segunda-feira, 30 de outubro de 2017

BELO HORIZONTE ESTÁ INFESTADA DE LADRÕES DE CELULAR



Ladrões de celular atacam em seis de cada 10 ruas de Belo Horizonte

Raul Mariano









O estudante Lucas Gomes teve o celular levado por um assaltante na rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova; o prejuízo foi de R$ 1.700

Mais da metade das ruas de Belo Horizonte registraram pelo menos um roubo de celular nos últimos três anos. São cerca de 6.700 vias marcadas pela ação de criminosos que, segundo especialistas, elegeram o aparelho como alvo predileto. Apenas de janeiro a setembro de 2017, a capital contabilizou mais de 23 mil ocorrências dessa natureza conforme dados da Polícia Militar.
No ranking de logradouros com maior foco do problema, a avenida Cristiano Machado lidera com 589 roubos de celular registrados no período.
Em seguida, está a rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, com 398 ocorrências registradas nesses meses. Um crescimento de quase 40% em relação à mesma época de 2016.
Quem transita por lá afirma que os ataques a pedestres já se tornaram algo comum. É o caso do estudante de publicidade Lucas Gomes, que foi alvo de bandidos armados no local em plena luz do dia.
Ele percebeu que estava sendo seguido e atravessou a rua na tentativa de escapar, mas, ao chegar do outro lado, foi abordado pelo criminoso. “Eram 13h. Ele mostrou o revólver, pediu que eu desbloqueasse o celular e tirasse meu chip antes de entregar para ele. Meu aparelho custava R$ 1.700 e só tinha quatro meses de uso”, lamenta.
A pouco menos de 300 metros dali, já na avenida Vilarinho, Anísio da Silva, funcionário da padaria Renault, foi vítima de outro assalto enquanto esperava o ônibus no fim do expediente. “O ladrão chegou a pé, com um capacete na mão, e levou meu telefone. Depois disso, aconteceu de novo com várias pessoas no mesmo ponto”, relata.
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A menos de dois quilômetros do local, na Cristiano Machado, em frente ao Shopping Estação, o problema se repete. Usuários do transporte coletivo alegam que os roubos são diários e sempre nos horários de saída das faculdades que estão instaladas nas proximidades.
Funcionária de uma loja de celulares do mall e usuária do transporte público, Ingrid Rosenberg explica que o problema tem sido percebido na procura de clientes que querem fazer seguro do aparelho.
“Percebemos que tem muita gente acionando o seguro. Aqui nos arredores do shopping acontecem roubos todos os dias. É algo constante”, afirma.

Prejuízo
Quem não tem seguro e vira alvo dos assaltantes é obrigado a assumir o prejuízo. No caso de João Victor Belchior, estudante de Ciências Contábeis, o rombo foi de aproximadamente R$ 800.
“O indivíduo chegou armado e, além do meu celular, levou as bolsas de várias mulheres que esperavam pelo ônibus”, relembra.



O PARTIDO "PT" RECEBE MENSALMENTE 8,2 MILHÕES DO GOVERNO



Marina se isola e Rede vive nova crise interna

estadão Conteúdo








A dificuldade em dialogar com outras legendas é outro ponto de divergência interna na Rede


Enquanto as principais forças políticas do País já se movimentam objetivamente para a disputa presidencial de 2018, a Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra Marina Silva, terceira colocada na eleição de 2014, enfrenta dificuldades financeiras, uma crise ideológica e se vê diante da ameaça de debandada de filiados. 

Esse é o quadro apresentado ao jornal O Estado de S. Paulo por militantes, assessores e dirigentes do partido, que falaram em caráter reservado. Após ter o registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral em setembro de 2015, a Rede ainda tem estrutura de partido "nanico", o que ficou evidenciado também no fraco desempenho de seus candidatos nas eleições municipais do ano passado.

Com somente quatro deputados federais (todos eleitos por outros partidos em 2014), a legenda recebe por mês cerca de R$ 280 mil do Fundo Partidário. É pouco dinheiro para custear uma estrutura nacional. Para efeito comparativo, o PT, por exemplo, com 58 deputados, recebe R$ 8,2 milhões mensais.

O partido está hoje sem estrutura de comunicação, uma vez que rompeu os contratos com seus prestadores de serviço. Entre auxiliares há relatos de atrasos salariais.

A dificuldade em dialogar com outras legendas é outro ponto de divergência interna na Rede. O grupo de Marina reluta em formar alianças com outras siglas para ampliar o tempo de exposição na TV em 2018.

