O primeiro debate entre os candidatos à
presidência na Band teve pelo uma grande utilidade – além, é claro, de
ser um verdadeiro programa de jornalismo, em vez do interrogatório
enfurecido feito contra um dos candidatos, o presidente da República, e o
bondoso comercial de margarina feito a favor do outro, o ex-presidente
Lula, na “sabatina” da Rede Globo. O assunto corrupção, essencial nesta
campanha, e mantido como um segredo de Estado pela Globo, surgiu, enfim,
aos olhos do público no debate. Na “sabatina”, o apresentador agiu como
um assessor de imprensa ou o advogado criminal de Lula; em vez de
perguntar sobre aquele que foi o maior surto de corrupção da história do
Brasil, fez um manifesto a nação dizendo que “o senhor não deve nada à
justiça”. Até Lula parece ter ficado surpreso. Mas no programa da Band
não houve esta parceria. Lula, enfim, foi colocado diante da necessidade
de falar sobre a incomparável roubalheira do seu governo – e deu-se
muito mal, o que prenuncia problemas complicados para resto da campanha
que tem ele frente.
Sem a indulgência plenária que ganhou na “sabatina”, Lula teve de
responder sobre a desesperada, maciça e indiscutível corrupção na
Petrobras – ou nas delações premiadas, nas provas materiais da
ladroagem, no dinheiro roubado que foi devolvido e por aí afora. Não
explicou nada, é claro, pois é impossível explicar. Como faz
automaticamente, em todas as ocasiões em que não pode dizer nada em seu
favor, fugiu do assunto. Perguntavam de corrupção, e ele respondia
dizendo que abriu “dezessete universidades”. Falavam na delação do seu
ministro Antônio Palloci, e ele diz que “acabou com a fome” no Brasil
etc. etc. À uma certa altura, disse que foi “absolvido até pela ONU”,
como se isso valesse alguma coisa. É claro que garantiu, também, que foi
“absolvido por todos os tribunais” deste país. Trata-se de uma dessas
mentiras com teor de 100% de pureza – Lula não foi absolvido de
absolutamente nada. Foi apenas “descondenado” na decisão mais desvairada
da história da justiça brasileira, por um ministro que foi advogado do
MST, militou na campanha presidencial de Dilma Rousseff e ganhou dela o
seu cargo no STF.
Lula, enfim, foi colocado diante da necessidade de falar sobre a
incomparável roubalheira do seu governo – e deu-se muito mal, o que
prenuncia problemas complicados para resto da campanha que tem ele
frente
Lula quer passar essa campanha sem falar de corrupção; fora umas
moles e vagas tentativas de mencionar uma hipótese de propina levantada
na CPI da Covid, e que não rendeu até hoje um único e miserável
inquérito policial (nem Alexandre de Moraes se interessou pelo caso), o
candidato do PT fala de outras coisas. Diz que o agronegócio é
“fascista”, por exemplo, que a classe média “gasta demais” e que vai
trazer de volta o imposto sindical – mas de ladroagem, mesmo, nem um
pio. Alguém já viu num candidato da oposição passar uma campanha inteira
sem dizer o tempo todo que o candidato do governo é ladrão? Só mesmo no
Brasil de hoje. Aqui a roubalheira não é problema da situação; quem
quer enterrar o assunto é justamente o candidato que deveria estar
deitando e rolando nas denúncias de corrupção. O problema, pelo que
mostrou o debate na Band, é que ele pode ficar em silêncio – mas os
outros vão falar.
Só neste ano, 1,56 milhão de empregos com carteira assinada. Nos
últimos 12 meses, foram 2,55 milhões. O que é isso, é o governo
empregando? Não, é a iniciativa privada empregando. O governo mostra que
está agindo bem, fortalecendo a economia, se recuperando daquele “pare
tudo”, do “vá para casa” morrendo de medo de ser enterrado, do “se
tranque em casa” que tanto prejudicou o país.
Isso sem contar aqueles que, durante a pandemia, perderam o emprego
porque o negócio em que eles trabalhavam fechou e eles ficaram
desempregados, já que o empregador não podia mais ter folha de
pagamento. Essas pessoas foram atrás, viraram empreendedores. Então, há
mais 3 milhões de novas pequenas empresas, microempreendedores
individuais, pequenos empresários que estão agindo por conta própria.
Este é o brilho da economia, refletido pelas previsões do mercado
financeiro, que saem no boletim Focus, do Banco Central. Vejam só o que
estão prevendo: PIB subindo mais ainda, agora a expectativa é de 2,1%
para este ano; inflação caindo, é de 6,7% a previsão – na Europa, ao
contrário, o PIB está caindo e a inflação está subindo. A taxa Selic
permanece nos atuais 13,75%, na previsão de cerca de 100 agentes de
mercado; eles imaginam que o dólar fechará o ano mais ou menos igual a
hoje, em R$ 5,20; a balança comercial terá um super-superávit de US$ 68
bilhões – esta é a previsão deles, eu acredito que será bem maior; os
investimentos diretos estrangeiros, capital de risco que cria empregos
aqui, cria produção, gera exportações, será de US$ 58 bilhões.
Brasil faz o milagre do milho e mostra vocação para alimentar o mundo Partido político e Supremo jogam contra a redução de impostos
Não é só o auxílio de R$ 600, o Brasil inteiro está melhorando Isso
tudo é o que o brasileiro é capaz de fazer, desde que o governo não
atrapalhe, não se meta. E o governo não só não atrapalhou como fez
várias reformas – com a ajuda do Congresso, claro – que estimularam a
cabotagem, as ferrovias, o saneamento básico. Tudo isso gira a economia.
O governo baixou o IPI de muitos produtos, facilitou o imposto de
importação para outros. Esse é o resultado, uma recuperação que vem
depois de uma grande torcida, parecia coisa de marketing, tentando
derrubar o Brasil, acabar com o Brasil.
Os debates não são mais como os de outros tempos Muita gente me
pergunta se vi os debates e as entrevistas. Confesso que entrevista eu
nem vi. Só vi alguns trechos, mas as perguntas são tão longas, tão
enfadonhas que não sabemos mais se o entrevistador quer se afirmar, quer
fazer um editorial ou quer fazer uma pergunta. Às vezes a pergunta toma
40% do tempo do entrevistado. Já nos debates, parece que o show
prevaleceu, muitas luzes, muitos apresentadores. Eu não sei para que
tantos, dois bastavam. E os assuntos todos eram aqueles que os
frequentadores de redes sociais já conhecem, estão bem informados. Não
houve novidades, tanto que a audiência não é mais aquela de outros
tempos, de grandes debates, quando não havia rede social.
PGR cansou de ver a Rede usando o STF para fazer política A
Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao Supremo Tribunal
Federal que não aceite mais um pedido do senador Randolfe Rodrigues, da
Rede, partido que tem um senador, dois deputados e consegue mobilizar o
Supremo. De novo ele veio com a história de que Bolsonaro influencia a
Polícia Federal. Se o presidente tivesse alguma influência nas ações da
Polícia Federal, ele teria avisado os oito empresários, seus apoiadores,
que a polícia chegaria de manhã… Então, o procurador-geral da República
disse “chega”. O caso, que envolve o ex-ministro da Educação Milton
Ribeiro e aqueles dois pastores, está com a ministra Cármen Lúcia.
Finalmente apareceu alguém – no caso, o procurador-geral, para dizer:
“vamos voltar aos outros tempos”, tempos em que o Supremo, diante de
pedidos como esses, simplesmente respondia “esse assunto é político, não
é constitucional. Trate dele na esfera política, vá denunciar na
tribuna do Senado”.
O povo não aguenta mais intelectuais que despertam nas pessoas a
raiva, na esperança macabra de que o ressentimento dará origem a um
Paraíso.| Foto: Reprodução/ Wikipedia
Há coisa de semanas, li um
sujeito em geral muito equilibrado tropeçar nas próprias intenções e
anunciar com inequívoco orgulho que tinha acabado de escrever algo que
irritaria jovens e velhos, casados e solteiros, héteros e gays,
bolsonaristas e petistas, direitistas e esquerdistas, conservadores e
progressistas, fieis e ateus. Não li o texto e, portanto, não posso
dizer se o escritor conseguiu mesmo irritar todo mundo. Só sei que, a
mim, não irritou.
