segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ESTATÍSTICAS NO FUTEBOL



Livro derruba mitos e mostra como os números podem revolucionar o futebol

Jones Rossi
Do UOL, em São Paulo 

Repare bem. Nenhum escanteio cobrado pelo Barcelona é lançado diretamente na área. O time prefere cobrar para alguém perto da linha de fundo e dali iniciar alguma jogada de ataque. A ideia não é obra do acaso, ou mera preferência do treinador argentino Tata Martino.
A equipe na verdade está aceitando o que dizem os números: mais escanteios não significam mais gols, não adianta comemorar quando seu time consegue aquele tiro de canto aos 45 minutos do segundo tempo. É o que dizem Chris Anderson e David Sally, autores do livro Os Números do Jogo - Por que tudo o que você sabe sobre futebol está errado (Ed. Paralela, 362 páginas). Segundo análise dos autores feita levando em contra 134 partidas da Premier League (1.434 escanteios), um time faz um gol de escanteio a cada dez jogos, ou seja, 89% das finalizações a gol geradas pelos escanteios são desperdiçadas.
Os escanteios são apenas apenas a parte vísivel do iceberg de números que Anderson, ex goleiro de um time de quarta divisão da Alemanha, mas hoje um respeitado professor de estatística na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e Sally, ex-jogador de beisebol e atualmente professor na Escola de Negócios da Faculdade Dartmouth, em New Hampshire, mostram estar se tornando cada vez mais comum no oceano do futebol.
O exemplo do escanteio do Barcelona (não aplicável a todos os times, obviamente) chama a atenção justamente por se pensar que o futebol era, ao contrário de esportes como basquete, beisebol e futebol americano, incapaz de ser quantificável, fluído demais para ser resumido em números. O livro mostra que essa percepção está errada. Há técnicos, times e empresas, inclusive no Brasil, usando todos os recursos possíveis para deixar o mínimo possível relegado ao imponderável (que, segundo os autores do livro, corresponde a 50% do resultado).

"Os técnicos vão ter de ceder para encontrar novas maneiras de ganhar"





Veja o exemplo do técnico David Moyes - hoje no Manchester United - ainda em seus tempos de Everton (o livro foi finalizado pouco antes do fim da temporada passada na Europa, antes de algumas transferências). Antes de um jogo, sua equipe examinava pelo menos cinco partidas anteriores do rival, compilando relatórios estatísticos e combinando-os com os dados de programas que monitoram as ações dos rivais em campo. "Usando dados e vídeos, observam o estilo, forma de jogar, forças e fraquezas, posicionamento, pontos fracos e defesas dos adversários. Tudo isso é apresentado a Moyes, que condensa os números e apresenta à equipe", contam os autores.
Há programas atualmente que fazem o trabalho pesado para as comissões técnicas. Aferem o número de toques dados por um jogador, finalizações erradas, certas, quantos quilômetros correu, por que faixas do campo mais esteve, a velocidade… nada passa desapercebido.
A primeira empresa a fazer isso no futebol foi a inglesa Opta Sports, em 1990, medindo o índice de desempenho de jogadores: passes, chutes e defesas, em videocassetes. Hoje softwares como Amisco e Prozone utilizam câmeras instaladas acima do campo que seguem os jogadores para mostrar o quanto eles correram e a que velocidade, entre outras informações. O livro mostra como o futebol está entrando, aos poucos, no reino da informação.
Um dos primeiros clubes do Brasil a fazer esse tipo de trabalho foi o Botafogo, em 2009, ainda sob o comando do técnico Ney Franco. Hoje são três profissionais que trabalham no Centro de Inteligência do Clube, sob a coordenação do analista de desempenho Marcelo Xavier. "Fora do Brasil são de nove a 12 pessoas trabalhando em média", diz Xavier. A Udinese, time de médio para pequeno da Itália, conta com 50 pessoas para fazer análise estatística e de vídeo no mundo inteiro. Nas últimas três temporadas, ficou entre os cinco primeiros no Campeonato Italiano.
No Brasil, por enquanto, os clubes sequer possuem uma nomeclatura definida para quem faz esse tipo de trabalho. Mas, ao contrário do que pode parecer, onde o trabalho já está estabelecido ele é bem aceito pelos jogadores e pelos técnicos, que não temem a chegada dos números. "O Seedorf já tinha essa cultura", conta Xavier. "Mas quando chego para trabalhar os outros jogadores vêm com pendrives para eu passar os números deles."
Quanto ao treinador, a aceitação é ainda maior. "Ele é o que mais utiliza as informações", diz Xavier, que também sobre com o calendário apertado do futebol brasileiro. "Às vezes ficamos até às três horas da manhã compilando tudo. Dois dias entre um jogo e outro é muito pouco tempo", reclama.
Mas,como o escanteio na área abandonado pelo Barcelona, vale a pena quando um lance treinado à exaustão com base nos números acaba virando gol. "A gente se sente parte disso", diz Xavier.
A nova meta de Xavier é criar discípulos de seu trabalho. Um deles, Thiago Larghi, ex-Botafogo, hoje é analista de desempenho da seleção brasileira e trabalha diretamente com Carlos Alberto Parreira. Formado em educação física na UERJ, Xavier se reuniu recentemente com membros da universidade para criar uma disciplina eletiva de análise de desempenho. Ele quer ver mais Thiagos Larghis. "É o mercado mais exponencial do futebol brasileiro."

