quinta-feira, 28 de maio de 2015

LOTERIAS BRASILEIRAS



Estratégia ou apenas sorte? Como funciona o sistema de loterias que tanto fascina o brasileiro

Ronaldo Marques


Ficar milionário não está entre as tarefas mais fáceis do mundo, mas, para alguns, a receita é até simples: basta um dinheirinho sobrando, um tempo livre para ir à lotérica e sorte, muita sorte. E é essa facilidade para ficar milionário que atrai tantos apostadores às loterias. Mas por que arriscar um dinheiro que está seguro em mãos e apostar em uma riqueza "quase mágica"?
Para Guilhermino Ferreira, a resposta é simples: "É um passaporte para a felicidade". Ele é fã do universo das loterias e se tornou consultor e pesquisador do assunto. Com tanto engajamento assim, não esconde o fascínio que sente pelas apostas: "A loteria é um dos jogos de azar mais populares da humanidade. A razão de tanto interesse é sem dúvida a possibilidade de se ficar milionário da noite para o dia com um pequeno investimento. Tanto dinheiro mexe com a imaginação da população", afirma. 
Criador do site e livro "Manual das Loterias", que dá dicas sobre os jogos, Guilhermino relata que jogar sem planejamento é quase como jogar dinheiro fora. "Você pode até ganhar, mas suas chances são mínimas. É preciso criar uma estratégia e manipular o fator sorte a seu favor".
E levar as dicas de Guilhermino a sério pode ser uma boa: o próprio profissional alega já ter ganhado mais de 70 vezes na loteria. Embora nunca tenha conquistado o prêmio máximo, ele garante que consegue acertar com frequência a quadra ou a quina, combinações que dão prêmios menores, sempre seguindo regras básicas: "Apostar pouco dinheiro, separar as dezenas em grupos e jogar uma quantia que não faça falta".
O apostador também sugere realizar mais de uma aposta por sorteio e escolher o jogo certo. A Caixa Econômica Federal, que organiza a loteria no país, oferece várias opções. A aposta mais popular é a Mega-Sena, que premia quem acerta seis números dentre 60 e paga o maior prêmio oferecido pela instituição atualmente. No entanto, ela é também a mais difícil de obter retorno. "A loteria mais fácil para apostar e ganhar é a Quina, porque você tem uma chance em 1.144.762 de possibilidades. A Lotofácil é três vezes mais difícil do que a Quina, e por aí vai", explica Guilhermino.

Tipos de loteria
Além da Mega-Sena, a Caixa possui mais quatro tipos de apostas que se enquadram no perfil do prognóstico numérico, ou seja, que dependem do sorteio de números específicos para dar o prêmio a alguém.
Na Lotofácil, o apostador escolhe entre 15 e 18 dezenas dentre 25 existentes, e ganha o prêmio máximo quem acertar 15. Na Lotomania, o apostador pode escolher 50 dezenas entre cem, e ganha a premiação máxima quem acertar 20 números sorteados. Já a Dupla Sena funciona como a Mega-Sena, com 6 números escolhidos entre 60, mas com a diferença de que o apostador pode escolher dois jogos diferentes com um único bilhete, e o prêmio e preço da aposta são menores. O jogo considerado mais simples é a Quina, na qual os apostadores escolhem cinco dezenas entre 80 disponíveis.
Há também os jogos de prognósticos esportivos: Loteca, Lotogol e Timemania, cujos apostadores dependem também de resultados de campeonatos de futebol - como o Brasileirão -  para faturar algo.
Por fim, a instituição ainda mantém dois jogos no antigo sistema de bilhetagem: Loteria Federal e Instantânea. Nesse caso, o apostador conta mais ainda com o fator sorte. Ele não escolhe os números e concorre ao prêmio com o que está impresso no papel.

Os prêmios são pagos com o dinheiro proveniente das próprias apostas e, por isso, variam de um sorteio para outro. Em 2014, por exemplo, ao longo do ano, a Caixa arrecadou R$ 13,5 bilhões somente com o dinheiro proveniente das apostas. Desse total, apenas uma pequena parte retorna aos bolsos dos apostadores. Isso porque não é toda a arrecadação que vira prêmio.
Por e-mail, a assessoria da Caixa informou ao BOL que os valores adquiridos pelas loterias possuem distribuição percentual para prêmio, custeio e beneficiários legais, que são investimentos nas áreas de saúde, educação, segurança, cultura e esporte. Alguns dos beneficiados que recebem parte do valor arrecadado são o Comitê Olímpico Brasileiro, o Fundo Nacional da Cultura, o sistema público de prisões, e o FIES - programa federal de financiamento estudantil.
E são os jogos mais disputados, como a Mega da Virada, especial da Mega-Sena que acontece no final do ano, que deixam os valores surpreendentes. Por exemplo, em 31 de dezembro de 2014, a Mega da Virada arrecadou mais de R$ 871 milhões, com 348,5 milhões de apostas, segundo dados do próprio banco. Entretanto, o prêmio pago aos vencedores do mesmo sorteio foi de R$ 263 milhões, dividido por quatro apostadores diferentes.

