segunda-feira, 30 de julho de 2018

RELAÇÃO ENTRE O PRESIDENTE TRUMP E A IMPRENSA AMERICANA NÃO É BOA


Ataques de Trump à imprensa são 'perigosos', diz editor do NY

Agence France-Presse









Jornalista conversou com o presidente americano sobre os ataques verbais aos veículos de comunicação dos EUA

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O editor do jornal "The New York Times" advertiu o presidente Donald Trump, em uma reunião na Casa Branca, que seus crescentes ataques aos veículos de comunicação são "incendiários", "perigosos" e "nocivos" aos Estados Unidos.
A reunião entre Trump e A.G. Sulzberger, que assumiu esse prestigioso jornal em 1° de janeiro, aconteceu em 20 de julho, após um pedido da Casa Branca.
A sessão, da qual também participou o editor da página editorial do NYT, James Bennet, foi mantida em segredo até Trump torná-la pública em um tuíte neste domingo de manhã.
"Tive uma reunião muito boa e interessante na Casa Branca com A.G. Sulzberger, editor do New York Times", tuitou Trump.
"Passamos muito tempo falando sobre a grande quantidade de notícias falsas publicadas pela imprensa & como as 'Fake News' se tornaram 'Inimigas do Povo'. Triste!", acrescentou.
Em um comunicado divulgado pelo NYT, Sulzberger disse que o tuíte do presidente torna pública a reunião e descreveu o que pareceu ser um encontro incomumente duro e contundente com o presidente.
"Disse diretamente ao presidente que acredito que sua linguagem não apenas é divisiva, mas que é cada vez mais perigosa", relatou Sulzberger no comunicado.
A conversa acontece em um momento de alta tensão entre Trump e os veículos americanos, com o presidente denunciando regularmente notícias críticas como "notícias falsas" ("fake news").
"Disse-lhe que, embora a frase 'fake news' não seja correta e seja prejudicial, me preocupa muito mais que se rotule os jornalistas como 'o inimigo do povo'. Adverti que essa linguagem incendiária está contribuindo para um aumento das ameaças contra os jornalistas e levará à violência", acrescentou o editor do NYT.
Sulzberger afirmou ainda que, com alguns líderes estrangeiros usando a linguagem de Trump para justificar repressões a jornalistas, isso estava "pondo vidas em risco".
"Eu lhe implorei que reconsiderasse seus amplos ataques ao jornalismo, que considero perigosos e nocivos para o nosso país", disse o editor.
Trump já reagiu. Em uma série de tuítes neste domingo à tarde, lançou novos ataques à imprensa. Segundo ele, os jornais é que "põem vidas em risco, não apenas a dos jornalistas... ao revelar as deliberações internas do governo".
"O falido New York Times e o Washington Post da Amazon não fazem mais do que escrever matérias ruins, mesmo em histórias de sucesso muito positivas, nunca mudarão!", tuitou Trump.
'Última oportunidade'

Sulzberger, de 37 anos, é o último de uma longa lista de Sulzbergers a liderar o jornal americano. Quando ele assumiu o Times após vários anos como repórter, ou editor, Trump tuitou que a ascensão do jovem deu ao jornal uma "última oportunidade" de demonstrar imparcialidade e de informar as notícias "sem temor ou FAVOR".
Desde então, porém, tanto o jornal quanto outras fontes de notícias têm ecoado os problemas pessoais e políticos de Trump, e publicado seus frequentes erros.
O presidente respondeu com tuítes contra o NYT, chamando o veículo de "muito desonesto", "falido e corrupto" e assegurando que usa "fontes falsas e inexistentes".
Não está claro se o encontro entre Trump e Sulzberger levará a uma melhor relação entre a Casa Branca e a imprensa. A esse respeito, um ex-editor do NYT recomendou nas redes sociais: "Não tenham grandes expectativas".
Seja como for, as relações de Trump com a imprensa tiveram uma piora recentemente.
Na última quarta-feira, a Casa Branca proibiu Kaitlan Collins, da rede CNN, de participar de uma coletiva de imprensa, alegando que a jornalista fez perguntas consideradas "inapropriadas" em um evento.
Olivier Knox, titular da Associação de Correspondentes Casa Branca, condenou a decisão como uma resposta "mal orientada e frágil" para lidar com uma jornalista que estava apenas fazendo seu trabalho

COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/07/2018


Empréstimo$ BNDES

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 










Senadores e deputados pretendem vetar o financiamento de projetos e obras de engenharia e infraestrutura em outros países ou concessão de crédito a governos estrangeiros pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na Câmara, o Projeto de Lei 7375/2017, do deputado Fábio Sousa (PSDB-GO), estabelece que, em caso excepcional, o presidente da República deverá pedir autorização ao Congresso para realizar empréstimos. A proposta tem parecer favorável do relator, deputado Lucas Vergílio (SD-GO), na Comissão de Finanças, e deverá ser votada em agosto. No Senado, o projeto (PLS 145/2015), com mesmo teor, aguarda votação da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Auditoria
Auditoria do Tribunal de Contas da União apontou que, entre 2006 e 2014, o BNDES emprestou mais de R$ 50 bilhões para a realização de 140 grandes obras fora do Brasil.
Lava Jato
O pente-fino do TCU também revelou que 99% dos empréstimos ficaram com cinco grandes empreiteiras, todas envolvidas na Lava Jato.
Crise
O deputado Fábio Sousa sustenta que "se esse recurso tivesse ficado aqui - sendo investido em empreendedorismo, em pequenos negócios -, a crise nos últimos anos no Brasil teria sido amenizada".
Angola & Cuba
Os países que mais receberam investimentos do BNDES foram Angola (R$ 14 bilhões), Venezuela (R$ 11 bilhões), Argentina (R$ 8 bilhões), República Dominicana (R$ 8 bilhões) e Cuba (R$ 3 bilhões).
Conversê
Depois de receber o apoio de partidos do chamado Centrão, o ex-governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, não descarta ter o MDB em seu time ainda no primeiro turno. As conversas com caciques emedebistas passam pela tradicional composição ministerial no eventual governo do tucano.
Pé de guerra
Apesar do aparente clima de unidade, nos bastidores, caciques das legendas do Centrão permanecem em pé de guerra pela indicação do vice na chapa do tucano. Com a indefinição, Alckmin tende a seguir o plano B: escolha de um nome que seja de outras legendas da aliança: PTB, PPS, PSD e PV.
Balcão
Pré-candidato do Psol à Presidência, Guilherme Boulos (SP), alfineta os partidos que embarcaram na campanha de Alckmin: "A nossa aliança é com o povo, não no balcão de negócios do 'Centrão' ".
Se eleito
Se eleito, tem reafirmado Boulos, irá revogar todas as "medidas absurdas feitas por esse governo ilegítimo", incluindo a PEC do Teto de Gastos e a Reforma Trabalhista.
Fake news
A legislação brasileira prevê a cassação do mandato de políticos que disseminarem informações falsas (fake news). O alerta é do secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Frazão.
Fraudulentas
Segundo Frazão, a partir do momento que se descubra que o político contratou serviço de produção industrial de notícias fraudulentas, uso de boots, para divulgar esses conteúdos, ele pode ser punido: "Se ficar devidamente comprovado, nos autos a existência disso, é possível utilizar a Lei Complementar 64/90 e proceder à cassação de seu mandato".
CPI da Petrobras
Senadora Vanezza Grazziotin (PCdoB-AM) fala em recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar instalar a CPI da Petrobras no Senado.
Política de preços
A parlamentar apresentou em maio o requerimento no qual pede a investigação da política de preços da estatal para os combustíveis. "Não descarto (recorrer ao STF) de jeito nenhum", diz a senadora.
Acidentes
Levantamento do Ministério da Saúde revela que os motoboys são os que mais sofrem acidentes de trânsito relacionados ao trabalho e que os caminhoneiros são os que mais vão a óbito em atividade.
Escalada
Em onze anos, de acordo o MS, o número de notificações de acidentes de transporte relacionados ao trabalho aumentou quase seis vezes, passando de 2.798 em 2007 para 18.706 em 2016.

sábado, 28 de julho de 2018

CANUDINHOS DE PLÁSTICO UM DOS MAIORES POLUIDORES DA NATUREZA

Disney anuncia que eliminará canudos plásticos até metade de 2019

Estadão Conteúdo









O objetivo é eliminar os mais de 175 milhões de canudos descartados anualmente nos parques da Disney


A Walt Disney Company anunciou nesta quinta-feira (26), que eliminará os canudos de plástico até o fim do primeiro semestre de 2019. A empresa adotou a nova medida motivada por iniciativas sustentáveis.

O objetivo é eliminar os mais de 175 milhões de canudos e 13 milhões de mexedores plásticos descartados anualmente nos parques da Disney. O único parque que ficará de fora da iniciativa é o de Tóquio, no Japão.

Para o presidente dos parques da Disney, Bob Chapek, "esses novos esforços globais ajudam a reduzir nossas pegadas no ambiente e a avançar em nossas metas de sustentabilidade a longo prazo".

Para crescer ainda mais no campo ambiental, a Disney está trabalhando em conjunto com a Conservation International, uma ONG que visa proteger a biodiversidade da terra. O CEO da empresa, M. Sanjayan, acredita que a Disney sempre se inspirou na natureza e ressalta a importância desse passo: "O anúncio de hoje é mais do que reduzir o desperdício de plástico, mas também sobre mostrar para milhões de crianças e adultos de todo o mundo as muitas maneiras de mudar nossos hábitos diários para cuidar dos oceanos e proteger a natureza que nos sustenta".

Não só a Disney se mobilizou na causa sustentável. No começo do mês, o Starbucks também aceitou o compromisso de eliminar os canudos plásticos de todas as suas 28 mil lojas ao redor do mundo até o ano de 2020, assim como o McDonald's, que anunciou que substituirá os canudos plásticos por canudos de papel, inicialmente nos restaurantes do Reino Unido, Irlanda
e Austrália.

PESSOAS INELEGÍVEIS NÃO PODEM NEM SER CANDIDATOS


PGR decide que candidato ficha suja não poderá usar fundo eleitoral

Agência Brasil









Os recursos destinados a partidos não podem ser utilizados por candidatos que se enquadram em alguma restrição de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta sexta-feira (27) que o Ministério Público Eleitoral (MPE) vai cobrar na Justiça recursos do fundo eleitoral que forem usados por candidatos inelegíveis para disputar as eleições de outubro.
A questão foi decidida nesta tarde durante uma reunião entre Dodge e um grupo de procuradores eleitorais que vão atuar nas eleições de outubro. No entendimento da procuradora, os recursos destinados a partidos não podem ser utilizados por candidatos que se enquadram em alguma restrição de inelegibilidade prevista na Lei da Ficha Limpa, como condenação por órgão colegiado da Justiça, por exemplo.
Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que recurso públicos só podem ser usados por elegíveis (Arquivo/Agência Brasil)
"Os recursos públicos só podem ser usados por candidatos elegíveis. Os inelegíveis que usarem recursos públicos nas campanhas terão que devolver",afirmou Dodge.
Dodge acertou com os procuradores eleitorais como será a atuação do MPE na fiscalização das eleições para garantir o cumprimento das regras de financiamento de campanha, o equilíbrio da disputa entre os candidatos e o combate às notícias falsas, as chamadas fake news.