Mas isso é de menos. O que chamou realmente minha atenção foi essa
pretensão de irritar todo mundo, divulgada como se fosse produto de um
talento extraordinário e uma motivação nobre. Como se essa raiva toda
fosse mudar a vida de uma só pessoa para melhor. E, no entanto, não
precisei nem de dois segundos para reconhecer ali toda uma geração de
intelectuais. E aqui uso a palavra no sentido de “pessoa que vive das
ideias”, o que inclui jornalistas e até artistas.
Ao longo de décadas, de uma forma mais ou menos explícita, aprendemos
que o mundo se divide entre ricos e pobres, opressores e oprimidos,
isto é, os que mandam e os que, porque têm juízo, obedecem. De acordo
com o que diziam nossos professores, a cooperação entre os dois grupos é
impossível. Porque eles vivem uma relação de atrito constante, para o
qual existe apenas um alívio historicamente aceitável: a violência.
Desnecessário dizer, mas digo mesmo assim porque pensando bem talvez
não seja tão desnecessário: não concordo com absolutamente nada disso.
Idioticamente, acredito que as pessoas são capazes de cooperar e de se
satisfazerem com essa cooperação, independentemente de suas posições na
escala econômico-social. Em outras palavras, não estou nem aí para a
inveja da mais-valia.
Mas muita gente está. E é esse ressentimento que alimenta o desejo
intelectual de exercer perversamente o poder, impondo suas ideias e a
elas subjugando o leitor, espectador, ouvinte ou aluno no que ele tem de
mais sincero: a emoção. Isto é, provocando nele uma raiva que se diz
justa, mas raramente é. Semeando um ódio que seria “intelectualmente
justificável”.
Essa mentalidade é uma das grandes responsáveis pela briga
político-eleitoral que temos hoje em dia, e que só não vou chamar de
“polarização política” porque estou cansado da expressão. Mas suas
consequências vão muito além da disputa entre Jair Bolsonaro e Lula.
Como o homem comum está cansado de tanto soco no estômago, de tanta
provocação, de ser xingado, humilhado, diminuído, tratado como “o grande
causados dos males humanos”, é natural que ele se volte contra os
causadores desse mal-estar. Ou seja, aqueles que estufam o peito para se
dizerem livres-pensadores (não são) e fazem biquinho para se dizerem
provocateurs: os intelectuais.
É disso que se trata o caos dialético (bonito, isso) que vemos todos
os dias nas redes sociais e aqui mesmo na Gazeta do Povo: o povo, essa
abstração alguns ainda reduzem à faixa de renda, mas que é muito mais
complexa, se vê traído e esmagado por essa relação de força. Ele se vê
escravizado por ideias com as quais não compactua porque não entende – e
não compactuaria mesmo se entendesse. Ele não aguenta mais ver seus
pequenos momentos de felicidade transformados em privilégios pelos quais
se exige reparação.
Se agir assim ou assado, não, um pouco mais para a esquerda, mais,
mais, só mais um pouco, mais, mais, sempre mais, o intelectual promete
ao homem comum uma religião regida pela razão. Pelo… intelecto que ele
tanto preza. Mas ele sabe que se trata de um estelionato espiritual. Daí
a revolta contra essa gente que, munida de algumas citações e meia
dúzia de conjunções para dar liga nesse arremedo de ideia, lhe diz como
viver nos mínimos detalhes: o que comer, o que vestir, que palavras
dizer, que músicas ouvir e, em alguns casos, até com quem é aceitável o
homem comum se relacionar.
Irritar as pessoas na esperança de que elas se juntem às fileiras de
invejosos e ressentidos e marchem rumo a um Paraíso igualitário? Tô
fora! Prefiro alegrar e, aqui e ali, oferecer algum conforto a todos os
que se esforçam para serem pessoas melhores todos os dias – apesar do
fracasso inerente à condição humana.
Parte do gás natural volta aos poços de onde é extraída Foto: André Valentim/Agência Petrobras
Brasil deixou de arrecadar R$ 118 bilhões nos últimos cinco anos com a
reinjeção de gás natural nos campos de extração de petróleo. Ou seja:
em vez de o insumo ser consumido, ele volta para os poços de onde os
volumes são extraídos. Segundo a Cbie Advisory, consultoria ligada ao
Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), as perdas financeiras
cresceram 120% – foram de R$ 14,7 bilhões em 2017 para R$ 32,4 bilhões
-, no ano passado. Em volume, foram reinjetados 27,61 milhões de metros
cúbicos por dia (m3/d) em 2017, evoluindo para 60,84 milhões de m3/d em
2021.
Segundo o diretor e sócio do Cbie, Pedro Rodrigues, o valor é maior
que toda a arrecadação do governo com o setor energético no ano passado.
Se forem somados os valores que o governo recebeu de dividendos da
Petrobras, impostos sobre combustíveis, leilões e outras participações
governamentais, “o valor é menor do que o que ele deixou de receber
reinjetando o gás natural”, diz ele.
Gargalo na infraestrutura de escoamento impede uso
O principal motivo para a reinjeção do gás natural é a falta de
investimento em infraestrutura de escoamento. Além de prejudicar a
arrecadação, que poderia ser destinada a áreas como saúde, segurança e
educação, o Brasil perde a oportunidade de garantir a segurança
energética.
De acordo com Rodrigues, apesar de o País ter uma produção capaz de
atender a demanda nacional, atualmente importa 50% do consumo de gás
natural “porque não há infraestrutura para que o produto chegue até o
consumidor final”.
Por falta de gasodutos entre as unidades produtoras e a costa
brasileira, o Brasil reinjeta quase a metade do gás natural produzido.
Em maio, último dado disponível na Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP), dos 131,7 milhões de metros cúbicos de
gás extraídos diariamente das bacias brasileiras, 67,5 milhões de metros
cúbicos foram reinjetados.
Situação se agravou este ano
A situação se agravou este ano, após o impasse criado pela
paralisação das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN)
do Gaslub (ex-Comperj), em Itaboraí, no Rio de Janeiro, que adiou a
entrada em operação da Rota 3, um gasoduto que traria este ano gás
natural do pré-sal para ser processado na UPGN. Com a Rota 3, a
estimativa é de que a oferta de gás cresça cerca 40% no País.
A fé é fator determinante para alcançar objetivos profissionais e ter uma vida mais próspera.
Qual é a relação entre fé e sucesso? Teremos mais sucesso se
confiarmos em Deus? Você provavelmente já ouviu pessoas bem-sucedidas
creditarem suas realizações a Deus.
Você sabia que os principais empreendedores e líderes de empresas de
sucesso no mundo tem uma base inspirada pela fé? Não estamos
necessariamente falando de religião, mas é impossível ignorar o poder e a
influência dela em todo tipo de projeto de sucesso. Quando alguém
alcança o sucesso em um determinado objetivo é comum relacioná-lo a
talento, estudo e determinação. No entanto, um elemento muito importante
para alcançar o sucesso às vezes é esquecido, mesmo sendo de
unanimidade entre todos que conquistaram algo que almejavam – a fé!
Em sociedades caracterizadas por altos níveis de pobreza absoluta,
desemprego, injustiça e corrupção, a fé pode ser uma bússola na
escuridão ou até mesmo o combustível para um longo caminho de
incertezas. O dicionário define a fé como ‘’confiança total’’ ou
‘’adesão absoluta do espírito àquilo que se considera verdadeiro’’.
Falar sobre a fé é um diálogo amplo. Pessoas diferentes entendem de
maneiras diferentes de acordo com a sua cultura e crenças, mas um fator é
determinante: a fé é uma prática poderosa para alcançar seus objetivos
de vida, independente de quem você seja e os objetivos que almeja na
vida.
Mas qual é a relação entre fé e sucesso? Teremos mais sucesso se
confiarmos em Deus? A fé seria apenas para pessoas religiosas? Você
provavelmente já ouviu pessoas bem-sucedidas creditarem suas realizações
a Deus, fé, perseverança, determinação, organização, estudo e trabalho
às suas conquistas. O sucesso está sempre relacionado com essas e outras
práticas como ser uma boa pessoa, com boas práticas para sua família,
amigos e sociedade.