GASTOS DOS DEPUTADOS COM GASOLINA



Deputados gastam quase R$ 8 mi em postos de gasolina 

Bernardo Caram | Agência Estado
Raul Spinassé | Ag. A TARDE

Com apenas uma nota fiscal emitida ao mês, deputados federais conseguem usar toda a cota de combustíveis a que têm direito. No Senado, os valores chegam a ultrapassar os R$ 20 mil. Entre os documentos apresentados, estão notas de postos de combustível de parentes dos parlamentares e estabelecimentos que foram doadores em suas campanhas.
Levantamento feito pelo Estado mostra que, no primeiro semestre, dez deputados gastaram até o último centavo a que têm direito. Eles apresentaram apenas uma nota por mês com o valor total da cota, sempre em seus Estados de origem, nos mesmos estabelecimentos ou pertencentes ao mesmo dono.
De janeiro a junho, a Câmara dos Deputados gastou R$ 7,8 milhões para reembolsar os gastos de parlamentares com combustíveis e lubrificantes. Cada um tem direito a consumir R$ 4,5 mil mensais para abastecer veículos usados no exercício do cargo.
Ângelo Agnolin (PDT-TO), por exemplo, traz na descrição da nota apresentada em março o consumo de 1.521 litros de gasolina, o que seria suficiente para fazer um carro médio rodar pelo menos 15 mil quilômetros. Ainda na mesma nota, o deputado paga três preços diferentes de gasolina comum (R$ 2,79, R$ 2,95 e R$ 3,12).
Fidelização
O deputado Davi Alcolumbre (DEM-AP) gasta toda sua cota no posto Salomão Alcolumbre & Cia. LTDA, em Macapá. O mesmo sobrenome não é coincidência. Salomão, ex-suplente de José Sarney e falecido em 2011, era tio do parlamentar. O posto continua sob o comando da família.
As normas de uso da verba indenizatória proíbem a utilização da cota para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresa da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado ou parente de até terceiro grau. De acordo com o chefe de gabinete do parlamentar, a família Alcolumbre é dona de cerca de 70% dos postos de combustível do Amapá, "sendo inviável não abastecer na empresa de parentes".
Em todas as notas de Davi Alcolumbre às quais o Estado teve acesso, os valores discriminados dos produtos sofreram pequenos arredondamentos para que o valor final fosse exatamente o máximo que a Câmara permite para reembolso. Na nota fiscal de março, por exemplo, apesar de a soma dos produtos consumidos totalizar R$ 4.501,70, consta no valor final o montante de R$ 4.500,00. Se o documento tivesse o valor correto, Alcolumbre teria de completar R$ 1,70 do próprio bolso, ideia que parece não ter agradado o parlamentar.
Minimalista
A técnica utilizada pelo deputado Vinicius Gurgel (PR-AP) é ser tão apurado quanto um conta-gotas na hora de abastecer. Os volumes de combustível chegam a ser medidos com até três dígitos depois da vírgula para que a nota fiscal alcance exatos R$ 4,5 mil. Em janeiro, foram 806,451 litros de gasolina e 991,189 litros de diesel.
Nas notas apresentadas pelo deputado Manoel Salviano (PSD-CE), o "desconto" é mais claro. Consta no documento de janeiro, por exemplo, "valor dos produtos: 4.510,45" e, logo abaixo, o "valor total da nota: 4.500,00". O dono do posto em que Salviano abastece todos os meses consta nos registros do Tribunal Superior Eleitoral como financiador da campanha do parlamentar.
Em 2010, Marciano Teles Duarte doou R$ 10 mil ao candidato. O mesmo registro aparece nas contas do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do deputado Biffi (PT-MS). O posto em que Alves gastou quase R$ 17 mil apenas no primeiro semestre também doou R$ 10 mil para a sua campanha eleitoral. Biffi, por sua vez, gastou R$ 21,5 mil de janeiro a junho no mesmo estabelecimento que doou R$ 1.330 para sua campanha em 2010.
Total flex
No Senado, só há restrição para o uso de combustível nos carros oficiais. A cota, nesse caso, é de 300 litros de gasolina por mês ou 420 litros de álcool. Já o reembolso de combustível usado em outros veículos, desde que seja justificado pelo exercício da atividade parlamentar, pode chegar mensalmente a valores entre R$ 21 mil e R$ 44 mil, que são os limites máximos da verba indenizatória, dependendo do Estado de origem do parlamentar.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) apresentou em junho uma nota fiscal no valor de R$ 22,5 mil com a justificativa de que eram "despesas com combustíveis para atender demanda do escritório político em Boa Vista". No posto onde a nota foi emitida, o litro da gasolina custa R$ 3,03. Com o valor da nota, é possível comprar quase 7.500 litros do combustível, o suficiente para abastecer 185 carros médios.
Neste ano, Mozarildo apresentou outras seis notas emitidas pelo mesmo posto, que variam de R$ 2 mil a R$ 3,5 mil. Somados, todos os documentos pagos pelo Senado alcançam um montante de R$ 39 mil apenas com combustível. A equipe de gabinete do senador não detalhou o consumo, mas informou que todos os gastos são previstos nas regras do Senado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

