Bolsonaro vai
reservar agenda para conversar com parlamentares
Agência Brasil
O presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu, visitam exposição de produtos de empresas de inovação, em Jerusalém
Encerrando a viagem a Israel, o
presidente Jair Bolsonaro disse que vai reservar “meio-dia da agenda no Brasil”
para receber parlamentares e conversar. Segundo ele, está aberto ao diálogo.
Afirmou também que, no segundo semestre, pretende visitar países árabes. Os
locais estão sendo definidos.
O presidente reiterou que a proposta
da reforma da Previdência é um projeto para o país e, não de governo. “Vou
deixar pelo menos meio-dia da minha agenda no Brasil para atender deputados e
senadores”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Record. “O que eu apresentei
para o Parlamento com a reforma da Previdência não é um projeto meu, é do
Brasil” argumentou.
O presidente disse compreender as
manifestações dos parlamentares sobre eventuais alterações na proposta da
reforma, relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e à
aposentadoria rural. De acordo com ele, a preocupação com os trabalhadores no
campo é com as fraudes.
“[Vamos buscar] uma forma de cadastrar
os benefícios. Dizem que uma parte considerável é fraude. Nós queremos atender
aquele que quer se aposentar como produtor rural. Queremos combater a fraude.”
Desemprego
O presidente disse que a metodologia
utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não
reflete a realidade. "Com todo respeito ao IBGE, essa metodologia, em que
pese ser aplicada em outros países, não é a mais correta.", afirmou.
"Tenho dito aqui, fui muito criticado, volto a repetir, não interessam as
críticas. Tem de falar a verdade."
Em seguida, Bolsonaro detalhou.
"Como é feita hoje em dia a taxa? Leva-se em conta quem está procurando
emprego. Quem não procura emprego, não está desempregado", disse.
"Então, quando há uma pequena melhora, essas pessoas que não estavam procurando
emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de
desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são
feitos para enganar a população."
Para o presidente, o ideal é adotar
uma metodologia "tocante à taxa de desemprego". "É você ver
dados bancários, dados junto à Secretaria de Trabalho, quantos empregos geramos
a mais ou a menos no mês", disse.
Embaixada
Em meio às reações da Liga de Países
Árabes, que reúne 22 nações, à transferência da Embaixada do Brasil de Tel Aviv
para Jerusalém, o presidente afirmou que busca conversar com todos e que, no
segundo semestre, visitará o Oriente Médio.
“Temos conversado com o mundo árabe.
Buscamos conversar. Tenho uma viagem para o Oriente Médio no segundo semestre,
estamos definindo quais países, vários nos interessam”, disse.
Preparando-se para retornar ao Brasil,
Bolsonaro afirmou que, entre os projetos futuros com Israel, quer firmar
parceria para que universitários israelenses venham para o Brasil e desenvolvam
ações em ciência e tecnologia, agricultura e piscicultura.
“Estamos buscando vender uma nova
imagem do Brasil diferente da que era vendida antes”, ressaltou. “Pretendemos
trazer para cá jovens universitários nas áreas de agricultura, piscicultura,
ciência e inovação.”
Agenda
Em Israel, o presidente tomou café
nesta terça (2) com dirigentes de empresas israelenses e dos países. Ele tem
encontro com empresários e visita uma exposição de produtos de empresas de
inovação. Às 12h30, almoça com empresários.
Bolsonaro visita ainda a exposição
"Flashes of Memory - Fotografia durante o Holocausto", no Yad Vashem,
Centro Mundial de Memória do Holocausto.