O que fez Thomas Edison continuar com o experimento da lâmpada mesmo
diante de 10.000 falhas? A resposta é simples; ele tinha fé que o
experimento da lâmpada incandescente produziria resultados positivos. E
ele atingiu seu objetivo? A resposta é sim. Grandes personalidades do
mundo como Bill Gates, Michael Dell, Larry Ellison e Mark Zuckerberg
abandonaram a faculdade porque tinham fé em seus empreendimentos e hoje
são os empresários mais celebrados que se tornaram bilionários na
juventude. Em um discurso em Harvard para os formandos em 2017, o
fundador do Facebook falou sobre o sucesso: ‘’As ideias não saem
totalmente formadas. Elas só se tornam claras à medida que você trabalha
nelas. Você só precisa começar. Se eu tivesse que saber tudo sobre
conectar pessoas antes de começar, nunca teria construído o Facebook’’
disse o empresário que se tornou um dos mais ricos do mundo após largar
os cursos de Psicologia e Ciências da Computação.
Durante o processo até você construir ou conquistar algo, muitas
coisas podem surgir para abalar a sua fé. Quando você recebe uma notícia
desagradável, quando uma pessoa próxima rompe sua confiança ou uma
situação te deixa triste, isso pode fazer com que você questione tudo e
até mesmo sua fé, no entanto são nestes momentos em que continuar
acreditando em seu propósito e em seus objetivos pode te ajudar a ter
outras perspectivas de tudo e assim sair mais forte sempre.
A fé é um componente crítico do sucesso. O sucesso é impossível de
alcançar sem confiança. Você não conseguirá acreditar em suas
aspirações, objetivos e em si mesmo.
Força de caráter, consistência, força mental, tenacidade, resistência
em tempos difíceis, autoconfiança, confiança, vontade, força de vontade
e resistência são todas características da fé.
A fé implica que você nunca desista de suas aspirações, objetivos ou
da busca do propósito principal de sua vida. Aqueles que acreditam em
suas aspirações, objetivos e propósitos principais na vida não deixam
nada ficar em seu caminho. Você pode superar qualquer impedimento em seu
caminho para o sucesso se tiver fé.
Para falar sobre a linha tênue entre ser uma pessoa ética, de
princípios e com fé para obter sucesso na vida empresarial, nós
consultamos o empresário, palestrante e pastor Michael Aboud sobre o
assunto. Para Michael, a maior parte dos problemas têm relação com o
sucesso ou frustração financeira e falar sobre negócios e fé deveria ser
menos problematizado pelas pessoas: ‘’Durante 24 anos como pastor, eu
percebi que 80% dos principais problemas das pessoas têm uma motivação
financeira. Não necessariamente sobre dívidas, mas já vi muitas doenças
físicas, psicológicas, crises de casamento, brigas de família em que a
questão financeira foi a motivação. Quanto mais cedo uma pessoa entende
este processo, mais ela vai prosperar na vida’’ disse o especialista.
Com a ajuda de Aboud, nós fizemos uma lista com cinco passos
essenciais que todos empreendedores e líderes devem colocar em prática,
independente de qual estágio seus negócios se encontram. Veja:
Seja honesto no ambiente de negócios
A honestidade deve estar na base de tudo o que você faz. É a maneira
mais fácil de aplicar seus valores a qualquer ambiente de negócios.
Também dá o exemplo para os outros e fornece consistência no local de
trabalho. Especialmente à medida que você progride em sua carreira e
objetivos.
Trate bem as pessoas nos negócios
A regra de ouro é uma das primeiras lições que todos aprendemos
quando crianças. É uma Estrela do Norte que guia muitas pessoas
independentemente da fé. É também um dos pilares dos bons negócios. As
empresas que tratam bem seus funcionários também são bastante
bem-sucedidas. Na verdade, algumas das maiores e mais bem-sucedidas
empresas também estão entre as mais éticas.
Seja justo
Embora possa ser instintivo cuidar de seus funcionários, também é
importante ser justo nos negócios com seus concorrentes. Fazer o que é
certo nem sempre é fácil, mas ser justo e honesto aumenta sua reputação e
ajuda você a construir relacionamentos comerciais que podem ser úteis
no futuro. As empresas que consideram seus concorrentes inimigos gastam
energias onde não deveriam e às vezes acabam gastando muita energia de
forma negativa.
Invista em adquirir sabedoria
As empresas existem para dar lucro. Não há nada de errado em ganhar
dinheiro, lutar para ter sucesso e conquistar uma melhor condição de
vida para sua família. Faça planos de curto e longo prazo que ajudarão a
cumprir seus objetivos.
Durante este processo, invista em adquirir sabedoria e conhecimento
de qualidade para que você possa estruturar aquilo que você deseja.
Ajude pessoas e causas quando tiver a oportunidade
Assim como as empresas que tratam bem seus funcionários tendem a se
sair melhor do que aquelas que não o fazem, as organizações que
retribuem à comunidade também obtêm recompensas altruístas e
financeiras. Faz parte do processo de fé acreditar que o sucesso é
alcançado também a partir da generosidade e compartilhamento.
Compartilhe se puder! A generosidade, seja na forma de dar dinheiro,
experiência, tempo ou cuidado, é a base da ética. Quando você apoia
causas que se alinham bem com seus princípios, você demonstra uma boa
cidadania pessoal e corporativa.
Por que você está ignorando a ferramenta de vendas mais poderosa do mundo?
Guilherme Dias – Diretor de Comunicação e Marketing da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (ACIPG)
Eu vejo todos os dias o anunciante separando seus R$ 10.000,00 pra
fazer uma campanha no rádio, R$ 3.000,00 para sair em uma revista local,
pelo menos R$ 9.000,00 para fazer uns 3 pontos de mídia exterior, mas
na hora de tirar o escorpião do bolso pra comprar mídia online, qualquer
“milão” é “caro demais”.
Eu sinceramente não sei de onde veio este mito de que fazer anúncios
na internet merece menos atenção financeira do que outros meios. A
lógica deveria ser justamente a inversa.
Nenhum outro tipo de mídia retém tanta atenção do público comprador como na internet.
O Brasil é o terceiro país do mundo onde as pessoas mais ficam
conectadas, passando mais de 10 horas por dia online (DEZ HORAS POR
DIA!).
Ficamos atrás apenas de África do Sul e Filipinas.
Qual outra mídia prende a atenção das pessoas por DEZ HORAS?
Qual outra mídia pode colocar sua marca literalmente na mão do seu cliente ideal?
Qual outra mídia pode colocar sua marca na mão do seu cliente no EXATO momento que ele está propenso a fazer uma compra?
Qual outra mídia pode rastrear, seguir o seu cliente de acordo com os hábitos de consumo dele?
Qual outra mídia pode segmentar um anúncio de acordo com os interesses, medos, desejos, ações, intenções…
Qual outra mídia pode oferecer um contato com seu cliente ideal 24 horas por dia, 7 dias por semana?
Absolutamente nenhuma além da internet.
E agora, me conta…qual o motivo da internet receber menos investimento comparado à mídia tradicional?
Marketing Digital é barato, mas não é de graça.
Vamos fazer uma conta de padaria:
Quanto custa imprimir 1.000 flyers (folhetos) e distribuir no sinal?
Papel couchè brilho 90g 4×4 cores, em gráfica de internet (qualidade bem meia boca), com frete sai em torno de R$ 250,00.
Para a distribuição, você não vai encontrar quem faça por menos de R$ 70 a diária.
Você não tem a garantia de entrega. Já ví muito “panfleteiro” jogando
metade do material no bueiro, ou entregando 2 de uma vez só em cada
carro. Mas vamos tirar essa margem da conta.
Estamos falando de R$ 320 para 1 mil impactos.
Hoje estava otimizando uma campanha de Instagram, da minha conta
pessoal, e o meu CPM (custo por mil impressões) estava girando em torno
de R$ 5,51.
Ou seja cerca de 1,72% do valor de uma ação de rua com flyer.
Essa lógica pode ser aplicada a qualquer meio de comunicação tradicional, seja rádio, tv, outdoor, busdoor…
E a conta também deve ser levada em consideração além dos anúncios de Google, LinekedIN, Facebook, Instagram e TikTok.
Banners em portais e publieditoriais, este último ainda pouco
explorado por pequenos e médios anunciantes, também apresentam números
disparados na frente do marketing tradicional.
Então, quando você se perguntar se está tendo ou não resultados com mídia online, pense nessa continha.
Marketing digital, em comparação, é barato sim, mas será que você
deveria deixar a menor faixa de verba do seu orçamento de marketing para
o meio de vendas MAIS PODEROSO QUE EXISTE?
Deixo a reflexão.
Preferências de Publicidade e Propaganda
Moysés Peruhype Carlech – Fábio Maciel – Mercado Pago
Você empresário, quando pensa e necessita de fazer algum anúncio para
divulgar a sua empresa, um produto ou fazer uma promoção, qual ou quais
veículos de propaganda você tem preferência?
