sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

ARGENTINA ENCERRA BUSCAS AO SUBMARINO DESAPARECIDO



Marinha argentina encerra buscas por sobreviventes de submarino desaparecido

Estadão Conteúdo








A Marinha disse que o capitão do submarino relatou que havia entrado água no snorkel

A Marinha da Argentina comunicou nesta quinta-feira que parou de procurar por sobreviventes do submarino San Juan, desaparecido há 15 dias, mas ressaltou que uma operação multinacional continuará procurando pela embarcação.

As esperanças de encontrar sobreviventes já estavam baixas, pois especialistas disseram que a tripulação só teria oxigênio suficiente para 7 a 10 dias se o submarino permanecesse intacto. Segundo a Marinha, uma explosão foi detectada perto do horário e local onde o submarino fez contato pela última vez, no dia 15 de novembro.

De acordo com o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, a missão de resgate "se estendeu por mais que o dobro do que é estimado". "Nós tivemos 28 navios, nove aeronaves, 4 mil pessoas envolvidas e apoio de 18 países. Apesar da magnitude desses esforços, nós não conseguimos encontrar o submarino", disse Balbi.

Alguns parentes dos membros da tripulação caíram em prantos após receberem a notícia.

"Eu não entendo essa decisão arbitrária e injustificada", disse Luis Taglipietra, pai do marujo Alejandro Tagliapietra, de 27 anos. "É cruel. Todos os dias tem um novo baque. Estou destruído".

A Marinha disse que o capitão do submarino relatou que havia entrado água no snorkel, o que fez uma das baterias da embarcação entrar em curto circuito. Mais tarde, o capitão havia entrado em contato por meio de um telefone por satélite para comunicar que o problema havia sido contido.

Algumas horas depois, uma explosão foi detectada perto do horário e local onde o submarino havia feito contato pela última vez. Um porta-voz da Marinha disse nesta semana que a explosão pode ter sido provocada por uma "concentração de hidrogênio" causada pelo problema na bateria reportado pelo capitão.

NÚMEROS MUNDIAS SOBRE A AIDS



Cinco números sobre a AIDS no mundo

Agência France Presse








A Onuaids estima que a AIDS tenha matado 35 milhões de pessoas no mundo



A cada 17 segundos, uma pessoa no mundo se infecta com o vírus HIV, causador da AIDS, em uma epidemia que já provocou até agora 35 milhões de mortes.
Estes são os cinco números-chave, publicados pela Onuaids por ocasião do Dia Internacional de Combate à AIDS, celebrado na próxima sexta-feira, (1).
17 segundos
Em 2016, cerca de 1,8 milhão de pessoas foram infectadas com o vírus da AIDS. Esta cifra representa uma média de uma nova infecção por HIV a cada 17 segundos, ou seja, quase 5.000 por dia.
2 em cada 3
Entre os adultos, o ritmo de novas infecções no planeta apenas diminuiu nos últimos anos, passando de 1,9 milhão em 2010 para 1,7 milhão em 2016. A África continua concentrando a maior parte dos novos casos, dois em cada três.
Quase pela metade 
No caso das crianças, as novas infecções caíram quase pela metade desde 2010, passando de 300.000 para 160.000 em 2016.
A redução se explica pelas campanhas de diagnóstico na África com mulheres grávidas e pelos tratamentos com antirretrovirais, que impedem a transmissão vertical do HIV, ou seja, das mães aos seus filhos.
36,7 milhões
Este é o número de pessoas que vivem com HIV no mundo, segundo a última cifra de 2016 da Onuaids, o programa de coordenação da ONU para o combate à AIDS.
O número aumenta a cada ano pelo ritmo elevado de novas transmissões e também porque os medicamentos antirretrovirais são a cada dia mais acessíveis em países pobres, oferecendo mais chances de sobrevivência.
20,9 milhões
Atualmente, 20,9 milhões de pessoas têm acesso a tratamentos antirretrovirais que, se aplicados regularmente, freiam a doença de forma eficaz e reduzem o risco de contaminação. A cifra é quase três vezes superior que a de 2010.
A consequência é que as mortes relacionadas com a AIDS no mundo caíram cerca de 50% desde o teto de 2005 (1,9 milhão de mortos) e em 2016 se estabilizaram em um milhão.
A Onuaids estima que a AIDS tenha matado 35 milhões de pessoas desde que a epidemia começou, em 1981.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 01/12/2017



