sexta-feira, 1 de setembro de 2017

MUNDO EMPRESARIAL - EMPRESA BRITÂNICA ESTIMULA A FOLGA DE SEUS EMPREGADOS DE RESSACA



Empresa em Londres oferece folga a funcionários que estiverem de 'ressaca'

AFP








Após uma noite de bebedeira, o funcionário só precisa enviar para o chefe um emoji de cerveja ou de símbolos que remetam à doença ou música

Uma empresa londrina do setor musical oferece aos seus funcionários dias de descanso por "ressaca" para ajudá-los a aproveitar a vida noturna e se recuperar com calma no dia seguinte da festa.
"Nossos empregados não precisarão fingir que pegaram um vírus ou aparentar que estão doentes, e poderão simplesmente dizer ao seu chefe o que têm realmente", afirma a Dice, empresa especializada na venda de entradas para shows musicais por smartphone, com sede no bairro de Shoreditch.
Após uma noite de bebedeira, o funcionário só precisa enviar para o chefe um emoji de cerveja ou de símbolos que remetam à doença ou música, para fazê-lo compreender que não pode contar com ele nesse dia. É permitido folgar até quatro dias por ano por este motivo.
A empresa também quer incitar seus empregados a se beneficiarem plenamente da vida musical londrina para que ampliem seu conhecimento do ofício.
E o simples fato de ter ido dormir muito tarde após um longo show, alcoolizado ou não, é suficiente para obter a benevolência da chefia.
"Toda a nossa equipe leva a música no sangue, e alguns dos seus principais contratos musicais são assinados após um show. Confiamos neles e queremos que todo mundo possa dizer francamente que desfrutou um concerto noturno. Não é necessário fingir uma doença", indicou Phil Hutcheon, fundador e diretor da Dice, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira.



BUROCRACIA BRASILEIRA IMPEDE INVESTIMENTOS NO BRASIL



'Chineses reclamam da burocracia, mas querem investir mais no Brasil', diz Temer

Estadão Conteúdo











A segunda visita de Temer ao país no espaço de um ano evidencia o papel crucial da nação da Ásia na economia brasileira

Futebol, aviões, cinema, vistos, Belo Monte, comércio eletrônico e investimentos em infraestrutura formam o pot-pourri de anúncios que serão feitos nesta sexta-feira, 1.º, em Pequim, pelos presidentes do Brasil, Michel Temer, e da China, Xi Jinping.

Alguns são novidade e outros, repaginação de decisões divulgadas nos últimos meses. Mas a segunda visita de Temer ao país no espaço de um ano evidencia o papel crucial da nação da Ásia na economia brasileira. Como todas as passagens de ocupantes do governo do Brasil pela China, esta deverá contemplar a venda de aviões da Embraer.

A expectativa do lado brasileiro é o anúncio de contrato de 20 unidades com a Fuzhou Airlines, cujo valor de tabela se aproxima de US$ 1,5 bilhão. Também repetindo o padrão de outras viagens, deverá haver o anúncio de que a China dará autorização para a Embraer finalizar vendas divulgadas em outras visitas presidenciais, mas não concretizadas.

O presidente brasileiro será recebido por Xi numa visita de Estado, a mais elevada e elaborada na lista das interações diplomáticas entre líderes de diferentes países. Além do presidente da China, Temer também se reunirá com o primeiro-ministro Li Keqiang. Todos os eventos ocorrerão no Grande Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial, sede dos congressos do Partido Comunista da China (PCC) que definem a composição da liderança do país a cada cinco anos. O próximo ocorrerá em outubro.

Os primeiros compromissos do brasileiro depois da chegada à capital chinesa, nesta quinta-feira, 31, foram reuniões sucessivas com representantes de quatro grandes empresas chinesas com negócios no Brasil: State Grid, Huawei, Three Gorges Corporation e HNA.

De acordo com Temer, as companhias reclamaram da lentidão burocrática, mas manifestaram a intenção de ampliar os investimentos no País. Compradora da fatia da Odebrecht no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RioGaleão), a HNA afirmou que pretende transformar o local num hub de ligação entre a América Latina e a Ásia, segundo relato de uma fonte que acompanhou o encontro.

Neste sábado, 2, o presidente brasileiro voltará a falar ao setor privado, num seminário empresarial que reunirá 300 participantes e no qual serão anunciados acordos entre empresas dos dois países. A administração brasileira se valerá da reunião de Temer com Xi para destacar a concessão de licença ambiental que permitirá o início das obras da linha de transmissão que a chinesa State Grid construirá entre a Usina Belo Monte, no Pará, e a Região Sudeste.