Na minha região do Vale do Aço, percebo que a grande preferência das
empresas para as suas propagandas é preferencialmente o rádio e outros
meios como outdoors, jornais e revistas de pouca procura.
Vantagens da Propaganda no Rádio Offline
Em tempos de internet é normal se perguntar se propaganda em rádio funciona, mas por mais curioso que isso possa parecer para você, essa ainda é uma ferramenta de publicidade eficaz para alguns públicos.
É claro que não se escuta rádio como há alguns anos atrás, mas ainda
existe sim um grande público fiel a esse setor. Se o seu serviço ou
produto tiver como alvo essas pessoas, fazer uma propaganda em rádio
funciona bem demais!
De nada adianta fazer um comercial e esperar que no dia seguinte suas
vendas tripliquem. Você precisa ter um objetivo bem definido e entender
que este é um processo de médio e longo prazo. Ou seja, você precisará
entrar na mente das pessoas de forma positiva para, depois sim,
concretizar suas vendas.
Desvantagens da Propaganda no Rádio Offline
Ao contrário da televisão, não há elementos visuais no rádio, o que
costuma ser considerado uma das maiores desvantagens da propaganda no
rádio. Frequentemente, os rádios também são usados como ruído de
fundo, e os ouvintes nem sempre prestam atenção aos anúncios. Eles
também podem mudar de estação quando houver anúncios. Além disso, o
ouvinte geralmente não consegue voltar a um anúncio de rádio e ouvi-lo
quando quiser. Certos intervalos de tempo também são mais eficazes ao
usar publicidade de rádio, mas normalmente há um número limitado,
A propaganda na rádio pode variar muito de rádio para rádio e cidade
para cidade. Na minha cidade de Ipatinga por exemplo uma campanha de
marketing que dure o mês todo pode custar em média 3-4 mil reais por mês.
Vantagens da Propaganda Online
Em pleno século XXI, em que a maioria dos usuários tem perfis nas mídias sociais e
a maior parte das pessoas está conectada 24 horas por dia pelos
smartphones, ainda existem empresários que não investem em mídia
digital.
Quando comparada às mídias tradicionais, a propaganda online é
claramente mais em conta. Na internet, é possível anunciar com pouco
dinheiro. Além disso, com a segmentação mais eficaz, o seu retorno é
mais alto, o que faz com que o investimento por conversão saia ainda
mais barato.
Diferentemente da mídia tradicional, no online, é possível modificar
uma campanha a qualquer momento. Se você quiser trocar seu anúncio em
uma data festiva, basta entrar na plataforma e realizar a mudança,
voltando para o original quando for conveniente.
Outra vantagem da propaganda online é poder acompanhar em tempo real tudo
o que acontece com o seu anúncio. Desde o momento em que a campanha é
colocada no ar, já é possível ver o número de cliques, de visualizações e
de comentários que a ela recebeu.
A mídia online possibilita que o seu consumidor se engaje com o
material postado. Diferentemente da mídia tradicional, em que não é
possível acompanhar as reações do público, com a internet, você pode ver
se a sua mensagem está agradando ou não a sua audiência.
Outra possibilidade é a comunicação de via dupla. Um anúncio
publicado em um jornal, por exemplo, apenas envia a mensagem, não
permitindo uma maior interação entre cliente e marca. Já no meio
digital, você consegue conversar com o consumidor, saber os rastros que
ele deixa e responder em tempo real, criando uma proximidade com a
empresa.
Com as vantagens da propaganda online, você pode expandir ainda mais o
seu negócio. É possível anunciar para qualquer pessoa onde quer que ela
esteja, não precisando se ater apenas à sua cidade.
Uma das principais vantagens da publicidade online, é que a
mesma permite-lhe mostrar os seus anúncios às pessoas que provavelmente
estão interessadas nos seus produtos ou serviços, e excluir aquelas que
não estão.
Além de tudo, é possível monitorizar se essas pessoas clicaram ou não nos seus anúncios, e quais as respostas aos mesmos.
A publicidade online oferece-lhe também a oportunidade de
alcançar potenciais clientes à medida que estes utilizam vários
dispositivos: computadores, portáteis, tablets e smartphones.
Vantagens do Marketplace Valeon
Uma das maiores vantagens do marketplace é a redução dos gastos com publicidade e marketing. Afinal, a plataforma oferece um espaço para as marcas exporem seus produtos e receberem acessos.
Justamente por reunir uma vasta gama de produtos de diferentes segmentos, o marketplace Valeon atrai uma grande diversidade e volume de público. Isso
proporciona ao lojista um aumento de visibilidade e novos consumidores
que ainda não conhecem a marca e acabam tendo um primeiro contato por
meio dessa vitrine virtual.
Tem grande variedade de ofertas também e faz com que os clientes
queiram passar mais tempo no site e, inclusive, voltem com frequência
pela grande diversidade de produtos e pela familiaridade com o ambiente.
Afinal de contas, é muito mais prático e cômodo centralizar suas
compras em uma só plataforma, do que efetuar diversos pedidos
diferentes.
Inserir seus anúncios em um marketplace como o da Valeon significa
abrir um novo “ponto de vendas”, além do e-commerce, que a maioria das
pessoas frequenta com a intenção de comprar. Assim, angariar sua
presença no principal marketplace Valeon do Vale do Aço amplia as
chances de atrair um público interessado nos seus produtos. Em suma,
proporciona ao lojista o crescimento do negócio como um todo.
Quando o assunto é e-commerce,
os marketplaces são algumas das plataformas mais importantes. Eles
funcionam como um verdadeiro shopping center virtual, atraindo os
consumidores para comprar produtos dos mais diversos segmentos no mesmo
ambiente. Por outro lado, também possibilitam que pequenos lojistas
encontrem uma plataforma, semelhante a uma vitrine, para oferecer seus
produtos e serviços, já contando com diversas ferramentas. Não é à toa
que eles representaram 78% do faturamento no e-commerce brasileiro em
2020.
Vender em marketplace como a da Valeon traz diversas
vantagens que são extremamente importantes para quem busca desenvolver
seu e-commerce e escalar suas vendas pela internet, pois através do
nosso apoio, é possível expandir seu ticket médio e aumentar a
visibilidade da sua marca.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode
moldar ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é
colocar o consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn
possibilita que você empresário consiga oferecer, especificamente para o
seu consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
Nos debates e nas declarações dos candidatos à Presidência da
República, não vemos nenhum deles falar sobre quais são os seus projetos
para a melhoria da educação básica brasileira e muitos deles não sabem
que existe um ótimo projeto que promete solucionar de vez a melhoria do
nosso ensino básico. Estamos falando sobre o projeto de lei que prevê a
federalização da educação por meio da transferência de competências dos
estados e municípios à União.
O PLS 337/2016
foi apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e tem como
relator na CE o senador Pedro Chaves (PSC-MS). A proposta regulamenta a
cooperação federativa na educação. Atualmente, a execução das políticas
para a educação pré-escolar e para o ensino fundamental é de competência
dos municípios e do DF, seguindo os critérios da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB). Conforme o texto do projeto, essa competência
poderia ser federalizada por meio de leis locais, desde que a União as
aceitasse, tendo prioridade cidades e estados com serviços educacionais
em “situação crítica de desempenho”.
Além de usar avaliações nacionais de estudantes como critério de
verificação de desempenho, o projeto inaugura o Padrão Nacional Mínimo
de Educação Básica, que leva em conta equipamentos escolares, condições
de carreira dos professores e adoção de regime de aulas em horário
integral.
Ao justificar seu projeto, Cristovam argumenta que o país só poderá
atingir uma qualidade mínima na educação básica se a União puder atuar
diretamente na redução das desigualdades, como no caso das escolas
federais de educação básica, referências de modernização de equipamentos
e remuneração do corpo docente. Ele ressalvou que a proposta não fere o
pacto federativo, pois somente poderá ser colocada em prática pelas
administrações que optarem por repassar suas competências em favor da
União.
Fonte: Agência Senado
Federalização das escolas públicas custaria R$ 9 trilhões em 20 anos.
