quinta-feira, 28 de setembro de 2017

TEMER E A DENÚNCIA CONTRA ELE E DOIS MINISTROS



Defesa de Temer deve ser apresentada na próxima semana










A conversa teve como objetivo discutir a estratégia da defesa que vai rebater

O presidente Michel Temer recebeu nesta terça-feira, 26, no Planalto o advogado Eduardo Carnelós, que o defenderá na denúncia que tramita na Câmara. Carnelós foi levado pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que terá, segundo auxiliares, papel de aconselhamento informal como advogado no processo.

A conversa teve como objetivo discutir a estratégia da defesa que vai rebater, ponto a ponto, as acusações da segunda denuncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A ideia é que a peça seja apresentada na semana que vem. O vaivém no Planalto continua no mesmo ritmo da primeira denúncia, com Temer abrindo a agenda a parlamentares conforme solicitações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AMOR VERDADEIRO É SÓ O DE MÃE



Laços de família significam laços de amor?

Simone Demolinari 


Família é um ambiente propício para vivenciar emoções. É entre familiares que degustamos as mais diversas experiências, desde as afáveis como amor e ternura, até aquelas que tentamos evitar, como inveja e ódio.
Essa pluralidade de sentimentos ocorre porque os vínculos biológicos não garantem laços de afinidade.
Nos sentimos afins quando nosso jeito de ser e modo de pensar encontram seus semelhantes. Desta forma, torna-se perfeitamente possível existir uma afinidade maior entre pessoas amigas, do que entre familiares. Alias, podemos ter, dentro da nossa casa, modelo de conduta completamente diferente da nossa, fazendo com que sintamos intensa repulsa.
Quando essa diferença é grande, não há como negar que a admiração - sentimento primário do amor - fique comprometida. E aí nos deparamos com uma realidade cruel: a fraqueza dos laços sentimentais em relação aos nossos familiares.
Essa, é uma constatação muito penosa, sobretudo pelo fato dela vir acompanhada de um forte sentimento de culpa. Mas, é preciso entender melhor essa questão.
O amor é um sentimento retroalimentado, ou seja: minha capacidade de amar aumenta à medida que me sinto amado. Porém, quando não há essa via de mão dupla os laços afetivos se enfraquecem.
Mas, por que alguém pode não se sentir amado pelos seus familiares?
Explico melhor. Percebemos o amor através de dois componentes fundamentais: um objetivo e o outro subjetivo. O primeiro tem a ver com a parte prática da vida: cuidados básicos, apoio financeiro, assistência, etc. Já o segundo componente é percebido de forma particular através do  acolhimento que recebemos - me sinto acolhido quando o outro me compreende através da minha ótica e consegue me proporcionar sensação de aconchego.
Para nos sentirmos completamente amados é preciso a existência desses dois componentes. Apenas um não basta. Na infância não temos a consciência disso, afinal de contas, enquanto crianças, recebemos o que precisamos. Com o passar do tempo, nossas necessidades deixam de ser apenas as de natureza básica. Queremos mais. Queremos ser ouvidos, acolhidos, apoiados, reconhecidos.
Mas, nem sempre encontramos esse amparo na família.
Muitas vezes temos pais, mãe ou irmãos biológicos, mas não necessariamente emocionais. Essa lacuna deixa a sensação de amor a meio mastro, causando decepção tristeza e até afastamento.
Quando isso ocorre, não adianta dizer “eu te amo” ou enviar mensagens de natureza amorosa sem que elas venham acompanhadas de atitudes compatíveis. Isso só faz parecer demagogia.
Aos que pretendem cultivar a união em família é necessário ter em mente que apenas o elo original não é suficiente, é preciso amor (em sua completude) para que haja uma troca emocional equilibrada, justa e verdadeira.