Lula, Paes e Maricá

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini







O ex-presidente Lula da Silva fez questão de incluir Maricá no roteiro da caravana-campanha que fará pelo Rio de Janeiro na próxima semana. A cidade foi “celebrizada” no diálogo com Lula, gravado pela Polícia Federal, em que o então prefeito Eduardo Paes (PMDB) ironizou que o petista não perdera “alma de pobre” ao traçar comparações entre Atibaia (SP), onde fica um sítio que era frequentado pelo petista, e o município do Rio. Há fatores pessoal e partidário. A filha de Lula, Lurian, fincou raízes em Maricá há anos. A cidade é administrada por um petista, Fabiano Horta.

Te cuida, Rachid
Tem partido de olho num dos órgãos mais importantes da União. A minirreforma ministerial de Michel Temer pode tirar da Receita Federal o chefe Jorge Rachid.

Poder
Líder do Governo na Câmara, o deputado André Moura (PSC-SE) emplacou o novo presidente do INSS, Francisco soares Lopes. O órgão é da cota do partido.

Pista livre
Jair Bolsonaro só topou assinar compromisso de filiação ao Patriota (hoje ainda PEN) após o partido trocar as executivas no Paraná e Minas. Bolsonaro nomeará gente dele.

Na mira
O Ministério Público Federal recomendou à cúpula da Polícia Rodoviária Federal que rejeite a nomeação do policial Anderson Ralph de Morais para a função de assessor parlamentar do Diretor Geral do órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Ralph foi denunciado por peculato e responde a processo disciplinar e ação de improbidade.

Na fila
O MP vasculhou o processo administrativo instaurado pela PRF e descobriu que Anderson está em 1º lugar no processo seletivo para o cargo de assessor parlamentar da instituição. A PRF tem o prazo de 10 dias para cumprir a recomendação do MP.

Fogo cruzado
Tucanos e petistas se digladiam na CPMI da JBS após a passagem silenciosa de Joesley Batista pela comissão. O deputado Wadih Damous (PT-RJ) afirma que “já se reuniu acervo necessário para o relatório final”. Mas João Gualberto (PSDB- BA) defende a convocação do ex-presidente Lula porque “Essa CPMI até o momento pouco apurou”.

Precedente
A CPMI da JBS enviou ao MPF os quatro requerimentos de convite ao ex-PGR Rodrigo Janot para depoimento na próxima quarta. Janot irá declinar dos convites e a cúpula da comissão avalia que não vale a pena insistir em convocá-lo, já que o STF derrubou a convocação do ex-braço direito do ex-PGR, Eduardo Pelella.

Conexão PI-DF
Três piauienses são pré-candidatos ao Governo do DF. Ibaneis Rocha, ex-presidente da seccional da OAB, pelo PMDB; Jofran Frejat, pelo PR; e Alírio Neto, pelo PTB.

Pelos criminalistas
O advogado Antonio de Almeida Castro, o Kakay, foi homenageado pela OAB em SP. Segundo ele, “Neste momento punitivo e monotemático, onde só a acusação tem vez”.

Plim-plim
Dirigentes da TV Globo serão convidados para dar explicações à Comissão de Ciência, Tecnologia e Comunicação do Senado sobre as denúncias de que pagaram propina a dirigentes da FIFA para a emissora ter exclusividade na transmissão de jogos. Requerimento foi aprovado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Rio abaixo
A cidade do Rio perdeu R$ 20 milhões em roubo de mercadorias em 2016. E a coisa só piora. O mundo está de olho na cidade – e como melhorar o momento ruim, em especial contra o crime. Convidados dos Consulados dos EUA e das Câmaras de Comércio Alemã, Japonesa e Norueguesa participam amanhã no Seminário Segurança Pública.