Ideia de transferir instituições de ensino para a União foi debatida no
Senado. De acordo com a proposta, professores poderiam receber salário
de R$ 15 mil
Por
Rodrigo Azevedo, especial para a Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo
Embora representem menos de 1% das matrículas da Educação Básica, as
escolas federais são, de longe, as que apresentam melhor desempenho nas
avaliações de ensino. O resultado mais recente do Programa Internacional
de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em 2016, demonstra de forma
clara essa disparidade em relação às instituições das redes municipais,
estaduais e até mesmo privadas.
Na pesquisa, os alunos que estudam em locais vinculados à União
atingiram notas acima da média dos países da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – equiparando-se a índices
de nações como a Bélgica, por exemplo. O bom desempenho é percebido,
principalmente, nas avaliações de Leitura e Ciências.
No índice que mede a proficiência em Leitura, as escolas federais
alcançaram 528 pontos – número superior à média dos membros da OCDE (493
pontos). A entidade agrega alguns dos países mais desenvolvidos do
mundo, como Estados Unidos, Alemanha e Japão – o Brasil ainda pleiteia
sua condição de membro. A rede municipal, para se ter ideia, somou
apenas 325 pontos nesse mesmo quesito.
Em Ciências, os locais de ensino vinculados ao governo federal
atingiram 517 pontos – 24 acima da média da organização internacional.
As escolas municipais, na mesma avaliação, somaram 329 pontos. Já as
instituições privadas brasileiras ficaram abaixo das instituições
federais em todas as avaliações do Pisa.
Com base nestes resultados, o senador e candidato à reeleição
Cristovam Buarque (PPS-DF) elaborou um Projeto de Lei Complementar (PLS)
que tem a pretensão de federalizar diversas escolas municipais e
estaduais. As instituições, de acordo com a proposta, passariam a ser
geridas pela União e os locais de ensino mais precarizados teriam
preferência na fila da federalização. Por sua vez, o governo federal
poderia optar por aceitar ou não a gerência sobre a instituição. A
anuência dependeria da condição fiscal do país e de sua capacidade de
honrar com investimentos e gastos de manutenção.
Na opinião do senador, o Brasil oferece condições desiguais de ensino
público à população. “É um absurdo uma criança ter uma escola boa, e
outra, uma ruim. Educação tem que dar chance a todos”, afirma. O caráter
heterogêneo das prefeituras estaria na base dessa disparidade. “Nossos
municípios são muito desiguais e nem todos conseguem prover
oportunidades equânimes.”
Custo trilionário
O projeto estipula o prazo de 20 anos para a incorporação federal de
escolas, obedecendo-se o limite fiscal de gastos – regido pela Emenda
Constitucional 95. Aliás, essa estratégia não custaria pouco.
Um cálculo feito pela assessoria de Buarque, divulgado em 2016,
estima o custo anual da proposta em R$ 463 bilhões – com base em valores
de 2011. Corrigido pela inflação do período, o valor atual fica em
torno de R$ 681 bilhões. Caso as federalizações durem o tempo previsto, o
gasto total ultrapassaria os R$ 9 trilhões. O país precisaria elevar o
PIB em 2% por ano ao longo de duas décadas para arcar com a migração.
Nas últimas duas décadas, a economia brasileira cresceu acima dos 2% em
apenas oito anos – o que ajuda a dimensionar o desafio.
A proposta também inclui a incorporação dos professores municipais e
estaduais, além da contratação de docentes por meio de concurso público.
Os profissionais se tornariam servidores federais, com salário em torno
de R$ 15 mil. Eles teriam estabilidade, mas seriam submetidos a
avaliações de desempenho a cada cinco anos.
Desempenho melhor: por quê?
Uma das justificativas para o bom desempenho das escolas federais
pode ser o tamanho reduzido da rede – o que aumenta a chance de um maior
controle de qualidade. Segundo o Censo Escolar de 2016, o Brasil tem
186 mil escolas de Educação Básica. Dessas, apenas 0,4% são federais.
Entre as escolas de Ensino Médio, cerca de 1,5% estão sob a guarda da
União. Ao todo, o país tem 64 mil creches, sendo apenas 19 delas
federais. Em termos de matrículas, a participação é irrisória: menos de
1% dos estudantes brasileiros frequentam instituições federais.
A alta demanda por escolas federais faz com que muitas tenham de
realizar avaliações de pré-seleção. Como o nível de exigência é alto,
alunos de baixo desempenho tendem a abandonar as instituições. Além
disso, a qualidade dos professores contribui para o destaque. A própria
motivação dos docentes influencia no processo. De acordo com o movimento
Todos Pela Educação, a remuneração média de um professor da rede
federal é de R$ 5.173,92, para uma carga horária de 40 horas semanais. O
valor é 65% acima do salário médio do magistério de outras redes
públicas.
Em São Paulo, a escola Paulistinha, administrada pela Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), é um exemplo do alcance de bons
resultados. A instituição obteve conceito acima da média em todas as
edições do Índice de Desenvolvimento da Escola Básica (Ideb). Na última
pesquisa, divulgada em 2015, a Paulistinha atingiu 6,5 pontos. A meta
definida pelo Ministério da Educação (MEC) era de 4,7. Em 2011, o Ideb
da instituição foi 6,9 – bem acima dos 3,9 estipulados pelo governo. A
escola atende a quase 700 crianças do Ensino Infantil e Fundamental.
Outro destaque do Ideb é o colégio Aplicação, de Porto Alegre (RS).
Vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a escola
alcançou 7,3 pontos na avaliação de 2015 e teve uma das melhores
performances do país.
Distribuição de recursos
A proposta, entretanto, encontra resistências. Uma das vozes
dissonantes é o educador e cientista político Daniel Cara. Para ele,
coordenador licenciado da Campanha Nacional pelo Direito à Educação
(CNDE) – uma rede de organizações dedicadas a promover a qualidade do
ensino no país – e candidato ao Senado, se a União repassasse recursos
proporcionais aos gastos e ao envolvimento na educação, muitos problemas
das escolas municipais e estaduais poderiam ser solucionados.
De acordo com dados da CNDE, a cada R$ 1 investido na área
educacional, os municípios entram com R$ 0,42. Já os estados contribuem
com R$ 0,40. Historicamente, porém, os repasses federais são
desproporcionais aos investimentos no setor. Em um artigo escrito para
um periódico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Cara cita que o
governo federal concentra 57% do que é arrecadado. Os estados ficam com
25%, enquanto os municípios sofrem com o repasse de somente 18%.
Assim, a saída para equilibrar a qualidade não seria transpor a
administração das escolas da rede pública à União, mas racionalizar o
rateio das verbas. “O país tem 200 mil escolas públicas. É impossível
gerir tudo isso. O caminho é fazer com que o governo assuma seu papel de
colaborar técnica e financeiramente com estados e municípios”, diz o
educador.
Projeto Integral:
https://www.senado.gov.br/senadores/Senador/CristovamBuarque/arquivos/A%20Federaliza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20B%C3%A1sica.comp.capa.pdf
Leia mais em:
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/federalizacao-das-escolas-publicas-custaria-r-9-trilhoes-em-20-anos-13ruguf010lc0cn2q6y7wanee/
Metas audazes ajudam toda a sociedade a sonhar grande, a enxergar
como possível a revolução na educação que todos esperamos| Foto:
Bigstock
Os maus resultados em avaliações de desempenho de
estudantes, a lenta evolução em comparação com outros países, os altos
índices de analfabetismo funcional e a irrelevância acadêmica e
científica tendem a despertar pessimismo em relação à educação no
Brasil. Não é incomum a percepção de que uma transformação verdadeira só
poderá ser o resultado de um processo muito demorado – de algumas
décadas, talvez.
Sem perder o realismo, é preciso repelir a impressão de que
estamos diante de um bicho de sete cabeças. De tempos em tempos, ouve-se
falar de municípios, regiões ou países que promoveram uma grande
revolução na educação em poucos anos. Não há razões para duvidar da
possibilidade de que o Brasil se torne um desses casos surpreendentes e
inspiradores.
Foi apostando em currículos mais rigorosos e maior monitoramento da
aprendizagem que as escolas públicas do município de Sobral (CE) se
tornaram as melhores do país. Portugal também confiou em currículos e
avaliações mais exigentes para se tornar rapidamente um dos países
europeus que mais evoluem nos índices da educação. Até 1960, a Coreia do
Sul era um dos países mais pobres do mundo; hoje, figura entre as 15
maiores economias do planeta, é um grande polo tecnológico e tem alto
índice de desenvolvimento humano – e isso se deve, em grande parte, a
uma revolução no ensino do país promovida especialmente a partir da
década de 1980. Em todos esses casos, os resultados da reestruturação da
educação começaram a ficar visíveis em menos de uma década.
