O encontro é o maior evento brasileiro de network do mundo e já impactou há mais de 14 mil empresários nos Estados Unidos.

“Falando por experiência própria, o network foi a base das minhas conquistas. Não fazemos nada sozinhos e precisamos de pessoas em todas as áreas da vida. Como estratégia, sempre tentei fazer com que outras pessoas me apresentassem, ao invés de me apresentar, o que já gera confiança, credibilidade e autoridade. Mas lembre-se: devemos ser intencionais na construção de um novo relacionamento, mas nunca interesseiros”, disse.

COMO SER UM MESTRE NA ARTE DO NETWORKING?

1- Pague o preço para estar onde os melhores estão. São nos ambientes mais restritos que você fará as melhores conexões e neste momento sua postura e comportamento serão fundamentais para que isso aconteça. Você já deve ter percebido que muitas pessoas conseguem empregos e oportunidades porque fizeram um bom trabalho e foram reconhecidas.

A famosa “indicação” é algo comum quando se tem uma rede de contatos sólida, com uma base que é nutrida constantemente, sempre atrelado a um bom trabalho, claro.

2- Para seu networking ser um sucesso, é preciso saber que existem modos de tratar suas conexões que podem alavancar sua rede de contatos ou prejudicar sua reputação. Pessoas que buscam apenas se relacionar a qualquer custo, priorizando a quantidade em detrimento à qualidade, acabam agindo da forma oposta ao que é recomendado. Network é um dom que precisa ser moldado.

3- É muito comum, também, se sentir inseguro demais para criar vínculos com outros profissionais. É preciso deixar a vergonha de lado e inspirar confiança. Se você não confia em si mesmo, como outros irão? Descubra o que a pessoa que você quer se conectar gosta, com quem ela convive.

4- Estude e melhore seu storytelling e aprenda a se comunicar melhor.

Assim você conseguirá avançar.

Inicialmente, a criação de laços deve ser feita de forma espontânea. Não se deve se aproximar de alguém apenas esperando receber algo em troca. O ideal é que você crie e mantenha seus relacionamentos de forma natural e que tenha interações constantes, não apenas quando tiver necessidade de algo que possam fornecer.

Relacionamento é sobre dar, e não pedir. O retorno vem automaticamente. A sabedoria do network está na paciência de esperar a maturação do relacionamento. Você não planta uma árvore hoje e colhe frutos no dia seguinte, você precisa entender que em algum momento Deus irá usar pessoas para te levar para o próximo nível. Jesus foi o maior estrategista que já passou pela terra, e seguir alguns princípios básicos, como servir e presentear, irá te levar ao ápice do relacionamento.

A probabilidade de que a pessoa se lembre de você, e, mais importante, do que você faz, é muito grande se você puder inspirar confiança e amizades recíprocas.

5- Procure estar no lugar certo, na hora certa. Você precisa saber porquê, como e o que. Onde estar, quando estar e com quem estar. Manter um bom relacionamento com a rede de contatos que você construiu é uma ação que deve ser priorizada todos os dias. Com a internet e as redes sociais se tornou ainda mais simples fortalecer seus laços e sua marca pessoal.

Parece ingênuo, de início, atrelar o segredo do sucesso às pessoas que convivemos. Mas é uma realidade fortíssima. Como já bem diz o famoso versículo de Provérbios: “diga-me com quem tu andas, que te direi assim quem tu és”. Valorize os contatos em que pode confiar, e o seu sucesso será sem limites. Assim, alcançar seus objetivos pessoais e profissionais será apenas uma questão de tempo.

Existem erros básicos na construção de um network. Bruno listou os mais comuns:

* Abordagem no momento errado e de forma errada;

* Acessar pedindo, e não servindo;

* Não investir no social;

* Não pagar o preço achando que não é necessário;

* Não deixar pessoas que são âncoras para trás;

* Não acreditar no seu potencial por não estar preparado;

* Ter problemas de autoestima por gatilhos do passado;

* Não se comportar e vestir da forma correta;

* Não frequentar os ambientes adequados;

* Não ser um solucionador de problemas;

* Desistir achando que já fez demais pelo outro e ainda não teve retorno;

* Não entender que relacionamentos não devem ser quebrados, pois não têm prazo de validade.

A Startup Valeon reinventa o seu negócio

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nos comércios passa pelo digital.

Para ajudar as vendas nos comércios a migrar a operação mais rapidamente para o digital, lançamos a Plataforma Comercial Valeon. Ela é uma plataforma de vendas para centros comerciais que permite conectar diretamente lojistas a consumidores por meio de um marketplace exclusivo para o seu comércio.

Por um valor bastante acessível, é possível ter esse canal de vendas on-line com até mais de 300 lojas virtuais, em que cada uma poderá adicionar quantas ofertas e produtos quiser.

Nossa Plataforma Comercial é dividida basicamente em página principal, páginas cidade e página empresas além de outras informações importantes como: notícias, ofertas, propagandas de supermercados e veículos e conexão com os sites das empresas, um mix de informações bem completo para a nossa região do Vale do Aço.

Destacamos também, que o nosso site: https://valedoacoonline.com.br/ já foi visto até o momento por mais de 220.000 pessoas e o outro site Valeon notícias: https://valeonnoticias.com.br/ também tem sido visto por mais de 5.500.000 de pessoas, valores significativos de audiência para uma iniciativa de apenas três anos. Todos esses sites contêm propagandas e divulgações preferenciais para a sua empresa.

Temos a plena certeza que o site da Startup Valeon, por ser inédito, traz vantagens econômicas para a sua empresa e pode contar com a Startup Valeon que tem uma grande penetração no mercado consumidor da região capaz de alavancar as suas vendas.

