domingo, 1 de agosto de 2021

A FAMÍLIA REAL E A POLÍTICA ATUAL

 

Por
Bruna Frascolla – Gazeta do Povo

“A Chegada de Dom João VI à Bahia” (1952), obra de Candido Portinari| Foto: Reprodução

Talvez nós, brasileiros, estejamos acostumados à ideia de que um país grande demais é ruim, por ser mais difícil de governar. Pensadores tão diversos quanto Aristóteles, Rousseau e Montesquieu achavam que as repúblicas não deveriam ser grandes demais, e nós, que temos o aristotelismo forte em nossa formação cultural (por causa da neoescolástica e da Contrarreforma), seguimos a toada. Nos Estados Unidos, os conservadores contestaram essa ideia. Eis uma citação de Fenimore Coooper (1789 – 1851) extraída d’ “A Mentalidade Conservadora”, de Russell Kirk: “uma vez que o perigo de todos os governos populares é o dos erros populares, é menos provável que um povo de interesses diversificados e propriedades territoriais extensas seja sujeito às paixões sinistras de uma única cidade ou campo.” Por isso, é melhor uma república grande do que uma república pequena. O tamanho é visto então como um fator de descentralização. Não quer dizer que a Rússia seja descentralizada por ser grande; quer dizer apenas que, em se tratando de uma democracia liberal, um país descentralizado leva vantagem sobre um país centralizado. Essa vantagem é a maior estabilidade.

É claro que isso nos leva ao tema da federação. Comenta Kirk: “Porque a centralização reduziria os Estados Unidos à condição de república unitária, exposta aos apetites das multidões e às manipulações do privilégio, James Fenimore Cooper permaneceu um defensor consistente dos poderes estaduais.”

Os Estados Unidos são um país politicamente diverso, onde leis podem ser testadas pelos estados e apreciadas pelos seus compatriotas. Essa constituição permite até o “voto com os pés” dentro do próprio país, depondo agora contra a Califórnia.

Descentralização histórica do Brasil
Os Estados Unidos e o Brasil são descentralizados de maneira diferente. Os Estados Unidos tal como o conhecemos hoje são uma entidade bastante diferente das Treze Colônias (1607-1776). O seu processo de independência acarretou uma nova entidade cujo centro era uma constituição liberal minimalista que deixava a cargo dos estados as legislações mais detalhadas. O território das Treze Colônias é uma pequena fração do território dos Estados Unidos: os norte-americanos foram conquistando o Oeste sem se conciliar com poderes estabelecidos. Para haver alguma sede para o poder central, criou-se Washington. E os domínios de Washington se estenderam por um território politicamente virgem. Índios livres e súditos espanhóis foram empurrados para fora do mapa à medida que a fronteira avançava.

À revelia da Coroa portuguesa, o Brasil tem este nome desde antes do estabelecimento das capitanias por D. Manuel em 1530. Existiram, concomitantes, elites políticas apartadas umas das outras: Pernambuco tinha uma elite açucareira; a Bahia, uma açucareira e outra pecuária; em São Paulo, os bandeirantes traziam dores de cabeça à Coroa espanhola, amealhando prata, levando os índios paraguaios dos jesuítas, buscando ouro. O Rio Grande do Sul tinha a sua elite do charque. Menciono elites sem contar com o mero povoamento português. Bem afastado das capitanias hereditárias, o Grão Pará já existia no século XVII. No século XVIII, os portugueses chegaram a construir um forte em Rondônia.

Para complicar um pouco mais a história, lembremos que, no século XVII, Pernambuco (que incluía Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte) esteve sob domínio holandês, mas permaneceu falando português. Por outro lado, São Paulo sempre esteve sob domínio português, mas só parece ter começado a falar português no século XVIII. Na nossa história colonial, nem a unidade linguística coincide com a unidade política: um pernambucano falava português, mas não tinha relações com a Coroa; um paulista tinha, mas falava a língua geral (um tupi simplificado).

Implantar um governo único no Brasil significou unir, num só corpo político, gente tão dispersa e diversa quanto um amazônida e um gaúcho. Nosso histórico territorial e populacional é descentralizado – ao contrário dos Estados Unidos. E nosso histórico legislativo, de origem ibérica, é centralizador – também ao contrário dos Estados Unidos. (Se bem que, em comparação a Portugal, podemos nos dizer descentralizadores. Mas isso é assunto para outro texto, sobre a Independência.)

Assim, nós gozamos daquela estabilidade cultural que Fenimore Cooper via nos Estados Unidos. Por aqui, apesar de não termos uma legislação descentralizada, nós desde sempre temos elites políticas regionais empenhadas em lutar contra a centralização do poder.

Os nossos vizinhos centralizadores
Quando Napoleão varria a Europa, no séc. XIX, Portugal e Espanha tomaram atitudes opostas. Portugal sempre foi aliado da Inglaterra, que sempre viveu às turras com a França. D. João VI não cedeu a Napoleão e fez algo impensável para as demais monarquias europeias: transferiu a capital para a América. Assim a sede do poder real no Brasil migrou de Salvador (capital da colônia) para o Rio de Janeiro (capital do Reino português), um lugar mais propenso a integrar o Brasil.