Sozinha, a Rede terá direito no ano que vem a cerca de 15 segundos em cada bloco do horário eleitoral gratuito para presidente, se forem consideradas as regras previstas na legislação eleitoral. Setores do partido defendem a união com as legendas com as quais a candidatura de Marina esteve unida em 2014: PPS, PHS, PSL e PRP. Naquela eleição, sem conseguir o registro da Rede, a ex-ministra concorreu na chapa do PSB, primeiro como vice de Eduardo Campos e, após a morte do ex-governador de Pernambuco, como presidenciável.

Outra ala, porém, advoga a tese que o partido deve buscar aliança com legendas maiores, como o DEM. Um terceiro grupo prega que a Rede enfrente sozinha as urnas.

Isolamento

Um dos principais motivos de queixa de integrantes da Rede em relação à Marina é o isolamento da ex-ministra. De acordo com militantes ouvidos pelo Estado, o círculo próximo de Marina é composto pelos coordenadores executivos do partido, Bazileu Margarido e Carlos Painel, o coordenador de organização, Pedro Ivo, e a ex-senadora Heloisa Helena.

Segundo integrantes da Rede ouvidos pela reportagem, Marina concentra sua interlocução com este chamado "núcleo duro" e se distanciou dos parlamentares da sigla, que formaram um outro polo de poder na legenda.

Enquanto o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ganharam protagonismo nas votações das denúncias contra o presidente Michel Temer e sobre o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Marina se calou.

Mais recentemente integrantes do núcleo duro da legenda passaram a apostar nas chamadas "candidaturas cívicas" para 2018. A Rede, ao lado do PSOL, é o partido que mais tem dialogado com movimentos organizados que buscam legendas para lançar candidatos no ano que vem.

Por outro lado, grupos que têm questionado a liderança de Marina admitem reservadamente que poderão deixar a Rede e concorrer por outra legenda em 2018. Não será a primeira vez. Por causa do apoio de Marina a Aécio Neves no segundo turno da eleição de 2014, houve uma debandada de dirigentes e militantes antes mesmo de o partido obter o registro na Justiça Eleitoral. No ano passado, após o fraco desempenho em sua primeira disputa eleitoral - elegeu apenas seis prefeitos -, a Rede sofreu novo revés e um grupo de intelectuais e fundadores deixou o partido com críticas a Marina.

Atualmente, segundo integrantes da Rede, Molon é um dos que tem manifestado desconforto com a postura de Marina e de seu grupo mais próximo. O deputado passou a ser apontado como um dos nomes da possível debandada. Por meio de sua assessoria, ele negou que esteja de saída do partido. Conforme militantes, o hermetismo da Rede também dificulta o crescimento orgânico do partido, que hoje conta com 18.686 filiados.

Procurada, Marina informou que não iria dar entrevista. (Colaboraram Daniel Bramatti e Marianna Holanda)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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sábado, 28 de outubro de 2017

TURISTA PODE PEGAR FEBRE MACULOSA NA PAMPULHA - BH



Medo da Pampulha: confirmação de morte por febre maculosa assusta frequentadores de cartão-postal

Ana Júlia Goulart








Os turistas Valéria Gonçalves e Pedro Maia decidiram evitar o Parque Ecológico, onde houve o contágio de uma das vítimas por febre maculosa

Subiu para cinco o número de óbitos causados por febre maculosa em Minas neste ano. Um morador de Florestal, na Grande BH, morreu em Contagem após procurar atendimento na cidade vizinha. O homem tinha contato com animais na zona rural e não esteve na Pampulha, na capital. No entanto, com mais essa confirmação – a segunda em apenas uma semana – o medo da doença transmitida pelo carrapato-estrela volta à tona.
A preocupação é maior justamente na orla da Lagoa da Pampulha. Alguns turistas estão apreensivos e comerciantes temem pela fuga de visitantes, sobretudo no Parque Ecológico, onde houve o contágio da primeira vítima, que também era de Contagem. Na tentativa de evitar novos casos, a prefeitura de BH apresentou nessa sexta-feira o plano de manejo dos roedores, que deve durar pelo menos um ano.
Novo roteiro
Moradores de Almenara, no Jequitinhonha, Valéria Gonçalves Marcelina, de 28 anos, e Pedro Maia de Souza, de 34, estavam no cartão-postal da cidade quando souberam dos casos. A notícia impactou no roteiro dos turistas, que pretendiam ir até o parque. “Como é uma doença grave, devemos evitar. Fica difícil não temer”, disse Maia.
No Parque Ecológico a situação é ainda pior. No ano passado, um menino de 10 anos também morreu por febre maculosa após ter tido contato com a área verde. A criança participou de uma atividade recreativa em 20 de agosto e, seis dias depois, começou a apresentar os sintomas.
Quem trabalha no espaço conta que o movimento caiu 50%. “Nesse primeiro fim de semana é que vamos perceber, de fato, o impacto. Mas, no ano passado, os visitantes sumiram”, conta uma ambulante que trabalha por lá.




