sexta-feira, 27 de setembro de 2019

COLUNA ESPLANADA DO DIA 27/09/2019


Olho neles

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini









Eleitos presidente e vice-presidente do Conselho de Ética, os senadores Jayme Campos (DEM-MT) e Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) são alvos de processos na Justiça. Levantamento da Coluna mostrou, dias atrás, que, além de Campos e Vital do Rêgo, outros cinco parlamentares do colegiado – responsável por investigações contra senadores – são alvos do Judiciário. O presidente Jayme Campos já foi condenado em processo por irregularidades em dois processos licitatórios e o vice, Vital do Rêgo, tem ficha corrida – no STF são três inquéritos – e já foi condenado por improbidade administrativa. “Este não será um conselho de revanchismo”, foi o aviso de Jayme Campos, após ser eleito para o comando do colegiado.
Novo líder?
O senador Esperidião Amim (Progressistas-SC) é o cotado para líder do governo no Senado, caso Fernando Bezerra (MDB-PE) sucumba à pressão da investigação na PF.
Primeiro efeito
Jarbas Vasconcelos largou a mão, por ora, do senador Bezerra para candidato ao governo de Pernambuco em 2022. Já Raul Henry será lançado à Prefeitura do Recife.
Oi, gente
Novo morador do Rio de Janeiro desde que saiu da cadeia, o ex-senador Gim Argello reapareceu há dias em Brasília, para conhecer uma neta. Mas está recluso em casa.
Conta tudo
A romaria na casa do filho de Gim, no Lago Sul, teve José Sarney e os senadores Renan Calheiros e Veneziano Vital. Curiosos para saber sobre o que Gim falou, ou não falou.
Il Padrino
Sabe quem atravessou a avenida do Congresso para o Palácio do Planalto com Augusto Aras, logo após sua aprovação no Senado para Procurador-Geral da República? Seu padrinho para o cargo, Alberto Fraga, ex-deputado e chefão do DEM no DF.
Peso do...
Alvo de operação da Polícia Federal, o desembargador Siro Darlan, do Tribunal de Justiça do RJ, responde a Processo Administrativo Disciplinar aberto há mais de um pelo Conselho Nacional de Justiça. A apuração é sobre suposta venda de habeas corpus pelo desembargador por R$ 50 mil.
...malhete
O processo aponta indícios de que Siro teria vendido, em setembro de 2016, um habeas corpus a Jonas Gonçalves da Silva – um preso cujo advogado de defesa era o filho do desembargador. Procurado pela Coluna, o CNJ não se pronunciou, até o fechamento desta edição, sobre o andamento do processo que se arrasta no colegiado.
Pro espaço
A maioria dos ministros do STF chutou o balde sobre a Lava Jato e abriu brecha para anulação de todas as sentenças de condenação, ao rever direitos de tramitação de prazo de defesa. Não quer dizer anulação das provas. Os advogados que tiverem sucesso nas causas, terão seus clientes com ações de volta à primeira instância – e tudo recomeça. A Justiça pode condenar novamente, ou não. Mas muito bandido vai voltar às ruas.
Coroinha tarado
A Arquidiocese de Teresina, que soltou nota justificando uma gafe ao curtir foto de modelo seminua no Instagram, culpou um colaborador pelo deslize. Mas se esqueceu de explicar por que segue diariamente a página da beldade nas redes sociais.
Nova linha
O Diário de Pernambuco, mais antigo em circulação no país e agora com novo dono, ligado ao governista Luciano Bivar (PSL), abriu na quarta-feira um grande editorial de elogios ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU.
Passa o cartão!
Clientes da Stone tomaram um susto com um comunicado da empresa de que vai aumentar a taxa que cobra para cada transação em suas maquininhas. A empresa culpa as bandeiras dos cartões, mas, ao que se sabe, só a MasterCard elevou suas tarifas. Visa e Elo não adotaram essa postura.
Esplanadeira
# O Programa Nacional Salve Uma Mulher será lançado dia 3, na Esplanada dos Ministérios.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

ALERTA CONTRA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS


Oceanos podem se tornar mais quentes, ácidos e menos produtivos, alerta ONU
Em relatório, Organização aponta que é urgente priorizar "ações oportunas, ambiciosas e coordenadas" para enfrentar mudanças sem precedentes