E-Mail: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

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sexta-feira, 2 de junho de 2023

MUDANÇA NO STF INCLUI NOTÁVEL SABER JURÍDICO

 

Leia análise de Ives Gandra Martins

Mudança de perfil da Corte, mais politizada, influi no peso dado ao requisito do conhecimento sobre direito

Por Ives Gandra da Silva Martins*

Cristiano Zanin Martins é um grande e íntegro advogado, reconhecido pela classe. Exerceu admiravelmente a defesa do presidente Lula contra todos. Vale dizer: um brilhante profissional. De idoneidade moral, este requisito foi preenchido.

Agora, o requisito da Constituição vai além do brilhantismo na profissão. O artigo 101 da Constituição prevê notável saber jurídico. O notável é aquilo que está acima da média do conhecimento de todos, o que inclui saber acadêmico, livros publicados, reconhecimento nacional e internacional como jurista.

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Ives Gandra da Silva Martins é advogado, professor titular da Faculdade de Direito do Mackenzie e emérito da Escola de Comando do Estado-Maior do Exército (Foto: Alex Silva/Estadão)
Ives Gandra da Silva Martins é advogado, professor titular da Faculdade de Direito do Mackenzie e emérito da Escola de Comando do Estado-Maior do Exército (Foto: Alex Silva/Estadão) 

Na prática, este requisito nem sempre tem sido seguido pelos presidentes nas indicações. Quais livros publicou? Qual sua titulação? O reconhecimento acadêmico é ser mestre, doutor, livre docente ou professor titular, doutor honoris causa. O reconhecimento acadêmico é o que difere o advogado do jurista. O magistrado do jurista.

Este adjetivo não foi previsto inutilmente pelo constituinte. José Moreira Alves, que foi ministro do Supremo, foi professor titular da USP. Ricardo Lewandowski é professor titular da USP. Alexandre de Moraes é livre docente da USP, prestou concurso, fez mestrado e doutorado.

A figura do notável saber jurídico estabelece que, para ser ministro, precisa estar acima de uma titulação normal. Não só ser brilhante profissional – esse requisito, indiscutivelmente, Zanin preenche –, mas titulação acadêmica é o que lhe falta. É o que está na Constituição. Não é a tradição de todos os presidentes da República que este seja o critério maior.

Hoje, o Supremo ganhou uma dimensão política, o que levou a Corte, pela opinião popular, a ser muitas vezes equiparada a um poder político. Os ministros hoje são elogiados ou atacados como políticos, não como juristas respeitados. Nós temos hoje um perfil de STF que se auto-outorgou uma flexibilidade muito maior em criar novas hipóteses legislativas, invadindo a competência do Poder Legislativo.

Desde 2003, esse perfil vem mudando gradativamente, o que nos últimos anos se intensificou. Os requisitos colocados na Constituição passaram a ser formais. Os presidentes indicam bons profissionais, mas deveriam indicar também grandes juristas.

*Ives Gandra da Silva Martins é advogado, professor titular da Faculdade de Direito do Mackenzie e emérito da Escola de Comando do Estado-Maior do Exército

O BRASIL ESTÁ NA DEDPENDÊNCIA DO MAU HUMOR DE LULA

Brasil está na perigosa dependência do (mau) humor de uma única pessoa: Lula

O que acontecerá se Lula decidir que sua candidata para 2026 deve ser a primeira-dama, convertida em nossa Isabelita Perón? Alguém vai se opor?

Por Fabio Giambiagi

Mauricio Macri era o líder da coalizão que liderava as pesquisas para as eleições argentinas e, recentemente, emitiu a declaração que sintetizo a seguir: “Há 80 anos, uma parte da sociedade argentina decidiu acreditar em líderes messiânicos. Essa liderança paternalista desestimulou as pessoas a assumirem a sua própria responsabilidade. Nunca acreditei nesse caudilhismo. Os argentinos me ouviram muitas vezes falar da importância das equipes e da competição. Há alguns meses fomos enormemente felizes. A seleção apostou em um conjunto, mesmo tendo em campo o melhor jogador de todos, mas o resto não esperou que fosse ele quem assegurasse o triunfo. Não venceu o líder: venceu o time. Nossa coalizão conseguiu superar essa falsa ilusão do indivíduo salvador. Sempre fizemos isso conservando a unidade. Estou convencido de que esse é o time do qual a Argentina precisa. Por tudo isso, não serei candidato. E o faço convencido de que é necessário ampliar o espaço político da mudança que começamos no passado e de que precisamos inspirar os outros com nossas próprias ações. Quero agradecer a todos pelo amadurecimento de avançar na direção certa e dizer meu muito obrigado a todos pelo carinho que sinto nas ruas”.

Em 2022, no Brasil, a necessidade de evitar o perigo associado a uma seita de fanáticos levou a uma convergência de grupos políticos que tinham tido sérias divergências entre si. Nesse contexto, Lula da Silva liderava as pesquisas. O desafio histórico clamava por um gesto de grandeza, renunciando à sua candidatura em favor de um nome de unidade ou sendo candidato, mas compreendendo que teria que desempenhar um papel muito diferente do de líder do PT.

E se Janja, esposa de Lula, quiser se candidatar em 2026?
E se Janja, esposa de Lula, quiser se candidatar em 2026? Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

Infelizmente, Lula não fez o gesto de Macri nem revela ter a grandeza de um Nelson Mandela de deixar o rancor pessoal de lado e agir como o presidente de uma frente ampla. O jornalista Thomas Traumann noticiou que, quando alguém sugere que poderia estar errado, Lula responde: “Você teve 60 milhões de votos? Porque, quando você tiver 60 milhões de votos, você se senta nessa cadeira e faz do jeito que você quiser”.

O Brasil está na perigosa dependência do (mau) humor de uma única pessoa. Nesse caso, o PT tem que responder a uma pergunta: se a indicação for na base do “dedazo”, como em 2010, o que acontecerá se Lula decidir que sua candidata para 2026 deve ser a primeira-dama, convertida em nossa Isabelita Perón? Alguém vai se opor? É uma hipótese na qual o País deveria começar a pensar.

