quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

SENTIMENTO DE INGRATIDÃO NO SER HUMANO


A origem do sentimento de ingratidão

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini







A ingratidão é a característica da pessoa que não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda que lhe foi concedida. Escassez de afeto.
A ingratidão pode ser observada de duas formas: uma através da insatisfação com a vida e outra através da insatisfação com as pessoas.

O indivíduo insatisfeito com a vida se torna um “reclamão”. Não consegue dar valor às coisas boas e vive enxergando somente aquilo que lhe falta. Um buraco sem fundo. Nada para ele está bom. Pode estar no melhor lugar do mundo, num dia ensolarado com a vista mais deslumbrante, que sempre identificará um aspecto negativo. É incapaz de desfrutar da satisfação plena. Ora a música está alta, ora falta a música; ora o sol está quente, ora está nublado; ora tem gente demais, ora faltam pessoas interessantes. A insatisfação não é só sentida como também verbalizada, enfatizada, repetida e “bufada” através de suspiros e caretas que evidenciam total descontentamento.

Mas o que leva uma pessoa a ter esse comportamento mesmo sendo percebida como chata?

Não há como negar um traço de narcisismo nesses indivíduos. O narcisista é aquele que acredita que deve ser tratado com deferência e honraria. Portanto, quando as coisas não estão à sua “altura”, num processo inconsciente, ele acha um absurdo, então reclama. Acredita que o outro veio ao mundo para servi-lo, e servi-lo com devoção. Não valoriza o que tem. Nada para ele está bom. Só o Olimpo.

A segunda faceta da ingratidão surge no relacionamento com as pessoas. Ficamos sem entender o que faz, por exemplo, uma pessoa que morou em nossa casa, sem pagar nada, recebendo carinho e atenção, desenvolver tamanha raiva contra nós. Ou então a quem emprestamos dinheiro num momento de dificuldade sair falando mal de nós. Difícil aceitar essa atitude, uma vez que esperamos, no mínimo, um sentimento de gratidão. Mas, na prática, nem sempre isso que acontece.

Há um ditado popular que diz: “a ingratidão é filha da inveja”.

Outro dia, relendo o livro do autor Flávio Gikovate, deparei-me com o parágrafo que dizia: “A ingratidão tem sua lógica: quem dá é o ‘rico’ e quem recebe é o ‘pobre’. Daí a inveja! Poucos são os que aceitam receber com dignidade e retribuem com gratidão.

Da admiração derivam dois sentimentos: um é o amor, o outro é a inveja. Ela penderá para um ou outro lado conforme o caráter e a autoestima do observador.

A hostilidade dirigida a quem tanto fez e ajudou é uma reação negativa típica da pessoa que se sente por baixo e que, no fundo, reconhece esse rebaixamento, mas, como não pode se revoltar contra si, dirige a agressividade contra outro, o abundante. E o ciclo se repete: quanto mais recebe, mais hostiliza e mais fala mal do doador.

Este comportamento de ingratidão talvez seja o melhor sinônimo da palavra miséria.

ACORDO DE PAZ DE TRUMP NÃO AGRADA OS PALESTINOS


Israel reforça tropas na Cisjordânia após anúncio do plano de paz de Trump

AFP 




© Mandel Ngan Benjamin Netanyahu e Donald Trump durante o anúncio do plano de paz para o Oriente Médio do presidente americano, em Washington

O Exército israelense reforçou sua presença na Cisjordânia e nas proximidades de Gaza nesta quarta-feira (29), um dia depois do anúncio do plano de paz proposto por Donald Trump para o Oriente Médio. Embora a iniciativa americana tenha sido aceita de forma positiva por Israel, na Palestina tem profunda rejeição.

