terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS QUER CONTROLAR A REDE 5G



Governo dos EUA avalia nacionalizar rede 5G

Agência France Presse








A entidade reguladora de telecomunicações dos Estados Unidos e as operadoras de telefonia se opuseram a essa possibilidade

A entidade reguladora de telecomunicações dos Estados Unidos, a FCC, e as  operadoras se opuseram, nesta segunda-feira (29), à possibilidade de uma rede 5G financiada pelo governo federal, uma ideia que, de acordo com alguns veículos de comunicação, está sendo considerada por Washington.
De acordo com o portal de notícias Axios e o Wall Street Journal, que citam uma nota confidencial, funcionários da Casa Branca responsáveis ​​pela segurança nacional estão pressionando para investir dinheiro público na rede ultra rápida de internet móvel 5G, com o objetivo de contrariar ambições chinesas neste setor.
Em uma declaração nesta segunda, o presidente da FCC, Ajit Pai, enfatizou que é "contrário a qualquer ideia de uma rede nacional 5G construída e administrada pelo governo".
De acordo com o funcionário, é "o mercado, e não o governo, que está mais bem posicionado para promover a inovação e o investimento". Qualquer tentativa federal "de construir uma rede 5G nacionalizada seria dispendiosa e contraproducente e nos desviaria das políticas necessárias para futuro de 5G nos Estados Unidos".
O setor de telecomunicações também se mostrou contrário a essa possibilidade. "Nada frearia mais nosso forte impulso, duramente forjado, para sermos líderes mundiais na implantação do 5G do que a chegada do governo federal para construir essas redes", disse Jonathan Spalter, diretor-executivo da empresa USTelecom.
Segundo a nota do Conselho de Segurança Nacional (NSC) citada pela mídia dos Estados Unidos, o governo federal deve estar diretamente envolvido na construção de uma rede "segura".
O NSC está particularmente preocupado com as ambições da China, muito mais avançada no 5G, o que representa uma ameaça para a segurança nacional de acordo com o Conselho.