A Espanha foi derrotada por Napoleão. A isso seguiu-se a desintegração da América espanhola em uma série de republiquetas.

Não fosse o engenho de D. João VI e de Bonifácio, seria bastante provável a desintegração da América portuguesa. Poderiam ser países a Confederação do Equador, a República do Piratini, Minas Gerais, Bahia. (Aliás, até a ameaça de um Califado islâmico tivemos no Brasil, com os malês da Bahia.) Temos alguma razão para achar que essas repúblicas seriam descentralizadas?

Nos países que ora vemos tombando à nossa volta, tomar o poder significa simplesmente tomar a capital. Venezuela, Argentina, Peru, Chile, são países centralizados em Caracas, Buenos Aires, Lima e Santiago. Em todos estes, a capital política coincide com a capital econômica e com a cidade mais populosa. No Brasil, Brasília é a capital política, mas a capital econômica e a cidade mais populosa é São Paulo.

A elite política da Venezuela é a elite política de Caracas. Assim, a elite política da Venezuela não tem nada a perder caso Caracas acumule mais e mais poder. No Brasil, é do interesse de cada coronel nordestino, de cada caudilho sulista, de cada político tradicional do Sudeste, que Brasília não concentre poderes absolutos.

O centrão
Já assistimos aos políticos fisiológicos encabeçarem uma campanha contra o grupo político do Foro de São Paulo: Eduardo Cunha deu o pontapé inicial na derrocada do PT.

Se as urnas forem todas violadas, se o Poder se concentrar todo na mão de um juiz simpatizante do PSOL, para que servirá o Centrão? Para nada. Os políticos fisiológicos ficarão desempregados; não vão nem poder vender o voto. Se uma cúpula progressista tomar o poder, não há espaço para partidecos não-ideológicos.

Eles têm que aderir a Bolsonaro, nem que isso implique o fim da bonança petista bancada pela Petrobrás. Há que se conformar com o fato de os tempos pré-Lava Jato terem ficado para trás.


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NÃO SOMOS MUITO CHEGADOS AOS ELOGIOS

Elogio do elogio

Por
Paulo Polzonoff Jr. – Gazeta do Povo

Cheering, ovation, applauding concept. Hands of various people male or female showing thumbs up, applauding, supporting somebody or cheering by gesture vector illustration

Somos educados a exercermos sempre o espírito crítico e a desconfiarmos de tudo e todos neste mundo que seria sempre cruel.| Foto: Bigstock

A gente elogia pouco. Muito pouco. O que é compreensível. Afinal, somos educados a exercermos sempre o espírito crítico e a desconfiarmos de tudo e todos neste mundo que seria sempre cruel. Tão empenhados estamos em “melhorar o mundo”, porém, nos esquecemos de admirar e incentivar as infinitas pequenas coisas que dão certo, às vezes até muito certo.

Por “mundo”, me refiro não ao governo, às instituições, às celebridades – a essas coisas minúsculas que, por uma distorção do olhar, parecem gigantescas e importantíssimas. Penso, aqui, nas pessoas simples, quase todas anônimas, e suas boas intenções. E até nas tentativas que, muitas vezes, resultam em fracassos interessantíssimos que ensinam a todos.

Não estou falando do elogio que é bajulação. Muito menos do elogio-que-não-é-elogio, aquele feito com artimanha e planejamento para se traduzir em promoção no trabalho, em venda, em voto ou até em cama. Penso no elogio-elogio. Elogio com “e” maiúsculo e trabalhado. Aquela coisa simples e sincera, mas jamais suficientemente rotineira.

No elogio verdadeiro, há muito mais trabalho do que na crítica, por mais construtiva que ela seja ou pretenda ser. É preciso ser extraordinariamente generoso a fim de reconhecer: um ser humano que não eu ou você fez isso e aquilo bem, muito bem, melhor do que eu fiz hoje e possivelmente melhor do que eu jamais faria. E, por isso, é digno de um elogio.

E, se você parar para ver, vai notar a seu redor muitos seres humanos dignos de elogios os mais variados. O gari que está varrendo a rua às 6h da manhã, e sob um frio de quatro graus negativos, por exemplo. O motorista que, a despeito das buzinadas atrás dele, parou para deixar o pedestre passar. O vendedor que o atendeu bem, mesmo você tendo experimentado 50 pares de sapato e dando vários sinais de que não levaria nenhum para casa.

Em se elogiando, claro que há sempre a possibilidade de o outro se deixar envaidecer, tropeçando na banana da autocondescendência, quando não da displicência. Daí porque se ouve com alguma frequência o famoso “não se pode elogiar mesmo”. Mas esse arrependimento pelo elogio não faz sentido. O elogio geralmente tem um objeto definido e está restrito a um tempo muito específico. Ele não é, pois, garantia de infalibilidade alguma. E nem pretende ser.

Elogiar é, para evocar aqui a filosofia sartreana que fez minha cabeça no tempo em que ainda tinha cabelos, reconhecer o lugar do outro no mundo. É dar momentaneamente um sentido à existência abençoadamente pequena de todos nós. É perceber no outro uma centelha em meio a esse incêndio avassalador que é a vida.