 

GASTOS DE VIAGENS DE LULA NO INÍCIO DO SEU MANDATO

 

Por
Lúcio Vaz – Gazeta do Povo


| Foto: Ricardo Stuckert
O presidente Lula esteve afastado do país por 28 dias em visitas a nove países, torrando mais de R$ 6 milhões só em diárias e passagens para assessores e seguranças. Ocupado com a busca de projeção internacional, Lula cometeu gafes e afastou-se das articulações políticas com deputados e senadores, o que resultou em derrotas no Congresso Nacional. Nas viagens nacionais, que consumiram R$ 800 mil, lançou ou relançou alguns projetos e visitou obras iniciadas em governos anteriores.

O período mais intenso das viagens internacionais ocorreu em abril. A comitiva de Lula partiu para a China no dia 11 daquele mês, com escalas em Lisboa e Abu Dhabi. Passou primeiro em Xangai, dia 13, para a cerimônia de posse da “presidenta” do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff. Lula teve ainda audiência com o secretário-geral do Partido Comunista em Xangai, Chen Jining.

No dia seguinte, teve encontros restrito e ampliado com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping. No retorno, dia 15, esteve em Abu Dhabi, onde teve reunião com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, o xeique Mohammed Al Nahyan. Chegou a Brasília no dia 16, domingo, às 21h. As diárias e passagens da viagem custaram R$ 2 milhões.

No final da visita aos Emirados, Lula voltou a afirmar que a Ucrânia também foi responsável pela guerra com a Rússia; quando, na verdade, a Ucrânia foi invadida. “A decisão da guerra foi tomada por dois países. E agora estamos tentando construir um grupo de países que não tem envolvimento com a guerra, que não querem a guerra, para conversarmos tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia”, disse Lula. Ele acrescentou que “a Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”. A declaração provocou protestos principalmente da Europa e EUA.

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Lula entrega regras fiscais e retorna ao exterior
No dia 18 de abril, no Palácio do Planalto, Lula entregou o Projeto de Lei Complementar 93/23, que institui o novo arcabouço de regras fiscais. Participaram da cerimônia o presidente da Câmara, Arthur Lira; o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo; e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; entre outras autoridades. Em vez negociar o PLP 93/23 com as lideranças do Congresso, Lula permaneceu apenas quatro dias em Brasília. Embarcou para Lisboa no dia 20, quinta-feira, às 22h.

Em Lisboa, no sábado (22), manteve encontros com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; e com o primeiro-ministro, Antônio Costa. Na segunda-feira, viajou a Porto para a abertura do Fórum Empresarial Brasil-Portugal. Retornou a Lisboa em voo de demonstração a bordo da aeronave KC-390 Millennium, da Embraer. Às 16h, prestigiou a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque.

Na terça-feira (25), foi para Madri, onde teve encontro com centrais sindicais espanholas e participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Espanha. No dia seguinte, esteve em reunião de ministros com o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez; e teve encontro com o Rei Felipe VI, da Espanha. Partiu para o Brasil no meio da tarde e chegou a Brasília às 22h30. Só a passadinha em Madri custou R$ 400 mil. A viagem toda, R$ 1,4 milhão em diárias e passagens.

No final de janeiro, já havia passado pela Argentina e pelo Uruguai. Em Buenos Aires, firmou acordos de cooperação, defendeu a criação de uma moeda comum com a Argentina e prometeu usar Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar obras na América do Sul. O banco estatal brasileiro vai financiar o trecho do gasoduto da Patagônia argentina. Em Montevidéu, Lula conversou com o presidente uruguaio, Lacalle Pou, um político de direita, sobre o projeto da hidrovia da Lagoa Mirim, na fronteira dos dois países. As duas viagens custaram R$ 800 mil.

Em maio, Lula esteve em Londres para a cerimônia de coroação do Rei Charles III do Reino Unido da Grã-Bretanha, na Abadia de Westminster. No dia 17 de maio, partiu para Hiroshima, onde participou como convidado do G7, grupo das sete maiores potências mundiais. Ele participou de reuniões de trabalho e teve encontros com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com os primeiros-ministros do Japão, da Alemanha, da Índia, do Canadá e da Austrália; além do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Lula entrega o projeto no novo arcabouço fiscal a Lira e Rêgo: Foto: Ricardo Stuckert/PR| Ricardo Stuckert

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As derrotas e sustos de Lula no Congresso
No início de maio, Lula teve sua primeira derrota expressiva no Congresso. No início de abril, o presidente havia flexibilizado, por decreto, o marco legal do saneamento, aprovado pelo Congresso em 2020, no governo Bolsonaro. Em 3 de maio, um decreto legislativo aprovado pelo Congresso anulou o decreto de Lula.

Na noite desta terça-feira (30/05), a Câmara aprovou o projeto de lei 490/2007, que transforma em lei a tese sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. Foram 283 votos a favor e 155 contra. O texto seguiu agora para a deliberação do Senado.

Lula acabou conseguindo a aprovação do novo arcabouço de regras fiscais, que substituiu o antigo teto de gastos, mas o relator do projeto, deputado Claudio Cajado (PP-BA), incluiu gatilhos para ajuste de despesas e sanções ao governo caso as metas de resultado primário não sejam cumpridas.

Enquanto Lula viajava pelo mundo, a oposição alterou a Medida Provisória 1154/23, que reestrutura os ministérios. Os mais atingidos foram os ministérios do Meio Ambiente dos Povos Indígenas. O presidente teve que pedir a ajuda de Arthur Lira. Conseguiu, mas ele avisou: “daqui para frente, o governo tem que andar com suas próprias pernas”. No dia anterior, afirmou que “há uma insatisfação generalizada com a falta de articulação política do governo”. Após a aprovação pela Câmara, o Senado aprovou a MP na tarde desta quinta-feira (01/06), por 51 votos a 19.

