sexta-feira, 28 de julho de 2017

PRISÃO DE EX-PRESIDENTE DA PETROBRAS PODE ESCLARECER MUINTA COISA



Prisão joga 'luz sobre o mundo de sombras que encobre sua atividade', diz Moro

Estadão Conteúdo









Moro considera "imprescindível" a prisão de Bendine e dos outros dois investigados

O juiz federal Sérgio Moro avalia que a prisão de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras e alvo maior da fase Cobra da Operação "Lava Jato", pode "jogar melhor luz sobre o mundo de sombras que encobre sua atividade".

Moro decretou a prisão temporária de Bendine pelo prazo de cinco dias - medida que pode ser prorrogada ou até convertida em regime de prisão preventiva, quando não tem prazo para terminar.

Bendine está sob suspeita de recebimento de R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht. Na planilha de pagamentos ilícitos da empreiteira Bendine era identificado pela alcunha de "Cobra", nome dado à 42.ª etapa da "Lava Jato" deflagrada nesta quinta-feira, 27. Bendine foi preso pela Polícia Federal em Sorocaba, interior de São Paulo.

A "Lava Jato" descobriu que Bendine estava com viagem marcada para Lisboa nesta sexta (28), só com passagem de ida. O executivo também tem cidadania italiana.

O Ministério Público Federal havia requerido a prisão preventiva de Bendine. Moro optou pela temporária.

"Mesmo no curto prazo da temporária, será difícil o exame completo do material pela Polícia Federal, mas é possível que verificações sumárias, aliadas aos depoimentos dos investigados joguem melhor luz sobre o mundo de sombras que encobre a sua atividade", assinalou o juiz.

Moro assinalou que o ex-presidente da Petrobras tem dupla cidadania, brasileira e italiana. "Caso se refugie no exterior, haverá dificuldade para eventual extradição", advertiu o magistrado.

A "Lava Jato" descobriu que Bendine "Cobra" usou o nome da ex-presidente Dilma quando extorquiu os R$ 3 milhões da empreiteira. Mas as investigações não apontam nenhum envolvimento da petista na trama do ex-presidente da Petrobras.

No despacho em que ordenou a prisão de Bendine, o juiz da "Lava Jato" destacou que a temporária "ampara-se ainda nos indícios de prática de crimes de corrupção ou extorsão, lavagem, fraudes, além de associação criminosa, esta atualmente exigindo somente o concurso de três pessoas" - além de "Cobra" foram presos os irmãos Antonio Carlos e André Gustavo Vieira, apontados como "profissionais da lavagem de dinheiro" e operadores de Bendine.

"A medida, por evidente, não tem por objetivo forçar confissões", ponderou o juiz, rechaçando seguidas críticas de advogados e políticos, segundo os quais a "Lava Jato" prende para levar os investigados a fazer delação premiada. "Querendo, poderão os investigados permanecer em silêncio durante o período da prisão, sem qualquer prejuízo a sua defesa."

Moro considera "imprescindível" a prisão de Bendine e dos outros dois investigados - André Gustavo Vieira foi capturado no aeroporto de Guararapes, no Recife, embarcando para Portugal, na manhã desta quinta (27).

No decreto de prisão do grupo, o juiz observou que eles estavam apagando rastros dos negócios ilícitos. "No contexto de aparente produção de provas fraudulentas pelos investigados, além da constatação de que eles têm agido com extrema cautela, inclusive utilizando, para comunicação, aplicativos que promovem a destruição automática das mensagens enviadas e recebidas."

Defesa

O advogado Pierpaolo Bottini, que defende Aldemir Bendine, afirmou que desde o início das investigações "Bendine se colocou à disposição para esclarecer os fatos e juntou seus dados fiscais e bancários ao inquérito, demonstrando a licitude de suas atividades". "A cautelar é desnecessária por se tratar de alguém que manifestou sua disposição de depor e colaborar com a justiça", disse Bottini.