O jogo mais popular das loterias é a Mega-Sena. Nele, o apostador escolhe de seis a quinze dezenas entre 60 disponíveis. Se acertar as seis dezenas sorteadas, o apostador fatura o prêmio máximo, que corresponde a 35% do valor arrecadado por sorteio, mas também ganha prêmios menores quem acerta cinco e quatro números. A aposta mínima, de 6 números, custa R$ 3,50 e os sorteios são realizados duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. Na Mega-Sena, o maior prêmio pago foi no especial de fim de ano da "Mega da Virada" de 2014, quando quatro apostadores dividiram a bagatela de mais de R$ 263 milhões de reais.

Realizar sonhos
Mas engana-se quem pensa que é só o sonho de colocar as mãos em uma fortuna digna de Hollywood que está no horizonte dos apostadores. Muitas vezes, prêmios menores podem servir como a alavanca que faltava para a conquista de um sonho. E nem sempre os sortudos dependem de fatores lógicos para acreditar na vitória.
A aposentada Annita Senna, 61 anos, viu a sorte de perto em 1984, quando faturou uma boa quantia com um bilhete da loteria federal, uma das muitas modalidades de jogo disponíveis nas casas lotéricas. Mas, antes de apostar, ela contou com uma ajuda especial: teve um sonho com o pai falecido.
"Tive um sonho com o meu pai. Ele estava numa sala de jogo de sinuca e não falava nada, só balançava a cabeça positivamente e acenava. Da janela dessa sala, dava para ver uma briga na rua, com alguns policiais resolvendo o caso. Foi quando lembrei que em vida meu pai disse que quando eu sonhasse com policiais era para eu apostar no bilhete do galo ou do peru", afirmou Annita.
Ela confiou no sonho e conseguiu comprar um bilhete com os números do galo - na época, era comum usar os números representativos do jogo do bicho, que é ilegal no país, como base para as apostas oficiais. E o bilhete levou o 1º prêmio ou, como dizem os apostadores, deu na cabeça.
Ao conferir os números sorteados e ver que eram os mesmos do bilhete em suas mãos, Annita mal podia acreditar: "Eu pagava aluguel, era uma tristeza, e o dono da casa tinha pedido o imóvel. Eu tinha que me mudar, mas não tinha para onde ir. Eu estava preocupada, e o prêmio trouxe um alívio, uma sensação incrível".
Com o dinheiro, ela abriu uma poupança e comprou a casa própria. Era novembro de 1984, um mês do qual ela nunca vai se esquecer.
Sem estratégia ou matemática, o maior aliado de Annita foi a sorte - ou uma forcinha do além!

De olho no dinheiro
Annita e Guilhermino, no entanto, fazem parte de uma parcela mínima de vencedores. No geral, poucos faturam uma quantia razoável, mas, ainda assim, continuam a jogar, mesmo quando não ganham nada. Para Mirella Mariani, psicóloga mestre em distúrbios do desenvolvimento e coordenadora administrativa do Programa Ambulatorial do Jogo Patológico (PRO-AMJO), do Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo), a resposta para essa insistência é bem simples: o prêmio.

"Milhões de reais parece bastante atrativo, e os apostadores deixam de considerar o fator probabilidade, facilmente verificado em estatística. Ou seja, o prêmio milionário será concedido para um único apostador, entre milhões em todo o território nacional. Ainda assim, um estudo epidemiológico que foi desenvolvido em nosso país revelou que 12% da população realiza apostas com frequência mensal. No caso, os variados tipos de jogos lotéricos e o carteado foram as modalidades mais populares", afirma Mirella.

O alerta fica para o risco do vício. A psicóloga indica que o apostador e sua família devem ficar atentos quando episódios repetidos e frequentes de situações de jogos dominam a vida do sujeito em detrimento de compromissos sociais, profissionais, materiais e familiares. E, como já lembrou Guilhermino, o especialista em apostas, é fundamental apostar com consciência, desembolsando somente pequenas quantias, que não façam falta no dia a dia da família.

