sexta-feira, 2 de agosto de 2019

PETROBRAS VENDE EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS


Petrobrás vende negócios e vê lucro saltar 87% no trimestre para R$ 18,9 bi

Estadão Conteúdo







Com a venda da TAG, rede de gasodutos que interliga as Regiões Sudeste e Nordeste do País, a Petrobrás registrou lucro de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre, o maior da história da empresa para o período. O resultado foi marcado por fatores que podem não se repetir nos próximos meses, como a alta do petróleo e a taxa de câmbio favorável à empresa. No documento de divulgação do balanço, a petroleira anunciou também que poderá sair completamente da BR Distribuidora, com nova oferta de ações.

Se não fossem os ganhos que não devem acontecer de novo, o lucro teria sido de R$ 5,2 bilhões, abaixo da expectativa do mercado, que contava com um resultado positivo de R$ 7,7 bilhões, segundo projeções do Estadão/Broadcast levantadas com analistas de mercado. O desempenho da estatal sem esses eventos veio abaixo também do lucro registrado em igual período do ano passado, de R$ 10 bilhões. Ainda assim, a leitura de especialistas é que o resultado foi positivo.

"A empresa já começou o ano com lucro, o que é bom", afirmou Helder Queiroz, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e professor da UFRJ. "Falta muita coisa no processo de recuperação, mas a empresa já está numa trajetória de lucros líquidos contábeis, revertendo períodos de prejuízos trimestrais e anuais."

Já Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth Management, disse que "o lucro ficou um pouco abaixo da nossa expectativa de R$ 20 bilhões para o trimestre, mas os investidores vão gostar dos números e deverão refletir positivamente sobre o preço da ação por essa informação".

Retomada
Na carta de apresentação do balanço no segundo trimestre, a estatal classificou o resultado como "bom desempenho financeiro". "Estamos muito confiantes de que a implementação criteriosa de nossa agenda possui capacidade para eliminar no futuro a diferença do desempenho que nos separa das melhores companhias globais de petróleo e criar substancial valor para nossos acionistas", escreveu a companhia. O documento, pela primeira vez, trouxe uma fotografia do caixa e da operação no trimestre atrelado a metas para o futuro.
Por conta do alto endividamento, de US$ 83,7 bilhões, a empresa continuará vendendo ativos. A perspectiva é de redução da dívida no terceiro trimestre. A Petrobrás sinalizou também que vai investir menos. O orçamento de US$ 16 bilhões foi revisto para um intervalo de US$ 10 bilhões a US$ 11 bilhões. Esses valores, no entanto, não incluem os gastos que a petroleira deve ter com a compra de áreas nos leilões deste ano.

No trimestre, os investimentos somaram US$ 2,6 bilhões, queda de 17,6% na comparação com igual período do ano anterior. Segundo a empresa, os recursos foram concentrados sobretudo no desenvolvimento de novos campos de petróleo no polo pré-sal da Bacia de Santos e na manutenção da produção nos campos maduros. Na comparação anual, entretanto, os investimentos recuaram 21,6% no setor.

Enquanto isso, a área de refino teve crescimento bastante significativo nos investimentos. O aporte subiu 22,5% no ano e 33,9% na comparação trimestral, para US$ 316 milhões.

As vendas somaram US$ 15 bilhões até o fim de julho, com destaque para TAG, BR Distribuidora e campos maduros de petróleo. A empresa anunciou a perspectiva de se desfazer da totalidade das ações da distribuidora de combustíveis.

"Ficamos ainda com 37,5% do capital da BR, que no futuro temos a intenção de vender parcial ou totalmente. Enquanto isso, vamos nos beneficiar como acionistas do enorme potencial de criação de valor da BR com a flexibilidade que possui uma empresa privada", informou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

NO BRASIL NÃO SE PODE INVESTIGAR MINISTROS DO STF


Moraes determina que Receita suspenda investigações sobre ministros do STF

Renato Souza




© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Os ministros do Supremo Dias Toffoli e Alexandre de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão de procedimentos investigatórios em curso na Receita Federal que possam ter como alvo os membros do plenário da Corte e outras autoridades. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (1/8), horas depois de o site The Intercept Brasil revelar diálogos segundo os quais o procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol teria incentivado uma investigação contra Dias Toffoli, hoje presidente do Supremo.