MALFEITOS PÚBLICOS (1)



MALFEITOS PÚBLICOS (1 )

TCU VÊ PROBLEMAS EM 60% DAS OBRAS FEDERAIS EM MG
DOS 14 EMPREENDIMENTOS FISCALIZADOS NO ESTADO, OITO POSSUÍAM IRREGULARIDADES. 

Obras mineiras que foram apontadas como contendo indícios de irregularidades:
·        Ampliação e reforma do aeroporto de Confins.
·        Construção do Terminal de Passageiros 3 do aeroporto de Confins.
·        Duplicação da BR-381.
·        Construção da Usina Hidrelétrica de Batalha.
·        Obras de ampliação da Universidade Federal de Juiz de Fora.
·        Construção do campus da UFJF em Governador Valadares.
·        Construção da Barragem de Jequitaí.
·        Construção do trecho rodoviário na BR-040.

Foram auditados 14 empreendimentos, com valor total de R$ 957 milhões. Em oito deles, o que corresponde a mais de R$ 500 milhões em investimentos, foram constatados, pelos técnicos do tribunal, alguma irregularidade.
Mais de R$ 100 milhões em dinheiro público foram desperdiçados em editais e outras medidas corretivas.
Das oito obras com irregularidades, metade foi classificada como tendo problemas graves.
As fiscalizações e medidas cautelares do TCU foram reduzidas em 2013, após pressões do Planalto. O órgão fiscalizou 1336 obras somando um montante de 34,7 bilhões. Foram encontradas irregularidades em 84 empreendimentos. O TCU pediu ao Congresso que expeça recomendação à União para suspender o repasse para sete delas.
O TCU é um órgão de assessoria do Congresso Nacional que indica seus ministros.
É importante sempre lembrar o que falou o ex ministro do STF, Paulo Brossard: “A democracia neste país é relativa, mas a corrupção é absoluta”.