TEMER QUER SER LEMBRADO COMO ALGUÉM QUE DEIXOU UM LEGADO POSITIVO PARA O BRASIL



Temer diz que vetará possível transferência de controle da Embraer para a Boeing

Agência Brasil










Para o presidente, a Embraer tem uma grande simbologia para o país

O presidente Michel Temer afirmou hoje (29) que vetará a transferência do controle da Embraer para a empresa norte-americana Boeing, caso ela ocorra, conforme foi cogitado por dirigentes da empresa. “Não vamos abrir mão do controle da Embraer”, garantiu, em entrevista à Rádio Bandeirantes. Temer disse que é legítimo que a Boeing queira aumentar sua participação, mas não a ponto de ter o controle total da empresa.
Temer comparou a Embraer à Petrobras. “A Embraer tem uma simbologia muito grande para o país, mais ou menos como a Petrobras”, disse sem descartar que uma parceria entre a Embraer e a Boeing seja realizada no futuro. O presidente também defendeu o controle majoritário nacional da empresa em entrevista publicada nesta segunda-feira (29) no jornal Valor Econômico.
Eletrobras
Outro tema abordado pelo presidente nas entrevistas foi a privatização da Eletrobras, que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós vamos explicar direitinho [aos parlamentares] e certamente vamos ter não só a compreensão, mas o apoio, inclusive dos governadores. Há clima para aprovar isso”, avaliou.
Temer também defendeu o aumento das ações da iniciativa privada na Eletrobras para atrair cerca de R$12 bilhões para os cofres da União. O presidente citou que estudos apontam que a “descotização” da empresa pode reduzir as tarifas de energia e reiterou que parte do valor arrecadado será utilizado na revitalização do rio São Francisco.
Cristiane Brasil
Questionado sobre a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho, suspensa pelo STF, o presidente disse que, apesar de entender que se trata de um assunto de competência exclusiva do presidente da República, aguarda uma decisão definitiva da Justiça. “Eu serei respeitoso com relação à independência e harmonia dos Poderes. Se ao final, o Judiciário disser que não pode, muito bem, que assim seja. Mas como nós estamos litigando judicialmente e estamos dando argumentos [para reverter a decisão], eu me sinto à vontade para dizer de público que seria de bom tom se nós tivéssemos esta vitória, que não é do governo. É uma vitória do sistema jurídico da harmonia dos Poderes”, disse.
Temer foi questionado sobre outras decisões do governo contestadas na Justiça, como por exemplo a medida provisória (MP) 814/17 (que trata da privatização da Eletrobras), as regras para o indulto natalino de 2017 (cujos benefícios incluíam presos que praticaram crimes de corrupção e lavagem de dinheiro) e a portaria do Ministério do Trabalho que mudou as regras de enquadramento de práticas no trabalho escravo, Temer defendeu a independência entre Poderes. “Eu sempre prestigio as instituições porque elas são permanentes, nós passaremos. O ideal dos ideias é que nós todos tenhamos a mais absoluta convicção de que a minha competência vai até onde começa a competência do outro. Essa é uma pregação muito útil”, alertou o presidente.Lula
Sobre a situação política do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que pode ser impedido de se candidatar nas eleições deste ano por causa da Lei da Ficha Limpa, Temer disse que preferiria que o petista não tivesse enfrentando problemas com a Justiça e pudesse disputar as eleições normalmente. “Isso pacificaria o país”, disse, acrescentado que a figura o ex-presidente é “ muito carismática” e que Lula certamente exerce muita influência no país.
Segurança pública
Outro assunto que o presidente comentou durante a entrevista à Rádio Bandeirantes foi segurança pública. Temer lembrou das situações em que as Forças Armadas reforçaram ações em diferentes estados, seguindo o dispositivo da Garantia da Lei e da Ordem.
O presidente confirmou a possibilidade de criação de um mistério especializado no tema ou uma “Força Nacional de Segurança que esteja sempre à disposição dos estados”. Com a preocupação de não invadir a competência das unidades federativas, ele adiantou que a medida está em estudo.
Sobre mudanças na legislação, Temer declarou que não acredita que o aumento de pena tenha impacto sobre a redução da criminalidade. Sobre a privatização do sistema prisional, possibilidade que foi cogitada durante sua gestão como secretário de Segurança Pública em São Paulo, o presidente afirmou que o tema ainda está em pauta, mas não há consenso sobre ele.
Questionado pela Rádio Bandeirantes sobre a governança de estatais e bancos públicos como a Caixa Econômica Federal, Temer disse que, com base na Lei das Estatais, sancionada por ele no ano passado, os conselhos gestores das entidades têm discutido tirar da Presidência da República a indicação dos vice-presidentes dessas instituições.
Defesa da honra e final de mandato
Temer também se defendeu das denúncias por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da justiça apresentadas contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele disse que “tem muito apreço pelo Ministério Público”, mas avaliou as acusações como irresponsáveis e reconheceu que os processos trouxeram prejuízos para alguns projetos, como o atraso da votação da reforma da Previdência.
Após essa votação e a aprovação de uma simplificação tributária, que o governo tem como prioridades em 2018, Temer afirmou que se dedicará à recuperação da sua honra, já que foi “desmoralizado por embates de natureza moral”. “Não vou admitir mais que se diga impunemente que o presidente é trambiqueiro, que fez falcatruas . Não vou permitir. Vou aproveitar esses seis meses [ que restam de governo] depois de fazer as boas reformas para o país para recuperar meus aspectos morais. Aliás, os meus detratores estão na cadeia e quem não está na cadeia está desmoralizado porque foi desmascarado por fatos concretos. Ninguém está na cadeia à toa”, afirmou.
O presidente disse que a movimentação do período eleitoral não tem atrapalhado a administração federal e afirmou que quer ser lembrado pelas ações positivas de seu governo. “Como alguém que produziu um legado positivo para o Brasil. É desta maneira que quero ser lembrado”, afirmou.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

EMPRESAS PRIVADAS TOMAM A DIANTEIRA PARA A EXPLORAÇÃO DE MARTE



Missão tripulada a Marte deflagra era espacial liderada por empresas privadas


Estadão Conteúdo








Uma nova era espacial já começou e deverá transformar cada vez mais as economias dos países e o cotidiano das pessoas nos próximos anos. Mas essa nova fase da exploração do cosmos - que os especialistas batizaram de New Space - é muito diferente da corrida espacial durante a antiga Guerra Fria. Se antes os atores principais eram os governos, movidos por interesses geopolíticos, agora os protagonistas são as empresas privadas, com foco no desenvolvimento econômico e tecnológico - e nos lucros.

Se a corrida espacial chegou ao ápice com a ida do homem à Lua e levou ao desenvolvimento de tecnologias que vão do GPS aos medidores de pressão sanguínea, do velcro ao código de barras e do laser às câmeras de celulares, a nova fase deverá culminar com uma jornada a Marte. E promete avanços sem precedentes em áreas como robótica, computação, impressão 3D, engenharia alimentar e telemedicina, além de projetos espantosos, como foguetes para viagens comerciais que chegariam ao outro lado do mundo em menos de uma hora.

Segundo a astrônoma brasileira Duília de Mello, professora da Universidade Católica de Washington, que colabora com projetos da Nasa, a missão tripulada a Marte, anunciada em 2016 pelo ex-presidente americano Barack Obama como próximo objetivo do programa espacial americano, funcionará como indutor de um modelo de gestão do programa espacial dos Estados Unidos, com foco em startups e investidores empresariais.

"Ainda estamos muito distantes da chegada a Marte, porque há muita tecnologia a ser desenvolvida para isso e os investimentos teriam de ser imensos. Nem os Estados Unidos têm fundos para isso. Precisamos ser realistas. Mas desde o governo Obama se começou a pensar na iniciativa privada para assumir papéis importantes na indústria espacial. A Nasa já fazia muitas colaborações com empresas, mas agora isso é uma diretriz oficial", disse ao Estado.