Com 2.518 quilômetros de extensão, será a maior do País. A empresa havia obtido a licença prévia em fevereiro, que permitia a realização de estudos de viabilidade, mas não o início da construção. A nova licença foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia 18 e divulgada num curto comunicado.

Com capital de sobra, as empresas chinesas têm demonstrado interesse crescente por projetos de infraestrutura no Brasil, principalmente nas áreas de energia, transportes e telecomunicações. Conforme assessores do chefe do Executivo brasileiro, ele pretende realçar que o Brasil é um "porto seguro" para investimentos de longo prazo, depois da reformulação de agências e marcos regulatórios, entre os quais o de petróleo e gás. Também, na análise do Poder Executivo brasileiro, abordará as reformas que reduziram custos e melhoraram o ambiente de negócios no País, como a trabalhista.

O Brasil deverá ainda se apresentar como um fornecedor seguro de produtos que alimentam o crescimento chinês e a população de 1,4 bilhão de habitantes. De janeiro a julho, as exportações brasileiras ao país asiático cresceram 33%, para US$ 30,8 bilhões. Num sinal da debilidade da economia nacional, as importações tiveram expansão bem inferior, de 12%, e somaram US$ 14,5 bilhões.

O resultado gerou um saldo favorável ao Brasil de US$ 16,3 bilhões. Apesar de sucessivos governos defenderem a necessidade de diversificação da pauta de exportações à China, pois continua concentrada em poucas commodities: soja, minério de ferro e petróleo representam 80% dos embarques.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 01/09/2017



Caciques x fiscais

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini









Uma batalha inflama o Ibama e pode colocar na guilhotina a cabeça da presidente do órgão, Suely Araújo. O superintendente do Ibama no Amapá, Leonardo Melo, avisou a caciques em Brasília que uma subordinada o atropelou e, com aval da presidência, convocou equipe da capital federal para operação que fechou uma dezena de madeireiras no Estado, sem ciência da superintendência local. Os madeireiros protestam. Segundo eles, atuam dentro da lei. Uniram-se a prefeitos e visitaram o ministro do Meio Ambiente, Zequinha Sarney. Ontem também pressionaram o ministro da Justiça. O Ibama nega qualquer intervenção na superintendência do Amapá.
No escuro
A operação foi em julho e o superintendente diz que ficou no escuro: “Comuniquei a Brasília o que houve; só fiquei sabendo dias depois que a equipe já havia retornado”.
Ele voltou
O caso chegou ao ex-senador José Sarney, pai de Zequinha, que já acionou o presidente Michel Temer para apagar o incêndio. Sarney ficou irritado com a operação.
Bunker
Os prefeitos e madeireiros visitaram Sarney em seu escritório no último dia 24, e o ex-senador pelo Amapá telefonou para o filho ministro para que os recebesse de imediato.
Promessa...
A direção da Federação dos Bancos prometeu, em reunião com os representantes do Conselho Federal de Administração, diminuir o custo médio da emissão dos boletos bancários. Hoje esse valor circula na marca dos R$ 20.
...é dívida
Caso isso não aconteça, segundo levantamento do CFA, em um ano os bancos lucrarão até R$ 72 bilhões com a emissão de 3,6 bilhões de boletos registrados e as empresas terão prejuízo estimado em R$ 36 bilhões pela emissão de boletos não pagos. Ontem a Coluna revelou que o calote está em alta no país, dos pequenos aos grandes empresários.
Delegatas
Algo curioso sobre o filme ‘Polícia Federal – A Lei é para todos’, sobre a Lava Jato, que estreia dia 6. A atriz Flávia Alessandra, que interpreta a delegada Erika Marena, foi monitorada por delegados de Brasília, e pouco falou com Marena nas visitas a Curitiba.
É guerra
Dirigentes sindicais saíram indignados da reunião com o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério do Planejamento, Augusto Akira Chiba. Porta-voz do Governo Temer, Chiba confirmou o adiamento dos reajustes salariais outrora prometidos.
Nas ruas
Os agentes da Polícia Federal preparam estado de greve por causa do ‘calote’ do Governo sobre o reajuste salarial. E prometem ir às ruas.
Medo da Onça
Há uma semana os portões da sede da ANTT – numa área afastada no setor de clubes Sul – são fechados assim que o sol se põe. O aparecimento de uma onça parda rondando a região deu medo na turma. Apostam ser a mesma vista nos arredores do Congresso.
Os sem-chofer
Por falar na ANTT, a turma da direção vai sentir falta dos carros com motoristas. O presidente Temer anunciou corte de 950 dos mil veículos oficiais de autoridades da administração federal. Na cúpula da agência, só uma diretora dirige o próprio carro.
Novo político
O mercado está mesmo apostando em uma surpresa para 2018. Professor da FGV e conhecido de investidores, Luiz Cabrera diz que o futuro presidente do Brasil “deve vir da iniciativa privada”, diante de “uma crise evidente de lideranças políticas”. Cravou no G100 Brasil – Núcleo de Estudos do Desenvolvimento Empresarial e Econômico.
Toga quente
Há um climão nos corredores do Supremo Tribunal Federal. A Corte está rachada entre os que indicam para Cármen Lúcia julgar logo a suspeição do ministro Gilmar, e os que querem que engavete o pedido do PGR Rodrigo Janot.
Ponto Final
“Moreira Franco honra o apelido de Angorá dado por Brizola. Ele sempre dá um jeitinho de passar de um colo para o outro; muda governo, e ele está lá”.
Do deputado Ivan Valente (Psol-SP)