CEMIG PERDE QUATRO USINAS HIDRELÉTRICAS EM LEILÃO



Cemig perde quatro usinas em leilão e conta de luz deve subir

Tatiana Moraes










Representantes do grupo italiano Enel, que arrematou a usina de Volta Grande, comemoram vitória

Fim de jogo. Depois de cinco anos de batalhas judiciais entre a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a União, a estatal perdeu quatro das hidrelétricas que ela construiu e operou por décadas. Juntas, Jaguara, Miranda, Volta Grande e São Simão, a maior da estatal, respondiam por 50% da garantia física do grupo mineiro. Ou seja, por metade da energia efetivamente gerada por ela. Agora, essas usinas passam às mãos de estrangeiros, que ofereceram R$ 12,1 bilhões pela exploração dos ativos, ágio de 9,73% sobre os R$ 11 bilhões iniciais pleiteados pelo governo. O consumidor vai sentir no bolso o peso do certame. A previsão é a de que a tarifa dos clientes da estatal aumente R$ 0,33 a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos. Apesar de participar do leilão em uma joint venture com a Vale, a Cemig não fez propostas pelos ativos.
O próximo passo é a homologação do resultado, agendada para 7 de novembro. Depois, em 10 de novembro, será a assinatura do contrato. Até o dia 30 de do mesmo mês, os vencedores do leilão devem pagar o governo. Isso se os recursos impetrados pela Cemig não forem acatados. Corre no Supremo Tribunal Federal (STF) uma medida cautelar da estatal mineira para cancelar o certame.
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Vencedores
A usina hidrelétrica São Simão, que integrou o lote A do leilão, será operada pela chinesa State Power Investment (SPIC). O valor oferecido pela companhia foi de R$ 7,18 bilhões, ágio de 6,51%. Volta Grande, que integrou o lote D do leilão, foi arrematada por R$ 1,292 bilhões, ágio de 9,85%, pelos italianos da Enel.
Os franceses da Engie levaram Jaguara e Miranda, lotes B e C, respectivamente. Eles pagaram R$ 2,17 bilhões por Jaguara, ágio de 13,59% sobre o valor pleiteado pelo governo, e R$ 1,36 bilhão por Miranda, que surpreendeu pelo ágio de 22,43%.
Na avaliação do analista de Utilities da Lopes Filho, Alexandre Montes, é possível que a usina possua alguma sinergia com as hidrelétricas ou distribuidoras operadas pela Engie no Brasil, motivo pelo qual o ágio tenha sido alto. Atualmente, a Engie é a maior geradora privada de energia elétrica do país. “Apesar de Miranda ter tido uma boa proposta, o ágio geral do leilão, de 9,73%, foi pequeno. O mercado esperava muito mais”, diz o especialista.
A tímida participação dos chineses, representada apenas pela State Power Investment (SPIC), também chamou a atenção. “O mercado esperava uma adesão maior”, afirma. Embora o clima de velório tenha tomado conta dos apoiadores da Cemig, o analista afirma que a estatal não teria condições de arcar com os R$ 11 bilhões pedidos pelo governo. Afinal, o valor de mercado do grupo é de R$ 10,6 bilhões, inferior ao pleito da União para as quatro usinas. Além disso, a Cemig possui R$ 12,5 bilhões em dívidas e apenas R$ 2 bilhões em caixa.
Os números explicam porque a Cemig não deu lances no leilão, conforme o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro.
De acordo com ele, devido à falta de capital, a participação da companhia foi praticamente decorativa. Ela entrou no certame por meio da Aliança, joint venture que possui em parceria com a Vale. “A Cemig não tem recursos financeiros suficientes para se equilibrar, precisa vender os ativos para isso. Ela não tinha capacidade de disputar o certame”, justifica Castro.
O governador Fernando Pimentel (PT) acusou governos passados pela perda das usinas. “Essa situação poderia ter sido ajustada pelos governos estaduais que nos antecederam, sem custo para a Cemig, com a adesão da Medida Provisória 579. Infelizmente não foi esse o entendimento na época”, afirmou.