De acordo com o relatório Espaço Emergente, encomendado pela Nasa à consultoria Bryce Space em 2015, a tendência é de que a participação governamental nessas jornadas seja cada vez mais reduzida: a indústria espacial está se transformando rapidamente e a agência americana iniciou vários programas de parceria comercial para reduzir seus custos.

De acordo com Peter McGrath, diretor global de vendas da Boeing para assuntos relacionados à exploração do espaço, o papel das empresas no setor crescerá cada vez mais. "Somos parceiros da Nasa desde os primórdios da era espacial, mas, com um objetivo como a ida a Marte, os desafios e as oportunidades são muito maiores."
O engenheiro espacial brasileiro Lucas Fonseca, fundador da startup Airvantis - uma das inúmeras empresas que já estão faturando com a nova era espacial (mais informações nesta página) -, afirma que a iniciativa privada sempre teve participação importante nos programas espaciais, mas sua atuação era historicamente condicionada pelas demandas dos governos. "A indústria não tinha capacidade de propor um modelo comercial rentável e tomar a frente do processo. Isso mudou radicalmente nos últimos anos."

Entre 2000 e 2016, as startups espaciais atraíram investimentos de mais de US$ 16 bilhões e mais de 140 empresas espaciais foram fundadas e financiadas desde 2000. A informação é de um relatório sobre os investimentos em startups espaciais, também elaborado pela Bryce a pedido da Nasa e publicado em 2017. Segundo o documento, só em 2000, três novas empresas da área eram abertas a cada ano. Atualmente, a média é de 17 novas empresas por ano. Desde 2013, os voos espaciais tripulados comerciais receberam investimentos privados de US$ 2,5 bilhões. A própria Nasa investiu outros US$ 5,7 bilhões em parceiros comerciais privados, para que desenvolvessem capacidade de assumir as tarefas. Em 2011, a indústria espacial americana já empregava 240 mil pessoas em milhares de empresas.

De acordo com Fonseca, a empresa que deu o pontapé inicial no novo modelo de gestão da exploração espacial foi a SpaceX, fundada em 2002 pelo magnata Elon Musk com o objetivo ambicioso de reduzir os custos das viagens espaciais e permitir a jornada para Marte. Musk já assumiu as missões de envio de carga à Estação Espacial Internacional que partem do território americano - e poderá enviar tripulantes à órbita da Lua ainda este ano, com seu novo foguete. "Além de tecnologias, a SpaceX desenvolve um modelo de negócios que tem foco em baratear as missões espaciais. Ele já reduziu em cinco vezes os custos de lançamentos, por exemplo".


OPOSIÇÃO RUSSA FAZ PROTESTO ANTES DA ELEIÇÕES



Principal opositor de Putin, Navalny é detido em protesto no centro de Moscou

Agência Brasil










Manifestantes foram às ruas em várias cidades russas

O líder opositor Alexei Navalny foi detido neste domingo (28) no centro de Moscou, durante um protesto que pede um boicote às eleições presidenciais do próximo dia 18 de março. As informações são da Agencia EFE. "Me prenderam, mas não tem importância. Fui à (rua) Tverskaya. Não fiz isso por mim, mas por vocês e por nosso futuro", escreveu Navalny, que tinha convocado o protesto pelo Twitter.
Navalny percorreu ao lado de centenas de manifestantes a Rua Tverskaya, uma das principais do centro da capital do país, antes de ser preso. A polícia de Moscou informou que o opositor provocou os agentes para que eles o prendessem, segundo a emissora "Dozhd".
Milhares de pessoas estão reunidas na Praça Pushkinskaya, que divide a Rua Tverskaya em dois, apesar de um forte esquema de segurança montado para o protesto de boicote às eleições.
Cerca de 90 pessoas foram detidas em várias cidades da Rússia por participar de manifestações similares à da capital. O maior número de prisões ocorreu nas cidades de Khabarovsk, Kemerovo, Tomsk e Ufa.
O canal no YouTube Navalny Live transmite ao vivo imagens do protesto por toda a Rússia, apesar de a polícia de Moscou ter tentado interromper a transmissão após invadir a sede do Fundo de Luta contra a Corrupção, entidade liderada pelo opositor.
Os agentes prenderam cinco aliados de Navalny no local e esvaziaram o shopping onde está a sede da entidade com o pretexto de que havia uma bomba no edifício.
Os opositores afirmam que a polícia está procurando o novo centro de transmissão do Navalny Live para interromper a exibição dos protestos pela internet.
O Ministério do Interior da Rússia alertou que reprimirá "duramente" os protestos ilegais.
Navalny convocou as manifestações de hoje depois de ser proibido de disputar as eleições presidenciais, com o argumento de que tem antecedentes criminais. O opositor considera as acusações como um tipo de perseguição política.