Por Agência Brasil com informações da RTP
25/09/19 - 09h58



  
                                 Oceanos podem se tornar mais quentes, ácidos e menos produtivos, alerta ONU

O Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), criado pelas Nações Unidas (ONU), apresentou nesta quarta-feira (25) um relatório dedicado aos efeitos das alterações climáticas nos oceanos e nas massas de gelo permanentes da Terra. A devastação dos mares e das regiões geladas devido às alterações climáticas é o grande problema apontado no documento.
É urgente priorizar "ações oportunas, ambiciosas e coordenadas" de forma a enfrentar estas mudanças "sem precedentes e duradouras" nos oceanos e na criosfera – regiões cobertas por gelo e neve permanentes e que constituem 10% da superfície do planeta –, alerta o relatório.
Durante este século, os oceanos poderão sofrer alterações "sem precedentes", com temperaturas mais altas, água mais ácida, menos oxigénio e condições alteradas de produção de recursos.
O gelo das regiões geladas, como o Ártico por exemplo, estão derretendo a um ritmo nunca antes registado e, em consequência, o nível dos oceanos está elevando pondo em causa a vida de mais de milhões de pessoas, advertem os cientistas no documento.
O IPCC estabelece que "o oceano e a criosfera acolhem habitats únicos e estão ligados a outros componentes do sistema climático através de trocas globais de água, energia e carbono".
A verdade é que cerca de "670 milhões de pessoas nas regiões de alta montanha e 680 milhões de pessoas nas zonas costeiras mais baixas dependem diretamente destes sistemas". Por exemplo, pelo menos "4 milhões de pessoas vivem permanentemente na região do Ártico" e serão afetadas com o degelo e a subida do nível do mar.
Este relatório destaca, ainda, os benefícios de uma adaptação "ambiciosa e eficaz para o desenvolvimento sustentável" e os "custos e riscos crescentes de uma ação adiada".
Mais 1ºC
A temperatura global já "atingiu 1.ºC acima do nível pré-industrial", alertam os cientistas. Este aquecimento global deve-se às "emissões passadas e atuais de gases de efeito de estufa" e já há provas "esmagadoras de que isso pode provocar profundas consequências para os ecossistemas e as pessoas".
Os cientistas do painel constataram que os oceanos estão aumentando a temperatura desde 1970, absorvendo "mais de 90% do calor em excesso no sistema climático", com ondas de calor marinho duas vezes mais frequentes desde 1982.
"Ao absorver mais dióxido de carbono, o oceano sofreu um aumento da acidez à superfície", esclarecem os cientistas, considerando muito provável que 20 a 30% do dióxido de carbono (CO2) emitido pela atividade humana desde 1980 foi parar no oceano e provocou uma perda de oxigénio desde a superfície marinha até aos mil metros de profundidade.
O problema é que com o degelo e a diminuição permanente das massas geladas ameaça libertar ainda mais dióxido de carbono e, assim, acelerar ainda mais esta devastação dos oceanos e da criosfera.O IPCC diz que esta subida do nível médio global dos oceanos foi acentuada no período de 2006 a 2015 em relação ao último século e a um ritmo de 3,6 milímetros por ano, atribuindo-a principalmente às massas de gelo e glaciares que derreteram.
Na Antártida, as perdas de gelo "triplicaram no período entre 2007 e 2016 em relação ao período 1997-2006", o relatório conclui com "confiança alta" que "a causa dominante da subida do nível médio do mar desde 1970 tem origem humana".
Os cientistas prevêem que a subida do nível dos oceanos atinja 15 milímetros por ano em 2100 e "vários centímetros por ano no século XXII". No entanto, não descartam a possibilidade de a subida do mar ser uma realidade anual ainda neste século.
Os cientistas do painel dizem que uma "redução urgente das emissões de gases de efeito estufa" pode limitar e desacelerar as mudanças nos oceanos e na criosfera, assim como possivelmente preservar "os ecossistemas e os meios de subsistência" que dependem dos oceanos.

SENADO APROVA A INDICAÇÃO DE AUGUSTO ARAS COMO O NOVO PGR


Com 68 votos a favor e 10 contra, Senado aprova indicação de Augusto Aras como novo PGR

Agência Brasil 










Presidente da República deve nomeá-lo por decreto


O plenário do Senado aprovou, na tarde de hoje (25), o nome de Augusto Aras como novo Procurador-geral da República. Foram 68 votos a favor, 10 contrários e uma abstenção à sua indicação. Essa foi a última etapa que faltava para Aras estar apto a assumir o cargo, por mandato de dois anos. Caberá ao presidente da República Jair Bolsonaro nomeá-lo, por meio de decreto.
No início da tarde, o nome de Aras havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), após sabatina que durou pouco mais de cinco horas. Aos membros da CCJ, ele respondeu perguntas sobre Operação Lava Jato, meio ambiente, separação dos poderes, dentre outros temas.
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Nas últimas semanas Aras esteve algumas vezes no Senado, onde conversou com senadores, visitou gabinetes de participou de reuniões de líderes. Ele foi o primeiro indicado à Procuradoria-Geral da República desde 2003 a não compor a lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Segundo ele, a Constituição foi um dos principais temas conversados com os parlamentares.
Perfil
Augusto Aras ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987. Ele é doutor em direito constitucional pela PUC de São Paulo. Foi procurador regional eleitoral na Bahia de 1991 a 1993, representante do Ministério Público Federal (MPF) no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), entre 2008 e 2010, e corregedor auxiliar do MPF.
O subprocurador também é professor da Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) desde 2002 e da Universidade de Brasília (UnB), onde leciona direito comercial e eleitoral. Como membro do MPF, Aras também teve atuação em processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e integrou o Conselho Superior do MPF, além de ter sido titular da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão em matéria de Direito Econômico e do Consumidor do MPF.