domingo, 30 de outubro de 2016

DO HORIZONTE INTERNACIONAL PARA BELO HORIZONTE-MG



Do Horizonte Internacional

Stefan Salej 




Se uma das medidas da internacionalização de Belo Horizonte fosse as campanhas políticas, e em especial a última para prefeito, nos estaríamos muito bem nas piores classificações mundiais.
Para começar, o mensalão teve fortes raízes em Minas, e o nível da campanha para prefeito em Belo Horizonte teve discussões em um nível que até os marqueteiros dos candidatos norte americanos, onde as acusações pessoais predominam na campanha, achariam baixas.

E se a isso juntar mais  Acrônimo, invasão da Federação das Indústrias pela Policia Federal, e que a sede da Andrade Gutierrez, uma das mais lavadas no processo “Lava Jato”, é em Belo Horizonte (sem falar nos outros atores políticos envolvidos já ou na fila esperando a vez), temos um retrato negativo de fazer inveja a qualquer um.
Mas, por mais que a campanha dos dois candidatos baixe o nível, há uma realidade no próprio município de Belo Horizonte, a primeira cidade brasileira planejada no inicio do século passado, que se sobrepõe de  forma até animadora a tudo, e mais, descrito acima. A cidade possui um excelente plano de internacionalização, produzido pela ainda melhor e mundialmente reconhecida Fundação  Cabral, e executado pela centenária Associação Comercial de Minas.

Pode não estar andando na velocidade que precisaria, mas está em curso e em nada diminui a sua importância. A abertura de consulados dos Estados Unidos e da Grã Bretanha, mais recentemente, e da Câmara do Comércio Brasil-Israel, só confirmam esta realidade.
Falando em educação, além da Dom Cabral, já fazendo 40 anos, a UFMG, após um trabalho árduo e persistente, está colocada entre as melhores universidades da América Latina. Em vários setores, seus pesquisadores, como na física por exemplo, ou nas área profissional, como engenharia aeronáutica, se tornaram referenciais mundiais. Mesmo o Departamento de Ciência Política, que festejou 50  anos, não deixa de ser uma das mais importantes referências científicas do país.
A onda de inovação e tecnologia passa pela reestruturação eficaz do CETEC, hoje administrado pelo SENAI MG, e a continuidade de iniciativa pioneira na área de biotecnologia, BIOMINAS. Belo Horizonte é hoje um centro tecnológico e de movimento de start up, onde muitos participam, ganham dinheiro e desaparecem. Mas, também continua sede de empresas nacionais como MRV, Kroton, Localiza, Tenda, Itambé, Cia.do Terno, escritórios de advocacia como Azevedo Sette e mais alguns, como a pioneira em capital para empresas tecnológicas FIR.
Em resumo, nem tudo está perdido se medirmos pela campanha.
O vencedor deve virar as páginas de acusações, para desenvolver melhor o que está desenvolvido e não perder de vista a Belo Horizonte do futuro.

sábado, 29 de outubro de 2016

REUNIÃO DOS TRÊS PODERES AMENIZA A CRISE



Fizemos uma coisa inédita, que é reunião dos três poderes, avalia Temer

Estadão Conteúdo 








Presidente Michel Temer, ao lado dos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia, durante reunião sobre segurança pública

Em um breve pronunciamento, o presidente Michel Temer comemorou o fato de reunir os chefes dos três Poderes e autoridades ligadas à segurança para debater e promover uma atuação significativa em tema que preocupa a sociedade brasileira. Temer disse que realizou "uma coisa inédita" e que haverá reuniões periódicas a partir de agora.

"Nós não pararemos na reunião de hoje. Estabelecemos reuniões periódicas, talvez a cada três ou quatro meses faremos uma reunião de avaliação daquilo que está acontecendo na segurança pública", disse. Temer sinalizou que poderá haver reuniões posteriores com governadores e secretários de segurança pública, particularmente para tratar da questão do sistema penitenciário.

O presidente lembrou que o Supremo Tribunal Federal já decidiu que as verbas do fundo penitenciário não podem ser contingenciadas e o governo federal determinou a liberação de R$ 788 milhões para a área de segurança. Ele explicou que o fundo de segurança pública será utilizado para o aprimoramento e construção de penitenciárias. Temer disse que o clima da reunião foi de "harmonia absoluta e responsabilidade".