ASSOCIAÇÕES CIVIS TOMAM AS RÉDEAS DO COMBATE À CORRUPÇÃO

Em Minas Gerais, pelo menos 60 entidades trabalham na fiscalização e na denúncia dos malfeitos nos governos.
Usar a força do cidadão para combater a corrupção é o grande objetivo dos grupos populares, cada vez mais comuns, que tentam fiscalizar, denunciar e cobrar punição aos envolvidos em fraudes e desvios de dinheiro público. Estas associações não têm vínculo político-partidário.
As atividades dessas associações, vem ganhando adeptos em todo o Brasil, e começam  a dar bons resultados: cassação de gestores, afastamento e prisão de políticos, reparo em obras e até mesmo a devolução de verbas desviadas são alguns dos benefícios de quem dedica parte do tempo para o bem comum: a boa administração pública.
Essas associações não têm fins lucrativos, o objetivo delas é acompanhar tudo que deve ser investido e utilizado para o bem da população, acompanhando de perto os investimentos em saúde, educação e saneamento básico nos municípios.
Mais que denunciar irregularidades da administração pública, as               associações fazem um verdadeiro trabalho policial. Buscar provas que possibilitem uma investigação é função fundamental dos “caçadores de corruptos”.
Documentos, licitações, fotos, depoimentos de funcionários, tudo pode ajudar para que uma investigação seja aberta no Ministério Público.
Para pessoas comuns, a fiscalização do b em público é uma forma de praticar cidadania e fiscalizar o bem público é direito e dever de todo cidadão. Não podemos ser reféns de gestões que aproveitam da confiança do povo.
Montalvânia-MG, vista antes como cidade sem lei, está estancando os desvios de dinheiro público graças à fiscalização popular.
O cidadão quer, na verdade, é que os governos, de um modo geral, prestem contas de seus planejamentos. O que é um direito de uma sociedade democrática.
Na medida em que os governos não divulgam as informações, o resultado é uma mobilização da população.
Mais que transparência, a população também pede pelo cumprimento de “promessas” de campanha. Quando os políticos estão fora da administração pública, muitos apoiam as iniciativas contra a corrupção. Depois de eleitos se esquecem de cumprir o prometido.




sábado, 9 de novembro de 2013

INTERNET LI-FI



Pesquisadores desenvolvem lâmpada capaz de transmitir Internet sem fio

Edivaldo Brito Para o TechTudo 

Já imaginou poder usar lâmpadas da sua casa como roteadores Wi-Fi? De acordo com descobertas do professor da Universidade Fundan de Xangai Chi Nan, isso logo poderá se tornar realidade. Apelidada de “Light Fidelity” ou Li-Fi, a tecnologia promete produzir velocidades de até 150 megabits por segundo (Mbps) com apenas uma lâmpada LED equipada com um processador de sinal.

A transmissão de dados é feita ligando e desligando uma lâmpada. A luz é registrada por um foto detector, que será responsável por transformá-la em informações. O processo acontece tão rápido que é imperceptível para o olho humano. Além disso, cada lâmpada pode oferecer conectividade para até quatro computadores.

Uma das principais vantagens da Li-Fi é o seu custo inferior e maior eficiência em termos de energia do que os sistemas de rádio sem fio existentes. Essa redução de custos é possível graças à difusão das lâmpadas LED e ao fato de que a instalação elétrica já estar pronta na maioria das casas.

A tecnologia tem enormes possibilidades, já que a luz visível é parte do espectro eletromagnético e é 10 mil vezes maior do que o espectro de radiofrequências, o que proporciona capacidade potencialmente ilimitada. Por outro lado, a tecnologia também traz limitações: qualquer objeto que bloqueie a luz irá interromper o sinal da Internet.

Outra questão é que o Li-Fi não será capaz de penetrar as paredes, como os sinais de rádio, o que pode ser tanto uma vantagem como uma desvantagem. Como ponto negativo, essa limitação impedirá que a Internet funcione em mais de um cômodo da casa. Por outro lado, isso também evitará que suas transmissões sejam interceptadas por pessoas não autorizadas que estejam em outro ambiente.

Uma das poucas apresentações do Li-Fi ocorreu em 2011, quando o professor da Universidade de Edinburgh Harald Haas demonstrou como uma lâmpada de LED equipada com tecnologia de processamento de sinal pode transmitir vídeo de alta definição para um computador. Esse mesmo pesquisador, criou o termo “light fidelity” ou Li-Fi e posteriormente montou uma empresa chamada PureVLC, para explorar o uso da tecnologia.

MACRON ALERTA QUE A EUROPA TEM ENORMES RISCOS GEOPOLÍTICOS E PODE MORRER

O alerta de Macron deve ser ouvido ...