Como ganhar na Mega Sena: Criando grupos de 30 dezenas para a Mega Sena para garantir no mínimo a quadra.


Criando grupos de 30 dezenas para a Mega Sena para garantir no mínimo a quadra.
Vou demonstrar como criar grupos de 30 dezenas para garantir em que pelo menos em 1 deles tenhamos uma quadra, logo essa garantia é a mínima possível, sendo assim, normalmente teremos grupos com quinas e senas.
A idéia da criação se faz necessário, pois é bem melhor escolher as dezenas para apostas em um ou mais grupos de 30 dezenas do que nas 60 dezenas disponíveis no volante da Mega Sena.
Vamos a criação dos grupos.
Primeiro iremos dividir as 60 dezenas em 4 grupos de 15 dezenas cada:
A)     01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
B)      16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C)      31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
D)     46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
Obs.: As dezenas estão dispostas em ordem para facilitar a demonstração, mas poderão e devem ser criados os grupos com dezenas escolhidas para cada grupos, fazendo uma mescla entre pares e impares, linhas e colunas.
Após fazer a divisão das dezenas nos 4 grupos, iremos combinar os grupos de 2 em 2.
C4,2 = 4! / 2! 2! = 12/2 = 6 combinações de grupos
Logo teremos formados os grupos de 30 dezenas:
AB) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
AC) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
AD) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
BC) 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45
BD) 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
CD) 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
A Garantia se dá devido a termos 6 dezenas sorteadas dentro de 4 grupos de 15, assim teremos no mínimo 2 grupos com 2 dezenas sorteadas cada e 2 grupos com 1 dezena sorteada cada, assim quando isso ocorrer teremos 1 grupo combinada com 4 dezenas.
Agora basta escolher suas dezenas, criar seus grupos e fazer suas apostas.
Uma dica: Ao criar seus grupos, escolha 1 ou 2 grupos e mantenha suas apostas nesses grupos, pois em algum concurso esses grupos acertaram 5 ou 6 dezenas, assim aumentando suas chances de prêmios.

HIPERTENSÃO ARTERIAL



Hipertensão arterial 



Hipertensão, usualmente chamada de pressão alta, é ter a pressão arterial, sistematicamente, igual ou maior que 14 por 9 mmHg. A pressão se eleva por vários motivos, mas principalmente porque os vasos nos quais o sangue circula se contraem. O coração e os vasos podem ser comparados a uma torneira aberta ligada a vários esguichos. Se fecharmos a ponta dos esguichos a pressão lá dentro aumenta. O mesmo ocorre quando o coração bombeia o sangue. Se os vasos são estreitados a pressão sobe.

Na física, pressão é igual à uma força dividida pela área (p=F/A), o coração faz uma força para o sangue circular pelo corpo humano e os vasos sanguíneos ou artérias têm uma determinada área (A=πd2/4). Se a área das artérias diminuir, por acúmulo de gorduras nas suas paredes ou contração, por exemplo, a pressão arterial aumenta, devido à necessidade do coração fazer um esforço maior para bombear o sangue pelas veias do corpo. 

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, aferida com esfigmomanômetro (aparelho de pressão), tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras causas. Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas. A sua incidência aumenta com a idade, mas também pode ocorrer na juventude.

Existe um problema para diferenciar a pressão alta da pressão considerável normal. Ocorre variabilidade entre a pressão diastólica e a pressão sistólica e é difícil determinar o que seria considerado normal e anormal neste caso. Alguns estudos farmacológicos antigos criaram um mito de que a pressão diastólica elevada seria mais comprometedora da saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento nas duas é fator de risco.

Considera-se hipertenso o indivíduo  que  mantém  uma  pressão  arterial  acima  de  140  por  90  mmHg  ou  14x9,

 durante seguidos exames, de acordo com o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é suficiente para determinar a doença. A situação 14x9 inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.

Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte súbita, insuficiências renal e cardíacas, entre outras

O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de vida mais saudável. De forma estratégica, pacientes com índices na faixa 85-94 mmHg (pressão diastólica) inicialmente não recebem tratamento farmacológico.

Quais são as conseqüências da pressão alta?