Elogiemos sem medo, pois, tudo o que nos rodeia e nos encanta: os esforços próprios e alheios, as esperanças de sucesso que sempre ignoram a probabilidade maior do fracasso, aquelas ideias ou opiniões tão tolas, coitadas, mas que, ditas com entusiasmo, quase nos permitem ver a alma de quem diz. E também, claro, as realizações de fato bem-sucedidas, provas do quanto a Humanidade, mesmo parecendo vulgar, comum, repetitiva e trivial, consegue às vezes se mostrar divina.


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VERSÃO DOS OPORTUNISTAS PAA REESCREVER A HISTÓRIA

Guerra de versões

Por
Leonardo Coutinho – Gazeta do Povo

Estátua do bandeirante Borba Gato é incendiada em São Paulo| Foto:

Guilherme Boulos, do PSOL, aprovou o atentado contra um monumento em São Paulo e até promoveu uma campanha pela libertação dos baderneiros que tocaram foco na estátua de Manuel de Borba Gato. Para ele, a estátua erguida em 1962 em homenagem ao bandeirante deveria ser substituída pela de Zumbi dos Palmares – quem merece todas as honras por ter lutado contra a escravidão.

Boulos é apenas um exemplo pinçado entre tantos outros que poderiam ilustrar a questão que aqui será tratada. O afã de reescrever a história sob a alegação de uma suposta versão dos vencidos provoca efeitos colaterais que vão desde alucinações, cegueira e até a mais profunda ignorância.

Borba Gato era um bandeirante. Portanto, não era um escoteiro desbravando novas terras. Mas Borba Gato nunca foi um mercador de escravos ou caçador de índios como os incendiários queridos de Boulos acreditam. O mundo em que ele vivia era hostil. Matar para não morrer era quase uma constante. Até hoje, exatamente hoje, indigenistas do departamento de índios isolados da Funai sabem o que representa o risco de atravessar territórios desses brasileiros que fizeram opção pelo não contato. Não se trata de relativizar a violência, mas é absolutamente desonesto medi-la sem considerar o contexto histórico.

Os “índios bravos”, como eram chamados e ainda são em áreas remotas da fronteira oeste do Brasil, não costumam perdoar. Matam. Os tempos mudaram e hoje eles têm o direito e a proteção do Estado para viver da forma que bem entenderem, em um modo muito parecido com aquele pré-Cabral.

Boulos fala em erguer uma estátua em homenagem a Zumbi. Não sei se Boulos faz ideia, mas o dono do Quilombo de Palmares tinha escravos negros como ele. Tinha, porque era normal ter. Lá na África, era regra escravizar os rivais perdedores. Eram os negros quem vendiam nos negros para aquela que foi uma das mais abjetas empresas da humanidade, que foi a escravidão.

Zumbi tem seu papel histórico, virtudes e defeitos. Merece reconhecimento, estudo e memória. Justa memória, como Borba Gato. Por que não? Ele matou cobrador de impostos da coroa, lutou na guerra dos Emboabas contra abusos da coroa e por posições nativistas e quando caiu em desgraça encontrou proteção entre os índios.

No século passado, quando a borracha era o ouro vegetal da Amazônia, os seringalistas “limpavam” a floresta promovendo uma autêntica debandada dos índios, que eram tocados sob balas. Fenômeno que ganhou o emblemático nome de correrias. Quem gasta algum tempo para estudar a história recente da região sabe que as correrias não ficaram presas no passado. Há relatos de seringueiros contemporâneos de Chico Mendes que também fizeram uso da pólvora para proteger seus seringais ou para expandir suas áreas para exploração, não só expulsando índios, mas também matando alguns ou muitos. Mas pouca gente aceita considerar estes capítulos de nossa história.

Quando o Black Lives Matter ameaçou tocar fogo na América como se o país fosse um grande Borba Gato, algumas estátuas foram para o chão e outras foram vergonhosamente vilipendiadas. Na Califórnia, uns estúpidos picharam um busto de Miguel de Cervantes como ele tivesse sido um “bastardo” escravocrata. Os manifestantes, tão superficiais quanto os incendiários paulistas, não faziam ideia de que o autor de “Dom Quixote” não só jamais teve escravos, como foi um por muitos anos.

A guerra pela construção de versões customizadas de um mundo ao próprio gosto já não respeita nem o que aconteceu ontem. A bravata do lawfare ganhou corpo e passou a ser usada como pretexto por corruptos pegos com a mão nos cofres públicos para se dizerem vítimas de aparatos de Estado. Lula, no Brasil; Cristina Kirchner, na Argentina; e Evo Morales, na Bolívia, embarcaram nesta mesma estratégia.

Nos Estados Unidos, congressistas democratas são a porta de entrada para os lobistas do petismo e assemelhados entrem em ação. Lula e Morales foram bater na porta desses parlamentares para vender teses fajutas. Não satisfeito com a destruição da Lava-Jato, Lula e seus acólitos abusam da boa-fé de políticos americanos para vender fumaça. Dizem que foi a CIA que deu origem à Lava Jato com informações coletadas ilegalmente pela NSA.