Comerciantes acreditam que irá cair o número de visitantes no cartão-postal; Parque Ecológico foi um dos locais mais afetados no ano passado, na época da morte de criança

Plano contra a doença
Segundo a prefeitura, o plano de manejo já começou. Dentre as ações, o atendimento e o diagnóstico da febre, a conscientização das pessoas e a castração dos roedores. Médicos e profissionais que atuam em unidades de saúde passaram por capacitações. Eles estão habilitados a identificar os casos e tratar imediatamente os doentes. A conscientização da população será feita com folders e placas em locais de risco.
Já o início dos trabalhos com os bichos deve começar só na segunda-feira. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente aguarda um retorno do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Técnicos da empresa contratada vão capturar as capivaras e castrá-las, antes do retorno ao habitat. Os animais serão identificados e monitorados. A reportagem tentou, por várias vezes, contato com o Ibama. No entanto, até o fechamento desta edição, ninguém atendeu às ligações nem retornou e-mail enviado.

URUTAU - É UMA AVE RARA



Ave rara com hábito misterioso é encontrada no Parque Estadual Serra Verde

Da Redação*









O urutau em tupi-guarani significa ave-fantasma e é considerado um animal misterioso



Um pássaro raro e misterioso, que tem hábitos noturnos e raramente é visto em grandes centros urbanos, fez do Parque Estadual Serra Verde, na região Norte de Belo Horizonte, sua morada. Trata-se de um urutau, conhecido também como mãe-da-lua.
A ave tem como principal característica permanecer imóvel para se camuflar. Ela foi encontrada por uma equipe de brigadistas que, durante as rondas de prevenção a incêndios florestais, avistou o pássaro em uma área remota da unidade de conservação.
Segundo o geógrafo e monitor ambiental do parque, Miguel Filho, durante a ronda, um dos brigadistas o chamou para identificar uma ave diferente. “Ao chegar ao local, identifiquei que era um urutau. O curioso é que já fizemos várias trilhas à noite na unidade de conservação e nunca tínhamos avistado a espécie. Fomos encontrá-la justamente durante o dia, o que é muito raro”, conta.
“Por ter sido avistada justamente de dia e pousada em uma árvore, acreditamos que a ave fixou moradia no parque. Isso demonstra a importância de se ter refúgios verdes em áreas urbanas”, acrescenta.
A espécie
O urutau possuiu uma característica única em aves, chamada de “olho mágico”. São duas fendas na pálpebra superior, que permitem que o animal fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olho fechado.
Ela também utiliza muito bem sua plumagem para se camuflar. Normalmente, a ave se passa por um pedaço de madeira, um galho de árvore ou mesmo troncos partidos. Ainda é característico que o pássaro fique estático, não se assustando facilmente.
As aves dessa espécie medem aproximadamente 35 cm e pesam em torno de 16 gramas. Alimentam-se de insetos noturno, como grandes mariposas, cupins e besouro, que o urutau apanha em pleno voo. Além disso, são pássaros que têm o hábito de cantar à noite. Seu canto, inclusive, que muitos consideram triste, alimenta várias lendas.
O urutau em tupi-guarani significa ave-fantasma e é considerado um animal misterioso. A espécie está muito arraigada à mitologia dos povos indígenas da Amazônia. O seu habitat natural inclui a maioria dos países amazônicos como Bolívia, Peru, Brasil, Equador, Colômbia, Venezuela, Suriname e Guiana Francesa.
Os urutaus levam uma vida solitária, já que quase nunca são vistos em casal, a não ser quando se acasalam ou estão cuidando de sua cria, que abandonam depois de três semanas de nascimento. A ave põe somente um ovo, em cavidades de tocos ou galhos, a poucos metros acima do solo. Este é incubado por cerca de três dias e o filhote permanece no ninho em torno de sete semanas, informa a Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
*Com Agência Minas

GOVERNO DEMITE O PRESIDENTE DA PETROBRAS JEAN PAUL PRATES

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