A pressão alta ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Os vasos são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, que é machucada quando o sangue está circulando com pressão elevada. Com isso, os vasos se tornam endurecidos e estreitados podendo, com o passar dos anos, entupir ou romper. Quando o entupimento de um vaso acontece no coração, causa a angina que pode ocasionar um infarto. No cérebro, o entupimento ou rompimento de um vaso, leva ao "derrame cerebral" ou AVC. Nos rins podem ocorrer alterações na filtração até a paralisação dos órgãos. Todas essas situações são muito graves e podem ser evitadas com o tratamento adequado, bem conduzido por médicos.

Quem tem pressão alta?

Pressão alta é uma doença "democrática". Ataca homens e mulheres, brancos e negros, ricos e pobres, idosos e crianças, gordos e magros, pessoas calmas e nervosas.
A Hipertensão é muito comum, acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Assim, estima-se que atinga em torno de, no mínimo, 25 % da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. As graves conseqüências da pressão alta podem ser evitadas, desde que os hipertensos conheçam sua condição e mantenham-se em tratamento com adequado controle da pressão. 

10 Mandamentos contra a pressão alta
  • Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.
  • Pratique atividades físicas todos os dias.
  • Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.
  • Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
  • Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.
  • Abandone o cigarro.
  • Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.
  • Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.
  • Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
  • Ame e seja amado.

A hipertensão arterial é um reconhecido fator de risco das doenças cardiovasculares.

Em Portugal, existem cerca de dois milhões de hipertensos. Destes, apenas metade tem conhecimento de que tem pressão arterial elevada, apenas um quarto está medicado e apenas 16 por cento estão controlados.
Hoje sabe-se que a adoção de um estilo de vida saudável pode prevenir o aparecimento da doença e que a sua detecção e acompanhamento precoces podem reduzir o risco de incidência de doença cardiovascular. 

Como se define a hipertensão arterial?
Designam-se de hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados. Para esta caraterização, consideram-se valores de tensão arterial sistólica superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de tensão arterial diastólica superiores a 90 mm Hg.
Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades avançadas.

Quais as causas da hipertensão arterial?
Na maior parte dos casos (90 por cento), não há uma causa conhecida para a hipertensão arterial, embora em algumas situações seja possível encontrar uma doença associada que é a verdadeira causa da hipertensão arterial. Por exemplo: a apneia do sono, a doença renal crónica, o hiperaldosteronismo primário, a hipertensão renovascular, a síndroma de Cushing ou terapêutica esteroide, a feocromocitoma, a coartação da aorta ou a doença tiroideia e paratiroideia.
A hereditariedade e a idade são dois fatores a ter também em atenção. Em geral, quanto mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial. Cerca de dois terços das pessoas com idade superior a 65 anos são hipertensas, sendo este o grupo em que a hipertensão sistólica isolada é mais frequente.

Quais são os fatores de risco?
  • Obesidade;
  • Consumo exagerado de sal e de álcool;
  • Sedentarismo;
  • Má alimentação;
  • Tabagismo;
  • Stress.
Como prevenir a hipertensão arterial?
A adoção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir a ocorrência de hipertensão arterial.
Entre os hábitos de vida saudável sublinha-se a importância de:
  • Redução da ingestão de sal na alimentação;
  • Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas;
  • Prática regular de exercício físico;
  • Consumo moderado do álcool (um máximo de 30 ml etanol/dia nos homens e 15 ml/dia para as mulheres);
  • Cessação do hábito de fumar;
  • No caso dos indivíduos obesos é aconselhável uma redução de peso.
A ausência de quaisquer sintomas durante a fase inicial da doença faz da medição regular da tensão arterial um hábito a seguir. Todos os adultos, em particular os obesos, os diabéticos e os fumadores ou com história de doença cardiovascular na família, devem medir a sua pressão arterial pelo menos uma vez por ano.

Quais os sintomas que estão associados à doença?
Regra geral, nos primeiros anos, a hipertensão arterial não provoca quaisquer sintomas, à exceção de valores tensionais elevados, os quais se detectam através da medição da pressão arterial.
Em alguns casos, a hipertensão arterial pode, contudo, manifestar-se através de sinais como a ocorrência de cefaleias, tonturas ou um mal-estar vago e difuso, que são comuns a muitas outras doenças.
Com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas e sinais de alerta vários. 

Como se faz o diagnóstico da doença?
O diagnóstico é feito através da medição da pressão arterial e pela verificação de que os seus níveis estão acima do limite normal. Contudo, um valor elevado isolado não é sinónimo de doença. Só é considerado hipertenso um indivíduo que tenha valores elevados em, pelo menos, três avaliações seriadas.
Compete ao médico fazer o diagnóstico da doença, uma vez que a pressão arterial num adulto pode variar devido a fatores como o esforço físico ou o stress, sem que tal signifique que o indivíduo sofre de hipertensão arterial.