Há quem acredite na lorota.

Morales implodiu a frágil democracia boliviana, vilipendiou a Constituição que ele mesmo encomendou e fraudou as eleições de 2019. Como punição, enfrentou uma rebelião popular e acabou fugindo do país. Mas Morales não desistiu. Seus apoiadores contrataram “estudos acadêmicos” para negar a fraude e contrariar pareceres da OEA e de observadores internacionais. Seu grupo se beneficiou do caos gerado pela pandemia e da roubalheira generalizada de seus sucessores para pavimentar o retorno de seu partido, o MAS, em uma eleição realizada no ano passado.

De volta ao jogo, Morales quer cabeças. Assim como Lula, recrutou sua turma para ludibriar uma dezena de democratas que comeram a versão de que o que se passou na Bolívia foi um golpe com o amparo dos Estados Unidos. Uma idiotice sem tamanho que só quem estava na Lua nos últimos quatro anos pode acreditar.

Os americanos não foram capazes de se articular para resolver a sua principal agenda na América Latina, a Venezuela, o que faz pensar que Washington se meteria em um golpe na Bolívia. Donald Trump, que era o presidente quanto Evo Morales foi tirado do poder pelo próprio povo que se cansou de seus desmandos, estava querendo fazer sua “América grande novamente”. A Bolívia, com todo respeito, não existia.

Mas não importa; de Borba Gato a Bolívia, os fatos são meros inconvenientes. O que interessa e vale mesmo é a crença. A história está sendo reescrita por corruptos, traficantes, baderneiros e ladrões enquanto alguns incautos com suas tochas acham que são protagonistas dessa reescrita. Não se trata da versão dos vencidos. Mas da versão dos oportunistas.


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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NAS EMPRESAS

 

Stefannini Grupo e Georjes J. Bruel

Com o avanço da tecnologia, a realização de diversas tarefas cotidianas passou por profundas mudanças. Nesse cenário, as empresas viram a necessidade de adotar estratégias de transformação digital para se adaptarem às novas exigências do mercado.

Explicaremos a seguir o caminho para adoção dessas estratégias e a maneira como a Stefanini pode ajudar você a implementá-las em seu negócio. Quer saber mais? Então, continue a leitura e confira!

Como implementar as estratégias de transformação digital?

As estratégias de transformação digital surgiram para auxiliar os gestores a incorporarem a tecnologia em seus negócios, gerando maior inovação nos processos, produtos e serviços. Para conduzir essa mudança, uma série de iniciativas deve ser adotada. Acompanhe algumas delas!

Tenha o mindset correto

Bons gestores precisam estar abertos a mudanças sempre que for necessário adaptar-se à novos cenários e comportamentos. Considerando esse aspecto, é importante entender o quanto um mindset voltado a melhoria contínua pode ser benéfico para o crescimento da empresa. Dado o nível de transformação que a tecnologia proporciona aos negócios, o pensamento correto pode levar a companhia a um novo patamar.

Além disso, é importante destacar que a mudança de mindset não se restringe apenas aos gestores. A ideia é preparar toda a empresa para o que a transformação digital oferece — logo, é uma mudança que envolve colaboradores, parceiros e até mesmo fornecedores. Esse é um passo importante, visto que somente após todos estarem alinhados poderão caminhar juntos rumo à inovação.

Fique atento às novas tecnologias

Acompanhar as tecnologias emergentes é fundamental para garantir a competitividade do negócio. Mesmo que tudo pareça estar funcionando corretamente, o surgimento de uma nova plataforma, por exemplo, pode mudar a direção do comportamento do público.

Dessa forma, torna-se relevante contar com profissionais curiosos e antenados, que estejam sempre a par das novidades lançadas, colhendo novas informações e fornecendo insights para os diversos setores da empresa. Quanto mais conectada sua empresa estiver, mais fácil ela conseguirá lidar com as constantes atualizações do mercado.

Revise os processos do negócio

Além de uma mudança de mindset e da atenção às novas tecnologias, também é importante avaliar a organização dos setores, as tarefas realizadas pelos colaboradores e as etapas seguidas para entrega do produto ou serviço oferecido pela empresa.

Essa revisão é necessária considerando que a inovação trazida pela implantação de tecnologias sanará diversas burocracias e tornará muitos processos obsoletos, fazendo com que deixem de fazer sentido. 

Para que essa análise seja completa, mostra-se relevante realizar pesquisas de mercado que apontem quais serão os melhores caminhos para o ramo de negócio em questão — o que impacta sua atuação e, consequentemente, sua estrutura.

Mantenha o foco no cliente

Apesar de parecer óbvio, é importante mencionar esse tópico. Afinal, uma mudança processual que não priorize as necessidades do cliente se torna falha e, com isso, deixa de ser útil. Então, desenvolver uma nova realidade onde o público se sinta acolhido é uma prática essencial para gerar resultados positivos para a empresa.

No mais, manter o foco no cliente é um meio de acelerar as diversas mudanças previstas pela transformação digital, já que possibilita detectar antecipadamente as demandas do consumidor e adotar medidas que atendam — ou superem— suas expectativas.