TRUMP JÁ TEM VERBA PARA FAZER A MURALHA CONTRA O MÉXICO



EUA aprovam orçamento para defesa que inclui US$ 1,6 bilhão para muro com México

Estadão Conteúdo








O total a ser gasto pelo governo federal americano é de US$ 788 bilhões

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por 235 votos a 192 o orçamento para as áreas de defesa, segurança e energia para o próximo ano fiscal, que tem início em 1º de outubro. O total a ser gasto pelo governo federal americano é de US$ 788 bilhões.

Desse montante, US$ 1,6 bilhão será destinado à construção do muro na fronteira dos Estados Unidos com o México.

A aprovação dá certo fôlego político no Congresso ao governo do presidente Donald Trump e abre a possibilidade de recesso parlamentar em agosto.

Apesar disso, o ponto controverso sobre o muro com o México pode enfrentar uma batalha no Senado nos próximos meses. Isto porque a oposição democrata na câmara alta é maior e mesmo entre os republicanos há quem rejeite a medida.

AMÉRICA DO SUL - VÍTIMA DOS POLÍTICOS E DAS MÁS POLÍTICAS



               A sofrida América do Sul    

Manoel Hygino 








Custa imensamente em suor, lágrimas, e talvez sangue, manter uma nação igualitária, democrática. É assim mesmo. Os jornais têm divulgado com frequência o preço de manutenção dos três poderes, sem que os objetivos do Estado sejam alcançados. Mas, o povão inclusive é lembrado indesviavelmente no momento das eleições e já se pensa em 2018. Como será? Como seria? Como se desejaria que fosse?
Mas, estamos em momento especialmente difícil na América do Sul e, por extensão, à América Central, porque se assiste ao desenrolar perigoso de uma situação que pode resultar em guerra civil na Venezuela. Evidentemente esta não interessa àquele povo vizinho, tampouco às demais nações latino-americanas. Enquanto isso, o jornalista Clovis Rossi, da Folha de S. Paulo, comenta que a “diplomacia brasileira já se prepara para um cenário de guerra”. Não é o que parece.
Diz Rossi: “Toca, ele (Maduro, o presidente) os tambores de guerra”. É profundamente lastimável que não se consiga viver em paz e se evolua para um conflito, que ceifará inúmeras vidas e levará a nação ao Norte a piores dias. Cerca de uma centena de venezuelanos já perderam a vida e milhares se refugiaram do lado de cá da fronteira, na Colômbia e na Guiana, suponho. Já temos problemas demais, e sérios, no Brasil.
O panorama atual é sintomático e altamente preocupante, não apenas para os responsáveis pela gestão dos negócios públicos. O cidadão está incomodado, inquieto. Carlos Alberto Sardenberg, examinando a outra face da moeda, adverte: cada deputado federal custa R$ 6,5 milhões por ano à nação. Um senador, sobe para R$ 33 milhões, e são 81 membros na Câmara Alta do Parlamento.
Para tudo, há solução. A propósito, revista de circulação nacional informa que “as 60 camas, do tipo box, que a Câmara está comprando para a Câmara dos Deputados, custarão R$ 80 mil, 48 no modelo queen size e 12 king size”. Explica-se: “a aquisição é necessária para se assegurar a habitabilidade das residências funcionais dos deputados”.
Ora, o número de camas é muito inferior ao de parlamentares. Só alguns terão o benefício? Há falta de igualdade no fornecimento do móvel a suas excelências? Ou gozam de preferências os laboriosos, os diligentes e os atentos ao seu papel na sociedade?
Indispensável propiciar condições adequadas aos nobres parlamentares. No último dia 25, aliás, o site da mesma revista Época destacou que o Senado “fechou contrato para alugar 85 carros zero-quilômetro” para os senadores, secretário-geral da Mesa, diretor-geral e segurança do presidente Eunício Oliveira.
O contrato durará 30 meses e os custos com manutenção, combustível e seguro dos automóveis se incluem no preço. Dois veículos são especiais, com 250 cavalos de potência, ar-condicionado com duas poltronas, película antivandalismo, central multimídia com tela touch e rádio integrado, leitor de CD, MP3, GPS, DVD, Bluetooth e USB. Há também câmera de ré e comando no volante. O aluguel é de R$ 9.300,00 por mês. Enfim, eles nos representam, devem merecer! Quanto à Venezuela, é outro problema.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 28/07/2017