Esses são alguns exemplos de que a elevação dos padrões de ensino e
aprendizado no Brasil não precisa ser um objetivo distante. Não faz
sentido, então, propor-se metas tímidas de melhoria: uns poucos pontos
depois da vírgula nos indicadores escolhidos. Não. É possível sonhar com
evoluções mais intensas e rápidas. Cada nova geração, cada novo grupo
de alunos que entra em idade escolar e ingressa em algum colégio Brasil
afora chega com potenciais esplêndidos, maravilhosos, que só precisam
ser devidamente inspirados e estimulados para florescerem. Se lhes
oferecermos as condições adequadas, os resultados virão muito
rapidamente.
Por isso, com um planejamento adequado, com os ajustes nas alavancas
corretas, é possível sonhar com transformações em curto espaço de tempo.
E, por isso, vale a pena estabelecer metas arrojadas, metas agressivas,
de crescimento no aproveitamento escolar. Metas audazes ajudam toda a
sociedade a sonhar grande, a enxergar como possível a revolução na
educação que todos esperamos; e, sobretudo, metas corajosas e ambiciosas
desafiam os gestores, políticos e técnicos a porem todo o seu engenho
na busca e na aplicação das melhores práticas de ensino. Atacando os
problemas mais evidentes, escolhendo bem as prioridades, recorrendo a
toda a tecnologia que esteja disponível será possível começar a ver
frutos que, inclusive, poderão servir de incentivo para um maior
engajamento de todos os cidadãos em torno dessa causa.
Auxílio de R$ 600, renda mínima, Bolsa Família: o que candidatos propõem para os pobres
Por Vandré Kramer – Gazeta do Povo
| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Um dos pontos
comuns aos quatro candidatos à Presidência com mais intenção de voto na
pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira (29) é a reformulação dos
programas de transferência de renda. O atual, o Auxílio Brasil, que em
novembro de 2021 substituiu o Bolsa Família, está concedendo
temporariamente R$ 600 por mês neste segundo semestre.
O valor pode ser permanente. Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT) e Simone
Tebet (MDB) falam em fixá-lo em R$ 600 de janeiro em diante. E Ciro
Gomes (PDT) fala em um programa de renda mínima de R$ 1 mil.
Veja, a seguir, as principais propostas sobre transferência de renda:
Ciro Gomes (PDT) Uma das propostas do plano de governo de Ciro
Gomes é implantar um programa de renda mínima “universal”, que
englobaria os pagamentos feitos pelo Auxílio Brasil, o seguro-desemprego
e a aposentadoria rural.
Um dos mecanismos para financiar o programa, citado por Ciro durante
entrevista ao “Jornal Nacional” na terça (24), seria a taxação de
grandes fortunas. O candidato estima, nas propostas encaminhadas ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o estabelecimento de uma alíquota
de 0,5% sobre patrimônios acima de R$ 20 milhões alcançaria em torno de
60 mil contribuintes e geraria uma receita de aproximadamente R$ 60
bilhões ao ano.
O candidato afirma que a implantação do programa de renda mínima,
associado aos de geração de emprego e renda, será decisiva para combater
a fome e a miséria. Ele afirmou, em declarações na campanha, que se for
eleito seu governo vai transferir mensalmente R$ 1 mil para as famílias
que tiverem renda mensal de até R$ 417.
Jair Bolsonaro (PL) Candidato à reeleição, o presidente Jair
Bolsonaro estabeleceu em sua proposta de governo um compromisso
prioritário: a manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil a
partir de janeiro de 2023.
Segundo o documento, o programa representa uma importante evolução,
uma vez que, além de apresentar uma ampliação de escopo, tem como pilar o
estímulo à emancipação socioeconômica dos cidadãos e de suas famílias,
de forma estruturante, incentivando-os para que atinjam uma situação de
autonomia.
“O objetivo é colocar as famílias em uma rota produtiva, estimulando a
formalização e o empreendedorismo, com vistas à empregabilidade e à
emancipação cidadã”, diz o plano.
Para tornar permanente o valor de R$ 600, que por ora é válido só até
dezembro de 2022, Bolsonaro disse que será necessário aprovar uma nova
proposta de emenda à Constituição (PEC). Apesar de não mencionar qual
seria o conteúdo da proposta, integrantes da equipe econômica destacam
que é possível colocar o valor de R$ 600 dentro do teto de gastos, caso
haja revisão de despesas. Segundo o ministro Ciro Nogueira, as medidas
serão discutidas após a eventual vitória de Bolsonaro nas eleições de
outubro.
Lula (PT) O ex-presidente Lula propõe, em seu plano de governo, um
Bolsa Família renovado e ampliado. Criado em 2004, no primeiro mandato
do petista, o programa foi substituído pelo Auxílio Brasil no fim de
2021.
“[O Bolsa Família] precisa ser implantado com urgência para garantir
renda compatível com as atuais necessidades da população”, diz o plano
de governo de Lula. O valor do benefício será mantido em R$ 600, afirmou
o ex-presidente em live com o deputado federal André Janones
(Avante-MG) no dia 13.
A intenção do petista é elaborar um programa que recupere as
principais características do Bolsa Família, orientado por princípios de
cobertura crescente no rumo de um sistema universal e uma renda básica
de cidadania.
Em entrevista a correspondentes internacionais, no dia 22, Lula
prometeu repactuar algumas condicionantes para que o benefício seja
concedido. “As condicionantes serão preferencialmente para as mulheres,
as crianças vão ter de estar na escola e vão ter de tomar vacina, a
mulher gestante vai ter de fazer o exame.”
O ex-presidente afirmou que, em um eventual novo governo, o benefício
vai ficar no nome da mulher – atualmente, essa condição é preferencial.
Segundo ele, outros programas, como o Minha Casa, Minha Vida, também
seriam recriados.
Simone Tebet (MDB) Simone Tebet afirma que o Brasil tem o maior
programa de transferência de renda do mundo e que ele não pode ser usado
como moeda de troca eleitoral. Ela assume, em seu plano de governo, um
programa de transferência de renda permanente, focado nas famílias mais
necessitadas, com cuidados que induzam melhoria das condições de vida,
como frequência na escola, saúde preventiva e vacinação em dia.
Paralelamente, também prevê instituir benefício de renda mínima para
eliminar a pobreza extrema, levando em conta a composição familiar e a
insuficiência de renda. Uma das estratégias que Tebet pretende adotar
para melhorar a focalização dos programas sociais é o fortalecimento do
Cadastro Único.
A candidata propõe ampliar os valores que definem as linhas de
miséria e pobreza, aumentando assim a base de pessoas que podem ser
atendidas por programas de transferência de renda. Segundo ela, não dá
para caracterizar, como situação de miséria, apenas quem tem renda de
até R$ 100 mensais. Tebet aponta que mais pessoas têm de ser
consideradas miseráveis, para recebimento desses valores e dessa
transferência de renda permanente.
Ela também propõe manter um piso de R$ 600 dentro dos mecanismos de
transferência de renda, mas fala em criar um novo programa, resgatando
condicionantes que existiam no extinto Bolsa Família.
Metodologia da pesquisa citada O Instituto FSB Pesquisa ouviu, por
telefone, dois mil eleitores entre os dias 26 e 28 de agosto de 2022. A
margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com
intervalo de confiança de 95%. A pesquisa foi encomendada pelo banco BTG
Pactual e está registrada no TSE com o protocolo BR-08934/2022.
Seis candidatos à presidência da República participaram do primeiro debate na TV aberta.| Foto: Renato Pizzutto/divulgação Band
No
primeiro debate entre os candidatos à Presidência, veiculado na noite
deste domingo (29) pela TV Bandeirantes, o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) foi várias vezes criticado pelos escândalos de
corrupção durante seu governo. O petista foi chamado de “ex-presidiário”
pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que lembrou da dívida bilionária
que deixou na Petrobras e da caixa de propinas que abastecia o PT –
outros candidatos, como Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT) e Soraya
Thronicke (União) também abordaram o tema com ênfase.
Já Bolsonaro foi cobrado pela postura com as mulheres, especialmente
depois de dizer à jornalista Vera Magalhães, uma das que fez perguntas,
que ela “é uma vergonha para o jornalismo” – ela havia perguntado a Ciro
Gomes se a “desinformação” sobre a vacina contra a Covid prejudicou a
vacinação contra outras doenças. Para Bolsonaro, ela tomou partido no
debate com “acusações mentirosas”.