© Mohammed Abed Manifestantes palestinos protestam contra o acordo de paz proposto por Donald Trump, em Gaza

Esta noite, pouco depois do anúncio sobre os reforços militares, foi registrado o disparo de um míssil contra Israel procedente da Faixa de Gaza, segundo informações do exército israelense.
Em resposta, o exército de Israel, por sua vez, anunciou que "caças (israelenses) atacaram vários alvos terrestres do Hamas no sul da Faixa de Gaza".
Novos protestos contra o plano de paz ocorreram nesta quarta-feira na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, deixando vários feridos. Os líderes palestinos consideram que a proposta de Washington favorece os interesses israelenses.
O presidente palestino Mahmud Abbas, que rejeitou propostas de diálogo com o Estados Unidos nos últimos meses, declarou que o plano "não acontecerá".
Abas deve explicar diante do Conselho de Segurança da ONU em até duas semanas sobre a recusa ao plano, anunciou nesta quarta-feira o embaixador palestino nas Nações Unidas, Riyad Mansur.
O plano da Casa Branca daria a Israel a soberania sobre o Vale do rio Jordão, uma grande área estratégica da Cisjordânia ocupada desde 1967. É nesse local que o exército israelense acaba de fortalecer a sua presença e deve se tornar a nova fronteira oriental do país.
Com uma bandeira palestina em mãos, Thabit Atiya, de 52 anos, participou de uma manifestação nesta quarta-feira em Tubas, situada no vale.
"Estou aqui para expressar minha oposição contra o plano de Trump", contou à AFP. "Queremos mostrar que a Palestina não está vazia e que seus habitantes continuam aqui".
- "Oportunidade única" -
De acordo com o plano, Jerusalém continuará sendo "a capital indivisível de Israel". Além disso, há a proposta de criação de uma capital do Estado palestino nas proximidades da parte leste de Israel. Em resposta, a Palestina considera que trata-se de uma proposta inaceitável.
"É impossível para qualquer criança, árabe ou palestina, aceitar que Jerusalém não seja considerada como capital" de um Estado palestino, disse Abas, cujo posicionamento coincide com o do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, enclave geograficamente separado da Cisjordânia.
"O acordo americano de paz para o Oriente Médio apenas copiou o plano de Netanyahu", criticou  Saëb Erekat, secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
"Esse plano não trará nenhuma solução e aumentará não somente as tensões, mas provavelmente a violência e o derramamento de sangue", afirmaram as Igrejas Católicas da Terra Santa, em comunicado conjunto oficial.
Da parte israelense, as reações foram diferentes.
"A história bateu em nossa porta ontem à noite e nos deu a oportunidade única de aplicar a lei israelense em todas as colônias na Judeia e Samaria (nome dado pelas autoridades de Israel à Cisjordânia) e no vale do rio Jordão", parabenizou o ministro de Defesa, Naftali Bennett.
No entanto, há membros da direita radical, aliados a Netanyahu, que se mostraram contra alguns pontos do plano americano que propõe a criação de um Estado palestino desmilitarizado.
"Não deixaremos que a segurança de locais como Judeia e Samaria seja ameaçada", afirmou Ysrael Gantz, uma das autoridades à frente das colônias no setor de Ramala, na Cisjordânia.
Benny Gantz, principal rival de Netanyahu nas próximas eleições, solicitou nesta quarta-feira à noite que o parlamento israelense vote "sobre o conjunto" de propostas existentes no plano.
- "Traição do século" -
No mundo, o plano de paz foi recebido de forma cautelosa. Apenas Ankara e o Irã reagiram imediatamente, mostrando-se contrários à proposta. O Irã intitulou a iniciativa como "a traição do século".
A ONU, por sua vez, respondeu que continuará reconhecendo as fronteiras definidas em 1967, assim como afirmou a Jordânia.
O Egito, que possui acordo de paz com Israel, tomou uma posição prudente ao sugerir que as partes envolvidas examinem atentamente as propostas do acordo de paz.
Nesta quarta-feira, a França chamou a atenção para a necessidade de uma solução que respeite o direito internacional para todas as partes envolvidas.
A Arábia Saudita disse que aprecia os esforços de Trump e sugeriu que Israel e Palestina negociem diretamente. O reino, no entanto, reafirmou o seu compromisso inquebrável com os palestinos.