Acorda, Rio
O roubo de cargas será um dos temas: só para o Estado do Rio de Janeiro as perdas em 2016 foram superiores a R$ 600 milhões, segundo a Firjan. O evento será na sede da Procuradoria Geral do Estado e terá presença do secretário de Segurança, Roberto Sá. Será realizado pela Câmara de Comércio Americana e com apoio da Souza Cruz.

Ponto Final
Evo Morales muda a Constituição para disputar o quarto mandato na Bolívia. Mas antes vem cumprimentar Michel Temer em breve. E aí, Temer o adverte ou o parabeniza?

BRASILEIROS SE MUDANDO PARA PORTUGAL DESILUDIDOS COM O BRASIL



O visgo que há em Portugal

Manoel Hygino 







Brasileiros, descendentes ou não de lusitanos, estão fazendo a viagem de volta de Pedro Álvares Cabral – uso o nome completo do nauta para evitar confusão. Portugal cresce como destino de nossos turistas. Há os que vão pela primeira vez e se encantam, até porque encontram pessoas que, na Europa, usam língua semelhante à nossa. Não digo que seja rigorosamente igual.
Desiludidos do Brasil atual, acabrunhados por perceberem que a corrupção e os escândalos decorrentes continuam sem previsão de término, há os que arrumam a mala e fazem o retorno pelo Atlântico.
Lembro, por exemplo, o escritor Ronaldo Cagiano (ele é de Cataguases) e a esposa, Eltane, de mesmo ofício, que deixaram a gloriosa São Paulo depois de anos e se instalaram na santa terrinha. Desenganaram-se aqui de vez, após um sequestro de que foram vítimas na maior cidade do país. Escolheram um pedaço de mundo em que estão agora em paz, porque mais bem protegidos da ação permanente dos marginais.
Poderia citar outros casos e personagens. Por agora, lembro Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza, professor universitário de teoria do estado e de direito constitucional, jornalista, editor-adjunto da Del Rey, membro do Instituto dos Advogados de Minas Gerais e do Instituto Histórico e Geográfico, e com outros títulos que ocupariam toda esta coluna. Entre eles, membro das academias Mineira de Letras e Mineira de Letras Jurídicas.
Ele não se transfere para Portugal, terra do avô, que era Manoel – Bento Malheiros, natural de Ponte de Lima, na região do Minho. O ascendente veio para o Brasil no século XIX, estabeleceu-se em Ouro Preto, casou-se com a professora Francisca de Paula Penido Malheiros. Ali, integrou a Mesa Administrativa da Santa Casa e da Associação Comercial.
Visitou Portugal, pela primeira vez, em 1975, e desde então a pátria avoenga se inscreveu no roteiro de suas viagens. Fez cursos na Universidade de Évora, no Alentejo, na Universidade de Lisboa, de Formação de Magistrados no Centro de Estados Judiciários de Portugal, trazendo novos conhecimentos para a Escola Judicial do TJMG. Deu-se tão bem que decidiu residir em Lisboa e lá permaneceu um ano com a família, cuja esposa, Janice, fez história da arte na Fundação Gulbenkian, enquanto os filhos frequentavam escolas públicas de Lisboa. Nada mau.
Sua ligação com Portugal se estreitou. Já Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique, do Grêmio Literário de Lisboa, fundado pela rainha Dona Maria II, fez-se membro do Centro da Comunidade Luso-Brasileira, cá de Beagá. Não vou estender-me, pela razão enunciada: o espaço reduzido.
Com saudações luso-brasileiras, alegria e honra, Ricardo A. Malheiros Fiuza comunica que, desde 3 de novembro, é cidadão português de origem (jus sanguíneo), sem deixar, é claro, de ser brasileiro com esperança...”.
Português também, mas sem abandonar o Brasil, Minas, nossa cidade, Belo Horizonte, em segundo plano. É bom evocar Rosa: “Minas – atente, olha, se lembra, sente, pensa. Minas – a gente não sabe. Sei um pouco, seu facies, a natureza física – muros montes e ultramontes, vales escorregadios, os andantes belos rios, as linhas de cumeeiras, a aeroplanície ou cimos profundamente altos, azuis, que já estão nos sonhos – a teoria dessa paisagem... Saberei que é muito Brasil, em ponto de dentro, Brasil conteúdo, a razão do assunto”.