Simone Tebet perguntou a Bolsonaro por que ele teria “tanta raiva das
mulheres” e Ciro Gomes (PDT) disse que o presidente não respeita nem
trata com delicadeza a questão feminina. Soraya Thronicke (União) disse
que fica extremamente incomodada “quando homens são tchutchucas com
outros homens, mas vêm pra cima da gente sendo tigrão”. “Aí eu fico
brava. Lá no meu estado, tem mulher que vira onça, e eu sou uma delas”,
disse, referindo-se às palavras de Bolsonaro contra Vera Magalhães. Ante
as críticas, Bolsonaro destacou que foi o presidente que mais sancionou
leis para defender as mulheres.
O debate também teve discussões sobre economia, fome e combate à
Covid. Lula buscou defender suas gestões, destacando redução da dívida,
inflação na meta e geração de empregos. Bolsonaro, por sua vez, buscou
apresentar números de melhora mais recentes, justificando desempenho
mais fraco em razão da política de lockdown na pandemia. O presidente
destacou que irá manter o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil se
reeleito, e que terá recursos para isso sem comprometer a
responsabilidade fiscal. Lula prometeu a retomada do crescimento,
dizendo que fará um novo governo melhor que os anteriores.
No momento em que dialogaram, Lula e Ciro Gomes trocaram farpas.
Questionados sobre uma eventual união no segundo turno da disputa,
reagrupando a esquerda, o petista pediu que o pedetista “não vá para
Paris” – uma referência ao segundo turno de 2018, quando Ciro viajou
para a França sem declarar apoio a Fernando Haddad (PT). “Espero que
fique aqui no Brasil, que a gente sente para conversar e possa construir
a verdadeira aliança política que ele sabe que vai ser construída”,
afirmou. “Lula é esse encantador de serpentes, vai na emoção das
pessoas, cativa, e quer sempre trazer a coisa para o lado pessoal, não é
pessoal”, respondeu Ciro. Depois, disse que Lula “se deixou corromper”,
unindo-se a Renan Calheiros (MDB-AL), Eunício Oliveira (MDB-CE) e
Geddel Vieira Lima (MDB-BA), todos investigados na Lava Jato.
Bolsonaro confronta Lula sobre corrupção na Petrobras e fala sobre STF No
primeiro bloco do debate Bolsonaro confrontou Lula com números da
corrupção em seu governo – dívida de R$ 900 bilhões na Petrobras e
declarações do ex-ministro Antonio Palocci de que mantinha uma conta
corrente de propina para o PT de R$ 300 milhões. “O senhor quer voltar
ao poder, para quê? Fazer a mesma coisa na Petrobras?” perguntou
Bolsonaro. Lula respondeu que Bolsonaro falava “inverdades” e citou leis
contra a corrupção aprovadas em seu governo. “Não teve nenhum
presidente na República que fez mais investigação para apurar corrupção
que nós fizemos.”
Na réplica, Bolsonaro disse que o governo de Lula foi o “mais
corrupto da história do Brasil”. Na tréplica, Lula afirmou que foi em
sua gestão “que a Petrobras ganhou o tamanho que ganhou, com
capitalização de R$ 70 bilhões”. Depois, passou a enaltecer conquistas
de seu governo na inclusão social, geração de emprego, aumento no
salário mínimo e investimentos em educação e proteção do meio ambiente.
Antes do embate entre os dois, a senadora Simone Tebet (MDB) criticou
o clima de “radicalização” e “desarmonia” entre os poderes promovido,
segundo ela, por Bolsonaro, que “ameaça a democracia, os valores
democráticos a todo momento”. Ela respondia a uma pergunta da produção
do programa sobre o que fazer para reduzir a tensão. “[Bolsonaro] Não
respeita a imprensa livre, não respeita a independência do STF, do Poder
Judiciário e do Poder Legislativo. Precisamos trocar o presidente da
República. Sem paz, não vamos unir o Brasil. Sem união, o Brasil não vai
voltar a crescer”, afirmou a candidata.
Na sua vez de responder, Bolsonaro disse que assumiu a Presidência
escolhendo ministros por “critérios técnicos, sem ingerência política”.
“Isso causou um desconforto por parte de alguns políticos e por parte de
alguns partidos, como o MDB, por exemplo. Então abalei a harmonia onde
todos eram amiguinhos e obviamente davam uma banana para o povo
brasileiro”, disse.
Depois, sem citar o nome do ministro Alexandre de Moraes, criticou
sua decisão de determinar busca e apreensão contra oito empresários por
causa de uma conversa de WhatsApp – um deles disse que preferia um golpe
a um governo do PT. “A ingerência, o ativismo se fazem presente hoje no
Brasil. Um ministro agora há pouco interferiu, mandando investigar,
fazendo busca e apreensão, entre outras barbaridades, sobre um grupo de
empresários […] Não tenho problemas com poder nenhum. Alguns ministros
querem interferir no Executivo”, disse Bolsonaro.
Presidenciáveis discutem sobre mulheres, pandemia e economia
No terceiro bloco, ao perguntar Bolsonaro por que ele teria “tanta
raiva das mulheres”, Simone Tebet disse que ele defendeu um “assassino
de mulheres no Senado”, votou contra a ampliação de direitos
trabalhistas para domésticas, ameaça jornalistas e comete misoginia.
Bolsonaro respondeu que ela o acusava “sem prova nenhuma” e que foi o
presidente que “mais sancionou leis defendendo mulheres”. Depois disse
que a primeira-dama Michelle Bolsonaro nunca foi cumprimentada por Tebet
pelo trabalho voluntário que realiza.
Em seguida, acusou Tebet de não se solidarizar com médicas que foram
humilhadas na CPI da Covid. “Duas mulheres foram à CPI da Covid. Dra.
Nise e Mayra. Foram maltratadas, foram esculhambadas, humilhadas. Onde
estava vossa excelência? Escondidinha, apoiando Renan Calheiros, Omar
Aziz, não foi defender mulheres lá”, afirmou.
Tebet respondeu que ligou para a senadora Leila (PSB-DF), que estava
na sessão: “ela foi lá e defendeu a dra. Nise”. Finalizou dizendo que
seu governo “será de amor, de cuidados verdadeiros”.
Mais à frente, Bolsonaro questionou Ciro sobre o que achava de suas
políticas para concessão de empréstimos com juros baixos para mulheres. O
candidato do PDT disse que Bolsonaro “aparentemente não percebe, ou não
dá valor, ou não respeita, com a devida delicadeza, com a devida
profundidade, que todos nós devemos, essa grave questão feminina”,
fazendo referência ao tratamento verbal de Bolsonaro às mulheres. “Você
disse certa feita, para chocar todos nós, que nasceram seus três filhos e
que aí nasceu uma filhinha porque teve uma fraquejada. Isto é o que faz
com que as pessoas desconsiderem suas políticas”, afirmou.
Lula elogiou Simone Tebet pela atuação na CPI da Covid e perguntou se
houve corrupção no governo federal no combate à pandemia. “O que
explica o sigilo de 100 anos para o ministro da Saúde que agiu de forma
totalmente irresponsável no trato da Covid? O que explica o presidente
brincar com uma doença que matou 682 mil pessoas e ele não foi capaz de
derramar uma única lágrima?”, disse o petista.
A senadora respondeu: “eu vi, houve corrupção, tentativas de comprar
vacinas superfaturadas. Os documentos estão aí, Covaxin é o contrato
mais escabroso que vi. Tentaram pagar 45 milhões de dólares, para serem
pagos num paraíso fiscal, para uma vacina que não tinha comprovação
científica sem nenhum critério. Quando denunciamos a tentativa de levar
vantagem de um dólar por vacina, eu fui processada no STF por um
ministro do atual presidente. Mas a corrupção não começou nesse governo,
começou em governos passados. Esse governo tem esquemas de corrupção
como lamentavelmente teve o governo de vossa excelência”, respondeu a
candidata do MDB.
Bolsonaro obteve direito de resposta sobre a acusação de corrupção na
compra das vacinas. “Está de brincadeira a nobre senadora. Tentou
corromper? Cadê a corrupção, a nota, o contrato assinado? Não tem nada”,
disse o presidente. Na mesma resposta, alfinetou Lula, citando uma
declaração na qual o petista disse “ainda bem que a natureza criou o
coronavírus”. “Quem moral tu tem para falar de mim, ô ex-presidiário?