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Obras, relançamento de programas e Coldplay

Lula teve um início de mandato agitado. No dia 8 de janeiro, domingo, fez visita de apoio à Araraquara (SP) em decorrência das enchentes, às 14h30. Naquele momento, ocorreu a invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Presidência da República. Lula desembarcou em Brasília às 20h50.  No dia 21, esteve em Boa Vista para anunciar ações emergenciais para a população Yanomami. No início da noite, partiu para Buenos Aires.

No dia 6 de fevereiro, deu início as andanças pelo país. Esteve na inauguração de unidades do complexo Super Centro Carioca de Saúde, com o aliado e prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Mas três dias depois partiu para Washington. No dia 14, começaram as visitas eleitoreiras. Quando não tinha obra para inaugurar, visitava canteiros de obras. Lula esteve no “lançamento” do novo programa Minha Casa Minha Vida e entrega de empreendimentos em Santo Amaro (BA). No dia seguinte, visitou o canteiro de obras da frente de trabalho para a duplicação da BR-101/SE, em Aracaju. As duas viagens custaram R$ 100 mil em diárias e passagens. Em 17 de fevereiro, Lula partiu para Salvador sem agenda oficial, para o feriado de Carnaval.

Em 3 de março, prestigiou a cerimônia de entrega de 1.440 unidades do Programa Minha Casa Minha Vida em Rondonópolis (MT), acompanhado do ministro das Cidades, Jader Filho). Duas horas mais tarde, estava no encontro com representantes do agronegócio de Mato Grosso, acompanhado do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. As diárias e passagens dos seguranças de Lula custaram R$ 72 mil.

Lula entrega casas do Minha Casa Minha Vida em Rondonópolis. Foto: Ricardo Stuckert/PR

No dia 13 de março, esteve na 52ª Assembleia Geral dos Povos Indígenas de Roraima, em Boa Vista. Em 22 de março, viajou para a cerimônia de lançamento do Complexo Renovável Neoenergia – Parque Eólico Chafariz, em Santa Luzia (PB). No mesmo dia, presenciou a cerimônia de “relançamento” do Programa de Aquisição de Alimentos, em Recife.

Em 23 de março, Lula visitou o Complexo Naval de Itaguaí (RJ), às 15h30, onde funciona um estaleiro de submarinos. O ex-presidente Jair Bolsonaro esteve por lá algumas vezes. Às 18h, teve encontro com a banda Coldplay. Em seguida, esteve no ato “Pelo Direito à Cultura: Novo Decreto do Fomento”, no Theatro Municipal. A passagem pelo Rio custou R$ 104 mil.

Lula repete gesto de Bolsonaro e prestigia estaleiro de submarinos. Foto: Ricardo Stuckert/PR


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MOBILIZAÇÃO A FAVOR DA LAVA JATO E SEUS MEMBROS CONTRA PERSEGUIÇÃO JUDICIAL

Editorial
Por
Gazeta do Povo


| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Depois de ter sua candidatura cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) numa decisão que, como já mostramos, distorce a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010) e a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90), Deltan Dallagnol agora se defronta com uma situação digna de Franz Kafka. Em seu romance O Processo, o escritor tcheco descreve o pesadelo vivido por Josef K., processado pela Justiça, e que não consegue saber nem ao menos o crime pelo qual é acusado. Pois bem, Dallagnol foi intimado pela Polícia Federal a depor nesta sexta-feira (2) e não tem ideia do motivo do depoimento.

Na intimação recebida pelo deputado, as informações são absolutamente vagas. Há apenas a menção de que a ordem partiu da “Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores”, setor da PF responsável pelas investigações de inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Não há informação se o deputado será ouvido como testemunha, vítima ou acusado, nem sobre o que deverá se explicar, muito menos a qual inquérito a oitiva estaria relacionada.

Ao longo de sua atuação, a Lava Jato fez muitos inimigos, especialmente aqueles que tiveram seus conluios e maracutaias expostas.

Em outra frente, a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou nesta semana um procedimento de fiscalização na 13ª Vara Federal de Curitiba e nos gabinetes de magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, onde correm processos decorrentes da Operação Lava Jato. O motivo principal seria a “existência de diversas reclamações disciplinares apresentadas ao conselho ao longo dos últimos dias”, mas sem especificar quais seriam tais reclamações.

Na verdade, a correição será realizada para atender a um pedido feito pela defesa do juiz Eduardo Appio, que tomou o lugar de Sergio Moro na análise dos processos da Lava Jato. Appio foi afastado da 13ª Vara Federal após denúncias de ser o autor de uma tentativa de intimidação – em uma suposta ligação, feita anonimamente – ao filho do desembargador Marcelo Malucelli, do TRF4. O juiz afastado, que sempre foi um crítico da Operação Lava Jato e defensor da inocência de Lula, vinha tomando uma série de medidas com o claro intuito, dentro dessas convicções, de desmoralizar a operação. Agora, mesmo depois de provas importantes, e surreais, de um comportamento impróprio, tem seu pedido atendido. Não será surpresa, dados os estranhos tempos que estamos vivendo, que ele mais à frente seja inocentado e recupere seu posto.

Uma atuação firme e comprometida com a defesa dos interesses do Brasil é o mínimo que se espera de nossos deputados e senadores.

Embora aparentemente sem conexão, as duas ações encontram um fio condutor comum: a tentativa descarada de colocar uma pá de cal na Operação Lava Jato, que conseguiu desvendar o monstruoso e fétido esquema de corrupção envolvendo estatais comandadas pelo PT e partidos aliados, empreiteiras e políticos. Primeiro, o foco foi reverter os resultados da força-tarefa, com uma enxurrada de “descondenações”, incluindo a do próprio presidente Lula, cujos processos acabaram anulados. Agora, a estratégia foca na perseguição descarada aos membros e apoiadores da força-tarefa, com a possibilidade de tornar-lhes a vida um verdadeiro inferno.