Bolsonaro & Jefferson

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini 









Insatisfeito no PSC, na porta de saída e em ascensão nas pesquisas para a disputa à Presidência, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) atira verbalmente para um lado, mas mira sua articulação para outro. Ele tem conversado muito e veladamente com o ex-deputado mensaleiro Roberto Jefferson, presidente ad aeternum do PTB. Bolsonaro já foi filiado ao partido e é provável que a legenda o acolha de novo. Isso passa por chapas fortes em dois estados envolvendo os rebentos dos dois caciques.
Senado & Câmara
A filha de Jefferson, deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), articula com o filho de Bolsonaro, deputado estadual Flávio, no Rio de Janeiro, para uma dobradinha.

O retorno
Outro filho de Jair, o federal Eduardo Bolsonaro (SP) pode fechar com Jefferson. O mensaleiro quer disputar a Câmara por São Paulo e o ‘Bolsokid’ deve sair ao Senado.

Debandada
Em tempo, Jair e os dois filhos já avisaram ao PSC que vão sair do partido e levar os eleitores para outra sigla. Bolsonaro também conversa com PSDC e PHS.
Pré-cela
Eduardo Cunha, preso na Lava Jato, e Tadeu Filippelli, o ex-braço direito do presidente Michel Temer, conseguiram cidadania italiana antes de serem presos. A Polícia Federal correu risco de perdê-los nas operações. Filippelli está solto. Ele casou um filho num castelo próximo de Roma há 3 anos. O ex-presidente da Câmara era habitué da Europa.</CW>

Lá e cá
O caso de Cesare Battisti, terrorista indultado por Lula da Silva e que vive livre no Brasil, revoltou a Itália. Mas ao mandar de volta o também cidadão Henrique Pizzolatto, os italianos deram sinais de que não compactuam com denunciados da Justiça brasileira.
Feirão brazuca
A Apex, a agência de apoio à exportação, prepara uma grande feira internacional de alimentos (que envolve agronegócio e outros setores) para São Paulo em 2019. A revelação é do presidente da agência federal, o embaixador Roberto Jaguaribe.
Número$
Aliás, Jaguaribe avisa que está revendo todos os índices da Apex dos últimos anos, porque eram divulgados para ‘passar uma boa impressão’ nos últimos governos.
Abaixo ao PDV
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais avisa que fará uma ampla campanha contra o Plano de Demissão Voluntária (PDV) anunciado pelo Governo.

Alto risco
Dirigente do sindicato, Oton Pereira Neves afirma que o Estado vai perder mão-de-obra qualificada: “Quem aderir, deve ter uma outra renda, ou acha que vai conseguir alguma coisa no mercado de trabalho. Certamente são os mais qualificados”.

Pauta policial
O deputado Rubens Júnior (PCdoB-MA) dispara contra a tática “heterodoxa” do Governo por votos para derrubar a denúncia contra o presidente Temer. “Ele tem controle da pauta política, mas da (pauta) policial não”, provoca.

Salmo...
A Igreja está a cada dia mais engajada politicamente e mandando recados. O bispo de Umuarana (PR), Dom José Maimone, redigiu preciso artigo com passagens de salmos que fazem referência à corrupção. “É impossível não pensar neles (nos políticos) e na situação vergonhosa e desastrosa em que estamos vivendo”.
Revanche
Há um clima de revanche no ar na República do Xerifado do MP, o novo título mundial da ex-República das Bananas. Há indícios de que Eduardo Cunha usava seu poder para conseguir o que queria, mas o ex-presidente da Caixa Jorge Hereda, que agora o acusa de chantagem, é petista de carteirinha. Vive-se um clima de PT x PMDB.
Onde começou...
Assim como outros estabelecimentos Brasil afora, o Posto da Torre, em Brasília, “pedra fundamental” da Operação Lava Jato, manteve o preço da gasolina em R$ 3,719.

Visionário
Homenageado na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), o escritor Lima Barreto resumiu outrora: “O Brasil não tem povo, tem público.”



GOVERNO DEMITE O PRESIDENTE DA PETROBRAS JEAN PAUL PRATES

  Brasil e Mundo ...