sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O BRASIL QUER ENTRAR NA ERA ESPACIAL



Brasil se prepara para lançar sua primeira missão à Lua

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte







O lançamento será realizado em uma parceria entre duas empresas britânicas

O Brasil lançará sua primeira missão à Lua até dezembro de 2020. Batizado de Garatéa-L, o projeto é apresentado nesta terça-feira, 29, na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP). "A ideia é nos beneficiarmos da recente revolução dos nanossatélites, mais conhecidos como cubesats, para colocar o País no mapa da exploração interplanetária", afirmou o ex-aluno da EESC-USP Lucas Fonseca, engenheiro espacial da Airvantis e gerente do projeto Garatéa-L, que conta com contribuições e participantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), da USP, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Instituto Mauá de Tecnologia e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

O lançamento será realizado em uma parceria entre duas empresas britânicas com as agências espaciais europeia (ESA) e do Reino Unido (UK Space Agency), no bojo de sua primeira missão comercial de espaço profundo - a Pathfinder. O veículo lançador contratado é o indiano PSLV-C11 - mesmo foguete que enviou com sucesso a missão Chandrayaan-1 para a Lua, em 2008. No lançamento europeu, diversos cubesats - entre eles o brasileiro - serão levados à órbita lunar por uma nave-mãe.


PALAVRA DE OBAMA PARA A ESPOSA MICHELLE



Michelle nunca irá concorrer à Casa Branca, diz Obama

Estadão Conteúdo 






Obama disse que a esposa é 'muito sensível' para entrar na política

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, jogou água fria sobre as especulações de que a primeira-dama, Michelle, possa um dia concorrer à Casa Branca.

Em entrevista à Rolling Stone um dia após a eleição nos Estados Unidos, Obama afirmou: "Michelle nunca irá concorrer ao cargo".

Ele acrescentou: "ela é uma pessoa muito talentosa. Você consegue ver a incrível ressonância que ela tem com o povo norte-americano. Mas eu brinco que ela é muito sensível para querer estar na política".

Na entrevista, publicada na noite de ontem, o presidente também afirmou que, uma vez que deixar o cargo em janeiro, ele e sua esposa continuarão "bastante ativos" em sua crença de que "quando você trabalha com pessoas em um nível de base, mudanças acontecem".Fonte: Associated Press.




A MACONHA PODE VIR A SER LEGAL OU NÃO?



Instituto defende mais estudos sobre uso medicinal de derivados da Cannabis

Agência Brasil 






  
Remédios à base de Cannabis sativa (maconha) são indicados para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave por conta de esclerose múltipla

Com o processo de regulamentação de medicamentos que têm como princípio ativo substâncias extraídas da, a maconha, será necessário investir em pesquisas científicas no país para aprofundar o conhecimento sobre o tema.

A opinião é do vice-presidente do Instituto Humanitas 360, Piero Bonadeo. A entidade, com sede nos Estados Unidos, tem como uma das áreas de atuação a política de drogas e o uso medicinal da cannabis na América Latina.

No dia 22 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu na lista A3 de substâncias psicotrópicas vendidas no Brasil com receita controlada (tarja preta), o tetrahidrocannabinol (THC) em concentração de, no máximo, 30 mg por mililitro e associado ao canabidiol (CBD) também em 30 mg por mililitro.

A medida é o primeiro passo para o registro no país do medicamento Mevatyl, conhecido na Europa como Sativex, feito à base de Cannabis sativa e indicado para o tratamento de pacientes adultos com espasticidade moderada a grave por conta de esclerose múltipla. O uso do THC puro continua proibido, bem como da planta in natura. Bonadeo explica que a medida vai facilitar o acesso para as pessoas que precisam usar esse tipo de remédio.

Pacientes serão beneficiados

“O maior beneficiado será o paciente. Porque vai ser mais fácil e estará mais disponível o remédio no mercado. Vai abrir mais o mercado, outras empresas poderão registrar esse tipo de remédio, ou seja, no futuro haverá mais opções desse tipo de remédio. Acho que vai educar também os médicos, porque é o médico que precisa pesquisar sobre esse remédio, muitos no Brasil ainda não têm formação, não sabem, precisam conhecer mais o uso desse remédio. E vai ajudar, no futuro, talvez a criação de mercado para um produto brasileiro desse tipo de remédio”, diz o médico.

Ele afirma que ainda falta conhecimento científico sobre os benefícios medicinais da cannabis. “O THC e o CBD são os dois principais componentes da Cannabis, mas há muitos outros que ainda não se sabe que efeito positivo podem ter para algum tipo de doença. Então isso precisa de muito mais pesquisa científica para desenvolver outros remédios”, afirma Bonadeo.

Preconceito em queda

Para ele, desde 2015 o preconceito contra o uso de remédios feitos à base de maconha diminuiu quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de produtos feitos com CBD, respondendo demanda de famílias que precisavam do remédio.

“As pessoas começaram a entender um pouco mais. Teve uma grande obra de divulgação desse tema que foi o filme Ilegal, que conta essa história que a gente ajudou na produção. É importante ver que são mães com filhos que têm problemas reais, que não são pessoas que lidam com esse produto porque tem escrito maconha, mas sim para melhorar a vida de crianças. Ver isso no cinema ajudou muitas pessoas a mudar a visão sobre o tema”, disse o especialista.

Ele cita experiências vitoriosas de regulamentação do uso medicinal em países como Colômbia, Uruguai e Chile, onde os governos criaram programas de cooperativas para o cultivo. “No Chile tem a maior marijuana farma da América Latina, com uma cooperativa que atende 4 mil pacientes em todo o país, em diferentes províncias do Chile, tudo sob controle do governo”, afirma.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que só comentará o assunto depois que a regulamentação do uso associado do THC e do CBD for publicada no Diário Oficial da União, o que não tem previsão para ocorrer, segundo a Anvisa, pois depende da Imprensa Nacional.