Ao longo de sua atuação, a Lava Jato fez muitos inimigos, especialmente aqueles que tiveram seus conluios e maracutaias expostas e que, pela primeira vez, se viram alvos da Justiça. Não à toa, a população, cansada de ser abusada e explorada por corruptos, foi uma ardorosa apoiadora da operação, por entender que, finalmente, a corrupção generalizada não ficaria mais impune. Era de se esperar que uma reação acontecesse: os corruptos não iriam deixar de usar todo o seu poder para tentar manter seus esquemas ímpios de vantagens e propinas. Nenhuma surpresa, portanto, que buscassem de todas as formas possíveis tentar enlamear os trabalhos da Lava Jato e dos promotores e juízes que nela atuaram. O que causa preocupação, porém, é, de um lado, que esse movimento nefasto tenha encontrado eco em inúmeros outros agentes públicos não diretamente ligados aos casos desvendados pela Lava Jato. Não fazemos aqui um julgamento da boa ou má-fé dos autores desse tortuoso modus operandi. O fato é que, por uma cegueira e distorções incompreensíveis, injustiças trágicas vêm sendo sistematicamente cometidas. De outro lado, a preocupação decorre da apatia da sociedade, que parece não perceber a gravidade dos abusos cometidos em nome desse projeto de vingança contra aqueles que simplesmente fizeram o que se esperaria da Justiça, ou seja, punir corruptos e salvaguardar o erário público.

Dallagnol foi intimado pela Polícia Federal a depor nesta sexta-feira (2) e não tem ideia do motivo do depoimento.

É compreensível que diante dos constantes atentados contra os direitos fundamentais promovidos pelas instâncias que, ao menos em tese, deveriam justamente proteger esses direitos, um sentimento comum dos cidadãos brasileiros – e aqui falamos de todo homem ou mulher que se preocupa com os rumos do país – seja o desalento. Mas por mais difícil que sejam o cenário e as perspectivas de mudança no curto prazo, é preciso insistir e buscar maneiras de colocar fim a esses abusos. Não é à toa que a máxima de que o mal reina quando os bons se calam é tão verdadeira: o silêncio dos bons cidadãos é tudo o que qualquer tirano – seja um político ou não – mais deseja para continuar a cometer seus desmandos. É por isso que defendemos a ideia de que é preciso manter acesa a chama da indignação contra os descalabros que, infelizmente, infestam o Brasil, dos quais a perseguição a Deltan Dallagnol e outros integrantes da Lava Jato é um exemplo irrefutável.

Neste mês, completam-se 10 anos das chamadas jornadas de junho, onde milhares de brasileiros foram às ruas mostrar sua indignação e cobrar uma resposta do poder público. Não temos dúvida de que a situação atual do nosso país mereceria uma ação de maior porte. Para o próximo domingo, dia 4 de junho, há a previsão de uma mobilização contra a cassação do deputado Dallagnol e todos os abusos contra as liberdades em nosso país. Divergências entre diferentes lideranças mais à direita do espectro político talvez impeçam que ela tenha a magnitude que deveria ter. São vicissitudes próprias de uma democracia. Isso, no entanto, não deve desanimar quem tem a convicção e a consciência de que é necessário fazer o que está ao alcance de cada um. Se muitos eventualmente deixarem de comparecer – pela razão que for –, a manifestação, ainda que não tão grande quanto se desejaria, pode ser o início de um paulatino movimento de conscientização e mobilização.

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E, além da mobilização nas ruas, há muitos outros caminhos possíveis que os cidadãos, aqueles que se importam com os rumos do Brasil, podem seguir para dar voz à sua indignação e lutar por mudanças. Não é à toa que tantos governos antidemocráticos busquem cercear as comunicações e as redes sociais: elas são, hoje, um instrumento importante na defesa da democracia. Se antes os cidadãos raramente tinham contato com seus representantes eleitos, e só podiam manifestar seu apoio ou desagrado a cada eleição, através do voto, agora é possível cobrar posicionamentos e ações continuamente. Boa parte das questões que hoje afligem o país, como a falta de equilíbrio entre os Poderes, os abusos cometidos pelo Judiciário, os ataques às liberdades, passam, mais cedo ou mais tarde, pelo Parlamento.

Uma atuação firme e comprometida com a defesa dos interesses do Brasil é o mínimo que se espera de nossos deputados e senadores. Por isso, cabe ao cidadão – usando as redes sociais, por exemplo – lembrar-lhes, insistentemente, de seu papel. Uma mensagem de um eleitor pode chacoalhar o comodismo, passividade, cegueira e, eventualmente, falta de retidão de um parlamentar. A sociedade não pode deixar de exigir que deputados e senadores tenham, dentro do Congresso, neste momento histórico, consciência de sua força e de seu papel na defesa do Estado Democrático de Direito.

Como dissemos, não é um caminho fácil e os resultados podem demorar a chegar. Mas é preciso dar o primeiro passo e insistir o quanto for necessário. É o futuro do país que está em jogo.


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O PRESIDENTE DO SENADO CONTROLA O QUE É BOM E O QUE NÃO É BOM PARA O GOVERNO

nas?

Byvaleon

Jun 2, 2023

Pacheco contra o Brasil

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo


| Foto: Marcos Oliveria/Agência Senado

Tomara que não seja verdade, mas estão dizendo que o Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, vai retardar a votação definitiva do projeto de lei que dá paz no campo e na cidade, quanto à questão fundiária, regulamentando e esclarecendo o que diz a Constituição, no artigo 231, no qual é dito que são dos povos indígenas as terras que eles ocupam tradicionalmente. Ocupam é presente do indicativo, portanto, é dia 5 de outubro de 1988, dia que isso foi promulgado na Constituição e passou a valer.