Nenhuma moral.”
Questionado por uma jornalista se escolheria mulheres para a metade
de seu ministério, caso eleito, Lula disse que não poderia assumir esse
compromisso. “Não sou de me comprometer a indicar religioso, a indicar
negro, a indicar mulher, homem. Você vai indicar que tem essa capacidade
para assumir determinados cargos”, disse. Ao responder a mesma
pergunta, Simone Tebet disse que vai cumprir a paridade. “Eu já o fiz. A
primeira coisa que fiz ao lançar minha candidatura foi dizer que meu
ministério vai ser paritário entre homens e mulheres sim. Basta haver
competência e experiência administrativa. Temos condições de colocar
50%. E mais: temos condição de colocar negros. Mas não terá ninguém
envolvido em escândalos de corrupção”, respondeu.
Antes, Lula foi questionado por Soraya Thronicke sobre o que faria
para aumentar o poder de compra. O ex-presidente lembrou dados
econômicos de seu governo, com redução da dívida pública para 39% do
PIB, da inflação para a meta e da geração de empregos. “Volto com o
único compromisso, e possivelmente eu seja a única pessoa a dizer isso,
que não posso voltar e fazer menos que fiz. Quero voltar para ver se
esse país volta a gerar emprego”, disse, acrescentando que quer aprovar
uma reforma tributária. Soraya respondeu que o PT é um “partido corrupto
confesso” e que os economistas dele “são todos mofados”.
Ciro Gomes aproveitou a pergunta a Felipe D’Ávila para anunciar sua
proposta de refinanciar a dívida de 66 milhões de pessoas com nome no
SPC e de mais 6 milhões de empresas endividadas. “Refinanciar dívidas é
relativamente simples. Um grande leilão, todos os crediaristas, os
credores que derem o maior desconto, eu tenho conseguido no Ceará 90% de
desconto, traz a dívida média sua de R$ 1.400, refinanciar em muitas
prestações, com juros moderados”, descreveu.
Auxílio Brasil, vacinas e união da esquerda O segundo bloco do
debate foi dedicado a perguntas de jornalistas sobre Auxílio Brasil,
vacinas, dificuldade de união da esquerda e religião. Bolsonaro foi
questionado sobre a fonte de recursos para a manutenção do Auxílio
Brasil de R$ 600 no próximo ano sem o perigo de se estourar a lei do
teto de gastos. “Vamos manter esse valor a partir do ano que vem, dentro
da responsabilidade fiscal”, afirmou, destacando o aumento do lucro nas
estatais, de cerca de R$ 200 bilhões neste ano, “na contramão de outros
anos”, em referência às gestões passadas. Afirmou ainda que conseguiu
ampliar o valor por conta da revisão no pagamento dos precatórios e
reduzir o ICMS sobre os combustíveis.
Lula rebateu dizendo que manutenção do valor de R$ 600 não está na
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso recentemente.
Bolsonaro disse que vai negociar a questão na lei orçamentária de 2023.
Perguntado sobre a redução da cobertura vacinal do Brasil nos últimos
anos, Ciro Gomes respondeu que tem a meta de alcançar 100% como fez no
Ceará, e que quer “reconciliar o Brasil”.
Na pergunta seguinte, Ciro foi questionado se apoiaria Lula no
segundo turno ou como atrairia o apoio do petista em uma eventual
disputa com Jair Bolsonaro. “A razão de meu distanciamento é que
infelizmente o Lula se deixou corromper mesmo”, disse.
Lula elogiou a participação de Ciro em parte de seu governo, entre
2003 e 2006, e que pretende conversar com ele se a disputa for para o
segundo turno. “Mesmo assim, Ciro, nós ainda vamos conversar, e você vai
pedir desculpa, porque você sabe que está dizendo inverdades a meu
respeito”, respondeu o petista.
Ciro debate com Bolsonaro sobre fome Ciro Gomes (PDT) questionou
Bolsonaro sobre a fome no Brasil. Após falar de crianças subnutridas e
mães preocupadas, indagou ao presidente: “o senhor não teme que isso
seja interpretado como conivência com isso?”. Bolsonaro começou dizendo
que a inflação “é uma das menores do mundo” e que o governo está
“colaborando na geração de empregos”.
“Pode ter certeza que no mês que vem devemos ter essa taxa [de
desemprego] chegando a 8%. O nosso PIB está crescendo. Nós fizemos
milagre durante a pandemia. Lamentamos as mortes, mas investimos para
que empregos não fossem destruídos, com os programas Pronamp e Bem.
Atendemos os mais necessitados”, disse Bolsonaro. Depois citou dados do
Ipea que mostra redução da extrema pobreza no Brasil e aumento no mundo,
e também mencionou o aumento do valor do Auxílio Brasil, que substituiu
o Bolsa Família.
Questionado por Lula sobre sua proposta para a questão ambiental,
Felipe D’Ávila (Novo) defendeu que “o Brasil seja a primeira nação
carbono zero entre as grandes potências”. “O Brasil tem potencial para
sequestrar 50% do carbono do mundo plantando árvore em terra degradada.
Nós temos 50 milhões de hectares terras degradadas, dá para plantar
árvore em 3 milhões, isso vai gerar renda para as pessoas mais pobres”,
disse o candidato do novo.
Soraya Thronicke (União) foi indagada por Simone Tebet sobre o que
pretende fazer para resolver o problema da educação. Respondeu que sua
primeira proposta é isentar do imposto de renda todos os professores,
que custaria R$ 10 bilhões por ano. Disse que vai investir na criação de
“metodologias autodidáticas”.
Imagem ilustrativa.| Foto: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo
Dentro de 34 dias nós vamos ser chamados às urnas. E ainda não sei se
a gente vai ter mesmo que deixar o celular na mesa do mesário. Vamos
ouvir os juristas pra saber se essa não é mais uma arbitrariedade, mais
uma imposição ilegal. Mas, de qualquer maneira, quero lembrar do que vai
acontecer no Chile agora, no próximo sábado: um plebiscito, em que o
voto é obrigatório, sobre se a população aceita ou não a constituição
que foi feita por uma Assembleia Nacional Constituinte eleita em uma
eleição em que o voto não era obrigatório e que teve praticamente metade
de abstenção. Pouca gente votou, mas foram representados pelos poucos
que votaram. Abriram mão do direito e, agora, estão fazendo
manifestações de protesto contra a nova constituição, que acaba com o
Senado, que impõe todas as teses marxistas, desde aborto, inventam um
tribunal só para índios, uma série de questões que o povo chileno não
aceitou porque seria um retrocesso aos progressos que a economia
chilena, com plena capacidade da inciativa privada e desestatização,
floresceu, virou uma economia moderna. O Chile se tornou um país
parecido com um país de primeiro mundo e, agora, isso está sendo
derrubado violentamente pela estrutura da nova constituição. Todos os
institutos de pesquisa do Chile estão indicando que a relação da
negativa a essa nova constituição é de 5 para 1, ou seja, 80% não querem
essa nova constituição. Será que precisariam passar por isso se todos
tivessem ido votar? Estou contando isso para vocês pensarem na hora do
voto. Voto em branco não conta, anular o voto não é voto válido e se
abster não é nem covardia, é abrir mão do poder e do direito de depois
reclamar se algo der errado.
Reintegração de posse no Paraná Queria falar, também, sobre uma
decisão do ministro Barroso. O MTST, o movimento dos sem-teto, que é um
movimento urbano, invadiu um terreno particular em Curitiba e o dono do
terreno entrou na Justiça com uma ordem de reintegração. O MTST foi ao
Supremo para anular essa decisão da Justiça favorável ao dono do
terreno, alegando que uma decisão do Supremo, uma liminar do ministro
Fachin, diz que durante a pandemia, ninguém pode desalojar ninguém. Só
que eles começaram a invasão no dia 22 de junho agora, neste ano. Não
tem nada a ver com a pandemia. O ministro Barroso não caiu nessa e não
deferiu o pleito do MTST.
Recorde de arrecadação E para terminar, uma comprovação de uma
teoria econômica que mostra que quanto maior o imposto, menos o pagador
se sente com vontade de pagar, e quanto menor o imposto e com mais
resultados, mais sobe a arrecadação. Mais uma vez, a arrecadação federal
foi recorde, uma alta de 7,5%, R$ 202,6 bilhões em julho. O governo
federal baixou a alíquota de muitos impostos e, ao mesmo tempo, está
apresentando resultados.