Importação

Desde dezembro de 2014, o CFM autorizou o uso compassivo do canabidiol para o “tratamento de epilepsias em crianças e adolescentes que são refratárias aos tratamentos convencionais”. Dessa forma, o medicamento ainda sem registro na Anvisa pode ser prescrito para pacientes com doenças graves cujo tratamento dos sintomas não responde a produtos registrados no país.

Na resolução, o CFM destaca que não há comprovação científica dos efeitos benéficos e seguros da substância e que a determinação deveria ser revista dentro de dois anos. Os médicos que prescreverem e os pacientes precisam ser registrados em um sistema do conselho.

Em janeiro de 2015 a Anvisa retirou o canabidiol da lista de substâncias proibidas e autorizou a importação excepcional de uma lista restrita de medicamentos feitos com o CBD. Em março de 2016, foi a vez do tetrahidrocannabinol ser autorizado. No mês passado, a agência reguladora ampliou de quatro para 11 os produtos derivados de canabinóides com importação excepcional por pessoa física.

A Anvisa ressalta que “a importação destes produtos pode ser realizada por pacientes com prescrição médica que indique esta opção de tratamento, mediante avaliação e aprovação prévia da Anvisa, caso a caso”.

O processo atual não é relacionado à importação, mas sim para permitir a venda do medicamento Mevatyl diretamente no Brasil.

ODEBRECHT FIRMOU A DELAÇÃO DAS DELAÇÕES



Acordo de delação da Odebrecht com a 'Lava Jato' faz tremer o mundo político

Da Redação 





Marcelo Odebrecht firmou um acordo de pena de dez anos e cumprirá mais um em regime fechado até o fim de 2017

A delação das delações, apelidada de “Delação do Fim do Mundo” e que poderá comprometer mais de 200 políticos, agentes públicos, empresários e executivos, foi assinada na tarde de ontem pela construtora Odebrecht e os procuradores da Operação “Lava Jato”.

O acordo de leniência firmado ontem permitirá dar andamento às delações dos 77 executivos e ex-executivos da construtora que já negociaram acordos individuais, dentre elas a mais temida de todas, a de Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo.

Também ficou definido que a Odebrecht pagarámulta de R$ 6,7 bilhões em prazo de 20 anos à União.

Em nota divulgada ontem e publicada nos jornais de hoje (veja nas páginas 11 e 12), a Odebrecht pede desculpas ao país e admite ter cometido “práticas impróprias” em sua atividade empresarial. “Desculpe, a Odebrecht errou”, diz o título do comunicado público. “Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética”, diz o comunicado.

Políticos

As negociações do acordo começaram em março deste ano. Entre os políticos mencionados nas conversas preliminares estão o presidente Michel Temer (PMDB), os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Dilma Rousseff (PT), o ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB), governadores, deputados e senadores. A expectativa é a de que mais de 200 nomes sejam citados formalmente por Marcelo Odebrecht, que é filho do fundador da construtora, Emilio Odebrecht, e por funcionários do alto escalão da empresa.

Leniência

O acordo de leniência assinado ontem é uma espécie de delação premiada da pessoa jurídica. Com o documento, a companhia admite as ilegalidades cometidas nos contratos com o governo e a colaborar com as investigações. Em troca, poderá continuar sendo contratada pelo poder público. O acordo também retira um entrave à contratação de empréstimos junto a instituições financeiras oficiais.

A empresa também terá que adotar um sistema de controle para evitar práticas ilícitas, conjunto de medidas que é chamado de compliance, em inglês, traduzido por “conformidade”.

Executivos

Ontem, parte dos executivos da empresa já estava em Brasília. Como o número de delatores é elevado, as assinaturas podem se estender por dois dias.

Apesar de a fase de negociação estar praticamente concluída – as tratativas destas delações foram encerradas e restam apenas as formalidades –, o material ainda não será enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da “Lava Jato” no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa é a etapa necessária para que as colaborações sejam validadas.

Antes de encaminhar as delações para homologação, os procuradores precisam concluir a validação de depoimentos dos delatores, o que pode se estender até as vésperas do recesso do Judiciário, que terá início em 20 de dezembro.

Propina

As investigações da Lava Jato apontaram que a distribuição de propina foi institucionalizada pelo grupo e envolvia desde diretores responsáveis pelas obras até seu presidente, Marcelo Odebrecht - afastado do cargo desde que foi preso preventivamente, em meados do ano passado.

A empresa e, principalmente, Marcelo Odebrecht, resistiram muito a colaborar com o Ministério Público Federal. A situação ficou insustentável depois da descoberta do Setor de Operações Estruturadas da empresa, conhecido como “departamento da propina”.

O patriarca e presidente do conselho de Administração da Odebrecht, Emilio Odebrecht, está no grupo dos delatores que formalizaram o acordo com a Lava Jato ontem.

Suiça

O acordo de leniência da Odebrecht também prevê o pagamento US$ 200 milhõe[/TEXTO]s à Justiça suíça, o equivalente a R$ 693,4 mihões na cotação do dólar de ontem. Desde 2014, cerca de 60 processos criminais foram abertos na Suíça relativos à Operação Lava Jato. No total, 42 bancos estão envolvidos e mais de mil contas bloqueadas.

Parte deste volume de casos se refere à Odebrecht, que movimentou pelo menos US$ 211 milhões em pagamentos suspeitos usando contas secretas na Suíça, conforme as investigações. O pagamento da multa acontece para encerrar os casos e transferir os dossiês da Suíça para o Brasil.