Não é que ocuparam, porque se está valendo ocuparam, aí, meu Deus, é 1500, de 1500 prá cá. Aí ninguém tem segurança do seu imóvel, urbano ou rural. Tá nas mãos do Supremo e depois daquilo que o Supremo fez lá em Roraima, com os arrozeiros, deixando todo mundo na mão, deixando índios e arrozeiros na mão, a gente fica assustado. Aqui está um a um e o Supremo continua essa votação na quarta-feira que vem.

Se o presidente do Senado empurrar até quarta-feira, já vai ter problema de choque entre Supremo e Poder Legislativo. Dois poderes que teoricamente são independentes, autônomos e harmônicos entre si. A Câmara aprovou, diz basicamente que povos indígenas que saíram das suas terras, perderam as terras, a menos que sejam terras em litígio na justiça. É isso.

Porque é isso que diz a Constituição. Aqui havia oito milhões e meio de quilômetros quadrados de povos morando, vivendo aqui quando chegou Cabral. E aí começou a colonização europeia do país. Depois veio gente da África, da Ásia e de todos os continentes e formaram essa grande mistura maravilhosa que é o Brasil. E parece que tem gente que quer destruir isso.

Prêmio Nobel e corrupção
Bom, vejam só, eu tô vendo que em Bangladesh tem o Prêmio Nobel da Paz envolvido e acusado por corrupção, metendo o dinheiro num fundo do trabalhador. Aqui toda hora aparece problema com o fundo de amparo ao trabalhado, o FAT. Inclusive para garantir coisas para a Argentina ou cobrir dívida da Venezuela, de Moçambique, da Nicarágua, sei lá mais o quê, só prá gente lembrar esses acontecimentos.

MP dos ministérios

Passou a medida provisória que mantém os ministérios que Lula criou, 17, e foi um preço alto, né? O governo pagou emendas de R$1,7 bilhão, liberou para deputados, para conseguir aí os 337 votos. É do seu imposto essa liberação.

O governo está sem articulação na Câmara e no Senado também. Isso foi mostrado por Arthur Lira, o presidente da Câmara. Diz que se o governo vem sofrendo derrotas lá, não é por culpa dele, não. É por falta de articulação. Por exemplo, os deputados mexeram nas medidas provisórias. Esvaziaram alguns ministérios de Marina Silva, o ministério do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas, reforçaram de novo o Ministério da Agricultura, que estava sendo esvaziado, porque Lula não gosta do agro, diz que o agro é fascista. Continua então os 17 ministérios.

Zanin
Por fim, o registro de que o advogado de Lula foi indicado por Lula para o Supremo. Ele faz 10 anos que defende Lula de todas as acusações que o Lula tem recebido desde 2013. Ele era assistente do Batoque, que foi presidente da OAB, que foi deputado do PDT, a mulher dele é sócia dele num escritório de advocacia. Fica estranho, né? Ele não é o primeiro a ir para o Supremo com essas ligações familiares em escritório de advocacia. E ele tem 47 anos e agora é o Senado que sabatina e marca a votação em plenário. É estranho, porque ele vai continuar sendo advogado de Lula, entrando no Supremo. Advogado chega lá para defender uma causa, é da natureza dele ou defender os seus clientes. Por isso que eu insisto que o ideal seria juiz de direito, de carreira, depois de subir todos os degraus da carreira, em todas as instâncias, brilhando, aí sim ficar disponível entre os 11 mais antigos e mais brilhantes do Superior Tribunal de Justiça, que tem 33. Pode ser que um dia esse sonho seja realizado. E com mandato de 10 anos é seria conveniente.


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LULA DÁ UMA BANANA PARA O PAÍS E INDICA SEU ADVOGADO PESSOAL PARA O STF

 

Bye, bye, Brasil

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo


Sem ânimo para escrever uma legenda para Cristiano Zanin (foto).| Foto: EFE/ David Fernández

Ah, o orgulho. Este é o mês em que o mundo descristianizado celebra esse que é o pai de todos os vícios e a fonte de todos os nossos sofrimentos, né? Pois então talvez não seja coincidência que hoje (1º), justo hoje, o Todo-Orgulhoso Lula, bancando o reizinho e dando uma banana para o que resta de decência no país, tenha indicado seu advogado pessoal, Cristiano Zanin, para o STF – aquela corte cujo orgulho ferido hoje persegue, prende e humilha.

Esse é mais um golpe no já combalidíssimo senso de ética do Brasileiro de Bem. Isto é, para quem ainda acredita nesse ser quase mítico que encontramos todos os dias diante do espelho, mas que nos escapa no meio da rua e nos telejornais. O Brasileiro de Bem que, depois de ter de engolir um descondenado na Presidência e de, dia após dia, se sentir vulnerável à vontade instável de um juiz-imperador, agora terá de engolir mais um advogado do PT na Suprema Corte. Sim, mais um.

E terá mesmo. Porque em um século o Senado nunca rejeitou uma indicação presidencial ao STF. E nada indica que desta vez será diferente. Pelo contrário, é bem possível que o presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco, já esteja conchavando para que a confirmação de Zanin se dê sem as turbulências que seria de se esperar de tempos polarizados. Se duvidar, é capaz de até já estarem confeccionando aquela peça de vestimenta que lhe conferirá poderes extraconstitucionais: a toga.

Em tese, bem sei, caberia aos senadores de oposição (uma espécie de sociedade tão secreta que nem os próprios membros se reconhecem nela) atrapalhar a indicação que qualquer juristinha formado na Faculdade Law & Order de Direito sabe: viola claramente o Artigo 37 da Constituição. Aquele que fala da impessoalidade, moralidade e outros duendes do cerrado. Mas, por mais que se esforçassem o Moro, a Damares, o Astronauta e até o Mourão, atrapalhar não significaria impedir.