A estratégia de transformação digital descreve as formas em que as empresas estão se adaptando para atender aos requisitos da era digital de hoje, pois estamos enfrentando mudanças profundas e de longo alcance na forma como a tecnologia digital é criada, gerenciada, analisada e consumida.

A transformação digital começou quando as empresas perceberam que seus modelos de negócios tradicionais não eram suficientes para gerar valor para os stakeholders, para oferecer inovação ágil aos seus clientes, aumentar sua participação no mercado e lucro, permanecer relevante para o ecossistema e manter a força de trabalho comprometida.

A capacidade de reimaginar digitalmente o negócio é determinada em grande parte por uma estratégia digital clara apoiada por líderes que promovem uma cultura capaz de mudar e inventar o novo.

Embora essas informações sejam consistentes com as evoluções tecnológicas anteriores, o que é exclusivo da transformação digital é que a tomada de riscos está se tornando uma norma cultural à medida que mais empresas digitalmente avançadas buscam novos níveis de competitividade.

Igualmente importante, os funcionários em todas as faixas etárias querem trabalhar para empresas que estão profundamente comprometidas com o progresso digital. Os líderes da empresa precisam ter isso em mente para atrair e reter os melhores talentos.

As startups digitais têm a vantagem de serem capazes de reinventar empresas e indústrias, abordando as necessidades dos consumidores de maneiras completamente novas. Basta ver o que o Uber está fazendo no negócio de transporte e o que a Airbnb está fazendo no ramo de viagem.

Qualquer que seja o estado final da transformação digital, o alcance não é simplesmente sobre tecnologia. Para posicionar suas organizações para avançar em um futuro transformado digitalmente, os líderes empresariais devem se perguntar “Nossa organização possui uma estratégia digital que vá além de implementar tecnologias?”.

A startup Valeon um Marketplace que tem a sua Plataforma Digital é uma empresa que se caracteriza por ser um negócio com ideias muito inovadoras e com grande disposição para inovar e satisfazer às necessidades do mercado.

A Plataforma Comercial Valeon veio para suprir as demandas da região no que tange à divulgação dos produtos/serviços de suas empresas com uma proposta diferenciada nos seus serviços para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

Diferenciais

  • Eficiência: A Valeon inova, resolvendo as necessidades dos seus clientes de forma simples e direta, tendo como base a alta tecnologia dos seus serviços e graças à sua equipe técnica altamente capacitada.
  • Acessibilidade: A Valeon foi concebida para ser utilizada de forma simples e fácil para todos os usuários que acessam a sua Plataforma Comercial , demonstrando o nosso modelo de comunicação que tem como princípio o fácil acesso à comunicação direta com uma estrutura ágil de serviços.
  • Abrangência: A Valeon atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona.
  • Comprometimento: A Valeon é altamente comprometida com os seus clientes no atendimento das suas demandas e prazos. O nosso objetivo será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar para eles os produtos/serviços das empresas das diversas cidades que compõem a micro-região do Valeo do Aço e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wp)

E-MAIL: valeonbrasil@gmail.com

Site: https://valedoacoonline.com.br/

PRESSÃO PARA A CANDIDATURA DE SÉRGIO MORO NAS ELEIÇÕES DE 2022

 

 Laryssa Borges – Veja

Senadores e parlamentares do Podemos têm estimulado apoiadores a pressionar o ex-juiz Sergio Moro para que ele se lance candidato à Presidência. O ex-magistrado se deu um prazo até outubro para informar à cúpula partidária se aceita ou não concorrer em 2022, mas até lá a ordem é para que simpatizantes de Moro produzam outdoors, cartazes, adesivos e camisetas em prol da candidatura a fim de medir a aceitação do nome do ex-ministro de Jair Bolsonaro.

O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 -© Marcelo Camargo/Agência Brasil O ex-ministro Sergio Moro, que ainda avaliar se vai concorrer em 2022 –

“Eu, como senador do Paraná, o Alvaro Dias e muitos outros senadores temos tentado muito falar com o Sergio Moro, pedir ao Sergio Moro que aceite ser candidato a presidente do Brasil. Até agora ele não disse não, mas também não disse sim. Todos que puderem fazer campanha para que o Moro seja candidato a hora de fazer é agora”, disse o senador Oriovisto Guimarães a um recém-criado grupo de apoio ao ex-juiz, formado essencialmente por médicos paranaenses.

Há poucas semanas, Sergio Moro se reuniu com parlamentares do Podemos, em Brasília, para discutir a eventual participação dele nas eleições do próximo ano. Na legenda, porém, a candidatura do ex-juiz está longe de ser unanimidade. Uma das principais ressalvas à entrada de Moro na corrida presidencial é a avaliação de que o lançamento do nome de um personagem que colocou políticos atrás das grades necessariamente provocará menos adesão partidária à candidatura. “Se é um nome mais neutro, é mais fácil de ter convergência. Um nome mais polêmico, como Moro, é mais difícil”, disse, sob reserva, um cacique do Podemos. Outro entrave seria a destinação de boa parte do caixa da sigla a uma candidatura presidencial não necessariamente competitiva em detrimento da construção de palanques estaduais e da eleição de deputados federais.