URUCUM - ALÉM DE SERVIR DE TINGIMENTO E TEMPERO SERVE TAMBÉM COMO MEDICAMENTO



De Viçosa para o mundo: extrato de urucum para tratar lesões na pele será exportado para a Austrália

Tatiana Lagôa








O uso do urucum para tratar feridas na pele foi descoberto por acaso por Aloísio Reis, em 1999; tecnologia virou linha de cremes dermatológicos

O extrato de urucum desenvolvido por pesquisadores de Viçosa, na Zona da Mata, será levado para outros países. Inédita no mundo, a tecnologia já deu origem, no Brasil, a uma linha de cremes dermatológicos que trata ferimentos na pele e irritações causadas por doenças como psoríase, dermatites e eczemas. A previsão é a de que ela comece a ser exportada para a Austrália até outubro.
Os detalhes do contrato com o parceiro estrangeiro estão sendo finalizados pela Profitus, startup responsável pela produção das loções dermatológicas, sediada no Parque Tecnológico da Universidade Federal de Viçosa (UFV). A expectativa é para a ampliação das opções de compostos à base de urucum e a conquista de novos mercados ao redor do mundo.
Ampliação
Sócio fundador da startup, Aloísio Reis acredita que a união deverá derrubar uma das barreiras para a ampliação dos tipos de pomadas com base no extrato da semente: recursos financeiros. “O custo dos testes e registros de novos produtos é muito alto. Com a crise, os investidores se afastaram”, afirma.
A ideia é que a empresa australiana, que não teve o nome divulgado por conta de cláusula de confidencialidade, passe a usar a tecnologia de extração do urucum para produção de novos compostos. Em seguida, as pomadas serão registradas e vendidas também no Brasil.<EM><QA0>
Por acaso
A tecnologia começou a ser pesquisada em 1999. Na época, Aloísio Reis notou a capacidade cicatrizante do urucum por acaso, ao manusear a semente com as mãos feridas. Ele, então, levou a informação para Paulo Stringheta, pesquisador e professor da UFV, para que, juntos, analisassem o fruto. Em 2006, após a descoberta da tecnologia de retirada do extrato, os dois criaram a empresa dedicada à fabricação de cremes dermatológicos.
“O caminho mais curto para se chegar a uma descoberta é assimilar o conhecimento popular. O urucum é usado por comunidades em todo o mundo e já teve o caráter medicinal reconhecido. Mas nós é que conseguimos desenvolver a forma de extrair os ativos in natura para criação de compostos com eficácia para tratamentos da pele”, afirma Paulo Stringheta.
Por ser uma novidade em todo o mundo, os pesquisadores mineiros patentearam a metodologia de obtenção do extrato de urucum no Brasil e em outros 142 países.
Internacionalização
A parceria com a empresa australiana é o primeiro passo para a internacionalização do produto. Mas já existem conversas com grupos empresariais africanos, alemães e portugueses, segundo Aloísio Reis. Enquanto buscam apoio, os pesquisadores tentam também ampliar as vendas no Brasil. “Estamos divulgando a marca e buscando chegar a outros estados”. Atualmente, são vendidas de 5 mil a 6 mil unidades mensais dos cremes.
O que os pesquisadores afirmam na teoria, o médico generalista Carlos Henrique Pereira Fialho confirma na prática. Recentemente, o especialista acompanhou a evolução de um paciente diabético com feridas mal cicatrizadas. “Ele já tinha usado outros medicamentos, mas sem resultados. Quando trocamos para a pomada de urucum, tivemos resultado positivo”.
A pesquisa continua. Dois cremes já foram desenvolvidos e testados pela empresa. Agora, estão em fase de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Um deles terá a finalidade de recuperar peles ressecadas pela incidência solar, além da capacidade de rejuvenescimento. O outro é um antiacne. Ambos devem estar no mercado até novembro.
Veja no site profitus.com.br onde encontrar os produtos à base de urucum.