NOTÍCIAS DO DIA 30/01/2020


Agenda do dia: veja o que você precisa saber hoje



                                                                                                            © Foto: Marcos Corrêa/PR 

GOVERNO
- Regina diz ‘sim’ e se torna secretária da Cultura
A atriz Regina Duarte disse o esperado ‘sim’ para o presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (29), e aceitou assumir a Secretaria Especial da Cultura. Ela se reuniu com o presidente no Palácio do Planalto à tarde. ‘Sim, mas agora vão ocorrer os proclamas antes do casamento’, disse Regina ao ser questionada se aceitou assumir a secretaria. Regina Duarte vai ocupar a vaga de Roberto Alvim, demitido após divulgar um vídeo em que fazia referências ao nazismo. Ela será a quarta secretária da área no governo de Bolsonaro. (Via Estadão)

- Demitido, ex-secretário ganha cargo no governo
Exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro do cargo de secretário-executivo da Casa Civil, José Vicente Santini foi nomeado como assessor especial de relacionamento externo da pasta na quarta-feira (29), mesmo dia em que foi publicada sua demissão. A nomeação ao novo cargo atende a um apelo dos filhos de Bolsonaro, Eduardo e Flávio. Santini foi demitido após usar um jato da Força Aérea Brasileira para uma viagem para a Índia. Bolsonaro considerou ‘inadmissível’ o uso da aeronave em um voo para três servidores. (Via Exame.com)

SAÚDE
- Brasil tem 9 casos de coronavírus em 6 Estados
O Ministério da Saúde confirmou, na quarta-feira (29), nove casos suspeitos de coronavírus no país. São três casos em São Paulo, dois em Santa Catarina, um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro, um no Paraná e um no Ceará. De acordo com o novo boletim, já foram notificados 33 casos suspeitos de coronavírus no país, mas apenas nove estão em investigação. Os demais foram descartados ou excluídos, por não se enquadrarem nos pré-requisitos definidos pela Organização Mundial da Saúde. (Via Veja)
- OMS se reúne hoje para debater coronavírus
Um comitê especial da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá novamente nesta quinta-feira (30) para decidir se o surto do novo coronavírus é ou não uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Ao anunciar a nova reunião, o diretor-geral da agência, Tedros Adhanom Ghebreyesus, explicou que apenas 1% dos mais de 6 mil casos confirmados até agora do vírus descoberto em dezembro foram registrados fora da China. (Via BBC News Brasil)

BRASIL
- MG: mortes pelas chuvas chegam a 55
A Defesa Civil de Minas Gerais informou na quarta-feira (29) que o número de mortos pelas chuvas que atingiu o Estado chegou a 55. Os óbitos aconteceram em 19 cidades e a maior parte (42 deles) foi vítima de soterramentos, desmoronamentos ou desabamentos. Outras nove pessoas foram arrastadas pelas águas e quatro morreram afogadas. Fortes chuvas atingem a região desde o fim da semana passada, com efeitos também sentidos no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. (Via Estadão)

JUSTIÇA
- Procurador denuncia Lula e Boulos por invasão
O procurador da República em São Paulo Ronaldo Ruffo denunciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, por incitarem a invasão do triplex no Guarujá, em abril de 2018. O ex-presidente chegou a prestar depoimento sobre a ocupação do imóvel, que já estava bloqueado, por ordem Judicial, a título de reparação dos cofres públicos. Lula negou incitar a invasão. Boulos disse à Polícia Federal que se tratou de uma 'ação legítima'. (Via Estadão)

MUNDO
- Parlamento europeu aprova acordo do Brexit
O Parlamento Europeu aprovou ontem o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia com 621 votos a favor, 49 votos contra e 13 abstenções. Esta votação dá por concluído o longo processo iniciado em 2016. A saída efetiva, no entanto, acontecerá no dia 31 de janeiro, à meia-noite (hora de Bruxelas, 20h00 em Brasília). (Via Notícias ao Minuto)

FUTEBOL

LOTERIA
- Mega-Sena acumula de novo e vai a R$ 70 milhões
Aconteceu na noite de quarta-feira (29) o concurso 2.229 da Mega-Sena. Ninguém acertou as seis dezenas e o prêmio acumulou de novo, para R$ 70 milhões. O próximo sorteio será no sábado (1º).

ESCOLHA DE PIMENTA CRIA CONFLITO COM GESTÃO DE LEITE

Brasil e Mundo ...