No entorno do ex-juiz da Lava-Jato também não há consenso sobre a candidatura. Um advogado amigo de Moro, por exemplo, sugeriu – em vão – que ele se filiasse a um partido político ainda em 2020 para sinalizar que estaria disposto a enfrentar Bolsonaro e o ex-presidente Lula na disputa pelo Palácio do Planalto. A esposa de Moro, Rosângela, ainda é considerada a fiel da balança na decisão de ele se lançar a um cargo eletivo. Antes entusiasta da ideia, Rosângela perdeu parte do ímpeto para a candidatura do marido, disseram a VEJA políticos do Podemos.

SIGILO DA FAMÍLIA BOLSONARO VAI PERDURAR 100 ANOS

 

 Poder360 

Da esq. para a dir.: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)© Ascom/TSE Da esq. para a dir.: o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), o presidente Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)

O governo do presidente Jair Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre os crachás de acesso dos filhos do presidente Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao Palácio do Planalto. A informação foi divulgada pela revista Crusoé neste sábado (31.jul.2021) e foi obtida via Lei de Acesso à Informação.

A Presidência da República informou à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado, no mês passado, a existência dos cartões de acesso de Carlos e Eduardo Bolsonaro à sede administrativa do governo federal.

Em resposta à solicitação da Crusoé, a Secretaria Geral da Presidência afirmou, em ofício, que “as informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”.

De acordo com a norma citada pela Secretaria Geral, “as informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos”.

DÍVIDA PÚBLICA BRASILEIRA O MOMENTO ESTÁ INCONTROLÁVEL

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

| Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Dentre os inúmeros efeitos econômicos da pandemia de Covid-19, o aumento da dívida pública brasileira deve ser um dos mais duradouros. Os enormes gastos – cuja necessidade era evidente – com o auxílio emergencial, programas de manutenção de emprego e crédito facilitado para empresas elevaram a proporção da dívida em relação ao PIB para patamares muito preocupantes. O fenômeno foi global, mas o Brasil tem particularidades que exigem atenção especial. Nos últimos dias, alguns dados divulgados pelo Ministério da Economia e pelo Banco Central lançam luz sobre a trajetória da dívida brasileira.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) terminou junho em R$ 6,729 trilhões, ou 84% do PIB. A situação já foi pior, pois o país começou 2021 com uma DBGG equivalente a 89,9% do PIB – a redução, segundo o Banco Central, se deve a fatores como o crescimento econômico e a valorização do real, que reduz o custo da dívida em moeda estrangeira. No mês passado, segundo o Tesouro Nacional, a dívida em títulos públicos subiu 3,07% na comparação com maio – são R$ 5,33 trilhões, sendo R$ 5,1 trilhões em títulos emitidos internamente e R$ 227 bilhões no exterior. A previsão do Tesouro é que esta dívida termine 2021 entre R$ 5,5 trilhões e R$ 5,8 trilhões.

Botar as contas em ordem é uma das melhores providências que um governo pode tomar para ajudar os mais pobres

O critério do Banco Central para calcular a proporção entre dívida e PIB, no entanto, desconsidera os títulos do Tesouro que estão na carteira da autoridade monetária. É um cálculo mais benigno que o de outras instituições, como o FMI, que leva em consideração também esses títulos. Nesta conta, a dívida brasileira fechou 2020 em 98,9% do PIB e hoje está em 98,4%, muito perto de romper o patamar dos 100%, o que deve ocorrer em 2023. E aqui reside a grande particularidade da dívida brasileira.

Ainda pelos critérios do FMI, a dívida brasileira está mais próxima da média dos países desenvolvidos (122,5% do PIB) que das economias emergentes (64%). No entanto, ao contrário dos países ricos, o Brasil não tem ainda um grau de confiança no mercado internacional suficiente para rolar sua dívida facilmente e a um custo baixo, mesmo quando a Selic ainda estava na mínima histórica de 2% ao ano. Todas as idas e vindas do fim de 2020 e início de 2021 envolvendo a PEC Emergencial, o orçamento de 2021 e as tentativas de burlar o teto de gastos – se não explicitamente, ao menos usando brechas para ampliar gastos sem incorrer em irregularidades – apenas agravaram o quadro, já que enviaram um recado preocupante sobre o compromisso dos poderes Executivo e Legislativo com o necessário ajuste fiscal depois do estouro de gastos motivado pela pandemia.


A armadilha da dívida brasileira (editorial de 19 de outubro de 2020)
O resultado da tumultuada tramitação desses projetos foi a elevação da curva de juros futuros. Em outras palavras, o investidor estava pedindo um retorno maior para emprestar dinheiro ao governo – e, quando o faz, é porque considera que os riscos aumentaram, já que a classe política não parece disposta a racionalizar as despesas do Estado. Se o Brasil tem de oferecer juros maiores para atrair o investidor, a trajetória da dívida pública também sofre os efeitos.