Resta o consolo de saber que, no caso de Zanin, pelo menos ninguém se surpreenderá com a conduta do aspirante a excelentíssimo. Não acontecerá o mesmo que se deu com Alexandre de Moraes, o outrora grande constitucionalista que até hoje só fez rasgar a Constituição. Posso até não ser vidente, mas consultando a borra do café da tarde aqui prevejo: Zanin entregará exatamente aquilo que se espera dele. Isto é, compadrio ideológico, perseguição aos inimigos do regime, censura, interpretações criativas da lei e ativismo jurídico. E não ouse reclamar: foi para isso que eles fizeram o L mesmo.

A mim, neste texto escrito às pressas e temperado pelo fel da indignação que não fui capaz de evitar, só me resta parabenizar Cristiano Zanin. Você conseguiu! Depois de perder sucessivas causas para o seu cliente preso na Operação Lava Jato, teve paciência o bastante para acreditar que o Sistema o recompensaria. Foi resiliente, como dizem os coaches. E agora receberá do Príncipe do Orgulho, por intermédio de seus estafetas temporais, o cargo que, no Brasil atual, equivale ao de semideus. (A referência para essa frase é Gênesis 3:5).

Parabéns, Zanin. Você se submeteu ao que há de pior no mundo e o mundo agora o recompensará com todo o orgulho do mundo. [SR. EDITOR, A REPETIÇÃO É PROPOSITAL]. Gostaria de desejar que fosse virtuosa essa sua passagem pelo trono. Mas não consigo. Desculpe. O senhor, digo, o Excelentíssimo Senhor me pegou num dia de pouca esperança. Se bem que toda a esperança do mundo ainda seria pouca. Mas tenho que me lembrar: a alma é maior do que a Pátria. Sempre.


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A MENTIRA, O PODER, O LIXO E A ESCÓRIA

Por
Luís Ernesto Lacombe – Gazeta do Povo


| Foto: Agência Brasil

Eles são a mentira e tomaram o poder. São a sujeira, o lixo do lixo, a escória. São maus, são nefastos. Estão abraçados, trocam elogios, são caloteiros. São cúmplices, são a mentira, toda a mentira. Eles são o terror, a violência, o ódio. São bandidos, são bandidos.

Seremos obrigados a acreditar que seus crimes não são crimes. Os criminosos são seus rivais; serão todos eliminados, um a um. A eles, todo-poderosos, estendem um tapete vermelho, a eles prestam continência, ainda que neles nada preste. As armas estão com eles, eles são uma droga.

Se há forças do bem, eles são contra elas. Sempre estarão do lado errado e vão empurrar, atropelar, dar socos, disparar destruição. Em seus palácios, em suas cortes, terão todo o luxo. Toda a riqueza será garantida a eles. Terão banquetes, não passarão fome.

Eles são o Estado que controla tudo nos mínimos detalhes. São assassinos da verdade, do bom, do belo

Eles são todos os erros, os pequenos, os médios, os crassos. São a enganação completa, os sequestradores de um continente. Colecionam vítimas, aos milhares, aos milhões. Não estão nem aí para ninguém. Não veem ninguém. O paraíso deles é o inferno de todos.

Eles são o Estado que controla tudo nos mínimos detalhes. São assassinos da verdade, do bom, do belo. São a corrosão, a ferrugem, o estragado, a podridão. Eles são o ocaso, o escurecer para sempre, a falta de moral e de ética.

Nunca andarão direito, são revolucionários, são demoníacos. Na sociedade que forjam não há direitos fundamentais, direitos humanos. Eles perseguem, censuram, prendem, torturam. São totalitários. Eles são parte de uma corja, de uma gangue, de uma quadrilha, uma facção criminosa.

Berram, gritam, ameaçam. Sabem que são ilegítimos, fajutos, inaceitáveis. Não têm resposta para nada… Por isso, não têm apreço por perguntas. Eles são narrativas, nada mais do que narrativas, um farelo de nada.

O fundo do poço é o que oferecem, as profundezas… A derrota sem fim é o que impõem, uma derrota avassaladora, geral. Eles são a vergonha sem limite, são trastes, são asquerosos, são párias.

Eles não desistem, são tudo de ruim que apontam naqueles que ainda não se calaram, que ainda se erguem contra eles, em defesa do que é correto. Eles são a violação, a transgressão, o desrespeito.

Seus abraços, seus apertos de mão, os elogios trocados… Eles são nojentos. Só não vê, só não ouve os absurdos e não reage contra isso quem também não vale nada… Eles desejam o poder para sempre, mas não terão, não terão.


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AS DITADURAS E OS DITADORES PREFERIDOS DE LULA

 

Por
Deltan Dallagnol – Gazeta do Povo


| Foto: EFE

Nesta semana, o governo Lula estendeu um tapete vermelho para Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, e afirmou que há uma “campanha internacional para desacreditar a liderança de Maduro”. Uma investigação da ONU apontou que, na verdade, quem é perseguido não é Maduro, e sim os 3,4 mil opositores políticos presos desde 2014 e as 122 pessoas que foram submetidas pelo governo a torturas, tratamento cruel e violência sexual por razões políticas.

O apoio de Lula a Maduro indignou o país, mas não é menos grave do que o apoio ao ditador Daniel Ortega da Nicarágua, que você deve conhecer para compreender melhor os perigos que rondam nossa democracia no Brasil debaixo do governo e do projeto de poder do Partido dos Trabalhadores.

Numa reunião recente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o governo Lula não assinou uma declaração conjunta de 55 países que condenava as violações aos direitos humanos cometidas por Ortega, que persegue adversários políticos e cristãos na Nicarágua. Mas você conhece a história da amizade entre Lula e Ortega?

Quando Lula era líder sindical, na época de 1980, ele visitou a Nicarágua e se encontrou com nomes da esquerda latino-americana. Durante um jantar na casa de Sergio Ramírez, escritor e vice-presidente do então governo de Daniel Ortega, Lula encontrou Fidel Castro, presidente de Cuba na época.