Quais as formas de tratamento?
Não há uma cura para a hipertensão arterial. Contudo, apesar de ser uma doença crónica, na maioria dos casos é controlável.
A adoção de um estilo de vida saudável proporciona geralmente uma descida significativa da pressão arterial.
A diminuição do consumo do sal reduz a pressão arterial em grande número de hipertensos.
A prática regular de exercício físico pode reduzir significativamente a pressão arterial. O exercício escolhido deve compreender movimentos cíclicos (marcha, corrida, natação ou dança são boas escolhas). Mas os hipertensos devem evitar atividades que aumentem a pressão arterial durante o esforço, como levantar pesos, por exemplo. 
Se algum tempo depois de ter posto em prática estas medidas não tiver registado uma descida adequada da pressão arterial, torna-se necessário recorrer ao tratamento farmacológico. Convém sublinhar que os medicamentos não curam a hipertensão arterial, apenas ajudam a controlar a doença. Por isso, uma vez iniciado o tratamento, ele deverá ser, em princípio, mantido ao longo de toda a vida.
Felizmente, já existem muitos medicamentos eficazes na redução da pressão arterial. Compete ao médico decidir qual o fármaco mais apropriado para iniciar o tratamento. Em alguns casos, não basta apenas um fármaco, sendo necessária uma medicação combinada. Noutros casos, os doentes não toleram a medicação indicada, pelo que devem contatar novamente o médico para que ele a substitua por outra. 

Vacina em desenvolvimento pode controlar pressão por seis meses
Estratégia pode livrar hipertensos da necessidade de tomar remédio diário.
Mariana Lenharo
 
Quem sofre de hipertensão pode, no futuro, livrar-se da obrigação de tomar comprimidos diários. Cientistas estão desenvolvendo uma vacina capaz de controlar a pressão arterial por até seis meses, o que diminuiria os riscos relacionado à falta de aderência ao tratamento.
Trata-se de uma vacina de DNA que tem como alvo um hormônio, a angiotensina II, que provoca um aumento da pressão ao contrair os vasos sanguíneos.
A estratégia foi testada em ratos, que receberam três doses da imunização, com intervalo de duas semanas. Segundo os pesquisadores, a vacina não apenas diminuiu a pressão sanguínea por até seis meses, mas também reduziu os danos ao tecido do coração e dos vasos sanguíneos associados à hipertensão.
"Pesquisas adicionais sobre essa vacina de DNA, incluindo o aumento do período de redução da pressão sanguínea, pode levar a uma nova opção terapêutica para pacientes hipertensos", diz o médico Hironori Nakagami, um dos autores da pesquisa e professor da Universidade Osaka, no Japão. Um artigo descrevendo o experimento foi publicado nesta semana na revista "Hypertension".

Vacina é alternativa aguardada

O cardiologista Marcus Vinícius Bolívar Malachias, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, observa que o desenvolvimento de uma vacina como essa é uma alternativa muito aguardada pela comunidade médica justamente por causa da dificuldade dos pacientes em aderir ao comprimido diário.
Malachias cita que 90% dos pacientes hipertensos precisam usar medicamentos diários para controle da pressão. Dados do Brasil mostram que cerca de 80% dos hipertensos estão fora da meta do controle de pressão. “Ou não tomam o medicamento regulamente ou não tomam na dosagem correta.”
Entre os fatores que contribuem para a falta de adesão às drogas está o fato de que a hipertensão é geralmente assintomática. “O paciente não sente nada e por isso não vê a importância de tomar remédio”, diz o cardiologista. Pesa também o fato de o tratamento ser crônico e poder continuar ao longo de toda a vida.
“Existem também crendices acerca dos medicamentos. O homem teme que o remédio interfira no desempenho sexual. A mulher tem maior aderência ao tratamento, mas teme ganhar peso ou alterações de pele.”
"As pessoas têm que se conscientizar que hipertensão é uma doença silenciosa que mata ou traz consequências muito ruins para coração, cérebro e rins", diz o cardiologista Roberto Kalil.
"Se um dia, daqui algumas décadas, depois de estudos experimentais, tiver uma vacina que controle a pressão, você reduziria em grande parte a mortalidade da população por derrame cerebral e infarto", completa Kalil.


DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA É DE US$ 355,733 BILHÕES DE DÓLARES

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