Se o governo tem como objetivo reduzir a relação dívida/PIB para níveis mais aceitáveis e condizentes com o perfil de país emergente, não há como contar simplesmente com o crescimento do país ou com um câmbio mais favorável: é preciso colocar um freio no populismo fiscal que acena com mais e mais gastos, especialmente à medida que se aproxima a corrida eleitoral de 2022. Botar as contas em ordem é uma das melhores providências que um governo pode tomar para ajudar os mais pobres, pois quanto mais confiável for o país, mais ele atrairá investimentos que gerem emprego e renda.


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CPI DA COVID ESTÁ ATIRANDO PARA TODOS OS LADOS E NÃO ENCONTRA NADA

 

CPI da Pandemia
Gazeta do Povo

Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE).| Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Relator da CPI da Pandemia, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) aliou-se ao senador Humberto Costa (PT-PE) para requisitar um inédito pedido de quebra de sigilo bancário de um veículo de imprensa na comissão parlamentar do Senado que investiga ações e eventuais omissões do governo federal no controle da pandemia de coronavírus no Brasil. Calheiros e Costa querem a quebra do sigilo bancário do grupo Jovem Pan (Rádio Panamericana S.A.), fundado em 1944 e controlador da Rede Jovem Pan, que possui mais de 100 emissoras próprias e afiliadas em todo o Brasil. O requerimento que pede a quebra de sigilo bancário da Jovem Pan é um entre os 135 a serem apreciados na 38.ª reunião da CPI, marcada para o dia 3 de agosto, na retomada dos trabalhos da comissão, que está em recesso.

Além da requisição de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan, Calheiros e Costa também pedem a quebra do sigilo bancário dos responsáveis pelos sites de direita ou viés conservador Allan dos Santos (Terça Livre), Raul Nascimento dos Santos (Conexão Política), Paulo Enéas (Crítica Nacional), José Pinheiro Tolentino Filho (Jornal da Cidade), Tarsis de Sousa Gomes (Renova Mídia) e das produtoras LHT Higgs LTDA (Brasil Paralelo) e Farol Produções Artísticas (Senso Incomum), classificando todos como “grandes disseminadores das chamadas ‘fake news'”.

De acordo com o texto do requerimento protocolado na CPI nesta sexta (30), Calheiros e Costa, membros do Grupo de Trabalho de Desinformação da CPI, a quebra de sigilo bancário da Jovem Pan, se aprovada, deve apresentar dados de todas as contas de depósitos, de poupança, de investimento e outros bens, assim como direitos e valores mantidos em instituições financeiras pela empresa, além de uma análise comparativa entre os períodos anterior e posterior à pandemia até hoje. Deve, ainda, trazer dados de pessoas naturais e jurídicas a ela ligada.

Apesar do pedido de quebra de sigilo bancário da Jovem Pan dirigir-se à sua pessoa jurídica, o texto do requerimento aponta que “a referida pessoa é protagonista na criação e/ou divulgação de conteúdos falsos na internet, classificada até mesmo como verdadeira ‘militante digital’, por sua intensa atuação na escalada da radicalização das redes sociais por meio de fake news. A pessoa contra quem se busca a quebra e a transferência dfe [sic] sigilo é (ou foi) assessora especial do Poder Executivo. Porém atua no chamado ‘gabinete do ódio’, como a imprensa vem denominando. Segundo consta, a mencionada pessoa está instalada próxima ao Presidente, em sintonia com seus assessores diretos, com objetivo de executar estratégias de confronto ideológico e de radicalização dos ataques nas redes sociais contra adversários”.


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O mesmo trecho da justificativa consta dos requerimentos das quebras de sigilo dos demais responsáveis pelos sites de direita ou conservadores, embora esses sejam direcionados a suas pessoas físicas.

Os requerimentos foram protocolados pelo gabinete do senador Humberto Costa, embora neles constem o timbre do gabinete de Renan Calheiros. Todos os documentos são assinados pelos dois senadores conjuntamente, exceto o pedido da Jovem Pan, que não tem assinatura.

De acordo com a assessoria de Humberto Costa, o requerimento é assinado conjuntamente pelo parlamentar e pelo relator Renan Calheiros, que atuam juntos do Grupo de Trabalho de Desinformação. O GT é ligado à CPI, juntamente com outros, de acordo com a assessoria.

Ainda de acordo com a assessoria de Humberto Costa, a fundamentação apresentada no requerimento é a mesma que consta de outros requerimentos relacionados a jornalistas ou sites noticiosos por causa da “similitude do objeto”.

O que dizem os veículos de imprensa
O Conexão Política disse nunca ter sido notificado sobre qualquer ato relativo à CPI da Covid-19 ou ainda à CPMI das Fake News e criticou a ação. Para o site, é uma violação do direito ao contraditório. “Causa espanto que determinados parlamentares cogitem a possibilidade de pleitear a quebra de sigilo sem antes, por meio das vias legais, solicitar esclarecimentos ao nosso corpo editorial, que sempre se manteve à disposição das instituições brasileiras”, informa.

O Jornal da Cidade Online não recebeu nenhuma notificação oficial. “Portanto, se e quando viermos a receber qualquer pedido formal, devidamente fundamentado e dentro dos estreitos limites da legalidade, vamos nos pronunciar mediante os meios dos quais dispomos”, diz o editor José Tolentino.