Retaliações
O vice-presidente da Câmara dos Deputados e Coordenador da bancada mineira na Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), rechaçou a realização do leilão. Ele não deixou claro se haverá retaliações ao governo Temer, que sofreu nova denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), mas deixou claro que a bancada mineira pode se virar contra o presidente.
“Se o governo não foi leal a Minas, Minas não será leal ao governo”, rechaçou. A Cemig não se pronunciou.

Impacto na tarifa deve ficar em R$ 0,33 para cada 100 KWh
Independente de quem vencesse o leilão, a mensagem era clara: o consumidor precisaria abrir o bolso para arcar com os R$ 12,1 bilhões utilizados pelos estrangeiros para arrematar as usinas. Conforme determinado no edital, o dinheiro voltará aos cofres dos vencedores do certame por meio da conta de luz. O impacto, no entanto, não é tão alto como se esperava, conforme adiantou o Hoje em Dia. Na ponta do lápis, a previsão é a de que haja aumento de 0,68% na tarifa. Isso significa incremento de R$ 0,33 a cada 100 quilowatts-hora (KWh). O levantamento foi realizado pela TR Soluções em energia.
O valor é inferior ao cobrado quando a bandeira amarela, em vigor hoje, é acionada. Nela, o consumidor paga R$ 2 a cada 100 KWh consumidos. A título de comparação, um casal com dois filhos consome, em média, 250 KWh por mês. Neste caso, haveria aumento de R$ 0,82 na conta deles em decorrência do leilão. Devido à bandeira amarela, este mesmo casal paga R$ 5 a mais.
O sócio-diretor da TR Soluções, Paulo Steele, explicou que o impacto nas usinas de cotas (entre elas Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande) seria de R$ 3,39 por megawatt-hora (MWh), saltando de R$ 494,14 para R$ 497,53, o equivalente a 0,68%. E é este o índice que impactaria as contas de quem é cliente da Cemig.

Social
Pelas redes sociais, o presidente da República, Michel Temer, comemorou o resultado do leilão. “Nós resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil. Leilão das usinas da Cemig rendeu R$12,13 bi, acima da expectativa do mercado”, escreveu Temer.

Petrobras
Também realizada ontem, a 14ª Rodada de Licitações de Áreas de Petróleo e Gás Natural arrecadou para o governo R$ 3,842 bilhões, superando a expectativa de R$ 1 bilhão do Ministério de Minas e Energia (MME) e de R$ 500 milhões da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O último setor ofertado na 14ª Rodada foi o mais disputado e um dos blocos atingiu o valor de R$ 2,24 bilhões, em oferta do consórcio formado pela Petrobras e ExxonMobil.



O CRIADOR DA REVISTRA DE SEXO PLAYBOY MORREU



Morre, aos 91 anos, Hugh Hefner, fundador da revista 'Playboy'

Estadao Conteudo










A revista "Playboy" informou que seu criador e fundador, Hugh Hefner, morreu na noite desta quarta-feira, 27, de causas naturais. O empresário, que revolucionou a cultura e os símbolos sexuais, tinha 91 anos e estava na casa em que vivia, na Playboy Mansion West, em Los Angeles (EUA).
A primeira publicação da revista foi em 1953, quando não havia espaço para falar sobre sexo nos Estados Unidos. Em plena década de 50, Hefner publicou fotos de Marilyn Monroe nua. Apesar de proibidas para adolescentes, as publicações tornaram-se uma espécie de "bíblia" para os homens. O conteúdo trazia fotos e textos picantes - além de entrevistas dinâmicas e profundas com personagens como Fidel Castro, John Lennon, Frank Sinatra, Marlon Brando, o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter.

No Brasil, a Playboy também marcou época, apresentando a nudez de atrizes e personalidades. A publicação esteve sob comando da editora Abril durante 40 anos. Em 2015, após reformulação da editora, a publicação passou para outras mãos - começou a ser feita pela Playboy Brasil (PBB), dirigida por um grupo paranaense sem experiência no ramo editorial.