Na decisão, tomada em segredo de Justiça, o magistrado paralisa apurações que atingem 133 contribuintes. O despacho ocorreu em meio a um polêmico inquérito, aberto no início deste ano, para apurar "fake news, ameaças e outros ataques" contra o STF.
Para suspender as ações, Moraes indica que estão "presentes graves indícios de ilegalidade no direcionamento das apurações em andamento". Além disso, ele decidiu pelo "afastamento temporário de dois servidores da Receita Federal, por indevida quebra de sigilo noticiada em procedimento administrativo disciplinar".
No documento, o ministro afirma que ocorreu investigação, por parte da Receita, sem que houvesse indício de ilegalidade. "Considerando que são claros os indícios de desvio de finalidade na apuração da Receita Federal, que, sem critérios objetivos de seleção, pretendeu, de forma oblíqua e ilegal investigar diversos agentes públicos, inclusive autoridades do Poder Judiciário, incluídos Ministros do Supremo Tribunal Federal, sem que houvesse, repita-se, qualquer indicio de irregularidade por parte desses contribuintes", escreveu o ministro.
"Crise sem precedentes no Judiciário"
Desde que os diálogos foram revelados pelo The Intercept, em parceria com a Folha de S. Paulo, ministros do Supremo se mostraram indignados com o teor das conversas. Os diálogos sugerem que Dallagnol buscou informações sobre finanças pessoais de Tofolli e sua esposa, Roberta Rangel, que os aproximassem de empresas envolvidas na Lava-Jato. O procurador teria ido ao banco de dados da Receita Federal buscar informações sobre o escritório de advocacia da esposa de Toffoli e informes sobre a reforma de uma casa do ministro, em Brasília.
Marco Aurélio Mello classificou a postura de Dallagnol como inconcebível e disse esperar que o Conselho Nacional do Ministério Público apure as denúncias. Outro que fez críticas foi Gilmar Mendes. Ao chegar ao Supremo, ele disse que o episódio cria uma crise sem precedentes no Judiciário. "É a maior crise que se abateu sobre o aparato judicial do Brasil desde a redemocratização. A Justiça Federal está com o seu prestígio muito abalado e a Procuradoria Geral da República está com seu prestigio muito abalado", destacou Gilmar.
Ele afirmou, também, que independente da forma em que as mensagens foram reveladas, os fatos são de extrema gravidade. O hacker Walter Delgatti, preso pela Polícia Federal, confessou ter invadido o celular de procuradores, de juízes e repassado as informações para o The Intercept. "Independentemente do meio que nos permitiu saber disso, claro, ninguém deve saudar hackeamentos e iniciativas desse tipo, mas as reverberações são extremamente graves e mostra que é um modelo que não tinha limites. Trapezista morre quando pensa que voa. Está ai o resultado", completou.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Serie Inteligencia Artificial | Programa #05 | 31/07/2019

O GOVERNO IMPLEMENTA NEGOCIAÇÕES PARA ACORDOS COMERCIAIS DO BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS


Negociações oficiais para acordo entre Brasil e EUA já começaram, diz Guedes

Ludmylla Rocha





© Sérgio Lima O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou ainda que há interesse em construir uma economia de interesse mútuo

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta 4ª feira (31.jul.2019) que o Brasil e os Estados Unidos começaram oficialmente as negociações para fecharem 1 acordo comercial entre os 2 países. Na 3ª feira (30.jul.2019), o presidente norte-americano, Donald Trump, expressou o desejo de que as duas nações tenham 1 acordo de livre-comércio.

“Ficou amarrado o seguinte: o que era só 1 pensamento, agora já estamos oficialmente começando as negociações com os Estados Unidos”, disse Guedes depois de uma reunião com o secretário do comércio do país, Wilbur Ross.
“Com essa proximidade dos 2 presidentes e, ao mesmo tempo, com a nossa decisão de fazer uma abertura gradual da nossa economia, naturalmente é 1 convite à aproximação comercial”, explicou o ministro. Wilbur Ross, no entanto, não comentou a reunião com os jornalistas ao sair.
Guedes afirmou ainda que há interesse em construir uma “aliança estratégica” entre os 2 países. “Uma coisa até mais profunda que aliança comercial”, afirmou.
O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, disse que o Brasil atuará em duas frentes para construção deste acordo. No que diz respeito a tarifas, será necessária a construção de 1 acordo junto ao Mercosul.
O Congresso norte-americano tem uma autorização para negociar acordos que envolvam tarifas até junho de 2021. O governo brasileiro tentará usar esta janela para avançar nesta frente.
A outra possibilidade é a construção de 1 acordo não tarifário, ou seja, que envolve o alinhamento técnico, sanitário, ambiental e de segurança. Neste caso, não é necessária a autorização dos demais países do Mercosul.
Questionado sobre prazos, Troyjo afirmou que “depende muito da evolução da economia política que estão envolvidos nesse processo”. Tanto Troyjo como Guedes colocaram a aproximação entre os chefes de Estados do Brasil e dos Estados Unidos como 1 fator relevante para o avanço das negociações.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos, no entanto, acontecem já em 2020. Trump concorrerá à reeleição pelo partido republicano.