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MANIFESTAÇÕES NESSE DOMINGO A FAVOR DO VOTO IMPRESSO

PEC 135

Por
Rodolfo Costa – Gazeta do Povo
Brasília

Apoiadores de Jair Bolsonaro reunidos na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 1.º de maio, para pedir o voto impresso.| Foto: Reprodução / Douglas Garcia

Manifestantes saem às ruas neste domingo (1.º) para pedir a aprovação da PEC do Voto Impresso Auditável, a Proposta de Emenda à Constituição 135/19, que está em discussão na Câmara dos Deputados. São esperados atos em pelo menos 113 municípios brasileiros, segundo o movimento Nas Ruas, o principal organizador da mobilização.

A PEC do Voto Impresso é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus apoiadores. A proposta está em tramitação na comissão especial da Câmara criada para analisar o assunto.

A PEC quase foi derrubada pouco antes de o Congresso entrar no recesso legislativo de duas semanas. Mas, numa manobra regimental, a base do governo conseguiu adiar a votação para depois da volta da Câmara ao trabalho, a partir desta segunda-feira (2). Agora, a expectativa é que o projeto seja votado na quinta-feira (5).

Onde vai haver manifestações a favor do voto impresso, e como elas serão
São esperadas manifestações em quase todas as capitais. No Sudeste, estão agendados atos em 43 cidades, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vila Velha (na região metropolitana de Vitória, capital do Espírito Santo).

No Sul, haverá atos nas três capitais e em várias cidades do interior. No Paraná, a agenda prevê manifestações em Curitiba, Pinhais, Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Marechal Cândido Rondon e Pato Branco. No Rio Grande do Sul, são aguardados atos em 20 cidades, incluindo Porto Alegre. Em Santa Catarina, manifestantes saem às ruas em Florianópolis e oito municípios do interior.

No Centro-Oeste, a previsão é de atos em sete cidades, incluindo Brasília, Goiânia, Campo Grande e Cuiabá. No Nordeste, em 22 cidades, incluindo Recife, Teresina, São Luís, Salvador, Natal, Fortaleza, João Pessoa, Aracaju e Maceió. No Norte, em Boa Vista, Belém, Macapá e Manaus.

Diferentemente das manifestações pelo voto impresso realizadas em 1.º de maio, realizadas quase que integralmente por meio de carreatas, desta vez os organizadores dizem que os atos terão pessoas nas ruas, a pé, e contarão com trios elétricos e carros de som.

Um dos motivos que leva os organizadores a preverem menos carreatas e mais manifestações tradicionais é o avanço da vacinação contra a Covid-19, que levou a uma queda de infecções. Outro motivo é que os organizadores pretendem “dar uma resposta” aos atos contrários a Bolsonaro que vêm sendo convocados pela esquerda e por movimentos da direita não bolsonarista, como o MBL.


O que os organizadores dizem para defender o voto impresso
A pauta central das manifestações é a auditagem da votação pelo próprio eleitor por meio da impressão do voto. “Não está em pauta a volta do voto em cédula de papel, e sim o aperfeiçoamento do processo eletrônico com a via impressa do voto que fica retida na urna”, informa o movimento Nas Ruas em um comunicado nas redes sociais.

“A minha linha é a da Bia [Kicis, deputada autora da PEC 135] e do Filipe [Barros, relator da PEC na comissão especial]. São pessoas muito éticas e sérias, não vejo segundas intenções neles. Vamos seguir a linha proposta por eles”, diz André Baía, membro do conselho do movimento Nas Ruas.

“No final das contas, é um grito pelas liberdades. O que se quer tão somente é que os votos sejam auditáveis, mantendo a questão do voto eletrônico, para ser ágil. Ninguém é contra isso”, diz André Baía, membro do conselho do movimento Nas Ruas.

Mas, conforme mostrou a Gazeta do Povo na sexta-feira (30), o novo texto da PEC a ser apresentado por Filipe Barros vai prever que a apuração das eleições será feita integralmente de forma manual por meio da contagem de votos impressos. A ideia originalmente em discussão na Câmara era que os votos impressos, conferidos pelo eleitor e depositados numa urna física, fossem usados apenas para conferir o resultado da apuração feita de modo eletrônico – que é mais ágil.


Atos acontecem pouco depois de Bolsonaro colocar eleições sob suspeita
As manifestações a favor do voto do voto impresso ocorrem pouco depois de o presidente Jair Bolsonaro ter lançado suspeitas de fraudes nas eleições sem apresentar provas, durante live realizada na noite de quinta-feira (29).

Embora Bolsonaro tenha descumprido a promessa de apresentar provas, os organizadores das manifestações afirmam que isso não afetará o clima de engajamento. “A população está desconfiada e quer transparência [nas eleições]”, diz Baía.

Os atos deste domingo também acontecem pouco antes de uma possível convocação, pela Câmara dos Deputados, do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para explicar a suposta ameaça feita por ele de que o Brasil não terá eleições em 2022 se não houver voto impresso. Braga Netto nega ter feito essa ameaça.


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