O escritor Sergio Ramirez sofre censura e é perseguido por Ortega. O anfitrião do passado cobra o Lula de hoje pelo silêncio do governo brasileiro sobre os abusos cometidos pelo tirano nicaraguense: “é tão incompreensível, tão impactante, que se ouve… É constrangedor”, disse Sergio Ramirez.

De acordo com representantes da ONU, recentes decisões de Ortega incluem a detenção de mais de 200 presos políticos, incluindo líderes empresariais, políticos da oposição, escritores, líderes religiosos e ativistas de direitos humanos.

Em março, um grupo de especialistas em Direitos Humanos da ONU divulgou documento que menciona ocorrerem na Nicarágua execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias, tortura e privação arbitrária da nacionalidade e do direito de permanecer no próprio país.

O anfitrião do passado cobra o Lula de hoje pelo silêncio do governo brasileiro sobre os abusos cometidos pelo tirano nicaraguense: “é tão incompreensível, tão impactante, que se ouve… É constrangedor”

Esses atos são cometidos de maneira generalizada e sistemática por motivos políticos e constituem crimes de lesa-humanidade, incluindo assassinato, prisão, tortura, violência sexual, deportação e perseguição política.

Dentre os abusos, foi retirada a cidadania de opositores do regime, o que é semelhante ao que Augusto Pinochet fazia no Chile. Em fevereiro, 222 dos 245 prisioneiros políticos foram libertados e deportados para os Estados Unidos, perdendo a cidadania nicaraguense e tendo seus bens confiscados por meio de decreto de “traição à Pátria”.

Muitos governos na América Latina concordaram em conceder cidadania aos nicaraguenses apátridas, incluindo Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Equador e México, mas o governo de Lula se omitiu e se omite em relação às violações antidemocráticas cometidas por Ortega. Como disse Ramirez, é constrangedor.

Enquanto isso, a repressão aos opositores do regime nicaraguense segue crescendo. A perseguição religiosa também é uma realidade, como foi em tantas ditaduras ao longo da história mundial. Ortega lançou uma campanha contra a Igreja Católica, resultando na detenção de 11 padres.

Durante um protesto contra o regime de Ortega em 2018, a estudante de medicina brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi assassinada. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos reconheceu que ela foi vítima da repressão do regime Ortega. O assassino confesso continua livre e recebendo salário do Estado nicaraguense.

Lula e seu governo, entretanto, mantêm silêncio sobre o assunto. Lula não fez nenhum comentário nem mesmo condenou o caso. Pelo contrário, durante a campanha eleitoral, Lula minimizou a ditadura instaurada por Ortega na Nicarágua, que já está 5º mandato, e chegou a comparar a “reeleição” de Ortega com a da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, que completou 16 anos à frente da maior democracia da Europa.

Em entrevista ao jornal El País, da Espanha, Lula questionou a lógica de não permitir que Ortega fique tanto tempo no poder quanto Merkel. É importante ressaltar a óbvia diferença: desde 2007, Ortega tem mandado prender sete de seus opositores antes mesmo das eleições, eliminando possíveis candidatos que poderiam ameaçar sua vitória. Mais uma vez, o silêncio de Lula é constrangedor.

Por que o governo do “ditadura nunca mais” não faz coro às vozes que clamam por democracia em toda a América Latina?

O silêncio de Lula grita uma verdade: sua defesa da democracia é da boca para fora. É um governo que vende democracia, mas entrega um projeto de poder essencialmente antidemocrático para implantar ideais da esquerda no Brasil e que ajuda governos que, com os mesmos objetivos, violam direitos humanos na América Latina.

Por que o governo do “ditadura nunca mais” não faz coro às vozes que clamam por democracia em toda a América Latina?

A explicação para o silêncio de Lula é simples: democracia é admitida pelo lulismo como um meio, quando é útil, para os fins da esquerda, que admite igualmente meios antidemocráticos para os mesmos fins. O apoio às ditaduras de esquerda é coerente com as ações e projetos do lulismo no Brasil.

De fato, a natureza antidemocrática do projeto petista foi evidenciada quando, por baixo dos panos da democracia, o PT injetou bilhões desviados dos cofres públicos nas campanhas eleitorais para eleger seus cúmplices e alcançar hegemonia – e sabe-se, com base em muitos estudos, que há forte correlação entre número de reais investidos nas campanhas e número de votos recebidos, ressalvadas poucas exceções.

É disso que se trata também quando Lula fala nove vezes em regulamentação da mídia, muda a lei das estatais para injetar bilhões na imprensa, defende um projeto de censura nas redes sociais, promete vingança a adversários políticos e silencia diante de violações da lei e das liberdades praticadas por tribunais, inclusive mediante a perseguição de agentes da Lava Jato e a cassação de adversário político.

Uma pesquisa revelou que em 2011, na Venezuela, metade das pessoas dava uma nota altíssima para a força da democracia no país – 51% deram nota 8 ou superior, numa escala de 1 a 10. Aqueles que acusavam as intenções de Maduro foram tidos como alarmistas e exagerados. Hoje, mais de 6 milhões de pessoas emigram buscando fugir do regime de terror que oprime a população. Regimes de esquerda prometem utopias e entregam violação de liberdades, tragédia econômica e fome.

O projeto de poder petista é revelado suas ações: corrupção, cooptação do parlamento, abuso de poder econômico nas eleições, projetos de censura e de manipulação da mídia, ações de perseguição a inimigos políticos e apoio a ditaduras. Precisamos nos posicionar para impedir que avencem essas medidas antidemocráticas. É preciso defender a verdadeira democracia, a justiça e a liberdade.

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ESCOLHA DE PIMENTA CRIA CONFLITO COM GESTÃO DE LEITE

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