TRUMP CONTRA-ATACA



Após anúncio do FBI, Trump afirma que Hillary coloca segurança dos EUA em risco

Estadão Conteúdo 






Donald Trump

Depois que o FBI, agência de investigação norte-americana, informou que irá reabrir as investigações sobre os e-mails da candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, o republicano Donald Trump agiu imediatamente e disse que a candidata colocou a segurança dos Estados Unidos em risco ao usar seu e-mail pessoal. Trump aproveitou para usar o argumento de que Hillary pensa que está acima da lei, algo que ele tem dito durante toda a corrida presidencial.

O candidato do Partido Republicano disse que tem "grande respeito" pelo fato do FBI e do Departamento de Justiça estarem agora "tendo a coragem de consertar os erros horríveis que fizeram" ao concluir as investigações mais cedo. "Nós não podemos deixar que ela leve seu esquema criminal para dentro do Salão Oval. Isso é maior que o Watergate", disse se referindo ao escândalo que levou à renúncia do ex-presidente Richard Nixon.

O FBI divulgou que irá investigar se há informações secretas nos e-mails recentemente descobertos de Hillary. A agência havia dito em julho que as investigações estavam completas. Agora, no entanto, o diretor do FBI, James Comey, alegou em carta enviada a líderes do Congresso nesta sexta-feira que novos e-mails surgiram, levando a agência a "tomar as atitudes apropriadas".

As investigações tiveram início em 2015 depois que uma auditoria observou que Hillary, quando ocupava a Secretaria de Estado, usou um servidor privado de e-mails para enviar informações, inclusive, confidenciais. A campanha de Hillary não respondeu imediatamente e ela se manteve calada perante às perguntas dos repórteres quando saiu de seu avião, em Iowa. Fonte: Associated Press

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O BRASILEIRO PAGA MUITOS IMPOSTOS E NÃO TEM RETORNO DO GOVERNO



Brasileiro trabalha cinco meses só para pagar impostos

Tatiana Moraes 








IMPOSTÔMETRO’ – Tr‘abalharemos 153 dias em 2016 apenas para recolher tributos


A queda de 8,27% na arrecadação do governo federal em setembro, na comparação com igual mês de 2015, divulgada ontem pela Receita Federal, não significa alívio da carga tributária que pesa sobre os brasileiros. Pelo contrário. Consumidores nunca pagaram tanto imposto. O recuo na arrecadação (que foi de R$ 94,770 bilhões em setembro, o pior resultado para o mês desde 2009) se deve à queda na atividade econômica, já que a carga tributária individual (sobre contribuintes pessoas físicas e empresas) continua crescendo.
O ‘impostômetro’ da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aponta que desde o início do ano os contribuintes desembolsaram R$ 1,6 trilhão com o pagamento de tributos. De acordo com levantamento da Associação, em 2016 os brasileiros trabalharão 153 dias apenas para pagar impostos.
A marca trilionária foi atingida na última segunda-feira (21). No ano passado, o mesmo montante foi alcançado em 19 de outubro, dois dias antes. Parece que o cenário melhorou, o que não é verdade. “O peso da tributação para as empresas e para os consumidores continua o mesmo”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O vice-presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon-MG), Pedro Paulo Pettersen, afirma que a arrecadação está em queda em função do encolhimento da economia, o que somente acentua a face cruel da carga tributária do país. Apesar do desemprego e do achatamento dos salários, individualmente a população continua arcando com os mesmos percentuais de impostos sobre a renda, o consumo e o patrimônio.
“A carga tributária no Brasil é altíssima, mas sempre haverá espaço para que ela aumente, desde que a população permita”, alerta Pettersen. Ele explica que o impacto dos impostos é ainda mais corrosivo para as classes mais pobres.
Feijão
Como exemplo, ele cita o feijão, cuja alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é de 18% em Minas. Um quilo de feijão carioca, consumido por todas as classes sociais, custa cerca de R$ 10. Somente de ICMS, quem compra o produto desembolsa R$ 1,80. O valor pode parecer irrisório para quem tem renda mensal alta, mas, para o trabalhador que recebe o mínimo de R$ 880 por mês, o peso é significativo.
Elevar os tributos, como chegou a ser cogitado pelo governo, seria um tiro no pé, segundo o especialista. “Quando o governo aumenta os impostos ele tira a capacidade de consumo da população. E, se a população compra menos, a indústria produz menos e o comércio vende menos. Como reflexo, há retração da arrecadação”, afirma o representante do Corecon-MG.